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Resumo do Livro de Prospeccao Mineral

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Capítulo 1 
O que pesquisar? 
Fazer um estudo de mercado, a partir de projeções de uma demanda futura, 
determinando assim as substâncias mais importantes. 
Onde pesquisar? 
Localizar um prospecto que possa ser tornar uma jazida mineral. 
Prospecção em superfície – compreende todos os tipos de serviços necessários 
para se encontrar e caracterizar um depósito mineral, considerando as relações 
custos/benefícios na hora da escolha da metodologia mais adequada para a pesquisa 
do bem mineral. Essa fase se subdivide nas seguintes sub-etapas: mapeamentos 
geológicos de semi-detalhe (1:20.000/1:25.000), amostragens de afloramentos, 
prospecção geoquímica por sedimentos de corrente, concentrados de minerais 
pesados e solos, prospecção aluvionar strictu sensu, prospecção geofísica, abertura 
de cavas, poços e trincheiras e sondagens, rotativas diamantadas, Banka e trado. 
Nesta etapa são desenvolvidos ainda os estudos de pré-viabilidade técnico-
econômica, integrando os diversos aspectos geológicos, tecnológicos e econômicos. 
 
Avaliação dos Depósitos – abrange os levantamentos geológicos e topográficos 
detalhados (1:1.000), campanhas de sondagens (poços, trados, rotativas 
diamantadas, etc.) e os trabalhos mineiros tais como a execução de shafts, galerias e 
planos inclinados. Essa etapa visa bloquear reservas e verificar os teores do minério. 
 
 
 
 
Conceitos Básicos 
 
Jazidas e ocorrência minerais 
 
Alinha o teor do minério, a existência de métodos de beneficiamento apropriados e etc. 
Distância da jazida em relação ao centro de consumo, o custo da tonelada do minério, 
a extensão e o tipo de jazida, commodities, associação de minerais ao depósito que 
podem valorizá-lo ou onerá-lo, as rochas encaixantes e as novas tecnologias. 
 
O que é minério? 
 
É uma rocha que contém os minerais ou metais de interesse envolvidos por uma parte 
estéril correspondentes às rochas encaixantes. Formado pelo mineral minério e pela 
ganga (minerais sem valor comercial). Processos químicos e físicos como britagem, 
moagem, concentração gravimétrica, flotação, etc, irão separar a parte útil do minério 
(concentrado), da ganga (rejeito). 
 
Classificação simplificada das jazidas minerais 
 
Relacionados à litotipos específicos – Dentre elas podem ser indicados os depósitos 
ligados: 
rochas graníticas (depósitos do tipo Cu-Mo; greisens (depósitos de cassiterita, RO); 
escarnitos (scheelita em tactitos da região de currais novos, RN); 
pegmatitos (cassiterita e tantalita da província pegmatítica de são joão del rei, MG); 
filões hidrotermais (filões de wolframita de nova trento, SC); 
rochas alcalinas (depósito de baddeleyeta e zircão de poços de caldas, MG); 
rochas básicas (depósito de cobre de caraíba, BA) e ultrabásicas 
(cromitaestratiformes); 
rochas kimberliticas (diamante na serra da canastra, MG); 
greenstone belt (mina de ouro da fazenda brasileiro, sulfeto de níquel de fortaleza de 
minas, MG, depósitos de metais base de Cu/Zn da fazenda são jerônimo, itutinga, 
MG); 
rochas sedimentares (stratabound de Cu de santa maria, RS; as camadas de carvão 
do sul do brasil; a gipsita da chapada do araripe). 
 
relacionadas a processos exógenos 
 
concentração residual (depósitos de fosfato de jacupiranga, sp; nióbio de araxá, MG; 
ligados a rochas carbonatíticas); 
alteração e enriquecimento superficial (Mn da serra do navio, AP, e morro da mina, 
MG); 
intemperismo/ processos pedogênicos (bauxito de porto trombetas, PA, e níquel de 
niquelândia, GO); 
depósitos detríticos (aluvião estaníferas, mina de cassiterita de pitinga, AM, auríferas, 
aluviões do rio madeira, RO e diamantífera, aluviões do rio jequitinhonha, em são joão 
da chapada, MG). 
 
Dimensões e formas dos corpos mineralizados 
 
O conhecimento das dimensões, volume/tonelagem, expressão superficial, a área 
ocupada pelo depósito. Quanto às formas os depósitos minerais ocorre na natureza, 
geralmente, como: 
Disseminações, em que mineral-minério de baixo teor encontra-se contido em grandes 
volumes de rocha (shilierren, stockworks); camadas (corpos estratiformes); lentes; 
filões, diques e sills; chaminés e pipes; amas (corpos com dificulade de definir sua 
geometria). 
 
Controle das mineralizações 
 
Os ambientes tectônicos, representam um dos principais controles da distribuição das 
mineralizações econômicas. As mineralizações, concentram-se em determinado 
período de evolução da crosta (Época Matalogenética). 
Estabeleceu-se uma série de associações entre litologias e mineralizações, tais como: 
granito e cassiterita; rochas ultrabásicas e cromita. 
Controle de caráter local como zonas de fraturas; ou controles regionais como grandes 
lineamentos e zonas de cisalhamento). 
Quando os controles geológicos das mineralizações são válidos para toda a crosta 
terrestre eles passam a ser denominados de metalotectos.Sendo os principais: 
 
 
- litológico e estratigráfico 
- controle paleogeográfico 
- controle estrutural 
- controle fisiográfico (geomorfologia) 
 
Capítulo 2 
 
A escala de trabalho leva em consideração o tamanho das áreas a serem exploradas. 
Os grandes depósitos possuem escalas menores e malhas mais abertas que os 
jazimentos de pequeno porte. 
 
- Fase de exploração geológica 
 
Utiliza mapas existentes nas escalas 1:50.000 e 1:100.000, na falta dessa escala pode 
ser usado 1:250.000. 
Deve-se realizar perfis geológicos, que cotem transversalmente as estruturas 
geológicas; visitar às jazidas e ocorrências na região, descrever a relação com a rocha 
encaixante, tipo de mineralização e paragênese mineral; coleta não sistemática de SC, 
CB e afloramento. 
Encaminhamento dos pedidos de pesquisa para DNPM ou ANM (?), para a obtenção 
dos alvarás de pesquisa. 
 
- Fase de prospecção em superfície 
 
Elaboração de mapas geológicos da área (1:20.000/1:25.000), escala de semidetalhe 
com base em fotografias aéreas e dos alvos (≤ 1:10.000). Obs: < 10km2 de 1:10000 a 
5000; 1 km2 de 1:2500 a 2000; e em áreas < 1 km2 1:1000). 
Nesta etapa é necessário que se faça pontos por centímetro quadrado de mapa, para 
isso é necessário a implantação de uma base planimétrica: primeiramente é 
necessário se traçar uma LB paralela as estruturas regionais os espaçamentos dos 
piquetes nessa LB é definida de acordo com a escala. Depois sobre cada piquete são 
abertas picadas ortogonais a LB e serão colocadas estacas espaçadas de acordo com 
a escala (o planejamento do estaqueamento deve ser feito preliminarmente em mapa). 
 
- Fase de avaliação 
 
Criação de mapas de detalhe, desenhos em base precisa, escala 1: 1.000. Todos os 
dados de subsuperfície devem ser perfeitamente amarrados, calcular a cota faz bocas 
de poços, pois essa informação será importante para calcular o volume. 
Capítulo 3 
 
Utilização de mapas topográficos disponíveis onde se devem procurar os possíveis 
controles ou indicadores da presença de mineralizações, alinhamento de rios, altos 
topográficos, topos de morar aplainados, toponímias. 
Observações de campo também são bem importantes como vegetação e solo, fazer 
uma análise criteriosa da paisagem. 
Cristas de morros sustentadas por rochas mais duras, zonas silicificadas, chapéu de 
ferro (gossan), formações ferríferas, etc. 
Calmina violácea na identificação de áreas favoráveis para Zn. 
Solos férteis (terra roxa), solos fosfáticos são férteis. 
A presença de estruturas preservadas. Utilização de métodos geofísicos. 
 
Guias prospectivos nas campanhas de exploração 
 
Minerais ou rochas que servem de indicadores da existência de mineralizações, que 
são denominados os guias prospectivos. 
As mineralizações do tipo Cu-porphyry estão relacionadas, temporal e espacialmente, 
com as intrusões graníticas de textura porfirítica e , esquematicamente, apresentam 
quatro zonas (todas silicáticas): potássica, fílica, propilítica e argílica ( entre a fílicapropilítica) 
 
 
 
 
 
 
 
 
A laterização por ser um processo de pedogenização, tem caráter regional, sua 
distribuição é mais generalizada e seus produtos distribuídos em uma área ampla. Por 
outro lado o gossan ( chapéu de ferro) é encontrado em uma área mais restrita. 
 
Unidades geológicas interessantes do ponto de vista prospectivo 
 
Um exemplo importante são de horizontes fosforíticos, uma sequência de sedimentos 
carbonosos, calcários e cherts são encontrados. Em áreas metamorfizadas encontra-
se xisto ou gnaisses pelíticos, mármores e quartzitos. 
 
 
 
As faixas khondalíticas são bastante interessantes do ponto de vista do seu potencial 
mineral em virtude delas apresentarem uma gama de depósitos, tais como os de 
manganês, grafita, ferro, bauxito e gemas. 
As mineralizações calciossilicatadas são formadas a temperaturas entre 200 e 350 °C 
e a profundidades entre 3 a 1 Km. 
 
 
 
Equipamentos 
 
GPS; cintilômetro; lâmpada ultravioleta; trado; SC; CB; lupa binocular; imã 
embuchado; placa de petri; reagentes para teste químico. 
 
Teste químico expeditos 
 
Jerome e Gertrude, servem para oxido de chumbo e zinco; cassiterita; fosfato 
 
Capitulo 4 
 
AEROGEOFÍSICA 
 
Magnetometria 
Presença de magnetita, ilmenita e pirrotita. 
 
Gamaespectrometria 
Presença de pechblenda, uraninita, torita, etc. 
Depósitos IOCG com presença de U associado. 
Principalmente raios gama, maior poder de penetração, terrestres e 
aerolevantamentos. 
 
GEOFÍSICA TERRESTRE 
 
VLF (very low frequence) 
Utilizados em minerais metálicos, água subterrânea e mapeamento de estruturas 
 
Resistivimétrico 
Indicar em subsuperfície as variações verticais e/ou horizontais de resistividade. 
 
Polarização induzida (IP) 
Utilizado para minérios sulfetado, grafita óxidos metálicos (magnetita, pirolusita), 
metais nativos (arsenietos e metais de brilho metálico) 
Manifesta-se quanto menor for a granulação do material. 
 
Magnetotelúricos 
O método é usado na exploração de petróleo, variação temporal natural do campo 
magnético da Terra como fonte geradora de sinal. 
 
GPR (Ground Penetration Radar) 
Utilizado para pedreiras de rochas ornamentais, pois permite detectar com segurança 
a presença de settings de fraturas, inclusive as de alívio (horizontais). Mede a 
velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas. Pequenas profundidades 
(duas dezenas de metros) 
 
Capítulo 5 
Procura medir sistematicamente o conteúdo em um ou mais elementos traços contidos 
nos mais diversos tipos de materiais como, SC, CB, solos e rochas, água e vegetação, 
para ressaltar a presença de anomalias geoquímicas, que contrastem com o ambiente 
que representa o fundo geoquímica ou background. 
Dispersão primária (formação do concentrado mineral (hidrotermal)) 
Dispersão secundária (alteração superficial e geomorfológica) 
 
Mobilidade dos elementos 
Maior ou menor facilidade com que um elemento se move em um meio natural 
específico. Depende de fatores físico, químicos e mecânicos. No ambiente primário é 
geralmente alta e depende de fatores físicos como a viscosidade do magma, e no 
secundário, a mobilidade se encontra relacionada a fatores mecânicos como espaço 
dos poros, tamanho e densidade dos grãos etc; 
Elementos móveis (como metais base Cu, Zn e Pb) se solubilizam com facilidade e 
são carreados em solução nas águas subterrâneas, proporcionando a dispersão 
química; 
Elementos imóveis (como Sn, Nb, Ta, Cr e Ti) dificilmente se solubilizam, sua 
dispersão se dá através de desagregação e transporte dos minerais que contenham 
esses elementos, ou seja, dispersão mecânica. Minerais como ouro, cassiterita, zircão, 
rutilo, ilmenita, monazita etc. 
 
Associação de elementos (ex.: Pb-Zn-Cu) 
Em virtude de apresentarem uma certa capacidade migracional similar, determinados 
elementos tentem a se agrupar em um mesmo tipo de deposito constituindo 
associações minerais especificas. Elementos (ex: 
Li/Be/Cs/Nb-Ta) que permanecem associados durante a atividade ígnea e 
metamórfica podem se desassocias durante o intemperismo e sedimentação, o que 
leva a identificação de elementos rastreadoes (pathfinders), que são elementos 
relativamente moveis de uma determinada associação, na busca de um determinado 
tipo de corpo mineral. 
Elemento indicador: um dos principais elementos do minério e Pathfinder: associado a 
mineralização . 
 
 
 
 
 
Campanha de prospecção geoquímica 
Tem o objetivo de localizar padrões anômalos que se destacam da paisagem 
geoquímica e que podem ou não estar relacionados às zonas mineralizadas, fases: 1° 
PROSPECÇÃO GERAL OU RECONHECIMENTO REGIONAL (Percorrer a região em 
malha larga para reconhecimento das características geográficas, geológicas, 
pedológicas. Nem tão sistemático nem tão irregular; 2°) TRABALHOS 
SISTEMÁTICOS dividida em duas sub-etapas: PROSPECÇÃO ESTRATÉGICA 
(Trabalhos mais sistemáticos visam colocar em evidencia as zonas anômalas 
possivelmente relacionadas ao corpo mineralizado. Envolve coleta de amostras de SC 
e CB ao longo das drenagens); PROSPECÇÃO TÁTICA OU DE DETALHE (Também 
envolve trabalhos mais sistemáticos. Amostragem de solo em malha regular para 
definição de origem, extensão superficial e níveis de teores). 
 
Tipos de amostras 
Amostragem por meio de coleta de solo, SC e CB Metais base (Pb, Zn, Cu): SC com 
volume=500g 
Minerais em forma de oxido (Sn e W) ou elementos nativos (Au): CB + análise química 
e mineral em lupa binocular. V=10 a 20L 
Depósitos estaníferos: SC (cassiterita tem dispersão clástica) 
Au-Cu: amostragem conjunta SC+CB 
Solos (horizonte A): Prospecção tática. V=5L 
 
Capitulo 6 
 
O transporte produz a eliminação das partículas instáveis e leves e, em contrapartida, 
como resultado final, dá-se a acumulação das partículas estáveis e pesadas nos 
ambientes propícios às suas acumulações. Os principais minerais detríticos são: 
metais, óxidos, pedras preciosas e ouros. 
 
A desagregação das rochas de granulação mais grossa é mais rápida do que as que 
contêm cimento fino. 
 
Para os componentes habituais das rochas a ordem de saída é: Cl, S, Ca, Na, K, Mg, 
Fe, Mn, Si, Fe, Mn, Al e Ti. 
 
É possível indicar a seguinte sucessão mineral, progressiva, do menos ao mais 
resistente: sodalita, nefelina, olivina, piroxênio ortorrômbico, piroxênio monoclínico, 
anfibólio ferro-aluminosos, biotita, actinolita, Ca-plagioclásio, ortoclásio, clorita, Na-
plagioclásio, musovita e quartzo. 
 
Transporte fluvial 
 
As aluviões diferenciam-se dos eluviões por uma melhor classificação, tanto verticais 
quanto horizontal, por uma granulometria mais homogênea e por elementos 
arredondados ou fraturados, cuja superfície se tornou fosca pelo atrito com outros 
grãos. 
Com um tamanho igual, as partículas mais pesadas de depositam primeiro, 
acarretando uma classificação do material diretamente correlacionada com a 
granulometria. 
 
 
Depósito do material 
 
Ocorre quando ocorre uma redução da energia: curva do rio, protuberância no leito, 
confluência de rios, irregularidades do fundo do leito, depressões devidas aos 
turbilhões, lagos e pântanos, estreitamento do curso 
 
Natureza dos minerais transportados 
 
Dependem de algumas características: peso específico, dureza, clivagem, fragilidade, 
capacidade de se molhar, características químicas e bioquímicas e do fluido. 
 
O ouro, pesado, mole e maleável, a cassiterita, pesada, frágil e facilmente desgastada 
e o diamante leve e duro, transportado para muito longe pela sua densidade e dureza. 
 
O poder de migração é proporcional à resistência à abrasão, à estabilidade diante da 
alteração, à forma dos grãos, à sua capacidade de se molhar. É inversamente 
proporcional a densidade. 
 
Capitulo 8.8 
A cassiterita pode ser transportada por até 10 Km a partir da sua área fonte, 
entretanto, nos primeiros 2 Km há uma acentuada diminuiçãono tamanho da partícula 
– também sobrariam poucos grãos visíveis para serem observados em lupa binocular. 
 
Capitulo 9 
 
O diamante é carbono puro cristalizado. Dureza 10, não magnético e repete a água. 
Normalmente incolor, porém pode possuir tons suaves de azul, verde, rosa e violeta. 
 
Áreas de ocorrência de kimberlitos e lamproítos 
 
Na crosta terrestre os kimberlitos e lamproítos com possibilidades de estarem 
mineralizados em diamantes ocorrem associados às áreas cratônicas estabilizadas, 
com o ultimo evento termotectônico tendo ocorrido a pelo menos 1.5 Ga, em três 
ambientes distintos: K1, situado nas margens do cráton (estéreis); K2 localizado nas 
proximidades da margem do cráton (fracamente mineralizado); K3 (mais 
mineralizados), nas partes centrais do cráton. 
Já os lamproítos estão restritos às faixas móveis que bordejam as zonas cratônicas. 
 
 
 
Lamproítos 
Rocha ígnea ultrapotássica, peralcalina, rica em magnésio e constituída por flogopita 
titanífera, richterita, olivina forsterítica, diopsídio, sanidina e leucita. 
Os diamantíferos são: olivina-lamproíto, leucita-lamproíto e leucita-olivina-lamproíto. 
Sua forma é uma taça de champagne. 
Devida a elevada temperatura de formação, os xenólitos são dificilmente preservados 
e quando raramente presentes são de dunito e de tamanho pequeno 3 cm. 
 
Kimberlitos 
Rocha ígnea ultrabásica, potássica, rica em voláteis que ocorre como pipes, diques e 
soleiras. Corresponde a uma brecha de matriz composta por: olivina, flogopita, calcita, 
serpentina, diopsídio, monticelita, apatita, espinélio titanífero, perovskita, cromita e 
ilmenita. Grandes cristais arredondados de olivina, ilmenita magnesiana, piropo 
titanífero (baixo Cr),... Diversos tipos de xenólito, com tamanho entre 15-30 cm. 
Yellow ground: intensamente alterado (20-30 cm) argiloso 
Blue ground: estágio intermediário de alteração (pode ver fragmentos de rocha 
inalterada) 
Sua forma é de cone invertido. Possui 3 fácies: 
Cratera: a mais superficial e mais rica em diamantes, composta de material 
kimberlítico associado a sedimentos lacustrinos; 
Diatrema: rica em xenólitos (do manto e das encaixantes); 
Hipoabissal: pouco mineralizada, formada por abundância de diques e soleiras. 
 
Métodos prospectivos indiretos 
Método Loaming ou do SW Africano 
Desenvolvido para as savanas africanas, com grande contribuição eólica. Objetivo de 
prospecção dos principais minerais satélites, como o cromodiopsídio, a ilmenita 
magnesiana e o cromo piropo. Possui 3 fases de investigação : 
- reconhecimento regional: amostras de aluviões e solos, amostras de 13,5 Kg 
peneirados em 1 mm ( 5 a 1 mm concentrado de peneira e < 1mm de bateia ) 
- follow up: avaliação do teor dos minerais satélites (cromodiopsídio é o que tem 
menor capacidade de transporte marca a posição do diatrema) 
 
Método russo (schlichs) 
Pesquisa para o mineral piropo. 
Concentrado de minerais pesados em um granulometria entra 0,1 a 1 mm. 
Pontos de coleta espaçados em 1 km, ao longo das redes de drenagem e volume 
amostrado de 20 litros. 
Método usado na taiga siberiana, plataforma sedimentar carbonática como rocha 
encaixante. 
 
Método Norte- Americano 
Região com condições orográficas e climáticas particulares. 
Dispersão dos minerais pelo escoamento pluviais e degelo da neve. 
Uma amostra pra cada 225 km2, ou em intervalos de 1,5 km nas drenagens. 
Follow up coletando 10 a 15 kg de material em locais estratégicos. 
Lavagem, separação por densidade. e classificação em 4 categorias separadas no 
Frantz. 
Minerais satélites: cromodiopsídio, granada piropo, zircão e cromita. 
 
Minerais satélites 
 
Kimberlitos 
São encontrados nos xenólitos. 
 
Granada 
 
Granada do grupo G-10 alto teor de Cr2O3 e baixo teor de CaO, indica fertilidade. 
Granada do grupo G-9 indica infertilidade. 
 
Cromodiopsídio 
 
Possui cor verde bem característica. 
 
Ilmenita magnesiana ou picroilmenita 
 
Massivas e arredondadas (original). 
Deriva de kimberlitos férteis, Cr2O3 entre 0,3 e 2% e MgO maior que 10% 
 
Cromita 
 
Lamproítos 
Os minerais indicadores de lamproítos são: cromita, turmalina, granada Mg-almandina 
(G5) e a ilmenita. 
 
Distância de transporte 
Do menos resistente para o mais resistente em relação à área-fonte: cromo diopsídio, 
piropo e picroilmenita. 
 
Capitulo 10 
 
-Separação por densidade: (leves dos pesados) bromofórmio 
-Separação magnética: ímãs de mão do tipo embuchado ou ventouse. 
-Separação eletromagnética: utilização do Frantz (análise mineralógica 
semiquantitativa) 
 
Analise qualitativa: reconhecimento pela sua morfologia cristalina, cor, clivagem, 
fratura, dureza, etc. 
Ensaio químico qualitativo: rápido, feito em poucos grãos e sem rigor técnico. 
 
Capitulo 15 
 
Jazidas de fácil avaliação 
As jazidas que apresentam grandes reservas de minério, camadas de carvão, calcário, 
e cromita do tipo Bushveld. (reserva medida 100 a 200 m de espaçamento; indicada 
200 a 400 m) Por outro lado existem depósitos de grande porte, tais como os 
lateríticos de níquel e bauxito, os de concentração residual como os de pirocloro e 
fosfato relacionados a carbonatitos, e depósitos do tipo Cu e Mo porfiríticos, que se 
apresentam interrompidos ou com variações de teores ao longo do corpo. (25 metros 
de espaçamento). 
 
Jazidas difíceis de serem avaliadas 
Depósitos minerais de médio porte, forma variáveis, descontínuo (interrompidos 
estruturalmente). Ex: escarnitos, veios polimetálicos, jazidas de talco e amianto. 
 
Jazidas extremamente difíceis de serem avaliadas 
Depósitos de pedras preciosas, os veios hidrotermais contendo metais raros, os 
depósitos lateríticos de ouro, jazidas de platina e kimberlitos. 
 
Cubagem 
Método dos polígonos 
As reservas são calculadas a partir da construção de polígonos onde a espessura 
média e os teores médios correspondem à media (geométrica e aritmética) dos 
valores dos furos localizados nos vértices dos polígonos . 
 
-Método da área de influência (quadrado e retângulo) 
Assume que os valores encontrados em cada poço são válidos para uma certa área 
no entorno do mesmo. Essa área pode ser traçada unindo-se os pontos 
correspondentes à medida da distância entre as linhas de poços, e à metade da 
distância entre cada poço. 
-Método dos triângulos 
As reservas são calculadas a partir da construção de triângulos cujos vértices 
correspondem aos furos próximos. Em cada um dos triângulos traçados a espessura 
média e o teor médio, correspondem à média dos valores dos furos localizados nos 
vértices do triangulo 
 
Método das seções geológicas 
 
Bastante utilizado na avaliação dos depósitos de praia. 
Sondagens permitem calcular a área ocupada pelo minério e a tonelagem e calculada 
pela equação: 
 
T= S1 + S2/2 X H.d

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