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PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

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PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 
SEGUNDO A TEORIA HISTÓRICO CULTURAL
Flaviana Demenech 1
Flávia Anastácio de Paula2
A Teoria Histórico-Cultural3 THC tem como objetivo principal, “caracterizar os 
aspectos tipicamente humanos do comportamento e elaborar hipóteses de como essas 
características se formaram ao longo da história humana e de como se desenvolvem 
durante a vida de um individuo” (VIGOTSKI, 1994, p. 25). Essa teoria é formada 
através do indivíduo por sua interação cultural que constrói assim seu desenvolvimento 
mental, cujo precursor é Lev Semenovich Vigotski4.
Vigotski acredita que na presença de condições adequadas de vida, tendo 
cultura, o ser humano se desenvolve intensamente, evidenciando o processo de 
construção do desenvolvimento histórico-cultural do indivíduo.
Assim sendo, o desenvolvimento cultural tem implicações importantes para a 
educação, o que o faz um conceito chave para compreender o papel singular e 
insubstituível da mediação na apropriação da experiência culturalmente acumulada. 
Segundo Angel Pino:
A corrente histórico-cultural de psicologia, cuja figura de proa é Lev 
S. Vigotski, constitui uma exceção na história do pensamento 
psicológico, não só porque introduz a cultura no coração da análise, 
mas, sobretudo porque faz dela a “matéria-prima” do desenvolvimento 
humano que, em razão disso, é denominado “desenvolvimento 
1 PIBIC/UNIOESTE, graduanda em Pedagogia, Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, flavi_sti@hotmail.com.
2 Orientadora do Projeto de Iniciação Científica Profª. Drª. Unioeste, Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, 
fapaula@brturbo.com.br.
3 A THC foi uma escola fundada por Vigotski, não teve uma teoria concluída por ele, pois, infelizmente 
ele morreu muito cedo.
4 Lev Semenovich Vigotski nasceu em 1896, filho de uma próspera família judia, o pai trabalhava em um 
banco e em uma companhia de seguros e a mãe professora formada. É o grande líder do grupo de autores 
que formam a nova corrente de psicologia surgida na Rússia na época da Revolução de 1917 e que ficou 
conhecida como “escola soviética” de psicologia, nome que remete não só ao seu lugar de origem, mas, 
sobretudo, á perspectiva marxista que ela representa.
cultural”, o qual é concebida como um processo de transformação de 
um ser biológico num ser cultural (PINO, 2005, p. 52).
Esta corrente de pensamento psicológico surgiu na ex-União Soviética nos anos 
20 do século 20, ficando conhecida como escola soviética de psicologia, nome que 
remete não só ao seu lugar de origem, mas, sobretudo, a perspectiva marxista que ela 
representa, pois, tem como matriz o materialismo histórico e dialético, sem por isso 
confundir-se com uma pretensa psicologia marxista. É distinguida também por 
Psicologia Histórico-Cultural ou Enfoque Histórico-Cultural.
Cabe lembrar que, as obras de Vigotski são marcadas por uma filosofia, 
epistemologia e metodologia dentro da teoria dialético-materialista. Cujo autores Karl 
Heinrich Marx e Friedrich Engels de maneira significativa contribuíram nos seus 
estudos.
Portanto para Vigotski, na evolução das sociedades os homens elaboraram 
objetos, convenções e signos, como forma de registrar e transmitir determinadas 
informações no processo de trabalho. Abrange-se as particularidades do homem através 
do estudo da origem e desenvolvimento da espécie humana, relacionando o surgimento 
do trabalho, que para Vigotski é um processo básico que vai marcar o homem como 
espécie diferenciada e a formação da sociedade humana, sendo assim um 
desenvolvimento de natureza cultural.
Sendo esta concepção as relações entre a sociedade, o trabalho humano, a 
interação dialética entre homens e natureza e o uso de instrumento, se aprofundando 
com isso no desenvolvimento humano, na sociedade e cultura.
O estudo da THC é a compreensão de como se alteram as organizações de 
desejos, opiniões, ansiedade e habilidades presentes nas diferentes etapas do ciclo vital. 
Pois acredita que os seres humanos são pessoas inteiras e todos os aspectos de 
desenvolvimento estão intimamente ligados, até mesmo no útero.
Os autores que autodenominaram sua corrente de pensamento nesta teoria, 
partiram do pressuposto de que o homem é um ser de natureza social. Admitindo assim, 
a origem animal do homem, contudo, explicando como se forma no homem, sua 
inteligência, linguagem, personalidade, cultura, percepção, motivação, consciência 
humana, tudo que faz de cada um, um ser único.
Vigotski dedicou-se a estudar funções psicológicas ou processos mentais 
superiores5, criando três idéias centrais referentes a este assunto. A primeira, explica as 
funções psicológicas como caráter biológico, pois são produtos de atividade cerebral 
hereditário. A segunda, por sua vez, expõe que o funcionamento psicológico 
fundamenta-se nas relações sociais entre o indivíduo e o seu mundo exterior, 
viabilizando um processo histórico, e por último, obtém que a relação homem e mundo 
são mediados por sistemas simbólicos6, cuja temática abordar-se-a à frente.
Assim sendo, a fala humana emergiu da necessidade de se estabelecer relações 
sociais no processo de trabalho, onde estas requerem a generalização e o 
desenvolvimento do significado verbal.
Dessa forma Vigotski destinou seus estudos também à origem da linguagem e 
sua relação com o desenvolvimento do pensamento a partir de uma abordagem 
histórica, o que o tornou o primeiro psicólogo moderno a sugerir os mecanismos pelos 
quais a cultura torna-se parte da natureza de cada pessoa.
Considerações sobre o Desenvolvimento Cultural Humano
A Teoria Histórico-Cultural supera a compreensão de que o ser humano ao 
nascer, traz um conjunto de aptidões e capacidades, de que a pessoa vai desenvolver de 
acordo com o meio em que vive e suas possibilidades, e potencialidades de 
desenvolvimento, pois cada ser humano adquire habilidades, qualidades disponíveis e 
necessárias para o seu tempo. 
Indica-se um sistema de valores, contudo, todos os sistemas de valores do 
desenvolvimento variam. Altera-se devido aos graus de desenvolvimento de cada um 
5 As funções psíquicas superiores são formas mais elaboradas de perceber, memorizar, solucionar 
problemas, que vão sendo construídos no processo de apropriação da experiência histórico-social 
partilhada, ocorrendo por meio das interações que se estabelecem entre o indivíduo e outros parceiros 
sociais, ou seja, nos assinalamentos que ocorrem nessas situações, no confronto das posições assumidas 
pelos parceiros. A característica essencial das funções psicológicas superiores é a estimulação autogerada, 
isto é, a criação e o uso de estímulos artificiais que se tornam a causa do comportamento. “As funções 
psicológicas especificamente humanas se originam nas relações do indivíduo e seu contexto cultural e 
social. Isto é, o desenvolvimento mental humano não é dado a priori, não é imutável e universal, não é 
passivo, nem tampouco independente do desenvolvimento histórico e das formas sociais da vida humana. 
A cultura é, portanto, parte constitutiva da natureza humana, já que sua característica psicológica se da 
através de internalização dos modo historicamente determinados e culturalmente organizados de operar 
com informações” (REGO, 2001, p. 41-42).
6 Os sistemas simbólicos organizam os signos em estruturas complexas e articuladas, de instrumentos 
externos passam a ser signos internos, são representações mentais que substituem os objetos do mundo 
real.
aos estímulos que tiveram e têmem sua infância, adolescência e até mesmo na fase 
adulta e como os apropria. 
Na THC o desenvolvimento é prioritariamente um processo de mudança ou 
movimento. Sobre este se elabora tanto o objeto a ser organizado quanto a metodologia, 
esse tema deve ser investigado na sua transformação. Encarando-se o processo do 
movimento do ponto de vista da identificação, entendendo-o como etapas, fases ou 
estágios do desenvolvimento. Ele se constitui um processo de interação entre o 
organismo e o meio - que inclui o ambiente social. 
Diante desse contexto, torna-se impossível considerar o desenvolvimento do 
homem como um processo previsível, universal, linear ou graduar, pois sem a relação 
homem e sociedade, o homem é insuficiente. É nesse sentido que se afirma que estão 
sempre interligados homem e natureza. 
Nesta relação coloca-se que o desenvolvimento psicológico não se assemelha ao 
crescimento de um músculo, há mais por traz desta evolução e desse movimento do que 
imaginamos.
O desenvolvimento humano para Vigotski está condensado na descrição da Lei 
Genética Geral do Desenvolvimento Cultural (LGGDC7) para explicar sua hipótese de 
que toda a função psicológica superior aparece duas vezes no processo de 
desenvolvimento humano: primeiro no plano interpessoal, depois no plano intrapessoal.
Se as mudanças do desenvolvimento humano são fundamentais para 
compreendê-lo, nota-se que elas estão caracterizadas por uma atividade principal ou 
atividade dominante. A partir delas estruturam-se as relações do indivíduo com a 
realidade social, em que se organiza uma relação entre homem, natureza e relações de 
trabalho.
Segundo Aleixei Leontiev (1995). A partir do desenvolvimento de suas 
atividades - tal como elas se formam nas condições concretas dadas de sua vida - 
adapta-se à natureza, modifica a natureza, cria objetos e meios de produção desses 
objetos, para suprir suas necessidades resultando em modificação de si mesmo.
7 A Lei da Genética Geral do Desenvolvimento Cultural está relacionada ao desenvolvimento desde o 
início de vida do indivíduo humano, desenvolvimento biológico, apropriação e mudança. Verificamos 
que a LGGDC relaciona-se a outros postulados vigotskianos, particularmente importantes para a 
Educação: a) conversão das relações sociais em funções psicológicas superiores, b) interação social, c) 
cultura, d) mediação por instrumentos e signos, e) a relação entre linguagem e pensamento e f) atividade 
g) a formação de conceitos cotidianos e científicos; e a noção de Zona de Desenvolvimento Próximo.
Essa compreensão de homem e de como ele se desenvolve que é assumida pela 
Teoria Histórico-Cultural, condicionando toda a compreensão da questão do 
desenvolvimento humano e desenvolvimento cultural.
Para tanto, a Teoria Histórico-Cultural atribui um o papel central para o 
desenvolvimento cultural, a natureza do desenvolvimento é a cultura. Reconhece que a 
cultura foi, continua e será criada ao longo da história pelos homens e ao mesmo tempo 
ocorre o inverso, a cultura cria os homens. 
Existem dois aspectos de cultura criados ao longo da história, a de forma 
material e a de não-material. Sendo a cultura material constituída pelos instrumentos de 
trabalho e a cultura não-material por hábitos e costumes de um povo. 
Por fim, o ser humano depende do que conhece, aprende e utiliza da cultura 
acumulada para se constituir do que absorve, apropria e reelabora no decorrer da sua 
vida, para Martha Kohl de Oliveira:
O sujeito humano é constituído por aquilo que é herdado fisicamente 
e pela experiência individual, mas sua vida, seu trabalho, seu 
comportamento também baseiam claramente na experiência histórica 
e social, isto é, aquilo que não foi vivenciado pessoalmente pelo 
sujeito, mas está na experiência dos outros e nas conquistas 
acumuladas pelas gerações que o procederam (OLIVEIRA, 2005, p. 
11).
Na perspectiva da THC, a cultura engloba uma multiplicidades de aspectos cujo 
denominador comum é o ser humano e, portanto, portador de significação, como revela 
o caráter duplamente instrumental da atividade humana. 
Conforme argumenta Angel Pino “(...) cultura é o produto, ao mesmo tempo, da 
vida social e da atividade social do homem” (PINO, 2005, p. 88). Essa cultura também 
está relacionada com a natureza. A cultura não cria nada, apenas modifica os dados 
naturais para adaptá-los aos objetivos do homem. 
Desta maneira, a natureza e a cultura são eixos definidores da história, Pino 
descreve o que Vigotski afirmou: “(...) a história do homem começa na história natural, 
mas não é simples produto dela. Por ora basta dizer que a evolução cultural do homem 
se explica em razão da relação dialética que ele mantém com a natureza. É nessa relação 
que a natureza adquire sua dimensão histórica, ao passar a fazer parte da história 
humana” (PINO, 2005, p. 30).
É nesse aspecto que Vigotski procura articular a história da espécie humana com 
a história natural da qual é um caso particular, Pino relata:
(...) O homem é a única espécie de que se tem notícia que consegue 
transformar a natureza para criar seu próprio meio em função de 
objetivos previamente definidos por ele e que, ao fazê-lo, transforma-
se ele mesmo, assumindo assim o controle da própria evolução. É a 
essa dupla transformação, da natureza e dele mesmo, que chamamos 
de história propriamente dita, da qual passa a fazer parte a história da 
natureza (PINO, 2005, pp. 29-30).
Ou seja, o homem o criador daquilo que o constitui e que o define como um ser 
humano. Natureza humana: o homem como criador da condição humana da sua 
natureza. Neste contexto Pino acrescenta:
(...) transformar a natureza em cultura é produzir nela mudanças que, 
na sua materialidade, veiculem uma idéia ou significação, de maneira 
que possa ser pensada e comunicada. Portanto, a ordem cultural 
pressupõe a ordem natural, mas esta pressupõe aquela para 
transcender seus próprios limites e adquirir uma nova forma de 
existência. Ordens diferentes e opostas, natureza e cultura são 
mutuamente constitutivas. Elas se entrelaçam no universo do signo 
(PINO, 2005, p. 147). 
Ainda segundo Pino, no momento em que Vigotski coloca que o 
desenvolvimento é de natureza cultural:
Ele sustenta que a essência do desenvolvimento está “na colisão das 
formas Culturais (em maiúscula toda vez que aparecer como o 
definidor do humano) maduras de conduta com as formas primitivas 
que caracterizam a conduta da criança”, o que pode ser interpretado 
como colisão entre a “ordem da natureza”, onde a criança nasce, e a 
“ordem da Cultura”, onde ela deve aceder (PINO, 2005, p. 18).
O desenvolvimento cultural do indivíduo supõe, portanto, um efeito de transpor 
planos - inverter a ordem dos planos - permanecendo o objeto dessa transposição no 
plano de origem. Ele também é um processo de internalização de modos culturais de 
pensar e agir. Esse processo de internalização inicia-se inter-pessoas nas relações sociais 
e na relação de trabalho, nas quais os adultos compartilham com a criança seus sistemas 
de pensamento e ação.
O desenvolvimento cultural está baseado nas funções de relações sociais. 
Mesmo que o patrimônio genético herdado pelo ser humano já venha marcado com as 
marcas da cultura. Isso significa que ele carrega um valor cultural agregado, que faz 
dele um ser humano em potencial, alguém capaz de tornar-se tal desde que esteja 
inserido num meio humano.
Percebe-se que o desenvolvimento cultural está sempre emrelação homem, 
natureza e sociedade, e não sendo geneticamente programado, pois se varia de cada um, 
do meio em que vive e das relações sociais que se estabelecem em torno do ser humano, 
para que ele possa elaborar o desenvolvimento cultural.
Argumenta Oliveira “Assim, é possível que este desenvolvimento surja através 
do contato com a realidade, meio ambiente e outras pessoas” (OLIVEIRA, 1997, p. 37). 
Para Vigotski esta ideia determina as divisões e a origem do desenvolvimento. Estando 
o desenvolvimento mais óbvio na infância devido às suas mudanças, porém ocorrendo 
na vida toda.
Sobre a relação da psicologia com o estudo do desenvolvimento e da relação 
entre natureza e cultura, Pino comenta que:
Ela tem se envolvido em problemáticas que, na realidade, outra coisa 
não é senão versões diferentes da mesma questão – tais como a da 
relação organismo x meio, a da relação corpo x alma (ou mente) e da 
relação individuo x sociedade. Problemáticas que, a bem dizer, são 
insolúveis nos termos em que a psicologia vem colocando-as, não 
conseguindo superar as contradições que elas implicam nem escapar 
da armadilha do dualismo (PINO, 2005, p. 51).
Como contraponto a este dualismo a Teoria Histórico-Cultural coloca e crava a 
cultura no coração da análise, fazendo dela a matéria-prima do desenvolvimento 
humano. Entendendo-a como uma transformação do processo biológico para o cultural 
e não uma separação, pois, “na perspectiva histórico-cultural, o processo de constituição 
cultural é um processo dialético, pois é encontro de duas realidades distintas e opostas, a 
biológica e a cultural, que se constituem mutuamente ao longo de um tempo histórico” 
(PINO, 2005, p. 189).
É nessa linha de pensamento que dizer que o desenvolvimento é cultural não 
significa, de forma alguma ignorar a realidade biológica, realidades biológicas e 
culturais, pertencem a ordens diferentes, são interdependentes e constituem dimensões 
de uma mesma e única história humana. Pino descreve como essas duas funções se 
relacionam:
O ser humano é constituído por uma dupla série de funções, as 
naturais, regidas por mecanismos biológicos, e as culturais, regidas 
por leis históricas. (...) Em condições normais de desenvolvimento 
biológico, as funções culturais vão se constituindo seguindo um ritmo 
facilmente previsível, em razão do ritmo do amadurecimento 
biológico (PINO, 2005, p. 31).
O desenvolvimento cultural está no aprendizado dos seres vivos, sendo um 
produto particular, constituído pela forma de elementos naturais da sua atividade, 
órgãos e funções, não estando somente na base da psicologia como também na 
pedagogia. No entanto, para os autores da Corrente Histórico-Cultural o conceito de 
desenvolvimento tem algumas peculiaridades: a concepção de desenvolvimento como 
um processo que afeta o ser humano em todas as suas dimensões, e não apenas nas 
biológicas. 
Sobre as funções psíquicas superiores
O processo histórico de desenvolvimento da humanidade, as atividades práticas 
sobre a natureza e o trabalho consolidam conhecimentos e o envolvimento emocional 
do homem com o real, tornando-se a base do desenvolvimento das funções psíquicas 
superiores e da consciência do indivíduo, mediadas pela linguagem e pelo outro. 
Posteriormente, esta internacionalização acontece intra subjetivamente. Pino diz que: 
As funções superiores constitutivas das pessoas foram antes relações 
sociais: toda função mental superior – foi externa por que foi social 
antes de tornar-se interna, uma função estritamente mental; ela foi 
primeiramente uma relação social de duas pessoas (PINO, 2005, p. 
67).
 O desenvolvimento dessas funções psíquicas superiores, estão caracterizadas 
como funcionamento psicológico tipicamente humano, tais que são capacidade de 
planejamento, memória voluntária, imaginação, entre outros.
Vigotski afirma que as funções psicológicas superiores dos seres humanos 
surgiram através da intrínseca interação de fatores biológicos que são parte da nossa 
constituição Homo Sapiens e de fatores culturais que evoluíram ao longo de dezenas de 
milhares de ano. Segundo João Batista Martins:
 
Para Vygotsky, as funções psicológicas superiores se desenvolvem a 
partir das relações sociais que os indivíduos estabelecem com o meio 
social em que vivem. Para ele, as atividades das crianças, desde os 
seus primeiros dias de vida, adquirem um significado próprio num 
sistema de comportamento social e são refratadas através do prisma do 
ambiente da criança. O caminho do objeto até a criança e desta até o 
objeto passa através de outra pessoa (MARTINS, 1999, p. 51).
Esses processos são considerados sofisticados ou superiores, porque referem-se 
ao mecanismo intencional, ações conscientemente controladas. São processos 
voluntários que dão ao indivíduo a possibilidade de independência em relação às 
características do momento e espaço presente. Sendo que esses processos, não são 
inatos e se originam das relações sociais entre humanos, desenvolvendo-se ao longo do 
processo de ligação entre as noções de formas culturais de comportamento. Recorda-se 
que estes processos não são ações reflexas, reações automáticas, que se dão de origem 
biológica, isto é, se dão conforme o desenvolvimento de cada indivíduo.
As funções mentais superiores não são simples transposição no plano 
pessoal das relações sociais, mas a conversão, no plano da pessoa, da 
significação que têm para ela essas relações, com as posições que 
nelas ocupa e os papéis ou funções que delas decorrem e se 
concretizam nas práticas sociais em que está inserida (PINO, 2005, p. 
107).
A relação das funções superiores conosco é expressa através da linguagem, 
memória, inteligência, percepção, personalidade, etc.
A linguagem pode ser definida como um sistema arbitrário de símbolos que em 
conjunto possibilitam a uma criatura humana, com poderes limitadores de discriminação 
e memória, transmitir e compreender uma variedade infinita de mensagens, apesar de 
ruídos, movimentos expressivos, sons e da distração. Recordando que esta atividade 
somente o homem desenvolveu, o macaco tem uma efusão afetiva do que comunicação, 
mas não domina a linguagem.
Considera-se linguagem quando tem trocas de informações especificas e seja 
compartilhado por vários indivíduos. “A linguagem é o sistema simbólico básico de 
todos os grupos humano. A questão do desenvolvimento da linguagem e suas relações 
com o pensamento é um dos temas centrais das investigações de Vygotsky”. 
(OLIVEIRA, 1997, p. 34).
Já na inteligência a cada processo se percebe diferenças no comportamento do 
indivíduo, em suas relações sociais, linguagem e principalmente na qualidade de seu 
raciocínio, mas, só poderá ter rendimento nesta fase com a ajuda de elementos que 
existem na realidade. Lembrando que a parte lógica será desenvolvida com maior 
estrutura na adolescência.
A percepção pode ser visual (área desenvolvimento de capacidades 
surpreendentes na primeira infância), como também auditiva, de forma (gustação, 
olfação). Vigotski se impressionou com as grandes regularidades do desenvolvimento 
do pensamento da criança, ele percebeu que todas as crianças pareciam passar pelos 
mesmos tipos de descobertas seqüenciais acerca do seu mundo, fazendo os mesmo tipos 
de erros e chegando às mesmas soluções.
O desenvolvimento da personalidade se constitui de maneira espontânea ainda 
no período da infância, e para a Teoria Histórico-Cultural a idade pré-escolar e a 
adolescência marcam momentos fundamentais dessedesenvolvimento, que é um dos 
desenvolvimentos do ser humano. Neles, consolidam-se transformações importantes do 
psiquismo, relacionadas ao posicionamento do eu diante do mundo e das relações e à 
hierarquização de motivos e subordinação das atividades a eles, assim contribui Michele 
Bissoli (2005).
Aleixei Leontiev (1995) destaca em 1978 que o período adolescente se distingue 
pelo início de um trabalho ativo do sujeito sobre si mesmo; é o período da formação da 
consciência moral, dos ideais, do desenvolvimento da autoconsciência. O processo de 
desenvolvimento da personalidade sempre segue como sendo profundamente individual, 
irrepetível e amplamente dependente da situação social de desenvolvimento, específica 
para cada indivíduo. Daí a preconização de que a educação constitui elemento 
fundamental para a formação da personalidade.
Seguindo o raciocínio de Vigotski, todas essas funções devem, precisam e são 
vivenciadas nas relações entre pessoas. Desde o momento da concepção, os seres 
humanos passam por processos complexos de desenvolvimento.
Sobre a mediação e a interação
Para que seja possível compreender as concepções vigotskianas é necessário, 
primeiro, compreender o conceito de mediação e interação.
Descrever sobre o desenvolvimento cultural da criança (do ser humano) é 
argumentar a construção de uma história pessoal no interior da história social dos 
homens, da qual aquela é parte integrante. “O desenvolvimento cultural, de natureza 
simbólica, só pode ocorrer graça à mediação do Outro” (PINO, 2005, p. 168). 
O outro nos constitui pela sua mediação e nos apresenta (ou esconde) o mundo. 
Pelo outro e pela linguagem é permitido abstrair, analisar, generalizar as características 
do objeto e das relações sociais e interagir-se também através de silêncios, sons, gestos, 
expressões, palavras e textos orais ou escritos, que são as interações.
A mediação é o ponto principal do desenvolvimento cultural dentro da 
internalização da linguagem e da teoria de Vigotski, pois, no universo cultural o outro é 
guia e monitor da criança, não um agente de produção cultural.
(...) o acesso ao universo da significação implica, necessariamente, a 
apropriação dos meios de acesso a esse universo, ou seja, dos sistemas 
semióticos criados pelos homens ao longo da história, principalmente 
da linguagem, sob as suas várias formas. Em outros termos, isso que 
dizer que a inserção do bebê humano no estranho mundo da cultura 
passa, necessariamente, por uma dupla mediação: a dos signos e a dos 
Outros (PINO, 2005, p. 59).
Com a THC, aprendemos que o desenvolvimento é constante, garantindo a 
aptidão que é inicialmente externa aos indivíduos e pela mediação com o outro 
internaliza é dado como intelectualidade cultural. Então, prospera e cria atividades 
superiores, causando o desenvolvimento cognitivo. “O desenvolvimento humano passa, 
necessariamente, pelo Outro; portanto, a história de cada uma das funções psíquicas é 
uma história social” (PINO, 2005, p. 66). Esse seria o fundamento da atividade 
educacional.
Através do processo da mediação é que as funções psicológicas superiores, 
especificamente humana, se desenvolvem. Caracterizando dois elementos básicos para 
responsáveis deste processo: o primeiro é o instrumento, com funções de regular as 
ações sobre os objetos, e o segundo o signo com a função de regular as ações sobre o 
psiquismo humano. São esses dois pressupostos sociais, os instrumentos e os símbolos 
que mediam a relação do homem com o mundo em que vive. Sendo fundamental no 
processo de desenvolvimento das funções psicológicas superiores.
O signo é aquilo que está no lugar do objeto e, como tal, tem que ser algo 
material, perceptível, para poder servir de sinal da presença desse objeto ausente, Pino 
descreve: “O signo tem um duplo aspecto: é uma coisa, e é de natureza inteligível, pois 
veicula um conhecimento a respeito dessa coisa. As palavras nada mais são do que um 
tipo ou uma espécie de signo” (PINO, 2005, p. 119). Segundo Vigotski, a função 
original do signo é a de interação entre pessoas.
Signos são elementos que lembram ou simbolizam algo e, portanto, podem ser 
usados para significar alguma coisa que foi criada culturalmente. São também 
conhecidos como instrumentos simbólicos. Eles trazem algum significado implícito. Por 
exemplo, ‘fumaça indica fogo’, é um dos tipos de signos indicador. Outro tipo de signo 
é o icônico onde é a imagem ou desenho daquilo que significa. Por último, há os signos 
simbólicos, que são abstrações daquilo que significam; por exemplo, palavras, números, 
equações, gestos. Assim, signos são construções sociais, indivíduos de diferentes 
culturas, podem ter signos diferentes entre si, ou não fazem sentidos para outros, porque 
viveram em contextos diferentes. 
O instrumento é qualquer objeto ou elemento que tem alguma utilidade prática. 
Por exemplo, garfo, colher, enxada etc. Esses tipos de instrumentos são chamados de 
instrumentos físicos. Vigotski descreve: “A função do instrumento é servir como um 
condutor da influência humano sobre o objeto da atividade; ele é orientado 
externamente; deve necessariamente levar a mudanças nos objetos” (VIGOTSKI, 1994, 
p. 72-73).
Estes dois elementos mencionados, o instrumento e o signo, significam8 para 
Vigotski, um salto para a evolução do ser humano. E coloca que além de serem 
diferentes, estão mutuamente ligados ao longo da evolução da espécie humana e do 
desenvolvimento de cada um. Eles nos transformam nossa atividade psicológica, 
durante o nosso desenvolvimento. Portanto, é necessário se relacionar e criar meios, ou 
seja, instrumentos para facilitar seu desenvolvimento. Sendo assim, a relação do homem 
um com o outro e com a natureza são mediadas pelo trabalho.
(...) Vigotski procura mostrar que o caráter humano da atividade não 
depende do uso de instrumentos, mas, da transformação que a palavra 
opera nela. A razão principal que o leva a tratar esta questão é que 
para a opinião científica não existe uma relação entre a atividade 
prática inteligente e o desenvolvimento de operações simbólicas, 
sendo ambas tratadas de forma separada, o que, segundo ele, está 
errado (PINO, 2005, p. 137).
Para Vigotski, a essência das relações sociais, aquilo que constitui a base da 
estrutura social da pessoa, são as funções das interações que ocorrem entre os sujeitos 
da relação, assim reafirma Pino:
Sabe-se que a história social humana, a geral e a particular de cada 
povo, é feita de relações sociais conflituosas produzidas por sistemas 
sociais geradoras de desigualdades entre os homens que afetam desde 
o berço. Desigualdades que cada um deles determinam, em grande 
medida, as possibilidades que cada um deles tem de acesso aos bens 
8 Os processos de significação concretizam-se na vida cotidiana das pessoas, nas diferentes formas de 
práticas sociais, uma vez que a significação é uma produção social. Eles traduzem assim a natureza 
semiótica e dinâmica da sociabilidade e da criatividade humanas. Em outros termos, os processos de 
significação traduzem a dinâmica da semiose humana, expressão da capacidade criadora do homem 
(PINO, 2005, p. 149).
culturais, materiais e espirituais, necessários para uma existência 
humana (PINO, 2005, p. 152).
A criança só poderá ter acesso aos objetos culturais por mediação e intermédio 
do outro. Ao outro interpretar os movimentos da criança como sinais, isso 
imediatamente se transforma em atos significativos, mesmo que a criança ainda osignore. É através desta comunicação inicial da criança com o outro que ela começa se 
inserindo no meio cultural, ocorrendo futuramente a internalização da criança com o 
universo cultural.
A constituição da criança como um ser humano, portanto, é algo que depende 
duplamente do outro: primeiro, porque a herança genética da espécie lhe vem por meio 
do outro e segundo porque a internalização das características culturais da espécie 
passa, necessariamente, pelo outro.
(...) ora, na medida em que a cultura é o conjunto das obras humanas e 
o específico dessas obras é a sua significação, o desenvolvimento 
cultural da criança é o processo pelo qual ela deverá apropriar-se, 
pouco a pouco, nos limites de suas possibilidades reais, das 
significações atribuídas pelos homens às coisas. Mas o 
desenvolvimento cultural estará comprometido se ela não tiver 
também acesso aos bens materiais produzidas pelos homens e que são 
portadoras dessas significações (PINO, 2005, p. 152).
Para um ser humano estar inserido na cultura e se desenvolver culturalmente, e 
somente através do outro e da internalização do outrem. Entretanto, se caso haja 
privação deste ser na cultura social, não ocorrerá a internalização da cultura nele.
A exemplo do que foi afirmado, exemplificamos a história das meninas lobos9 
que foram achadas em uma matilha de lobos, onde trazidas ao meio social e cultural 
humano, elas não sobreviveram, por que a cultura inserida nelas era outra. Ocasionando 
um conflito para elas. “Isso quer dizer que o desenvolvimento cultural da criança, mais 
do que inserção dela na cultura, é inserção da cultura nela para torná-la um ser cultural” 
(PINO, 2005, p. 158). 
Esse desenvolvimento na educação é a proposta e intencional sistematizada e a 
atividade por meio da qual a crianças se envolve, realiza seus vínculos com o homem 
através das coisas, dos objetos, usos, costumes e linguagem, e, também, das 
objetivações para-si e com as coisas através do homem.
9 Amala e Kamala, também conhecidas como as meninas lobo, foram duas crianças selvagens encontradas 
na Índia no ano de 1920. A primeira delas tinha um ano e meio e faleceu um ano mais tarde. Kamala, no 
entanto, já tinha oito anos de idade, e viveu até 1929. Pino (2005), também relata em seu livro, as Marcas 
do Humano sobre este caso.
CONCLUSÃO
Em resumo, podemos afirmar que, no processo histórico de desenvolvimento da 
humanidade, a atividade prática sobre a natureza e o trabalho consolidam 
conhecimentos e envolvimento emocional do homem com o real, tornando-se a base do 
desenvolvimento das funções psíquicas superiores e da consciência do indivíduo, 
mediadas pela linguagem.
Cabe, porém, salientar que o desenvolvimento de cada homem não é a repetição 
do desenvolvimento histórico da humanidade. O indivíduo desenvolve-se, na 
ontogênese, sobre a base historicamente produzida por outros homens. Reproduz suas 
atividades e, nesse processo, realiza o movimento de transbordamento do objetivo no 
subjetivo, que se caracteriza pela formação de imagens, representações e conceitos a 
respeito da realidade na consciência individual, pautados na apropriação-objetivação 
dos significados; além de motivos que se fundamentam na atribuição de sentidos a sua 
própria atividade e a si mesmo.
O desenvolvimento está situado em geral em nossa vida, assim está relacionado 
conosco em muitas formas, criando suas funções psicológicas superiores: linguagem, 
consciência, pensamento, percepção, atenção, memória e etc.
 Este trabalho buscou apresentar um estudo no qual possa resenhar um 
conhecimento amplo a respeito das características do desenvolvimento humano e sua 
relação com o todo. Porém, em especial o desenvolvimento humano de forma ainda 
genérica não levando em consideração que vivemos numa sociedade marcada por 
processos de alienação, observando as conseqüências em relação à estrutura da vida 
cotidiana que cerceia o desenvolvimento intelectual, afetivo e moral dos indivíduos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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criança: contribuições da teoria histórico-cultural. Marília: Unesp. 2005. Tese 
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