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INTRODUÇÃO A EPIDEMIOLOGIA PROFª Dra. BIANCA ARNONE Tipos de Indicadores em Saúde: 1. Demográficos 2. Socioeconômicos 3. Mortalidade 4. Morbidade e fatores de risco 5. Recursos 6. Cobertura. Indicadores de Saúde 1 – Demográficos Exemplos: • População total • Razão de sexos • Proporção de idosos • Grau de urbanização Indicadores de Saúde 2 – Socioeconômicos Exemplos: • Taxa de analfabetismo • Proporção de pobres • Níveis de escolaridade • Taxa de desemprego • Taxa de trabalho infantil Indicadores de Saúde 3- Mortalidade Exemplos: • Taxa de mortalidade infantil • Taxa de mortalidade por causa específica • Taxa de mortalidade por causas externas • Taxa de mortalidade por acidentes de trabalho Indicadores de Saúde 4- Morbidade e fatores de risco Exemplos: • Incidência de febre amarela • Taxa de incidência de doenças relacionadas ao trabalho • Prevalência de pacientes em diálise (SUS) • Proporção de nascidos vivos por idade materna Indicadores de Saúde 5- Recursos Exemplos: • Número de leitos por habitante • Gasto médio por atendimento ambulatorial • Gasto público com saúde, como proporção do PIB • Gasto federal com saneamento Indicadores de Saúde 6- Cobertura Exemplos: • Proporção de partos cesáreos • Número de consultas médicas SUS por habitante • Coberta de planos e seguros privados de saúde suplementar • Cobertura vacinal no primeiro ano de vida Indicadores de Saúde • Os coeficientes mais utilizados na área da saúde baseiam-se em dados sobre doenças (morbidade) e sobre eventos vitais (nascimentos e mortes). Coeficientes de Morbidade • Coeficiente de incidência • Coeficiente de prevalência • Coeficiente de letalidade Coeficientes de Morbidade • Baseiam-se em dados sobre doenças • Consegue-se inferir os riscos de adoecer a que as pessoas estão sujeitas. • Coeficiente geral de morbidade: Coeficiente Morbidade = n° casos da doença/período população da mesma área/período Coeficientes de Incidência • Representa o risco de ocorrência (casos novos) de uma doença na população; • Pode ser calculado por regra de três ou através da seguinte fórmula: CI = N° casos novos da doença/período________ N° pessoas expostas ao risco da doença/período Taxa de ataque ou incidência • O termo “taxa de ataque” é frequentemente utilizado, ao invés de incidência, durante uma epidemia de doença em uma população bem definida em um curto período de tempo. • A taxa de ataque pode ser calculada como o número de pessoas afetadas dividido pelo número de pessoas expostas. Coeficiente de prevalência • Representa o número de casos presentes (novos + antigos) em determinada população, em um período de tempo determinado. CP = _N° de casos novos + antigos da doença/período_ População da área/período Coeficiente de prevalência • A prevalência pode ser afetada por casos de pessoas que imigram (entram) na comunidade e por casos que saem (emigram), por curas e óbitos; Prevalência Casos novos Imigração Cura Óbito Emigração Óbitos Curas Doentes que emigram Prevalência Número de casos Doentes novos Doentes que imigram Incidência x Prevalência Letalidade • A letalidade mede a severidade de uma doença e é definida como a proporção de mortes dentre aqueles doentes por uma causa específica em um certo período de tempo. • Fatores que aumentam/diminuem a letalidade da doença na população: • condições socioeconômicas • estado nutricional • acesso a medicamentos • aumento do diagnóstico • evolução da doença • A diferença entre a letalidade e mortalidade está no denominador: óbitos entre os casos da doença (letalidade) e óbitos na população (mortalidade) Incidência x Prevalência Coeficientes de Mortalidade • Coeficiente de mortalidade • Coeficiente de mortalidade materna • Coeficiente de mortalidade infantil • Coeficiente de mortalidade por causas específicas Coeficiente de mortalidade geral • Representa o risco de óbito na comunidade. • Principais usos: • Descrição das condições de saúde de uma população; • Investigação epidemiológica • Avaliação de intervenções saneadoras CGM = __N° total de óbitos/período__ População total/período Limitações CGM • Exprimem gravidade, refletem uma história incompleta da doença, uma vez que óbitos são eventos que incidem em pequena parcela da população • Danos que raramente levam a óbito não são representados (dermatologia, oftalmologia, etc) • As mudanças nas taxas de mortalidade são lentas Coeficiente de mortalidade Infantil • O coeficiente (ou taxa) de mortalidade infantil é comumente utilizado como um indicador do nível de saúde de uma comunidade. • Essa taxa mede o número de óbitos durante o primeiro ano de vida, dividido pelo número de nascidos vivos no mesmo ano. Mortalidade Infantil 22,5 Mortalidade materna • “ morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais.” Fonte: Classificação Internacional de Doenças (CID-10) Esperança de vida • Ou expectativa de vida: • Indicador síntese utilizado para expressar características da mortalidade por idade, muito empregado na avaliação das condições de saúde de uma população. • Número médio de anos que um indivíduo, de determinada idade, tem a probabilidade de viver, na suposição de que os coeficientes de mortalidade permaneçam os mesmos. Expectativa de vida • Para o mundo como um todo, a expectativa de vida aumentou de 46,5 anos entre 1950-1955 para 65,0 anos entre 1995-2000 . Esperança de vida Coeficientes de Natalidade • Coeficiente de natalidade • Coeficiente de fecundidade Coeficiente de Natalidade • N° de pessoas que nascem por 1000 habitantes durante um ano • Está relacionado com o tamanho da população • Tem caido substancialmente ao longo dos anos CN = _nascidos vivos em determinada área/período_ população da mesma área/período Coeficiente de fecundidade • N° médio de filhos que uma mulher teria ao final de sua idade reprodutiva. • Tem como denominador o n° de mulheres em idade reprodutiva CF = _nascidos vivos em determinada área/período_ Mulheres de 15 a 49 anos na mesma área/período Coeficiente de fecundidade Em 1950 a mulher brasileira tinha, em média, 6,21 filhos. Cinquenta anos depois, esta média era de 2,38 filhos. CIFIS • A CIFIS é uma ferramenta útil para medir e entender esses tipos de desfechos limitação, incapacidade e deficiência), podendo ser usada dentro dos serviços formais de saúde e também em pesquisas populacionais. Os parâmetros-chave CIFIS são: • limitação: qualquer perda ou anormalidade de estrutura ou de função psicológica, fisiológica ou anatômica; • incapacidade: qualquer restrição ou falta (resultante de uma limitação) de habilidade para realizar uma atividade considerada normal para o ser humano; • deficiência: desvantagem resultante de limitação ou incapacidade que impede o indivíduo de desempenhar uma vida normal (dependendo da idade, sexo, fatores sociais e culturais). Desfechos não fatais em saúde Epidemia • Epidemia é definida como a ocorrência em uma região ou comunidade de um número de casos em excesso, em relação ao que normalmente seria esperado. • Ao descrever uma epidemia, deve ser especificado o período, a região geográfica e outras particularidades da população em queos casos ocorreram. Epidemia • Um pequeno número de bactérias, vírus e parasitas causa a maioria das epidemias, e um conhecimento mais aprofundado da sua biologia tem melhorado as medidas preventivas específicas. Endemias • As doenças transmissíveis são chamadas de endêmicas quando em uma área geográfica ou grupo populacional apresenta um padrão de ocorrência relativamente estável com elevada incidência ou prevalência. • Doenças endêmicas como a malária estão entre os principais problemas de saúde em países tropicais de baixa renda. Se ocorrerem mudanças nas condições do hospedeiro, do agente ou do ambiente, uma doença endêmica poderá se tornar epidêmica. Epidemia que se tornou endemia • A epidemia do HIV é um exemplo de doença infecciosa que se tornou endêmica em muitas áreas, enquanto em outras ainda ocorrem epidemias em populações que não tinham sido previamente expostas. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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