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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO HISTORIA-LICENCIATURA ANDRÉ DEOLIVEIRA RODRIGUES PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL II Vacaria 2016 ANDRÉ DE OLIVEIRA RODRIGUES PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL II Trabalho apresentado ao Curso História-Licenciatura da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Filosofia da educação e pensamento pedagógico; Pisicologia da educação e da aprendizagem; Seminario da práticaII. Prof. Marizete Cristina Bonafini Steinle, Jósé Adir Lins Machado, Vilse Vidotti Costa. Mari Clair Moro Nascimento, Regina Célia Adamus, Taíse Ferreira da Conceição Nishikawa, Reinaldo benedito Nishikawa. Vacaria 2016 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4 2 TENDÊNCIAS LIBERAIS ................................................................................ 5 3 TENDÊNCIAS PROGRESSISTAS ................................................................. 8 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 11 5 REFERÊNCIAS............................................................................................12 1 INTRODUÇÃO A educação pode ser considerada um dos pilares que sustentam nossa sociedade, comportamentos, culturas e opiniões. Sendo este um fator importantíssimo no meio em que vivemos, será apresentada de forma simplificada as Tendências Pedagógicas presentes em nossa sociedade, sendo elas as Tendências Liberais e as Tendências Progressistas o foco do estudo. 2 TENDÊNCIAS LIBERAIS As tendências liberais, até onde LIBÂNEO (2001) explica, se relacionam à ideia de que a escola tem o papel de formar alunos aptos a exercerem seus papeis na sociedade, direcionando-os a cumprir com os saberes adquiridos no processo de forma a melhor se encaixarem no mercado de trabalho, encaixando-os num modelo de ensino não-crítico aonde as desigualdades das condições de cada indivíduo não são levadas tanto em consideração. Neste caso o termo liberal, ironicamente não condiz com a nomenclatura num todo, sendo ele vigente no sistema capitalista, podemos entender que as diferenças entre classes continuam visíveis e essa tendência conservadora passa longe de ideias como educação “aberta”, “democrática” ou até mesmo “liberal”. A doutrina liberal apareceu como justificativa do sistema capitalista que, ao defender a predominância da liberdade e dos interesses individuais na sociedade, estabeleceu uma forma de organização social baseada na propriedade privada dos meios de produção, também denominada saciedade de classes. A pedagogia liberal, portanto, é uma manifestação própria desse tipo de sociedade. (LIBANEO, 2001, p.05; 06). 2.1 TENDÊNCIA LIBERAL TRADICIONAL Ainda hoje essa pedagogia está presente em nossas escolas, apesar de muitos livros afirmarem que seu período de duração foi mais ou menos de 200 anos, a partir da chegada dos padres jesuítas em 1549. O professor era autoridade máxima na sala de aula. Os alunos seguiam o modelo do professor, faziam exercícios repetidos, memorizavam. As atividades eram individuais e não existia trabalho em grupo. O professor tomava decisões sobre a metodologia e conteúdos e avaliações, se o aluno tirasse notas baixas os pais eram chamados na escola, o aluno decorava os conteúdos e o professor tomava a lição. Predominava uma disciplina rígida, havia castigo, suspensão e expulsão. Os alunos deviam obediência ao professor e assim essa tendência se considera ultrapassada apesar de ainda existir alguns professores conservadores. 2.2 TENDÊNCIA LIBERAL RENOVADA PROGRESSISTA Seguindo a perspectiva teórica de Libâneo, a tendência liberal renovada progressivista (ou pragmatista) acentua o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões individuais A escola continua, dessa forma, a preparar o aluno para assumir seu papel na sociedade, adaptando as necessidades do educando ao meio social, por isso ela deve imitar a vida. Se, na tendência liberal tradicional, a atividade pedagógica estava centrada no professor, na escola renovada progressivista, defende-se a ideia de "aprender fazendo", portanto centrada no aluno, valorizando as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural e social, etc., levando em conta os interesses do aluno. Como pressupostos de aprendizagem, aprender se torna uma atividade de descoberta, é uma autoaprendizagem, sendo o ambiente apenas um meio estimulador, conforme Libâneo. Só é retido aquilo que se incorpora à atividade do aluno, através da descoberta pessoal; o que é incorporado passa a compor. 2.3 TENDÊNCIA LIBERAL NÃO-DIRETIVA Essa tendência é muito próxima da Tendência Renovada Progressista, estando as duas intimamente vinculadas. O diferencial neste caso é questão de auto realização, onde ensinar é respeitar as capacidades inatas do aluno, sendo este responsável pelo própria aprendizagem. Logo notamos que a avaliação é proporcional a análise do próprio desenvolvimento, e dá-se espaço para a auto avaliação. 2.4 TENDÊNCIA LIBERAL TECNICISTA As tendências liberais tecnicista surge nos Estados Unidos na segunda metade do século XX, e chega no Brasil entre 1960 e 1970, com o objetivo de implementar o modelo empresarial na escola, ou seja, aplicar na escola o modelo de racionalização típico do sistema de produção capitalista. Com forte influências da psicologia americana behaviorista, o tecnicismo busca ensinar o aluno por meio de treinamento. Tinha como objetivo educacional as propostas econômicas e políticas, que na época era o regime militar. Nos tempos atuais temos o tecnicismo em “especial”, as escolas técnicas. O aluno escolhe o curso pretendido que geralmente é cursado em seis dias por semana durante três anos. A escola tecnicista tem como papel fundamental a formação de indivíduos. Cabe ao professor buscar a melhor forma de controlar as condições ambientais que assegurem a transmissão, ou seja, a recepção de informações. A relação professor-aluno passa a ser estruturada e objetiva, cabendo ao professor transmitir a matéria e as informações técnicas e o, objetivo do aluno é receber, aprender e fixar. A avaliação estava pautado na verificação formal, analisando a realização dos objetivos propostos pelo professor. 3 TENDÊNCIAS PROGRESSISTAS Mais voltada para o oque o aluno já sabe e precisa vir a saber, esta tendência se caracteriza, segundo LIBÂNEO(2001), pelo caráter de análise critica da realidade da sociedade, dando maior ênfase às finalidades sociopolíticas da educação. Porém esta é uma tendência difícil se conquistar espaço dentro do sistema capitalista, transformando-o assim num instrumento de luta dos professores e outras áreas interessadas nas mudanças sociopolíticas. 3.1 TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA Tanto a tendência libertadora quanto a libertaria têm um caráter anti autoritarista, e a ênfase da educação é dada através das relações e experiências que o aluno adquiri no decorrer de sua vida, sendo o foco principal as atividades em grupo, relacionando desta forma a própria autogestão e trazendo osconteúdos propriamente em segundo plano, pois o importante é a participação ativa desse aluno para com o meio em que vive. “codificação-decodificação, e problematização da situação - permitirão aos educandos um esforço de compreensão do "vivido", até chegar a um nível mais crítico de conhecimento da sua realidade, sempre através da troca de experiência em torno da prática social”. (LIBÂNEO,2001, p.23) 3.2 TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTARIA A Tendência Progressista Libertária parte do pressuposto de que somente o vivido pelo educando é incorporado e utilizado em situações novas, por isso o saber sistematizado só terá relevância se for possível seu uso prático. Segundo Libâneo, a ênfase na aprendizagem informal, via grupo, e a negação de toda forma de repressão, visam a favorecer o desenvolvimento de pessoas mais livres. No ensino da língua, procura valorizar o texto produzido pelo aluno, além da negociação de sentidos na leitura. Esta tendência caracteriza-se pela auto-gestão pedagógica, pelo processo de aprendizagem grupal, é uma educação popular, não formal. Professor e aluno são livres, um em relação ao outro, o professor é um orientador, que realiza reflexões em comum com os alunos cabe a ele ajudar o grupo a desenvolver-se. 3.3 TENDENCIA PROGRESSISTA CRÍTICO SOCIAL DOS CONTEÚDOS Podemos compreender essa tendência como uma forma de ensinar que favorece a apropriação da cultura, tendo o professor como mediador, o aluno interfere conscientemente na realidade em torno dele. Aprender neste caso se torna uma forma de reelaborar criticamente os saberes. Neste caso a avaliação tem o objetivo de promover situações para conhecer e compreender conteúdos e a forma da aprendizagem, para, em decorrência, conseguir conceder e implementar intervenções e mediações mais propicias à evolução do aluno. Aprender, dentro da visão da pedagogia dos conteúdos, é desenvolver a capacidade de processar informações e lidar com os estímulos, do ambiente, organizando os dados disponíveis da experiência. Em consequência, admite-se o princípio da aprendizagem significativa que supõe, como passo inicial, verificar aquilo que o aluno já sabe. O professor precisa saber (compreender) o que os alunos dizem ou fazem, o aluno precisa compreender o que o professor procura dizer-lhes. A transferência da aprendizagem se dá a partir do momento da síntese, isto é, quando o aluno supera sua visão parcial e confusa e adquire uma visão mais clara e unificadora. (LIBÂNEO, 2001. P.34) 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao compreender resumidamente as tendências apresentadas, podemos entender a importância de cada uma delas no processo educacional passado, presente e futuro, tendo uma visão dos objetivos a serem alcançados ao longo prazo com um panorama representativo do que buscamos como futuros orientadores/professores. Nota-se o caráter evolutivo da educação através da Tendência Progressista Critica dos Conteúdos, que permeia as melhores ideias e ações atualmente para a educação, levando em consideração que em muitos lugares e instituições continuam sendo apresentadas as ideias rígidas e orientadas por um padrão clássico/tradicional que em muito atrapalha na educação numa visão geral. O mundo muda a todo momento e faz parte do papel individual de cada um observá-lo. Na educação este papel não é só dos professores, mas com base nas tendências pedagógicas podemos orientar nosso trabalho para aquela maneira que mais se deque às necessidades reais. Desta forma compreender as tendências pedagógicas existentes, acaba por melhor situar o professor naquele proposito que ele busca abordar como orientador na educação. REFERÊNCIAS Acácia A. KUENZER e Lucília R. S. MACHADO, "Pedagogia Tecnicista", in Guiomar N. de MELLO (org.), Escola nova, tecnicismo e educação compensatória, p. 34. LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública: A pedagogia Critica Social dos Conteúdos. 2001. Págs.: 06; 07; 23; 34. 1 INTRODUÇÃO 2 Tendências liberais 2.1 Tendência liberal tradicional 2.2 TENDÊNCIA LIBERAL RENOVADA PROGRESSISTA 2.3 TENDÊNCIA LIBERAL NÃO-DIRETIVA 2.4 TENDÊNCIA LIBERAL TECNICISTA 3 TENDÊNCIAS PROGRESSISTAS 3.1 TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA 3.2 TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTARIA 3.3 TENDENCIA PROGRESSISTA CRÍTICO SOCIAL DOS CONTEÚDOS 4 CONSIDERAÇÕES fINAIS
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