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PROSPECÇÃO ATRAVÉS 
DE MINERAIS GUIAS
 TURMALlNA COMO GUIA PROSPECTIVO
 SCHEELlTA COMO GUIA PROSPECTIVO
 GAHNITA COMO GUIA PROSPECTlVO
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PROSPECÇÃO ATRAVÉS DE MINERAIS GUIAS
Uso de minerais que compõem a ganga de minérios, objetivando o rastreamento e a localização de depósitos metálicos e não metálicos
Minerais mais estudados: Magnetita Ilmenita
		 Feldspato Turmalina 
		 Muscovita Scheelita e
				 Gahnita 			
 
TURMALlNA COMO GUIA PROSPECTIVO - um dos mais importantes p/ pesquisa
- Grande resistência aos processos de intemperisação (assinatura geoquímica preservada)
- Depositário significativo de boro na crosta 
- Mineral acessório bastante comum nas rochas sedimentares, metamórficas e ígneas.
 - Forma-se onde ocorre grande disponibilidade de Boro. 
 - Encontra-se relacionada => seqüências evaporíticas e 
		 => sistemas submarinos hidrotermais. 
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TURMALlNA COMO GUIA PROSPECTIVO
Turmalinitos estratiformes – piso oceânico (sub-sea Door replacement) e 		 		- processos exalativos (exalitos), interface sedimento- água, associados 		a salmouras) 
Turmalina encontrada nas mineralizações stratabound associadas a sedimentos é 				resultado de atividade exalativa nos rifts.
Características que tornam a turmalina útil para exploração geoquímica:
 Cristalizar durante as últimas fases da diferenciação magmática, sendo concentrada nos pegmatitos, aplitos e veios hidrotermais e como min. hidrotermal;
 Complexa estrutura química que permite variabilidade composicional;
 Retirar elementos maiores, menores e traços do seu ambiente de cristalização. (sua capacidade de incorporar vários cátions, se obtém assinatura geoquímica do meio a partir do qual cristalizou => pode-se tirar informações de caráter prospectivo e petrogenético
 Associada a vários depósitos minerais, cristalizando c/ minerais de minério;
 Mineral estável que resiste ao intemperismo e a muitos eventos de alteração. Pode sobreviver ao metamorfismo de alto grau retendo suas características primárias, química e textural.
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	Composição e assinatura química da turmalina
Representa um dado importante para indicar o provável ambiente (ígneo, metamórfico e hidrotermal) de geração de um depósito mineral. 
Turmalinas derivadas de mineralizações em sedimentos/depósitos exalativos tendem para o campo dravita 
Turmalina relacionada a sistemas graníticos cai no campo composicional da schorlelbaíta 
Atividades exalativas só quando turmalinitos estratiformes estão associados a níveis de granada ricas em manganês (coticules).
Freqüentes e importantes associações c/ jazidas minerais 
depósitos hidrotermais de Sn-W relacionados às rochas graníticas, 
depósitos stratabound de W, 
depósitos de sulfetos maciços associados a sedimentos e 
depósitos de ouro
 Essa metodologia prospectiva foi aplicada com sucesso em diversas áreas do mundo, permitindo a descoberta de importantes depósitos de sulfetos maciços (ex. Apalachianos-Caledonianos na América Norte e El Correo, no México)
Nível turmalinítico na mina de ouro de Passagem de Mariana, MG.
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	Composição e assinatura química da turmalina
A investigação de elementos traços da turmalina relacionada aos diversos ambientes: 
granitos, pegmatitos e aplitos, 
depósitos hidrotermais, 
depósitos auríferos, 
depósitos de cobre porfirítico, 
depósitos de sulfetos vulcanogênicos, 
depósitos de estanho, 
depósitos estratiformes de Pb-Zn-Ag e hidrotermais
Pode ser efetuada pelos métodos analíticos, exemplo:
Absorção Atômica, 
Espectrografia Ótica de Emissão, 
Microssonda Eletrônica, 
Ativação Neutrônica, ICP-AES e ICP-MS.
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	Composição e assinatura química da turmalina
Diagrama Al-Fe-Mg (Henry & Guidotti, 1985), em proporções moleculares - turmalinas do pegmatito Capoeira
(1) Aplitos e pegmatitos graníticos ricos em Li, (2) Granitóides pobres em Li e pegmatitos
a eles associados, (3) Rochas quartzo-turmaliniferas ricas em Fe3+, (4) Metapelitos e metapsamitos associados com fases saturadas em Al, (5) Metapelitos e metapsamitos não saturados em Al, (6) Rochas metapelíticas calciossilicáticas e quartzo-turmaliníferas ricas em Fe3+, (7) Rochas metaultramáficas pobres em Ca e metassedimentares ricas em Cr e V, (8) Metapiroxenitos e metacarbonatos.
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	SCHEELlTA COMO GUIA PROSPECTIVO
Estudos sobre a metalogenia do ouro => sua ocorrência em faixas greenstone belts se enquadra no modelo mineralizações em zonas cisalhamento. 
Mineralizações auríferas - relacionadas a paragênese sulfetada com arsenopirita, pirita e pirrotita dominantes e c/ampla gama de elem. subordinados, como tungstênio.
A associação Au-W é freqüente - registrada em:
- Zonas de descargas de sistemas geotermais em fundos oceânicos. 
- Minas em granito-greenstone, da África do Sul, Botswana, índia, Canadá e Austrália. 
	Nessas áreas o W é encontrado sob forma de scheelita.
Scheelita como um traçador estratégico e tático
No Brasil, a associação ouro-scheelita foi determinada em:
 - Diversas minas do Quadrilátero Ferrífero (Morro Velho, Galo, Bicalho, Geriza, São Bento, Cuiabá) 
 - Associadas ao Greenstone Belt Rio das Velhas
 - Minas de ouro do Greenstone Belt do Rio Itapicuru (Faz. Brasileiro e Maria Preta). 
 
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Scheelita como um traçador estratégico e tático
A estreita correlação da scheelita com mineralizações de ouro dessas áreas permitiu indicá-la como traçador estratégico (fig.1) => capaz de determinar ZC auríferas.
 
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Scheelita como um traçador estratégico e tático
 Em Maria Preta => W tem estreita relação c/ teores mais elevados de ouro = traçador do tipo tático (fig. 2), capaz de indicar corpos mais intensamente mineralizados.
 
Vantagens do uso da scheelita
A prospecção de ouro em greenstone belt é efetuada através da contagem do número de pintas de ouro (em sed. drenagem ou solos) e pela geoquímica do arsênio. 
Vantagens do uso da scheelita como traçador estratégico sobre métodos convencionais: 
Com relação à contagem das pintas de ouro em sedimentos de drenagem: 
Não necessita bateador experiente (especialista em contar pintas) p/ obtenção do concentrado. 
Com relação à amostras de solo, a superioridade da scheelita é nítida:
Tratamento não necessita ser tão rigoroso e controlado (deslamagem c/ cal ou outro desfloculante; pré-concentração em calha sluice, bateamento cuidadoso) quanto no caso das pintas de ouro. 
Contagem dos grãos de scheelita também é mais fácil do que contar pintas de ouro, pois é efetuada c/ lâmpada ultravioleta ondas curtas, aproveitando-se da cor de fluorescência característica apresentada por esse mineral e que faz com que ele se destaque dos demais constituintes do concentrado.
Comparando-se c/ geoquímica do arsênio, qualquer vantagem desta metodologia é anulada pelo custo e tempo despendido para análise química do material.
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	GAHNITA COMO GUIA PROSPECTlVO
Associada aos ambientes vulcânicos exalativos ocorre uma série de finos níveis estratificados representados por rochas denominadas exalitos, nos quais encontram-se enquadrados os níveis de quartzo-gahnita. 
Nesse caso em particular, a gahnita (um espinélio de zinco - óxido de alumínio e zinco. 44% de ZnO, 56% de Al2O3 ) pode ser usada como guia para a prospecção de depósitos de pequeno porte de metais base de Pb, Zn em um modelo do tipo Broken Hill.
Esse mineral também é encontrado freqüentemente associado aos pegmatitos mais evoluídos do tipo tântalo-litiníferos, representando um guia prospectivo para esse tipo de depósito.
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	GAHNITA COMO GUIA PROSPECTlVO
Diferenciar as gahnitas de origem ígnea das de origem metamórfica, utilizando-se o diagrama (Zn + Mn) / Al x (Fe + Mg) / Al (figura 3).

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