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Aula 01 – Linguagem Coloquial e Norma Culta A linguagem verbal é aquela que se vale de palavras – sejam estas faladas, sejam estas escritas. Nesse caso, o código utilizado para manter a comunicação é a própria língua (portuguesa, inglesa, francesa etc.). Logo, o diálogo no WhatsApp e o bate papo são exemplos de linguagem verbal. Já a linguagem não verbal é aquela que utiliza outros códigos diferentes da língua. Essa linguagem pode se manifestar por meio das cores, dos gestos, de um olhar, da música etc. No exemplo do semáforo, a comunicação ocorre através das cores e, no caso da orquestra, através da música instrumental. O ambiente formal é aquele em que usamos a norma culta da língua, cujo registro segue o que está prescrito na gramática normativa. Trata-se de um padrão de linguagem adequado a situações como uma entrevista de emprego, uma reunião de trabalho ou mesmo uma palestra em um congresso. Já o ambiente informal é aquele em que usamos a linguagem coloquial, que dispensa formalidade. Trata-se da linguagem do cotidiano, adequada a situações como uma conversa entre amigos, uma festa, um bilhete que deixamos para nossa família na porta da geladeira ou mesmo uma troca de mensagens nas redes sociais. Fala x Escrita Isso significa que, quando falamos, planejamos menos do que quando escrevemos. Além disso, a fala nos permite deixar informações mais implícitas, em função do contexto que está ali, diante dos falantes, o que não ocorre na escrita. Por isso, a escrita deve ser mais elaborada, planejada e explícita. Norma-padrão X Coloquialismo MAU X MAL MAL é o oposto de BEM. MAU é o oposto de BOM. Para não se equivocar quanto ao uso de MAU e MAL, lembre-se: Observe que, nesse caso, a palavra MAU refere-se ao substantivos GAROTO. Logo, trata-se de um adjetivo. Mas e se, no lugar dele, usássemos o vocábulo GAROTA? Teríamos a seguinte oração: • A garota má ofendeu sua tia. • Afinal, os adjetivos podem variar em gênero e em número. Nesse caso, MAL é um advérbio. Por isso, não pode sofrer variação. Vamos testar essa teoria? Mude o termo GAROTO por GAROTA e verifique se haverá mudança de gênero do vocábulo destacado: • A garota está passando mal! Não houve alteração na palavra em destaque, porque os advérbios são invariáveis. Além disso, aqui, MAL não se refere ao substantivo GAROTA, mas modifica a locução verbal ESTÁ PASSANDO. Aula 02 – Verbo Gramática internalizada É o conjunto de regras que a criança internaliza durante o processo de aquisição da linguagem. Por que, por exemplo, uma criança fala “Eu já fazi” no lugar de “Eu já fiz”? Simples: porque ela ainda não conhece as exceções à regra de manutenção do radical do verbo nas conjugações. Gramática normativa A gramática normativa é um conjunto de regras gramaticais que estabelece um padrão de linguagem, cujo emprego deve se adequar aos contextos formais de uso da língua. Na verdade, essa gramática indica a formalidade de uso da língua. Sintaxe Para que possamos comunicar nossas ideias, os enunciados da língua devem aparecer em determinada ordem e estabelecer uma relação coerente entre si. Em outras palavras, nosso discurso precisa ser organizado com base em uma estrutura sintática que nos permita formar frases claras e objetivas. Frase nominal: Aquela que não apresenta verbo. Ex: Socorro! Uma barata. Frase verbal: Também chamada de oração, trata-se daquela que possui verbo. Ex: Vou socorrer você. Modos e Tempos Verbais: O VERBO é a unidade que significa ação ou processo organizado para expressar o modo, o tempo, a pessoa e o número. Transitividade verbal Quanto à transitividade, os verbos podem ser: • Transitivos indiretos Aqueles que exigem complemento preposicionado; • Transitivos diretos Aqueles que exigem complemento sem preposição; • Bitransitivos ou transitivos diretos e indiretos Aqueles que exigem os dois tipos de complemento. Regência verbal Em uma visão bem tradicional, a regência verbal é o estudo da relação de dependência entre os verbos e seus complementos. Lidamos o tempo todo com verbos que precisam ou não de complemento: é tão normal que não nos damos conta disso. Agora, parando para refletir, você já pensou que usar ou não uma preposição pode alterar o significado de um verbo? Por exemplo, considere que um juiz diga as frases a seguir: ASSISTIR: Ex: Eu assisto o jogo. Nesta frase, temos o sentido de “prestar assistência, ajudar, socorrer”: usa-se sem preposição. Ex: Eu assisto ao jogo. Já nesta, temos o sentido de “ver, presenciar” e, nesse caso, a preposição é obrigatória. Transitivo direto -> “prestar assistência, ajudar, acompanhar um doente”. Transitivo indireto -> “presenciar, ver; caber, pertencer”. Intransitivo -> “morar, residir” – pouco utilizado atualmente. LEMBRAR E ESQUECER: O verbo “lembrar” possui duas regências. Sendo assim, ele pode ser: • Transitivo direto – lembrar algo; • Transitivo indireto – lembrar-se de algo. PREFEIR: O verbo “preferir” tem o sentido de “escolher” e possui dois objetos. São eles: • Objeto direto, sem preposição – aquilo que escolhemos; • Objeto indireto, com preposição “a” – aquilo que deixamos em segundo plano. Eu prefiro pizza a cachorro quente. VTDI IMPLICAR: O verbo “implicar” é transitivo direto com o sentido de “acarretar”, “ocasionar”, e seu complemento – um objeto direto – não deve ser introduzido por preposição. O uso correto desse verbo pode ser observado no seguinte fragmento: GOSTAR: O verbo GOSTAR é regido pela preposição DE. Embora o apagamento da preposição nesse tipo de oração aconteça com frequência na fala de indivíduos considerados cultos, a gramática normativa nos prescreve o uso da preposição DE: Regência nominal Assim como acontece com os verbos, os nomes também podem ser transitivos, ou seja, podem necessitar de complementos para que apresentem significação completa. 1. A expressão correta é EM NÍVEL Exemplo: Essa questão será resolvida em nível federal. Lembramos que a expressão “a nível de” é um modismo a ser evitado. 2 . DELE ou DE ELE? O segredo é o verbo no INFINITIVO. Só podemos usar DE ELE quando houver esse verbo. Exemplo: Fizemos a surpresa antes de ele chegar ao curso. Essa regra também se aplica em outros casos, tais como: PREPOSIÇÃO + ARTIGO: Exemplo: As contratações cessaram depois de a polícia ter descoberto todo o golpe. PREPOSIÇÃO + PRONOME DEMONSTRATIVO: Exemplo: O médico comprou o equipamento, apesar de essa empresa não garantir a troca. 3. A forma prescrita é TEM DE. Embora o uso da forma “tem que” esteja consagrado e muitos autores considerem as duas formas aceitáveis, devemos utilizar, preferencialmente, a forma “tem de”. Exemplo: A família tem de pagar todas as dívidas. 4. PARA MIM ou PARA EU? Devemos observar que: a) “Eu” é um pronome pessoal do caso reto e exerce a função de sujeito; b) “Mim” é um pronome pessoal oblíquo tônico, NUNCA exerce a função de sujeito e, obrigatoriamente, deve ser usado com preposição: “a mim”, “de mim”, “entre mim”, “para mim”, “por mim” etc. Exemplos Ana trouxe o livro PARA EU ler. (= sujeito) Ana trouxe o livro para MIM. (= não é sujeito) No primeiro caso, há duas orações: “Ana trouxe o livro” = oração principal “para EU ler” = oração reduzida de infinitivo (= para que eu lesse) Nesse caso, devemos usar o pronome pessoal do caso reto (EU), porque este exerce a função de sujeito do verbo infinitivo (LER). Em síntese, a diferença entre PARA MIM e PARA EU está na presença ou não de um verbo (sempre no infinitivo) após o pronome. Portanto, sempre que houverum verbo no infinitivo, devemos usar os pronomes pessoais retos. Isso ocorrerá com qualquer preposição. Exemplos Minha irmã saiu da festa antes DE MIM. Ela voltou para o escritório antes DE EU chegar. Nossos professores fizeram isso POR MIM. Mariana fez isso POR EU estar cansada. Observe, no entanto, a mudança no significado trazida pelo uso da vírgula: PARA EU sair de casa, foi preciso organizar minhas finanças. PARA MIM, vender meu primeiro imóvel foi uma grande conquista. Na primeira frase, o pronome pessoal reto (EU) é o sujeito do infinitivo (SAIR). Já na segunda frase, a vírgula indica que PARA MIM está deslocado. Nesse caso, devemos usar o pronome oblíquo (MIM), pois este não é o sujeito do verbo VENDER. 5. Não há nada ENTRE EU E VOCÊ ou ENTRE MIM E VOCÊ? Como explicamos anteriormente, “Eu” é pronome pessoal do caso reto e só pode ser usado na função de sujeito: Com verbo no infinitivo – Não há nada ENTRE EU sair e você ficar em casa; Sem verbo no infinitivo – Não há nada ENTRE MIM E VOCÊ. 6. A QUEM Quando o substantivo que antecede o pronome relativo é pessoa, podemos usar o pronome “quem”. Exemplo: Aquele é o professor A QUEM enviei o trabalho. 7. DE QUE, DE QUEM ou DO QUAL? Estes são os processos DE QUE (ou DOS QUAIS) o escritório dispõe. (= o escritório dispõe DOS PROCESSOS) Estes são os advogados DE QUEM ou DOS QUAIS o escritório dispõe. (= a empresa dispõe DOS ADVOGADOS) ATENÇÃO! O pronome relativo QUAL deve ser usado sempre que vier antecedido de preposição que não seja monossílaba (“após”, “contra”, “desde”, “entre”, “para”, “perante”, “sobre” etc.). Exemplos Este é o livro SOBRE O QUAL falei ontem. Esta é a ocasião PARA A QUAL eles se prepararam tanto. 8. CUJO O pronome relativo “cujo” deve ser usado sempre que houver ideia de posse. Exemplos: Ali está o cozinheiro DE CUJO bolo ninguém gostou. A preposição “de” é exigência do verbo “gostar”. Este é o autor A CUJA obra eu me referi. A preposição “a” é regida pelo verbo “referir”. Aquele é o filósofo COM CUJAS ideias eu não concordo. A preposição “com” é regida pelo verbo “concordar”. Veja a revista EM CUJAS páginas li sobre aquela nova dieta. (= eu li sobre aquela nova dieta NAS PÁGINAS) Encontrei na livraria o romancista CUJA obra foi premiada. (= A OBRA foi premiada -> sem preposição) ATENÇÃO! Não usamos artigo definido entre o pronome “cujo” e o substantivo. Exemplo: Na próxima rua, temos a universidade CUJO aluno inventou o novo chip. 9 – PROMONE RELATIVO Os pronomes relativos aparecem precedidos de preposição quando os verbos que acompanham são regidos por preposições. Exemplos Compro sempre naquela loja os doces DE QUE eu gosto tanto. O mecânico A QUEM eu chamei mais cedo já chegou. Dr. Jorge é o médico EM QUEM meus avós tanto confiam. 10- O pronome “que” O pronome “que” pode aparecer: Com ou sem preposição – quando substituir coisa; Sem preposição – quando substituir pessoa (equivale a QUEM); Exemplos Os refrigerantes QUE compramos acabaram rápido. Os refrigerantes DE QUE precisávamos para a festa não chegaram. As senhoras QUE cumprimentamos eram muito simpáticas. As senhoras A QUEM convidamos para a festa não vieram. Aula 04 – O USO DA VÍRGULA 1- Enumerações Analise o exemplo a seguir: Cléo Pires, Fábio Jr. e mais aparecem em 1º trailer de ‘Qualquer gato vira-lata 2’ Você sabe por que há vírgula entre “Cléo Pires” e “Fábio Júnior”? Simples: porque sempre devemos usá-la para separar elementos listados. 2- Apostos explicativos A vírgula deve ser usada para separar explicações que estão no meio da frase – aquelas que interrompem o pensamento, chamadas de apostos explicativos (termos ou expressões que se referem a um substantivo para ampliar seu significado. Esse tipo de aposto pode ser retirado da frase sem causar prejuízo a sua significação como um todo). O trecho a seguir, retirado de uma notícia, apresenta exemplos dessa particularidade da língua: A nova princesa da Inglaterra, filha da duquesa de Cambridge, Kate Middleton, e do príncipe William, nasceu às 8h 34m deste sábado (2) em Londres (4h 34m) de Brasília, segundo o Palácio de Kensington, sua residência oficial. A menina e a mãe passam bem Nesse caso, os apostos explicativos – “filha da Duquesa de Cambridge’” e “Kate Middleton” – devem ficar entre vírgulas. 3- Adjunto adverbial antecipado A vírgula deve ser usada para separar o lugar, o tempo ou o modo que vier no início da frase – aquilo a que chamamos de adjunto adverbial antecipado, como mostra o exemplo a seguir: De janeiro a abril deste ano, foram 286 mil casos confirmados e 74 mortes. TO, PE, AL, SE, BA, RR e MT tiveram alta em total de casos, diz governo. 4- Vocativo e anacoluto Como tratamos do padrão frasal, aproveite a dica: se há vocativo na sentença, devemos usar a vírgula. O mesmo vale para os anacolutos (figuras de linguagem que representam quebras de padrão frasal. Exemplo: Saúde, quem não precisa dela?). Observe, agora, a importância da vírgula nos dois exemplos a seguir fornecidos por Silva 1. Dr. José Carlos vem aqui. -> (Sem vírgula = afirmação) (SUJEITO) (VERBO) 2. Dr. José Carlos, vem aqui. -> (Com vírgula = chamamento) (VOCATIVO) (VERBO) 5- Incisos explicativos, retificativos ou continuativos Analise o exemplo a seguir: Em 1943, já eram 36 os navios mercantes brasileiros afundados por submarinos alemães perto da costa catarinense durante a Segunda Guerra Mundial. Aliás, um desses submarinos, o U-513, foi recentemente localizado pelo velejador Vilfredo Schurmann. Como explicar o uso da vírgula em: “Aliás, um desses submarinos [...]”? Esse emprego se justifica porque a vírgula separa incisos explicativos, retificativos ou continuativos. São alguns deles: ou melhor, isto é, a saber, ou antes, digo, por assim dizer, por isso, além disso. 6- Supressão do verbo A vírgula também pode ser usada para marcar a supressão do verbo. Exemplos: Você traz o café e eu, o pão. (trago) Ele não nos entende nem nós, a ele. (entendemos) 7- Isolamento de datas A vírgula deve ser usada para separar o nome da localidade nas datas, como mostra o exemplo a seguir: Após o tumulto causado pela paralisação por duas horas das linhas 1 e 2 do Metrô, nesta terça-feira, (23/07/2014), o presidente da Rio Eventos, da Prefeitura do Rio, Leonardo Maciel, declarou ao Bom Dia Rio desta quarta-feira, que a quebra do metrô causa um impacto ruim na cidade, no entanto, “é uma lim itação de infraestrutura que a gente tem na cidade”. Ponto e vírgula 1. Quando a vírgula marca a omissão de um verbo Neste caso, pode haver, antes do sujeito desse verbo, uma pausa representada pelo ponto e vírgula ou pelo ponto simples. Exemplo: O general não temia o que lhe podia acontecer; os soldados, sempre. (temiam) 2. Em enumerações Geralmente, observamos este caso em textos jurídicos – leis, artigos, decretos etc. – e em livros didáticos. Usamos o ponto e vírgula principalmente se os elementos enumerados forem relativamente extensos e numerosos. Veja o exemplo a seguir, em que cada elemento que faz parte da enumeração é um período composto, ou seja, um período com mais de uma oração: “Havia vários fatores que corroboravam sua personalidade violenta: morava em uma região muito violenta, na qual tiros e facadas eram algo comum; nunca teve acesso à escola e à boa informação, por não desfrutar as condições econômicas básicas para isso; era espancado pelo pai quando tinha seis anos de idade; etc.”. 3. Com conjunções intercaladas Quando optamos por colocar estes conectivos entre vírgulas – em posiçãonão inicial na oração –, o ponto e vírgula é uma ótima opção para marcar a pausa entre as orações. Exemplo: Jonas tem muito dinheiro; não pode, porém, desfrutar suas vantagens. Aula 05 – Ortografia PROPAROXITONA: Todas as palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima são acentuadas. Observe, no exemplo ao lado, que o autor da placa NÃO seguiu essa regra. A palavra “única” é proparoxítona. Por isso, leva acento. OXITONA:Quando a sílaba tônica for a última e a palavra terminar em -a, -e, -o e -em, seguidos ou não de -s, o vocábulo será acentuado. Exemplos: cajá, café, cipó, também. PAROXITONA: Em português, o grupo de palavras cuja sílaba tônica é a penúltima é muito grande. Por isso, há muito mais regras para a acentuação de paroxítonas. Acentuamos aquelas que NÃO terminam em -a, -e, -o, -em e seus plurais – exatamente o oposto do que vimos anteriormente. Exemplos: sabia x sabiá; atlas x atrás; xale x chalé; maio x maiô; mentem x mantém. O vocábulo “gaúcho” não foi acentuado nessa placa, mas leva acento. Você sabe por quê? Apesar de ser uma palavra paroxítona terminada em -o, esta é uma exceção da Língua Portuguesa: o “u” tônico forma um hiato e está sozinho na sílaba (ga – ú – cho). Por isso, o termo requer acentuação. As palavras paroxítonas cujas vogais tônicas “i” e “u” são precedidas de ditongo decrescente NÃO são acentuadas. Exemplos: feiura, baiuca. Crase PREPOSIÇÃO “A” + ARTIGO “A”, tal união é marcada por aquilo que chamamos de acento grave – e não de crase. O uso do acento indicativo de crase é mais importante do que possa parecer, pois nos auxilia na depreensão correta dos sentidos de uma frase. Como você viu, usamos a crase antes de substantivo feminino e depois de palavra que exige a preposição “a” em seu complemento. Anexar Analise os exemplos a seguir com o verbo “anexar”: Favor, anexar à folha o mapa estatístico. Favor, anexar a folha ao mapa estatístico. Esse verbo é bitransitivo e tem o sentido de “juntar, incorporar” um objeto ou alguém a outro. Logo, necessita de um complemento direto (sem preposição) e um indireto (com preposição). Na primeira frase, o mapa deve ser unido à folha. Já na segunda, solicita-se o oposto: a folha tem de fazer parte do mapa. Sugerir O verbo “sugerir” pode ter duas regências: sugerimos algo a alguém – com dois complementos (direto e indireto) – ou, simplesmente, sugerimos algo. Analise os exemplos a seguir: Sugeriu à diretoria a concentração de esforços nas fábricas e no campo. Sugeriu a diretoria que concentrássemos esforços nas fábricas e no campo. Na primeira frase, a sugestão é dada à diretoria. Disso resulta o uso da crase. Lembra-se da regra de substituição da palavra do gênero feminino para o masculino? Se mudarmos “diretoria” por “donos”, teremos: Sugeriu aos donos a concentração de esforços nas fábricas e no campo. Nesse caso, há, portanto, acento indicativo de crase. Já na segunda frase, “a diretoria” é o sujeito da oração principal, e a sugestão é dada por ela. Se colocarmos a frase na ordem direta, teremos: A diretoria sugeriu que concentrássemos esforços nas fábricas e no campo. EXEMPLOS: MAS x MAIS Podemos diferenciar estas duas palavras a partir de seu significado. Observe: MAIS = ideia de quantidade MAS = ideia de oposição (porém, contudo, entretanto, todavia) Exemplo: Você sempre gasta mais do que deve, mas consegue juntar dinheiro mesmo assim. PORQUÊS Existem vários porquês na Língua Portuguesa. Saiba em que casos devemos usar cada um deles: POR QUE = pronome interrogativo no início da pergunta Exemplo: Por que ela não veio à festa? POR QUE = pelo(a) qual Exemplo: A estrada por que passamos era escura e deserta. POR QUÊ = pronome interrogativo no final da pergunta Exemplo: Ela não veio à festa. Você sabe por quê? PORQUE = pois Exemplo: Ela não veio à festa, porque não tinha uma roupa adequada. PORQUÊ (substantivo) = motivo, razão Exemplo: O namorado de Maria sabe o porquê de tudo. ASCENDER x ACENDER Podemos diferenciar estas duas palavras a partir de seu significado. Observe: ASCENDER = subir ACENDER = pôr fogo, incendiar Exemplos • O débito da empresa ascendeu a R$ 20 milhões. • O mordomo acendeu a lareira para a madame. EMINENTE x IMINENTE Podemos diferenciar estas duas palavras a partir de seu significado. Observe: EMINENTE = elevado, nobre IMINENTE = próximo, imediato Exemplos • O eminente líder apresentou suas ideias. • Perigo iminente! AFIM x A FIM Podemos diferenciar estas duas palavras a partir de seu significado. Observe: AFIM = semelhante A FIM = finalidade Exemplos • Os irmãos possuem temperamentos afins. • Estamos aqui, a fim de estudar.
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