Buscar

EPIDEMIOLOGIA AULA 5 - INDICADORES DE SAÚDE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

AULA 5 – INDICADORES DE SAÚDE CAMILA CERQUEIRA 
 
Epidemiologia 
INDICADORES DE SAÚDE 
Existe dificuldade em medir saúde, para avaliar o 
novel de saúde de uma população buscam-se os 
dados negativos (não-saúde) 
MORTE, DOENÇA E AGRAVOS. 
 
MEDINDO A FALTA DE SAÚDE 
Saúde é um estado de completo bem-estar físico, 
mental e social e não apenas a mera ausência de 
doença, o termo “doença” compreende todas as 
mudanças desfavoráveis em saúde, incluindo 
acidentes e doenças mentais. 
Várias medidas da ocorrência de doenças são 
baseadas no conceito fundamentais de incidência e 
prevalência. 
Um importante fator a considerar o cálculo das 
medidas de ocorrência de doenças é o total de 
pessoas expostas, ou seja, indivíduos que podem vir a 
ter a doença. Idealmente, esse numero deveria incluir 
somente pessoas que são potencialmente suscetíveis 
de adquirir a doença em estudo. 
Por exemplo, os homens não deveriam ser incluídos 
no cálculo da ocorrência de câncer no colo uterino. 
 
 
RISCO E FATOR DE RISCO 
Devido ao seu caráter eminentemente observacional, 
a lógica da moderna epidemiologia estrutura-se em 
torno de um conceito fundamental – RISCO – e de 
um conceito correlato – fator de risco. 
De modo simplificado podemos dizer que o objetivo 
da epidemiologia é “o risco de seus determinantes” 
RISCO 
refere-se ao conceito epidemiológico do conceito 
matemático de probabilidade 
é a probabilidade de ocorrência de uma doença, 
agravo, óbito ou condição relacionada à saúde 
(incluindo cura, recuperação ou melhora), em uma 
população ou grupo, durante um período 
determinado. 
É estimado sob a forma de uma proporção (razão 
entre duas grandezas, na qual o numero se encontra 
necessariamente contido no denominador) 
A definição epidemiológica de risco compõe-se 
obrigatoriamente de três elementos: 
• Ocorrência de casos de óbito/doença/saúde 
(numerador) 
• Base de referência populacional 
(denominador) 
• Base de referência temporal (período) 
FATOR E MARCADOR DE RISCO 
Fator de risco: cujo efeito pode ser prevenido 
(sedentarismo, obesidade, fumo, colesterol alto, 
contraceptivos orais para a doença coronariana) 
Marcadores de risco: atributos inevitáveis, já dados, 
cujo efeito encontra-se, portanto, fora da 
possibilidade de controle (sexo e grupo étnico) 
 
 
 
 
AULA 5 – INDICADORES DE SAÚDE CAMILA CERQUEIRA 
 
INDICADORES 
As informações epidemiológicas (riscos, fatores de 
risco, etc.) normalmente apresentadas sob a forma 
de indicadores de saúde. 
A construção de indicadores de saúde é importante 
para: 
• Analisar a situação atual de saúde. 
• Fazer comparações 
• Avaliar mudanças ao longo do tempo. 
Os indicadores de saúde podem ser expressos em 
frequência absoluta ou frequência relativa. Números 
absolutos não são utilizados para avaliar o nível de 
saúde, pois não levam em conta o tamanho da 
população. 
Desta forma, os indicadores de saúde são 
constituídos por meio de razões (frequências 
relativas), em forma de proporções ou coeficientes. 
 
INDICADORES DE SAÚDE 
São constituídos a partir de: 
• Dados relativos a eventos vitais (nascimento, 
óbitos, etc.) 
• Estrutura da população 
• Morbidade (doenças) 
• Serviços e atividades sanitárias. 
Os coeficientes mais utilizados na área da saúde 
baseiam-se em dados sobre doenças (morbidade) e 
sobre eventos vitais (nascimentos e mortes) 
TIPOS DE INDICADORES EM SAÚDE: 
1. Demográficos 
2. Socioeconômicos 
3. Mortalidade 
4. Morbidade e fatores de risco 
5. Recursos 
6. Cobertura. 
DEMOGRÁFICOS 
População total, razão de sexos, proporção de idosos, 
grau de urbanização; 
SOCIOECONÔMICOS 
Taxa de analfabetismo, proporção de pobres, níveis 
de escolaridade, taxa de desemprego, taxa de 
trabalho infantil. 
MORTALIDADE 
Taxa de mortalidade infantil, taxa de mortalidade por 
causa específica, taxa de mortalidade por causas 
externas, taxa de mortalidade por acidentes de 
trabalho. 
MORBIDADE E FATORES DE RISCO 
Incidência de febre amarela, taxa de incidência de 
doenças relacionadas ao trabalho, prevalência de 
pacientes em dialise (SUS), proporção de nascidos 
vivos por idade materna. 
RECURSOS 
Numero de leitos por habitante, gasto médio por 
atendimento ambulatorial, gasto público com saúde 
como proporção do PIB, gasto federal com 
saneamento. 
COBERTUTA 
Proporção de partos cesáreos, numero de consultas 
médicas SUS por habitante, cobertura de planos e 
seguros privados de saúde suplementar, cobertura 
vacinal no primeiro ano de vida. 
COEFICIENTE DE MORBIDADE 
Baseiam-se em dados sobre doenças, consegue-se 
inferir riscos de adoecer a que as pessoas estão 
sujeitas. 
Coeficiente geral de morbidade: 
 
AULA 5 – INDICADORES DE SAÚDE CAMILA CERQUEIRA 
 
COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA 
Representa o risco de ocorrência de casos novos de 
uma doença na população. 
Pode ser calculado por regra de três ou através da 
seguinte formula: 
 
Oriundos de uma população sob risco de 
adoecimento, ao longo de um determinado período, 
medem a frequência com que as pessoas adoecem 
independentemente do tempo que ficam doentes. 
É necessário que cada individuo seja observado em 
no mínimo duas ocasiões: 
T0 (Sadio) ..................................................................T (caso novo) 
TAXA DE ATAQUE OU INCIDÊNCIA 
O termo “taxa de ataque” é frequentemente utilizado, 
ao invés de incidência, durante uma epidemia de 
doença em uma população bem definida em um curto 
período, a taxa de ataque pode ser calculada como o 
numero de pessoas afetadas dividindo pelo numero 
de pessoas expostas. 
COEFICIENTE DE PREVALÊNCIA 
Representa o numero de casos presentes 
(novos+antigos) em determinada população, em um 
período de tempo determinado. Descreve a força com 
que subsistem as doenças nas coletividades, descreve 
a proporção da população afetada por uma doença 
em um momento determinado. 
 
 
 
 
 
COEFICIENTE DE LETALIDADE 
A letalidade mede a severidade de uma doença e é 
definida como a proporção de mortes dentre aqueles 
doentes por uma causa específica em um certo 
período. 
 
Pode ser uma característica da doença: 
• Exemplo a raiva humana 100% de letalidade. 
INCIDÊNCIA X PREVALÊNCIA 
Fatores que aumentam/ diminuem a letalidade da 
doença na população: 
• Condições socioeconômicas 
• Estado nutricional 
• Acesso a medicamentos 
• Aumento do diagnostico 
• Evolução da doença. 
A diferença entre a letalidade e mortalidade está no 
denominador: óbitos entre os casos de doença 
(letalidade) e óbitos na população (mortalidade) 
COEFICIENTE DE MORTELIDADE GERAL 
Representa risco de óbitos na comunidade. 
Principais usos: descrição das condições de saúde de 
uma população, investigação epidemiológica, avaliação 
de intervenções saneadoras. 
 
AULA 5 – INDICADORES DE SAÚDE CAMILA CERQUEIRA 
 
LIMITAÇÕES CGM 
Exprimem gravidade, refletem uma história 
incompleta da doença, uma vez que óbitos são 
eventos que incidem em pequenas parcelas da 
população. 
Danos que raramente levam a óbito não são 
representados (dermatologia, oftalmologia, etc.) 
• As mudanças nas taxas de mortalidade são 
lentas. 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL 
O coeficiente (ou taxa) de mortalidade infantil é 
comumente utilizado como indicador do nível de 
saúde de uma comunidade. 
• Essa taxa mede o número de óbitos durante 
o primeiro ano de vida, dividido pelo numero 
de nascidos vivos no mesmo ano. 
MORTALIDADE MATERNA 
“Morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 
duas após o termino da gestação, independente da 
duração ou da localização da gravidez, devida a 
qualquer causa relacionada com ou agravada pela 
gravidez ou por medidas em relação a ela, porem não 
devida a causas acidentais ou incidentais. “ 
Representação gráfica da mortalidade proporcional 
por idade, o formatoda curva indica as condições de 
vida e saúde da região: 
I. Muito baixa (forma de N) 
II. Baixa (J invertido) 
III. Regular (forma de V) 
IV. Elevada (forma de J) 
 
 
 
 
 
AULA 5 – INDICADORES DE SAÚDE CAMILA CERQUEIRA 
 
CURVA DE NELSON MORAIS – CURVA DE 
MORTALIDADE PROPORCIONAL 
Razão entre dois óbitos: 
• Numerador é composto pelos óbitos 
ocorridos de uma determinada faixa etária. 
• Denominador é composto pelo total de óbitos 
ocorridos em uma dada população, em um 
período. 
A distribuição dos óbitos é feita em cinco grupos 
etários: 
• Até 01 anos de vida. 
• Entre 01 e 04 anos 
• Entre 05 e 19 anos 
• Entre 20 e 49 anos 
• Adultos de meia idade e velho (>50 anos) 
ESPERANÇA DE VIDA 
Ou também pode se chamar de expectativa de vida, 
indicador síntese utilizado para expressar 
características da mortalidade por idade, muito 
empregado na avaliação das condições de saúde de 
uma população. 
Numero médio de anos de um indivíduo, de 
determinada idade, tem a probabilidade de viver, na 
suposição de que os coeficientes de mortalidade 
permaneçam os mesmos. 
EXPECTATIVA DE VIDA 
Para o mundo como um todo, a expectativa de vida 
aumentou de 46,5 anos entre 1950-1955 para 65 
anos entre 1995-2000. 
Inversões na expectativa de vida ocorreram em 
países subsaarianos à epidemia de AIDS 
Inversões similares ocorreram na antiga união 
soviética, onde metade dos homens com idade entre 
15 e 60 anos morreram em decorrência 
principalmente do consumo de álcool e tabaco. 
 
COEFICIENTE DE NATALIDADE 
Número de pessoas que nascem por 1000 habitantes 
durante um ano, está relacionado com o tamanho da 
população. 
• Tem caído substancialmente ao longo dos 
anos. 
 
COEFICIENTE DE FECUNDIDADE 
Numero médio de filhos que uma mulher teria ao 
final de sua idade reprodutiva, tem como 
denominador o numero de mulheres em idade 
reprodutiva. 
 
DETERMINANTES E INDICADORES DE SAÚDE 
Os epidemiologistas estão preocupados não somente 
com a ocorrência das doenças, mais também com as 
suas principais consequências, que são limitação, 
incapacidade e deficiência, definidas pela OMS 
através da classificação internacional de 
funcionalidade, incapacidade e saúde (CFIS) 
A CFIS é uma ferramenta útil para medir e entender 
esses tipos de desfechos limitação, incapacidade e 
deficiência, podendo ser usada dentro dos serviços 
formais de saúde e em pesquisas populacionais. 
Limitação: qualquer perda ou anormalidade de 
estrutura ou de função psicológica, fisiológica ou 
anatômica. 
Incapacidade: qualquer restrição ou falta (resultante 
de uma limitação) de habilidade para realizar uma 
atividade considerada para o ser humano. 
 
AULA 5 – INDICADORES DE SAÚDE CAMILA CERQUEIRA 
 
Deficiência: desvantagem resultante de limitação ou 
incapacidade que impede o individuo de 
desempenhar uma vida normal (dependendo da 
idade, sexo fatores sociais e culturais.) 
 
Os indicadores de saúde também podem ser 
utilizados como componentes de cálculo de inúmeros 
índices de desenvolvimento social. 
O melhor exemplo é o índice de desenvolvimento 
humano (IDH), que, baseado nos níveis de 
desenvolvimento econômico, social, literário, 
educacional e expectativa de vida ao nascer, classifica 
anualmente os países. 
Diferentes causas afetam o estado de saúde das 
populações. A longevidade de uma população 
associada a alguma noção da sua qualidade de vida é 
refletida na seguinte medida: 
• Anos potenciais de vida perdidos (APVP) 
baseados nos anos de vida perdidos em 
decorrência de morte prematura (antes de 
uma idade arbitrariamente determinada)

Outros materiais

Outros materiais