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Universidade Federal Fluminense Instituto de Matema´tica e Estatı´stica Departamento de Matema´tica Aplicada Ca´lculo III-A – Mo´dulo 1 Prezado aluno, Seja bem-vindo a` nossa disciplina. Este texto possui - salvo algumas modificac¸o˜es - o mesmo conteu´do do material preparado pela professora Rioco para o curso de Ca´lculo IV do Cederj. Boa sorte! Rioco K. Barreto e M. Lucia S. Menezes Coordenadoras de Ca´lculo III-A Aula 1 – Integrais Duplas Objetivos • Compreender a noc¸a˜o de integral dupla; • Estudar algumas de suas propriedades; • Estudar o Teorema de Fubini para retaˆngulos. Em Ca´lculo II-A, voceˆ aprendeu as integrais definidas. Agora, em Ca´lculo III-A, pretendemos que voceˆ compreenda as integrais duplas e triplas de func¸o˜es de duas ou treˆs varia´veis. Enta˜o consideremos uma func¸a˜o f : D ⊂ R2 → R, onde D e´ um conjunto fechado e limitado (tambe´m conhecido como conjunto compacto). Como D e´ limitado, enta˜o existe um retaˆngulo R = [a, b]× [c, d], tal que D ⊂ R. y d = yn yj yj−1 y0 = c ∆y a = x0 xi−1 xi b = xn x ∆x D R Rij (x∗i , y ∗ j ) f R Vamos dividir o retaˆngulo R em subretaˆngulos Rij da seguinte maneira: dividimos os intervalos [a, b] e [c, d] em n subintervalos de mesmo comprimento ∆x = b−a n e ∆y = d−c n , respectivamente; Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 2 trac¸amos retas verticais e horizontais pelas extremidades desses subintervalos. Vamos escolher( x∗i , y ∗ j ) ∈ Rij , para formarmos a soma Sn = n∑ j=1 n∑ i=1 f ( x∗i , y ∗ j ) ∆x∆y = n∑ i,j=1 f ( x∗i , y ∗ j ) ∆A onde f ( x∗i , y ∗ j ) = 0 se ( x∗i , y ∗ j ) /∈ D. Esta soma e´ dita soma de Riemann de f . Se existir o lim n→∞ Sn = L, dizemos que f e´ integra´vel e que o nu´mero L e´ dito integral de f sobre D e e´ indicado por ∫∫ D f(x, y) dxdy ou ∫∫ D f(x, y) dA ou ∫∫ D f dA. Assim, ∫∫ D f(x, y) dxdy = lim n→∞ n∑ i,j=1 f ( x∗i , y ∗ j ) ∆x∆y . OBS.: 1. Prova-se que se f e´ cont´ınua em D, enta˜o f e´ integra´vel. 2. Se f(x, y) ≥ 0 e´ cont´ınua em D, enta˜o o gra´fico de f (Gf) esta´ acima do plano xy. Enta˜o o volume do so´lido W que esta´ abaixo de Gf e acima de D e´ dado por V (W ) = ∫∫ D f(x, y) dxdy . Logo, para encontrar o volume do so´lido W , integramos f(x, y) (o “teto”) sobre D (o “piso”). x y z W Rij(x∗i , y ∗ j ) Gf : z = f(x, y) (“teto”) (“piso”) UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 3 3. Se f(x, y) = 1 em D enta˜o∫∫ D 1 dxdy = ∫∫ D dxdy = A(D) = a´rea de D . 4. Propriedades (i) ∫∫ D (f + g) dA = ∫∫ D f dA+ ∫∫ D g dA (ii) ∫∫ D kf dA = k ∫∫ D f dA, k ∈ R (iii) D = D1 ∪D2 ⇒ ∫∫ D f dA = ∫∫ D1 f dA+ ∫∫ D2 f dA D1 D2 Um Me´todo Pra´tico para Calcular Integrais Duplas Teorema de Fubini: Se f(x, y) e´ cont´ınua no retaˆngulo D = [a, b]× [c, d], enta˜o∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫ b a [∫ d c f(x, y) dy ] dx = ∫ d c [∫ b a f(x, y) dx ] dy ou ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫ b a ∫ d c f(x, y) dydx = ∫ d c ∫ b a f(x, y) dxdy︸ ︷︷ ︸ integrais iteradas ou repetidas Exemplo 1 Calcule ∫∫ D xy2 dxdy, sendo D = [0, 1]× [−1, 0]. Soluc¸a˜o: UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 4 Temos ∫∫ D xy2 dxdy = ∫ 1 0 ∫ 0 −1 xy2 dydx . Primeiro, calculamos a integral interna. Logo, ∫∫ D xy2 dxdy = ∫ 1 0 x [ y3 3 ]0 −1 = 1 3 ∫ 1 0 x[0 − (−1)] dx = 1 3 ∫ 1 0 x dx = 1 3 [ x2 2 ]1 0 = 1 6 . Aula 2 – Ca´lculo de Integrais Duplas em Regio˜es mais Gerais Objetivos • Estudar uma versa˜o mais geral do Teorema de Fubini; • Calcular a´rea e volume. Suponhamos agora, que D seja diferente do retaˆngulo [a, b]× [c, d]. Enta˜o vamos definir dois tipos de regia˜o. Definic¸a˜o 1 Dizemos que D e´ uma regia˜o do tipo I ou uma regia˜o simples vertical se D for limitada a` esquerda pela reta vertical x = a, a` direita pela reta vertical x = b, inferiormente pela curva de equac¸a˜o y = g1(x) e superiormente pela curva y = g2(x), onde g1 e g2 sa˜o cont´ınuas. As figuras que se seguem ilustram regio˜es do tipo I. xx y y = g1(x) y = g2(x) D (x, y) a b xx y y = g1(x) y = g2(x) D (x, y) a b xx y y = g1(x) y = g2(x) D (x, y) a b UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 5 Logo, D = {(x, y) ∈ R2; a ≤ x ≤ b e g1(x) ≤ y ≤ g2(x)}. Prova-se que:∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫ b a ∫ g2(x) g1(x) f(x, y) dydx . Definic¸a˜o 2 Dizemos que D e´ uma regia˜o do tipo II ou uma regia˜o simples horizontal, se D for limitada inferiormente e superiormente pelas retas horizontais y = c e y = d, respectivamente, a` esquerda pela curva x = h1(y) e a` direita pela curva x = h2(y), onde h1 e h2 sa˜o cont´ınuas. As figuras que se seguem ilustram regio˜es do tipo II: x x y x = h1(x) x = h2(x) D c d x x y x = h1(x) x = h2(x)D c d x x y x = h1(x) x = h2(x) D c d Logo, D = {(x, y) ∈ R2; c ≤ y ≤ d e h1(y) ≤ x ≤ h2(y)}. Prova-se que:∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫ d c ∫ h2(y) h1(y) f(x, y) dxdy . Exemplo 1 Calcule por meio dos dois me´todos a integral de f(x, y) = xy sobre a regia˜o D limitada pelas curvas y = x e y = x2. Soluc¸a˜o: As curvas se interceptam quando x2 = x ou x(x− 1) = 0. Enta˜o x = 0 ou x = 1. Assim, os pontos de intersec¸a˜o sa˜o (0, 0) e (1, 1). Logo, o esboc¸o de D e´: UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 6 xx y y = x y = x2D (x, y) 1 1 Me´todo 1 Enquadrando D como tipo I, temos D = {(x, y) ∈ R2; 0 ≤ x ≤ 1 e x2 ≤ y ≤ x}. Enta˜o:∫∫ D xy dxdy = ∫ 1 0 ∫ x x2 xy dydx = ∫ 1 0 x [ y2 2 ]x x2 dx = 1 2 ∫ 1 0 x (x2 − x4) dx = 1 2 ∫ 1 0 (x3 − x5) dx = 1 2 [ x4 4 − x6 6 ]1 0 = 1 6 ( 1 4 − 1 6 ) = 1 24 . Me´todo 2 x y y x = y x = √ yD 1 1 Enquadrando D como tipo II, temos D = { (x, y) ∈ R2; 0 ≤ y ≤ 1 e y ≤ x ≤ √y}. Enta˜o,∫∫ D xy dxdy = ∫ 1 0 ∫ √y y xy dxdy = ∫ 1 0 y [ x2 2 ]√y y dy = 1 2 ∫ 1 0 y (y − y2) dy = 1 2 ∫ 1 0 (y2 − y3) dy = 1 2 [ y3 3 − y4 4 ]1 0 = 1 2 ( 1 3 − 1 4 ) = 1 24 . UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 7 Exemplo 2 Calcule, por meio de integral dupla, a a´rea da regia˜o plana D limitada pelas curvas y = x3 e y = √ x . Soluc¸a˜o: O esboc¸o de D e´: x y y = x1/2 y = x3 y = x3 D 1 1 y = √ x = x1/2 Podemos descrever D por D : { 0 ≤ x ≤ 1 x3 ≤ y ≤ x1/2 Enta˜o, A(D) = ∫∫ D dxdy = ∫ 1 0 ∫ x1/2 x3 dydx = ∫ 1 0 ( x1/2 − x3) dx = [2 3 x3/2 − x4 4 ]1 0 = 2 3 − 1 4 = 5 12 u.a. Exemplo 3 Calcule o volume do tetraedo W com faces nos planos coordenados e no plano x+ y + z = 3. Soluc¸a˜o: O plano x + y + z = 3 passa pelos pontos A = (3, 0, 0), B = (0, 3, 0) e C = (0, 0, 3). Assim, o esboc¸o de W e´: UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 8 x y z A B C W teto de W D (piso) x y 3 3 D x+ y = 3 y = 3− x y = 0 Observemos que o teto de W e´ a porc¸a˜o do plano x+ y + z = 3 ou z = 3− x− y = f(x, y) e que o piso de W e´ o triaˆngulo D. Enta˜o, V (W ) = ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫∫ D (3− x− y) dxdy = ∫ 3 0 ∫ 3−x 0 (3− x− y) dydx = ∫ 3 0 [ 3y − xy − y2 2 ]3−x 0 dx = ∫ 3 0 [ 3(3− x)− x(3− x)− (3−x)2 2 ] dx = 1 2 ∫ 3 0 (9− 6x+ x2) dx = 1 2 [ 9x− 3x2 + x3 3 ]3 0 = 9 2 u.v. Exerc´ıcio 1: Calcule as integrais iteradas: a) ∫ 2 1 ∫ 2 1 yexy dxdy b) ∫ 2 1∫ x 1 x2 y2 dydx Exerc´ıcio 2: Esboce a regia˜o de integrac¸a˜o e calcule as integrais: a) ∫∫ D xy3 dxdy, D = {(x, y) ∈ R2; 1 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ y ≤ 2x}; UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 9 b) ∫∫ D f(x, y) dxdy, D = {(x, y) ∈ R2; |x| ≤ pi/2 , 0 ≤ y ≤ cos x}, f(x, y) = y sen x. Exerc´ıcio 3: Esboce a regia˜o de integrac¸a˜o e inverta a ordem das integrais iteradas em: a) ∫ 1 0 ∫ y 0 f(x, y) dxdy c) ∫ 1 −1 ∫ √1−x2 − √ 1−x2 f(x, y) dydx b) ∫ 1 0 ∫ √y y f(x, y) dxdy d) ∫ 1 0 ∫ 3x x f(x, y) dydx Exerc´ıcio 4: Calcule ∫ 1 0 ∫ 2 2y 4ex 2 dxdy. Exerc´ıcio 5: Calcule ∫ 5 1 ∫ 5 x y x ln y dydx . Exerc´ıcio 6: Use a integral dupla para calcular a a´rea da regia˜o D limitada pelas curvas y = 4x−x2 e y = x. Exerc´ıcio 7: Encontre o volume do so´lido W limitado pelos planos y = 0, z = 0 y = 4 e pelo cilindro parabo´lico z = 4− x2. Exerc´ıcio 8: Encontre o volume do so´lido W limitado pelas superf´ıcies z = 1 − y2, z ≥ 0, x = 0, z = 0 e x− y = 2. UFF IME - GMA Universidade Federal Fluminense Instituto de Matema´tica e Estatı´stica Departamento de Matema´tica Aplicada Ca´lculo III-A – Mo´dulo 1 – Tutor Exerc´ıcio 1: Calcule as integrais iteradas: a) ∫ 2 1 ∫ 2 1 yexy dxdy b) ∫ 2 1 ∫ x 1 x2 y2 dydx Soluc¸a˜o: a) Temos ∫ 2 1 ∫ 2 1 yexy dxdy = ∫ 2 1 y [ exy y ]x=2 x=1 dy = ∫ 2 1 [ exy ]x=2 x=1 dy = = ∫ 2 1 ( e2y − ey) dy = [e2y 2 − ey ]2 1 = ( e4 2 − e2 ) − ( e2 2 − e ) = e4 2 − 3e 2 2 + e . b) Temos ∫ 2 1 ∫ x 1 x2 y2 dydx = ∫ 2 1 ∫ x 1 x2y−1 dydx = ∫ 2 1 x2 [ −1 y ]y=x y=1 dx = = ∫ 2 1 x2 ( − 1 x + 1 ) dx = ∫ 2 1 (−x+ x2) dx = = [ −x 2 2 + x3 3 ]2 1 = ( −2 + 8 3 ) − ( −1 2 + 1 3 ) = −2 + 8 3 + 1 2 − 1 3 = 5 6 . Exerc´ıcio 2: Esboce a regia˜o de integrac¸a˜o e calcule as integrais: a) ∫∫ D xy3 dxdy, D = {(x, y) ∈ R2; 1 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ y ≤ 2x}; b) ∫∫ D f(x, y) dxdy, D = {(x, y) ∈ R2; |x| ≤ pi/2 , 0 ≤ y ≤ cos x}, f(x, y) = y sen x. Soluc¸a˜o: a) O esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 – Tutor 2 x y D 1 2 2 4 Temos ∫∫ D xy3 dxdy = ∫ 2 1 ∫ 2x 0 xy3 dydx = ∫ 2 1 x [ y4 4 ]2x 0 dx = = ∫ 2 1 x ( 16x4 4 − 0 ) dx = ∫ 2 1 4x5 dx = = 4 [ x6 6 ]2 1 = 2 3 (26 − 1) = 2 3 (64− 1) = 42 . b) O esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. x y D −pi/2 pi/2 1 Temos ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫∫ D y sen x dx = ∫ pi/2 −pi/2 ∫ cos x 0 y sen x dydx = = ∫ pi/2 −pi/2 [ y2 2 ]cos x 0 sen x dx = 1 2 ∫ pi/2 −pi/2 cos2 x sen x dx = = −1 2 ∫ pi/2 −pi/2 cos2 x d(cosx) = −1 2 [ cos3 x 3 ]pi/2 −pi/2 = −1 6 (0− 0) = 0 . UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 – Tutor 3 Exerc´ıcio 3: Esboce a regia˜o de integrac¸a˜o e inverta a ordem das integrais iteradas em: a) ∫ 1 0 ∫ y 0 f(x, y) dxdy c) ∫ 1 −1 ∫ √ 1−x2 − √ 1−x2 f(x, y) dydx b) ∫ 1 0 ∫ √y y f(x, y) dxdy d) ∫ 1 0 ∫ 3x x f(x, y) dydx Soluc¸a˜o: a) A regia˜o de integrac¸a˜o D e´ dada pelas desigualdades 0 ≤ x ≤ y e 0 ≤ y ≤ 1. Portanto, D e´ do tipo II e esta´ limitada a` esquerda pela reta x = 0 (eixo y) e a` direita pela reta x = y, entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. x y D entra em x = 0 sai em x = y x = y ⇒ y = x1 1 Para inverter a ordem de integrac¸a˜o devemos enquadrar D como tipo I. Enta˜o imaginemos uma reta vertical atrave´s de D, orientada como o eixo y. x y D entra em y = x sai em y = 1 1 1 A reta entra em D em y = x e sai de D em y = 1. Logo, x ≤ y ≤ 1. Como a projec¸a˜o de D sobre o eixo x e´ o intervalo [0, 1], temos 0 ≤ x ≤ 1. Assim, D = { (x, y) ∈ R2; 0 ≤ x ≤ 1 , x ≤ y ≤ 1} . Logo, ∫ 1 0 ∫ 4 0 f(x, y) dxdy = ∫ 1 0 ∫ 1 x f(x, y) dydx . b) A regia˜o de integrac¸a˜o D e´ dada pelas desigualdades 0 ≤ y ≤ 1 e y ≤ x ≤ √y . Portanto, D e´ do tipo II e esta´ limitada a` esquerda pela reta x = y (ou y = x) e a` direita pela curva x = √ y (ou y = x2, com x > 0), entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 – Tutor 4 x y D entra em x = y sai em x = √ y x = y x = √ y 1 1 Para inverter a ordem de integrac¸a˜o devemos enquadrar D como tipo I. Enta˜o imaginemos uma reta vertical atrave´s de D, orientada como o eixo y. Vemos que ela entra em D em y = x2 e sai de D em y = x. Vemos tambe´m que D esta´ compreendida entre as retas x = 0 e x = 1. Enta˜o, temos: D = { (x, y) ∈ R2; x2 ≤ y ≤ x , 0 ≤ x ≤ 1} . x y D entra em y = x2 sai em y = x 1 1 Logo, ∫ 1 0 ∫ √y y f(x, y) dxdy = ∫ 1 0 ∫ x x2 f(x, y) dydx . c) A regia˜o de integrac¸a˜o D e´ dada pelas desigualdades −1 ≤ x ≤ 1 e −√1− x2 ≤ y ≤ √1− x2 . Portanto, D e´ do tipo I e esta´ limitada inferiormente pela curva y = −√1− x2 (ou x2 + y2 = 1, com y ≤ 0) e superiormente pela curva y = √1− x2 (ou x2 + y2 = 1, com y ≥ 0), entre as retas x = −1 e x = 1. Assim, o esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 – Tutor 5 x y D entra em x = − √ 1− y2 sai em x = √ 1− y2 −1 −1 1 1 Para inverter a ordem de integrac¸a˜o, devemos definir D como tipo II. Enta˜o, considerando uma reta horizontal atrave´s de D, orientada como o eixo X , vemos que ela entra em D em x = − √ 1− y2 e sai de D em x = √ 1− y2. Vemos, tambe´m, que D esta´ compreendida entre as retas horizontais y = −1 e y = 1. Enta˜o, D = { (x, y) ∈ R2; −1 ≤ y ≤ 1 , − √ 1− y2 ≤ x ≤ √ 1− y2 } . Logo, ∫ 1 −1 ∫ √ 1−x2 − √ 1−x2 f(x, y) dydx = ∫ 1 −1 ∫ √ 1−y2 − √ 1−y2 f(x, y) dxdy . d) A regia˜o de integrac¸a˜o D e´ dada pelas desigualdades x ≤ y ≤ 3x e 0 ≤ x ≤ 1. Portanto, D e´ do tipo I e esta´ limitada inferiormente pela reta y = x (ou x = y) e superiormente pela reta y = 3x (ou x = y/3), entre as retas verticais x = 0 (eixo y) e x = 1. Assim, o esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. x y D entra em y = x sai em y = 3x 1 1 3 Na figura vemos que D na˜o e´ do tipo II, pois esta´ limitada a` esquerda pelas curvas x = y e x = y/3. Para inverter a ordem de integrac¸a˜o, devemos decompor a regia˜o D em duas partes: D1 e D2, como representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 – Tutor 6 x y D1 D2 entra em x = y 3 entra em x = y 3 sai em x = 1 sai em x = y 1 1 3 Temos D1 : { 0 ≤ y ≤ 1 y/3 ≤ x ≤ y e D2 : { 1 ≤ y ≤ 3 y/3 ≤ x ≤ 1 . Enta˜o, ∫ 1 0 ∫ 3x x f(x, y) dydx = ∫ 1 0 ∫ y y/3 f(x, y) dxdy + ∫ 3 1 ∫ 1 y/3 f(x, y) dxdy . Exerc´ıcio 4: Calcule ∫ 1 0 ∫ 2 2y 4ex 2 dxdy. Soluc¸a˜o: Na˜o podemos integrar nessa ordem, pois ∫ ex 2 dx na˜o e´ uma func¸a˜o elementar, isto e´, ela na˜o pode ser escrita como uma soma finita de func¸o˜es elementares (func¸o˜es estudadas em Ca´lculo I). Portanto, devemos inverter a ordem de integrac¸a˜o. A regia˜o de integrac¸a˜o D e´ dada pelas desigualdades 0 ≤ y ≤ 1 e 2y ≤ x ≤ 2. Assim, D e´ do tipo II e esta´ limitada a` esquerda pela reta x = 2y (ou y = x/2) e a` direita pela reta x = 2, entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. x y D x = 2y ⇒ y = x 2 1 2 Descric¸a˜o deD como tipo I Imaginemos uma reta vertical atrave´s de D, orientada como o eixo y. Ela entra em D em y = 0 e sai de D em y = x/2. Vemos que D esta´ entre as retas x = 0 (eixo y) e a reta x = 2. Enta˜o, D = { (x, y) ∈ R2; 0 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ y ≤ x/2} . Assim, ∫ 1 0 ∫ 2 2y 4ex 2 dxdy = ∫ 2 0 ∫ x/2 0 4ex 2 dydx = ∫ 2 0 4ex 2 ∫ x/2 0 dydx = ∫ 2 0 4ex 2 x 2 dx = ∫ 2 0 ex 2 2x dx . UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 – Tutor 7 Fazendo u = x2, temos du = 2x dx. Para x = 0, temos u = 0 e, para x = 2, temos u = 4. Enta˜o, ∫ 1 0 ∫ 2 2y 4ex 2 dxdy = ∫ 4 0 eu du = [ eu ]4 0 = e4 − 1 . Exerc´ıcio 5: Calcule ∫ 5 1 ∫ 5 x y x ln y dydx . Soluc¸a˜o: Na˜o podemos integrar nessa ordem, pois ∫ y x ln y dy na˜o e´ uma func¸a˜o elementar. Enta˜o vamos inverter a ordem de integrac¸a˜o. Para isso devemos esboc¸ar a regia˜o de integrac¸a˜o D dada pelas desigualdades 1 ≤ x ≤ 5 e x ≤ y ≤ 5. Logo, a regia˜o e´ do tipo I e esta´ limitada inferiormente pela reta y = x e superiormente pela reta y = 5 e esta´ compreendida entre as retas verticais x = 1 e x = 5. x y D sai em x = y entra em x = 1 5 1 Descric¸a˜o de D como tipo II Imaginemos uma reta horizontal, atrave´s de D, orientada como o eixo x. Vemos que ela entra em D em x = 1 e sai de D em x = y. Vemos, tambe´m que D esta´ entre as retas horizontais y = 1 e y = 5. Assim, D : { 1 ≤ y ≤ 5 1 ≤ x ≤ y . Enta˜o, ∫ 5 1 ∫ 5 x y x ln y dydx = ∫ 5 1 ∫ y 1 y x ln y dxdy = ∫ 5 1 y ln y [ ln x ]y 1 dy = = ∫ 5 1 y ln y (ln y − ln 1) dy = ∫ 5 1 y ln y · ln y dy = ∫ 5 1 y dy = [ y2 2 ]5 1 = 1 2 ( 52 − 1) = 12 . UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 – Tutor 8 Exerc´ıcio 6: Use a integral dupla para calcular a a´rea da regia˜o D limitada pelas curvas y = 4x−x2 e y = x. Soluc¸a˜o: De y = 4x− x2 e y = x temos 4x − x2 = x ou x2 − 3x = 0 ou x(x − 3) = 0, portanto x = 0 ou x = 3. Logo, as intersec¸o˜es sa˜o (0, 0) e (3, 3) e o esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. x y D (3, 3) entra em y = x sai em y = 4x− x2 Descrevendo D como uma regia˜o do tipo I, temos D : { 0 ≤ x ≤ 3 x ≤ y ≤ 4x− x2 . Como A(D) =∫∫ D dxdy, temos A(D) = ∫ 3 0 ∫ 4x−x2 x dydx = ∫ 3 0 ( 4x− x2 − x) dx = = ∫ 3 0 ( 3x− x2) dx = [3x2 2 − x 3 3 ]3 0 = = 27 2 − 9 = 9 2 u.a. Exerc´ıcio 7: Encontre o volume do so´lido W limitado pelos planos y = 0, z = 0 y = 4 e pelo cilindro parabo´lico z = 4− x2. Soluc¸a˜o: Esboc¸o do so´lido W Inicialmente trac¸amos, no plano xz, a para´bola z = 4 − x2. Como esta equac¸a˜o e´ independente da varia´vel y, trac¸amos, por pontos desta para´bola, as retas paralelas ao eixo y. Obtemos assim o cilindro parabo´lico. Considerando que W esta´ limitado pelos planos y = 0, y = 4 e z = 0, temos o so´lido W representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 – Tutor 9 x y z D W “piso” “teto” −2 2 4 4 Observemos que o “teto” do so´lido W e´ o cilindro parabo´lico z = 4 − x2 = f(x, y) e que o “piso” de W e´ o quadrado D dado pelas desigualdades −2 ≤ x ≤ 2 e 0 ≤ y ≤ 4. Temos, enta˜o, V (W ) = ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫∫ D ( 4− x2) dxdy = = ∫ 2 −2 ∫ 4 0 ( 4− x2) dydx = ∫ 2 −2 ( 4− x2) ∫ 4 0 dydx = = 4 ∫ 2 −2 ( 4− x2) dx = 4 [4x− x3 3 ]2 −2 = 4 · 2 ( 8− 8 3 ) = 128 3 u.v. Exerc´ıcio 8: Encontre o volume do so´lido W limitado pelas superf´ıcies z = 1 − y2, z ≥ 0, x = 0, z = 0 e x− y = 2. Soluc¸a˜o: Esboc¸o do so´lido W Inicialmente trac¸amos, no plano yz, a para´bola z = 1 − y2, com z ≥ 0. Como esta equac¸a˜o e´ independente da varia´vel x, trac¸amos, por pontos desta para´bola, retas paralelas ao eixo x, obtendo assim o cilindro parabo´lico. Para esboc¸ar o plano x − y = 2, trac¸amos primeiramente no plano xy a reta x − y = 2. Como esta equac¸a˜o na˜o depende da varia´vel z, trac¸amos por pontos desta reta, retas paralelas ao eixo z. Vemos que os pontos A = (3, 1, 0), B = (2, 0, 1) e C = (1,−1, 0) sa˜o comuns a`s duas superf´ıcies. Ao ligarmos tais pontos, obtemos a curva intersec¸a˜o. Considerando que W e´ limitado pelos planos x = 0 e z = 0, temos o so´lido W representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 1 – Tutor 10 x y z D W A B C “piso” “teto” −1 1 1 2 x y D entra em x = 0 sai em x = 2 + y x− y = 2 −1 −2 1 2 Observemos que o “teto” do so´lido W e´ a superf´ıcie z = 1−y2 e que o “piso” de W e´ o trape´zio D, que deve ser olhado como uma regia˜o do tipo II. Vemos que a projec¸a˜o de D no eixo y e´ o intervalo [−1, 1]. Logo, −1 ≤ y ≤ 1. Vemos, tambe´m que uma horizontal qualquer atrave´s de D entra em D em x = 0 e sai de D na reta x− y = 2, onde x = 2+ y. Logo, 0 ≤ x ≤ 2+ y. Assim, D e´ definido pelas desigualdades D : { −1 ≤ y ≤ 1 0 ≤ x ≤ 2 + y . Temos, enta˜o, V (W ) = ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫∫ D ( 1− y2) dxdy = = ∫ 1 −1 ∫ 2+y 0 ( 1− y2) dxdy = ∫ 1 −1 ( 1− y2) (2 + y) dy = = ∫ 1 −1 ( 2 + y − 2y2 − y3) dy = [2y + y2 2 − 2y 3 3 − y 4 4 ]1 −1 = = ( 2 + 1 2 − 2 3 − 1 4 ) − ( −2 + 1 2 + 2 3 − 1 4 ) = 8 3 u.v. UFF IME - GMA Universidade Federal Fluminense Instituto de Matema´tica e Estatı´stica Departamento de Matema´tica Aplicada Ca´lculo III-A – Lista 1 Exerc´ıcio 1: Calcule as seguintes integrais duplas: a) ∫∫ D x 1 + y2 dxdy, sendo D = [1, 2]× [0, 1]. b) ∫∫ D x dxdy na regia˜o D compreendida entre as curvas y = x2, y = 0 e x = 1. c) ∫∫ D x y dxdy, onde D e´ a regia˜o limitada pelas retas y = x, y = 2x, x = 1 e x = 2. Soluc¸a˜o: a) O esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. x y D 1 1 2 ComoD e´ um retaˆngulo com os lados paralelos aos eixos coordenados, temos 1 ≤ x ≤ 2 e 0 ≤ y ≤ 1. Pelo teorema de Fubini, o valor da integral dupla pode ser obtido por meio de qualquer uma das seguintes integrais iteradas:∫ 1 0 ∫ 2 1 x 1 + y2 dxdy ou ∫ 2 1 ∫ 1 0 x 1 + y2 dydx . Usando a primeira delas, temos,∫∫ D x 1 + y2 dxdy = ∫ 1 0 ∫ 2 1 x 1 + y2 dxdy = ∫ 1 0 1 1 + y2 ∫ 2 1 x dxdy = = ∫ 1 0 1 1 + y2 [ x2 2 ]2 1 dy = 3 2 ∫ 1 0 1 1 + y2 dy = 3 2 [ arctg y ]1 0 = = 3 2 (arctg 1− arctg 0) = 3 2 ( pi 4 − 0 ) = 3pi 8 . Ca´lculo III-A Lista 1 2 x y D y = x2 1 1 b) O esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. Como D e´ diferente de um retaˆngulo com lados paralelos aos eixos coordenados, devemos enquadrar D como uma regia˜o do tipo I ou do tipo II. Soluc¸a˜o 1: Vamos descrever D como tipo I. Seja (x, y) ∈ D. Enta˜o trac¸amos uma reta vertical por (x, y). x y D y = x2 (x, y) y = 0 1 1 Vemos que esta reta vertical corta a fronteira inferior deD no eixo x, onde y = 0, e a fronteira superior de D na para´bola y = x2. Enta˜o, 0 ≤ y ≤ x2. Projetando a regia˜o D sobre o eixo x, encontramos o intervalo fechado [0, 1]. Enta˜o, 0 ≤ x ≤ 1. Portanto D = {(x, y); 0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ x2}. Temos, enta˜o, ∫∫ D x dxdy = ∫ 1 0 ∫ x2 0 x dydx = ∫ 1 0 x ∫ x2 0 dydx = ∫ 1 0 x [ y ]x2 0 dx = = ∫ 1 0 x3 dx = [ x4 4 ]1 0 = 1 4 . UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 3 Observac¸a˜o: A integral do lado direito de uma integral dupla e´uma integral iterada, cuja primeira integral definida indicada devera´ ter limites de integrac¸a˜o constantes, pois o valor da integral dupla sera´ um nu´mero real. Soluc¸a˜o 2 Vamos descrever D como tipo II. Enta˜o trac¸amos uma reta horizontal por (x, y) ∈ D. x y D (x, y) y = x2 ⇒ x = √y x = √ y x = 1 1 1 Vemos que esta reta horizontal corta a fronteira da esquerda na para´bola x = √ y e a fronteira da direita na reta x = 1. Enta˜o, √ y ≤ x ≤ 1. Projetando D sobre o eixo y, temos o intervalo [0, 1]. Logo, 0 ≤ y ≤ 1. Enta˜o, D = {(x, y); 0 ≤ y ≤ 1 , √y ≤ x ≤ 1}. Portanto, ∫∫ D x dxdy = ∫ 1 0 ∫ 1 √ y x dxdy = ∫ 1 0 [ x2 2 ]1 √ y dy = 1 2 ∫ 1 0 (1− y) dy = = 1 2 [ y − y 2 2 ]1 0 = 1 2 ( 1− 1 2 ) = 1 4 . c) O esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 4 x y D (x, y) y = 2x y = x 1 1 2 2 4 Na figura vemos que a fronteira inferior e´ a reta y = x e a fronteira superior e´ a reta y = 2x. Enta˜o x ≤ y ≤ 2x. Como a projec¸a˜o de D sobre o eixo x e´ o intervalo fechado [1, 2], temos 1 ≤ x ≤ 2. Temos, enta˜o, D = {(x, y); 1 ≤ x ≤ 2 , x ≤ y ≤ 2x}. Portanto, ∫∫ D x y dxdy = ∫ 2 1 ∫ 2x x x y dydx = ∫ 2 1 x ∫ 2x x 1 y dydx = ∫ 2 1 x [ ln y ]2x x dx = = ∫ 2 1 x(ln 2x− lnx) dx = ∫ 2 1 x ln 2x x dx = ∫ 2 1 x ln 2 dx = ln 2 ∫ x 1 x dx = = ln 2 [ x2 2 ]2 1 = 3 2 ln 2 . Observac¸a˜o: Podemos, tambe´m, enquadrar D como tipo II. Havera´, no entanto, uma complicac¸a˜o adicional, se fizermos isso, pois a fronteira direita de D e´ a reta x = 1 e a fronteira esquerda de D e´ constitu´ıda de duas partes, pela reta y = x abaixo da reta y = 2 e pela reta y = 2x, acima de y = 2. Enta˜o e´ necessa´rio decompor D em duas partes D1 e D2: D = D1 ∪D2. Logo,∫∫ D x y dxdy = ∫∫ D1 x y dxdy + ∫∫ D2 x y dxdy . Projetando D1 sobre o eixo y, temos 1 ≤ y ≤ 2. A regia˜o D1 e´ limitada a` esquerda por x = 1 e a` direita pela reta x = y. Logo, 1 ≤ x ≤ y. Enta˜o D1 = {(x, y); 1 ≤ y ≤ 2 , 1 ≤ x ≤ y}. Assim,∫∫ D1 x y dxdy = ∫ 2 1 ∫ y 1 x y dxdy = ∫ 2 1 1 y ∫ y 1 x dxdy = ∫ 2 1 1 y [ x2 2 ]y 1 dy = = 1 2 ∫ 2 1 1 y ( y2 − 1) dy = 1 2 ∫ 2 1 ( y − 1 y ) dy = 1 2 [ y2 2 − ln y ]2 1 = = 1 2 [ (2− ln 2)− ( 1 2 − ln 1 )] = 1 2 ( 3 2 − ln 2 ) = 3 4 − 1 2 ln 2 . UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 5 x y D1 D2 x = y/2 y = x⇒ x = y x = y y = 2x⇒ x = y/2 x = 1 x = 2 1 1 2 2 4 Projetando D2 sobre o eixo y, temos 2 ≤ y ≤ 4. A regia˜o D2 esta´ limitada a` esquerda pela reta x = y/2 e a` direita por x = 2. Logo, y/2 ≤ x ≤ 2. Enta˜o D2 = {(x, y); 2 ≤ y ≤ 4 , y/2 ≤ x ≤ 2} e ∫∫ D2 x y dxdy = ∫ 4 2 ∫ 2 y/2 x y dxdy = ∫ 4 2 1 y ∫ 2 y/2 x dxdy = ∫ 4 2 1 y [ x2 2 ]2 y/2 dy = = 1 2 ∫ 4 2 1 y ( 4− y 2 4 ) dy = 1 2 ∫ 4 2 ( 4 y − y 4 ) dy = 1 2 [ 4 ln y − y 2 8 ]4 2 = = 1 2 [ (4 ln 4− 2)− ( 4 ln 2− 1 2 )] = 1 2 ( 4 ln 2− 3 2 ) = 2 ln 2− 3 4 . Portanto, ∫ ∫ D x y dxdy = 3 4 − 1 2 ln 2 + 2 ln 2− 3 4 = 3 2 ln 2 Obtivemos, assim, o mesmo resultado anterior. Exerc´ıcio 2: Esboce a regia˜o de integrac¸a˜o e troque a ordem de integrac¸a˜o em: a) ∫ 1 0 ∫ x 0 f(x, y)dydx b) ∫ 1 0 ∫ √y − √ y f(x, y)dxdy c) ∫ 1 0 ∫ x+1 2x f(x, y)dydx d) ∫ 1 0 ∫ 2−2y y−1 f(x, y)dxdy. Soluc¸a˜o: a) A regia˜o de integrac¸a˜o e´ dada por D : { 0 ≤ x ≤ 1 0 ≤ y ≤ x (tipo I). Logo, D esta´ limitada pelas retas verticais x = 0 (eixo y) e x = 1; limitada inferiormente pela reta y = 0 (eixo x) e superiormente pela reta y = x. Assim, o esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 6 x y D x = 1 y = 0 y = x 1 1 Para inverter a ordem de integrac¸a˜o devemos descrever D como regia˜o do tipo II. x y D entra em x = y sai em x = 1 1 1 Vemos que D esta´ compreendida entre as retas horizontais y = 0 e y = 1. Considerando uma reta horizontal no interior de D, vemos que ela entra em D em x = y e sai de D em x = 1. Enta˜o, temos D : { 0 ≤ y ≤ 1 y ≤ x ≤ 1 . Logo,∫ 1 0 ∫ x 0 f(x, y)dydx = ∫ 1 0 ∫ 1 y f(x, y)dxdy . b) A regia˜o de integrac¸a˜o e´ dada por D : { 0 ≤ y ≤ 1 −√y ≤ x ≤ √y (tipo II). Logo, D esta´ limitada pelas retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. A` esquerda D e´ limitada pela curva x = −√y e a` direita pela curva x = √ y . De x = ±√y, temos y = x2. Assim, o esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. x y D x = −√y ⇒ y = x2 x = √ y ⇒ y = x2 y = 1 −1 1 1 Descric¸a˜o de D como regia˜o do tipo I Vemos que D esta´ compreendida entre as retas verticais x = −1 e x = 1. Considerando uma reta vertical, no interior de D, diferente do eixo y, vemos que ela entra em D em y = x2 e sai de D em y = 1. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 7 x y D entra em y = x 2 sai em y = 1 −1 1 1 Enta˜o, temos D : { −1 ≤ x ≤ 1 x2 ≤ y ≤ 1 . Logo, ∫ 1 0 ∫ √y − √ y f(x, y)dxdy = ∫ 1 −1 ∫ 1 x2 f(x, y)dydx . c) A regia˜o de integrac¸a˜o D e´ dada por D : { 0 ≤ x ≤ 1 2x ≤ y ≤ x+ 1 (tipo I). Logo, D esta´ compreendida entre as retas verticais x = 0 e x = 1 e esta´ limitada inferiormente pela reta y = 2x (ou x = y/2) e superiormente pela reta y = x+ 1 (ou x = y − 1). Assim, o esboc¸o da regia˜o D esta´ representado pela figura que se segue. Como D esta´ limitada a` esquerda pela curva x = 0 e pela reta y = x+ 1, x y D x = 0 y = 2x y = x+ 1 1 1 2 conclu´ımos que D na˜o e´ do tipo II. Mas podemos olhar para D como a unia˜o de duas regio˜es do tipo II, isto e´, D = D1 ∪D2. Vemos que D1 esta´ compreendida entre as retas horizontais y = 0 e y = 1 e que toda reta horizontal, no interior de D1, entra em D1 em x = 0 e sai de D1 em x = y/2. Logo, D1 : { 0 ≤ y ≤ 1 0 ≤ x ≤ y/2 . Vemos que D2 esta´ compreendida entre as retas horizontais y = 1 e y = 2 e que qualquer reta horizontal, no interior de D2, entra em D2 em x = y − 1 e sai de D2 em x = y/2. Logo, D2 : { 1 ≤ y ≤ 2 y − 1 ≤ x ≤ y/2 . UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 8 x y D1 D2 entra em x = y − 1 sai em x = y/2 sai em x = y/2entra em x = 0 1 1 2 Assim, ∫ 1 0 ∫ x+1 2x f(x, y)dydx = ∫ 1 0 ∫ y/2 0 f(x, y)dxdy + ∫ 2 1 ∫ y/2 y−1 f(x, y)dxdy . d) A regia˜o de integrac¸a˜o e´ dada por D : { 0 ≤ y ≤ 1 y − 1 ≤ x ≤ 2− 2y (tipo II). Logo, D esta´ compre- endida entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. De y − 1 ≤ x ≤ 2 − 2y, vemos que D esta´ limitada a` esquerda pela reta x = y − 1 (ou y = x+ 1) e a` direita pela reta x = 2 − 2y (ou y = (2− x)/2). Assim, o esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. x y D1 D2 entra em y = 0entra em y = 0 sai em y = x+ 1 sai em y = 2−x 2 −1 1 2 Como a fronteira superior de D e´ formada pela retas x = y − 1 e x = 2 − 2y, vemos que D na˜o e´ do tipo I. Mas D = D1 ∪D2, onde D1 e D2 sa˜o do tipo I. Vemos que D1 esta´ compreendida entre as retas verticais x = −1 e x = 0 e que qualquer reta vertical no interior de D1 entra em D1 em y = 0 e sai de D1 em y = x+1. Logo D1 : { −1 ≤ x ≤ 0 0 ≤ y ≤ x+ 1 . Vemos que D2 esta´ compreendida entre as retas verticais x = 0 e x = 2 e que qualquer reta verticalno interior de D2 entra em D2 em y = 0 e sai de D2 em y = (2 − x)/2. Logo, D2 :{ 0 ≤ x ≤ 2 0 ≤ y ≤ (2− x)/2 . UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 9 Assim, ∫ 1 0 ∫ 2−2y y−1 f(x, y)dxdy = ∫ 0 −1 ∫ x+1 0 f(x, y)dydx+ ∫ 2 0 ∫ (2−x)/2 0 f(x, y)dydx . Exerc´ıcio 3: Invertendo a ordem de integrac¸a˜o, calcule: a) ∫ pi 0 ∫ pi x sen y y dydx c) ∫ 3 0 ∫ 1 √ x/3 ey 3 dydx b) ∫ 1 0 ∫ 1 y x2exydxdy d) ∫ 8 0 ∫ 2 3 √ x 1 y4 + 1 dydx Soluc¸a˜o: a) A regia˜o de integrac¸a˜o D e´ dada por D : { 0 ≤ x ≤ pi x ≤ y ≤ pi (tipo I). De 0 ≤ x ≤ pi, vemos que D esta´ compreendida entre as retas verticais x = 0 (eixo y) e x = pi. De x ≤ y ≤ pi, vemos que D esta´ limitada inferiormente pela reta y = x e superiormente pela reta y = pi. Assim, o esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. x y D pi pi Descric¸a˜o de D como uma regia˜o do tipo II Vemos que D esta´ compreendida entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = pi e que qualquer reta horizontal no interior de D entra em D em x = 0 e sai de D em x = y. x y D entra em x = 0 sai em x = y pi pi Logo D : { 0 ≤ y ≤ pi 0 ≤ x ≤ y . Assim,∫ pi 0 ∫ pi x sen y y dydx = ∫ pi 0 ∫ y 0 sen y y dxdy = ∫ pi 0 sen y y [ x ]y 0 dy = = ∫ pi 0 sen y y · y dy = ∫ pi 0 sen y dy = [− cos y]pi 0 = 2 . UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 10 b) A regia˜o de integrac¸a˜o D e´ dada por D : { 0 ≤ y ≤ 1 y ≤ x ≤ 1 (tipo II). De 0 ≤ y ≤ 1 vemos que D esta´ compreendida entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. De y ≤ x ≤ 1 vemos que D esta´ limitada a` esquerda pela reta x = y e a` direita pela reta x = 1. Assim, o esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. x y D 1 1 Descric¸a˜o de D como uma regia˜o do tipo I Vemos que D esta´ compreendida entre as retas verticais x = 0 (eixo y) e x = 1. Logo 0 ≤ x ≤ 1. Vemos, tambe´m, que D esta´ limitada inferiormente pela reta y = 0 e superiormente pela reta y = x. Enta˜o, 0 ≤ y ≤ x. Assim,∫ 1 0 ∫ 1 y x2exy dxdy = ∫ 1 0 ∫ x 0 x2exy dydx = ∫ 1 0 x2 [ exy x ]y=x y=0 dx = = ∫ 1 0 x2 x ( ex 2 − 1) dx = ∫ 1 0 xex 2 dx− ∫ 1 0 x dx = = [ ex 2 2 ]1 0 − [ x2 2 ]1 0 = e− 1 2 − 1 2 = e− 2 2 . c) A regia˜o de integrac¸a˜o D e´ dada por D : { 0 ≤ x ≤ 3√ x 3 ≤ y ≤ 1 (tipo I). De 0 ≤ x ≤ 3, vemos que D esta´ compreendida entre as retas verticais x = 0 (eixo y) e x = 3. De √ x 3 ≤ y ≤ 1, vemos que D esta´ limitada inferiormente pela curva y = √ x 3 (ou x = 3y2, com y ≥ 0) e superiormente pela reta y = 1. Assim, o esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. x y D 1 3 UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 11 Descric¸a˜o de D como uma regia˜o do tipo II Vemos que D esta´ compreendida entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. Logo, 0 ≤ y ≤ 1. Considerando uma reta horizontal, no interior de D, vemos que ela entra em D em x = 0 e sai de D em x = 3y2. Logo, D : { 0 ≤ y ≤ 1 0 ≤ x ≤ 3y2 . Enta˜o, ∫ 3 0 ∫ 1 √ x/3 ey 3 dydx = ∫ 1 0 ∫ 3y2 0 ey 3 dxdy = ∫ 1 0 ey 3 [ x ]3y2 0 dy = = ∫ 1 0 ey 3( 3y2 ) dy = [ ey 3 ]1 0 = e− 1 . d) A regia˜o de integrac¸a˜o D e´ dada por D : { 0 ≤ x ≤ 8 3 √ x ≤ y ≤ 2 (tipo I). De 0 ≤ x ≤ 8, vemos que D esta´ compreendida entre as retas verticais x = 0 e x = 8. De 3 √ x ≤ y ≤ 2, vemos que D esta´ limitada inferiormente pela curva y = 3 √ x (ou x = y3) e superiormente pela reta y = 2. Assim, o esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. x y D 2 8 Descric¸a˜o de D como regia˜o do tipo II Vemos que D esta´ compreendida entre retas horizontais y = 0 e y = 2. Vemos, tambe´m, que qualquer reta horizontal no interior de D entra na regia˜o em x = 0 e sai da regia˜o em x = y3. x y D entra em x = 0 sai em x = y3 2 8 UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 12 Logo, D : { 0 ≤ y ≤ 2 0 ≤ x ≤ y3 . Assim,∫ 8 0 ∫ 2 3 √ x 1 y4 + 1 dydx = ∫ 2 0 ∫ y3 0 1 y4 + 1 dxdy = ∫ 2 0 y3 y4 + 1 dy = = 1 4 ∫ 2 0 d(y4 + 1) y4 + 1 = 1 4 [ ln(y4 + 1) ]2 0 = 1 4 (ln 17− ln 1) = 1 4 ln 17 . Exerc´ıcio 4: Em cada caso calcule, por meio de integral dupla, a a´rea da regia˜o D do plano xy delimitada pelas curvas indicadas. a) y = x3, x+ y = 2 e y = 0. b) x = y2 + 1 e x+ y = 3. c) y = x2, x− y = 1, x = 1 e x = −1. Soluc¸a˜o: a) De y = x3 e x + y = 2, temos x3 + x − 2 = 0 portanto x = 1. Logo, a intersec¸a˜o ocorre em (1, 1). O esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. x y D y = x3 x+ y = 2 y = 0 1 2 Descric¸a˜o de D como uma regia˜o do tipo II Vemos que D esta´ compreendida entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. Considerando uma reta horizontal qualquer, no interior de D, vemos que ela entra em D em x = 3 √ y = y1/3 e sai de D em x = 2− y. Enta˜o temos D : { 0 ≤ y ≤ 1 y1/3 ≤ x ≤ 2− y . Como a a´rea de D e´ dada por A(D) = ∫∫ D dxdy temos, A(D) = ∫ 1 0 ∫ 2−y y1/3 dxdy = ∫ 1 0 ( 2− y − y1/3) dy = = [ 2y − y 2 2 − 3 4 y4/3 ]1 0 = 2− 1 2 − 3 4 = 3 4 u.a. b) De x = y2+1 e x+y = 3, temos y2+y−2 = 0, portanto y = −2 ou y = 1. Logo, as intersec¸o˜es sa˜o (5,−2) e (2, 1). Assim, o esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 13 x y D entra em x = y2 + 1 sai em x = 3− y −2 1 1 2 5 Descric¸a˜o de D como uma regia˜o do tipo II Vemos que D esta´ compreendida entre as retas horizontais y = −2 e y = 1. Considerando uma reta horizontal qualquer no interior de D, diferente do eixo x, vemos que ela entra em D em x = y2 + 1 e sai de D em x = 3− y. Enta˜o, temos D : { −2 ≤ y ≤ 1 y2 + 1 ≤ x ≤ 3− y . Portanto, A(D) = ∫∫ D dxdy = ∫ 1 −2 ∫ 3−y y2+1 dxdy = ∫ 1 −2 ( 3− y − y2 − 1) dy = = ∫ 1 −2 ( 2− y − y2) dy = [2y − y2 2 − y 3 3 ]1 −2 = = ( 2− 1 2 − 1 3 ) − ( −4− 2 + 8 3 ) = 2− 1 2 − 1 3 + 4 + 2− 8 3 = 9 2 u.a. c) O esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. x y D entra em y = x− 1 sai em y = x2 −1 −1 1 1 Descric¸a˜o de D como uma regia˜o do tipo I Vemos que D esta´ limitada entre as retas verticais x = −1 e x = 1. Vemos, tambe´m, que qualquer reta vertical no interior de D, diferente do eixo y, entra em D em y = x− 1 e sai de D em y = x2. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 14 Assim D : { −1 ≤ x ≤ 1 x− 1 ≤ y ≤ x2 . Enta˜o, A(D) = ∫∫ D dxdy = ∫ 1 −1 ∫ x2 x−1 dydx = ∫ 1 −1 ( x2 − x+ 1) dx = = [ x3 3 − x 2 2 + x ]1 −1 = ( 1 3 − 1 2 + 1 ) − ( −1 3 − 1 2 − 1 ) = 8 3 u.a. Exerc´ıcio 5: Calcule o volume do so´lido W , no primeiro octante, limitado pelo cilindro parabo´lico z = 4− x2 e pelos planos x+ y = 2, x = 0, y = 0 e z = 0. Soluc¸a˜o: Vamos fazer o esboc¸o, no primeiro octante, da superf´ıcie de equac¸a˜o z = 4 − x2 dita cilindro parabo´lico. No plano xz, trac¸amos o arco de para´bola z = 4− x2, com x ≥ 0 e z ≥ 0. Como esta equac¸a˜o na˜o depende da varia´vel y, consideramos, por pontos da para´bola, as semirretas paralelas ao eixo y. x y z 2 4 Agora, vamos fazer o esboc¸o, no primeiro octante, da porc¸a˜o do plano de equac¸a˜o x+ y = 2. No plano xy trac¸amos o segmento de reta x + y = 2 que liga A(2, 0, 0) a B(0, 2, 0). Como esta equac¸a˜o na˜o depende da varia´vel z, trac¸amospor pontos do segmento as semirretas paralelas ao eixo z. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 15 x y z A B 2 2 Vemos que A(2, 0, 0) e C(0, 2, 4) sa˜o pontos comuns a`s duas superf´ıcies. Enta˜o, a curva de intersec¸a˜o e´ a curva obtida ao ligar esses dois pontos. Considerando que o so´lido e´ limitado pelos planos x = 0, y = 0 e z = 0, temos o esboc¸o de W representado na figura que se segue. x y z W A B C “piso” D “teto”: z = f(x, y) = 4− x2 2 2 4 Temos V (W ) = ∫∫ D f(x, y) dxdy, onde f(x, y) = 4 − x2, e D esta´ representado na seguinte regia˜o triangular. x y D entra em y = 0 sai em y = 2− x x+ y = 2 2 2 UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 16 Descrevendo D como uma regia˜o do tipo I, temos D : { 0 ≤ x ≤ 2 0 ≤ y ≤ 2− x . Enta˜o, V (W ) = ∫∫ D (4− x2) dxdy = ∫ 2 0 ∫ 2−x 0 (4− x2) dydx = ∫ 2 0 (4− x2)(2− x) dx = = ∫ 2 0 ( x3 − 2x2 − 4x+ 8) dx = [x4 4 − 2x 3 3 − 2x2 + 8x ]2 0 = 20 3 u.v. Exerc´ıcio 6: Esboce o so´lido, no primeiro octante, limitado pelo cilindro x2 + z2 = 1 e pelos planos y = 2x, y = 0 e z = 0, e encontre o seu volume. Soluc¸a˜o: Vamos fazer o esboc¸o, no primeiro octante, da superf´ıcie de equac¸a˜o x2 + z2 = 1 dita cilindro circular. No plano xz, trac¸amos o arco de circunfereˆncia x2+z2 = 1, com x ≥ 0 e z ≥ 0. Como esta equac¸a˜o na˜o depende da varia´vel y, consideramos, por pontos do arco as semirretas paralelas ao eixo y. x y z 1 1 Agora, vamos fazer o esboc¸o, no primeiro octante, da porc¸a˜o do plano y = 2x. No plano xy, trac¸amos a semirreta y = 2x, com x ≥ 0. Como esta equac¸a˜o na˜o depende da varia´vel z, por pontos da semirreta, trac¸amos semirretas paralelas ao eixo z. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 17 x y z A B 1 1 2 Vemos que A(0, 0, 1) e B(1, 2, 0) sa˜o pontos comuns a`s duas superf´ıcies. Enta˜o, a curva de intersec¸a˜o e´ obtida ao ligarmos tais pontos. Considerando que W e´ limitado pelos planos y = 0 e z = 0, temos que o esboc¸o de W esta´ representado na figura que se segue. x y z “piso” D “teto”: z = f(x, y) = √ 1− x2 W A B 1 1 2 x y D entra em y = 0 sai em y = 2x 1 2 Temos V (W ) = ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫∫ D √ 1− x2 dxdy, onde D, como tipo I, e´ dado por D : { 0 ≤ x ≤ 1 0 ≤ y ≤ 2x . Enta˜o, V (W ) = ∫ 1 0 ∫ 2x 0 √ 1− x2 dydx = ∫ 1 0 √ 1− x2 · 2x dx = = − ∫ 1 0 (1− x2)1/2(−2x) dx = −2 3 [ (1− x2)3/2]1 0 = −2 3 (0− 1) = 2 3 u.v. Exerc´ıcio 7: Seja V o volume de um so´lido delimitado pelo cilindro parabo´lico z = 8− 2y2 e pelos planos x = 0, x = 8 e z = 0. Calcule V . UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 18 Soluc¸a˜o: Inicialmente trac¸amos, no plano yz, a para´bola z = 8 − 2y2. Como esta equac¸a˜o na˜o depende da varia´vel x, consideramos, por pontos da para´bola, as retas paralelas ao eixo x. Como o so´lido esta´ limitado pelos planos x = 0, x = 8 e z = 0, temos o esboc¸o do so´lido W representado na figura que se segue. x y z W “piso” D “teto”: z = f(x, y) = 8− 2y2 −2 8 8 2 x y D −2 8 2 Portanto, V (W ) = ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫∫ D (8− 2y2) dxdy = ∫ 2 −2 ∫ 8 0 (8− 2y2) dxdy = = 8 [ 8y − 2y 3 3 ]2 −2 = 16 ( 16− 16 3 ) = 512 3 u.v. Exerc´ıcio 8: Calcule o volume do so´lido W delimitado pelas superf´ıcies y = x2, y = 4, z = 0 e z = 4. Soluc¸a˜o: No plano xy, esboc¸amos a para´bola y = x2. Como esta equac¸a˜o na˜o depende da varia´vel z, trac¸amos, por pontos da para´bola, as retas paralelas ao eixo z. Considerando que o so´lido esta´ limitado pelos planos z = 0, z = 4 e y = 4, temos o esboc¸o de W representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 19 x y z W “piso” D “teto”: z = 4 −2 4 4 2 x y D entra em y = x2 sai em y = 4 −2 4 2 Portanto, V (W ) = ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫∫ D 4 dxdy = ∫ 2 −2 ∫ 4 x2 4 dydx = = 4 ∫ 2 −2 (4− x2) dx = 4 [ 4x− x 3 3 ]2 −2 = 4 ( 32 3 ) = 128 3 u.v. Exerc´ıcio 9: Encontre o volume do so´lido no primeiro octante, limitado pelos planos coordenados, pelo plano x = 3 e pelo cilindro parabo´lico z = 4− y2. Soluc¸a˜o: Esboc¸o do so´lido W no primeiro octante No plano yz (x = 0), trac¸amos a para´bola z = 4 − y2 com y ≥ 0 e z ≥ 0. Como esta equac¸a˜o na˜o depende da varia´vel x, consideramos, por pontos da para´bola, as semirretas paralelas ao eixo x, com x ≥ 0. Obtemos, assim, o cilindro parabo´lico. Agora, trac¸amos o plano vertical x = 3 que intercepta o cilindro parabo´lico segundo uma curva que conte´m os pontos A = (3, 0, 4) e B = (3, 2, 0). Considerando que o so´lido W esta´ limitado pelos planos coordenados, temos o esboc¸o de W representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 20 x y z W A B “teto” de W : z = f(x, y) = 4− y2 “piso” D : 0 ≤ x ≤ 3 , 0 ≤ y ≤ 2 2 3 4 Por integral dupla, temos V (W ) = ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫∫ D ( 4− y2) dxdy = ∫ 3 0 ∫ 2 0 ( 4− y2) dydx = = ∫ 3 0 [ 4y − y 3 3 ]2 0 dx = ∫ 3 0 ( 8− 8 3 ) dx = 16 3 ∫ 3 0 dx = 16 3 · 3 = 16 u.v. Exerc´ıcio 10: Use uma integral dupla para calcular o volume do so´lido W , no primeiro octante, compreendido pelas superf´ıcies y2 = x, z = 0 e x+ z = 1. Soluc¸a˜o: Para esboc¸ar o plano x+ z = 1, desenhamos inicialmente, no plano xz, a reta x+ z = 1. Como esta equac¸a˜o na˜o conte´m a varia´vel y, consideramos, por pontos da reta, as retas paralelas ao eixo y. Obtemos, assim, o esboc¸o do plano x+ z = 1. x y z S1 1 1 Para esboc¸ar a superf´ıcie de equac¸a˜o x = y2 (dita cilindro parabo´lico, pela auseˆncia da varia´vel z), desenhamos, inicialmente, a para´bola x = y2, no plano xy, e, por pontos da para´bola, consideramos as retas paralelas ao eixo z, pois a equac¸a˜o x = y2 na˜o conte´m a varia´vel z. Obtemos, assim, o esboc¸o da superf´ıcie de equac¸a˜o x = y2. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 21 x y z S2 −1 1 1 1 Observemos que A1 = (1, 1, 0), A2 = (0, 0, 1) e A3 = (1,−1, 0) sa˜o pontos comuns a`s duas superf´ıcies. Portanto, ao ligarmos A1, A2 e A3 temos a curva intersec¸a˜o das duas superf´ıcies. x y z W A1 A2 A3 1 Considerando que o so´lido W esta´ limitado pelo plano z = 0 (plano xy), temos o esboc¸o de W . Vemos que o “teto” de W e´ o gra´fico de z = 1− x e que o “piso” de W e´ a regia˜o D dada por: UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 1 22 x y D Sai em x = 1Entra em x = y2 −1 1 1 D : {(x, y) ∈ R2; −1 ≤ y ≤ 1 , y2 ≤ x ≤ 1}. Logo, V (W ) = ∫∫ D (1− x) dxdy = ∫ 1 −1 ∫ 1 y2 (1− x) dxdy = ∫ 1 −1 [ x− x 2 2 ]1 y2 dy = = ∫ 1 −1 [( 1− 1 2 ) − ( y2 − y 4 2 )] dy = ∫ 1 −1 ( 1 2 − y2 + y 4 2 ) dy = = [ y 2 − y 3 3 + y5 10 ]1 −1 = 2 ( 1 2 − 1 3 + 1 10 ) = 8 15 u.v. UFF IME - GMA Universidade Federal Fluminense Instituto de Matema´tica e Estatı´stica Departamento de Matema´tica Aplicada Ca´lculo III-A – Mo´dulo 2 Aula 3 – Mudanc¸a de Varia´veis na Integral Dupla Objetivo • Aprender a fazer mudanc¸a de varia´veis em integrais duplas. No Ca´lculo II, voceˆ aprendeu a fo´rmula da mudanc¸a de varia´vel para uma func¸a˜o de uma varia´vel:∫ b a f(x) dx = ∫ d c f (g(u)) g′(u) du . Para as integrais duplas, temos uma fo´rmula ana´loga. Uma mudanc¸a de varia´veis em um subconjunto de R2 e´ dada por uma transformac¸a˜o ϕ : Duv ⊂ R2 −→ R2 (u, v) 7−→(x, y) = ϕ(u, v) = (x(u, v), y(u, v)) de classe C1 e injetora no interior de Duv. u v Duv ϕ x y Dxy = ϕ(Duv) f R Suponhamos que o jacobiano de ϕ, Jϕ(u, v) seja diferente de 0, isto e´, J = Jϕ(u, v) = ∂(x, y) ∂(u, v) = ∣∣∣∣∣∣∣∣ ∂x ∂u ∂x ∂v ∂y ∂u ∂y ∂v ∣∣∣∣∣∣∣∣ 6= 0 . Prova-se que dxdy = |J | dudv. Seja Dxy = ϕ (Duv). Enta˜o, se f(x, y) e´ cont´ınua em Dxy, temos: ∫∫ Dxy f(x, y) dxdy = ∫∫ Duv f ( x(u, v), y(u, v) ) |J | dudv . Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 2 OBS.: Pelo teorema da func¸a˜o inversa, o jacobiano de ϕ−1 e´ dado por Jϕ−1(x, y) = ∣∣∣∣∣∣∣∣ ∂u ∂x ∂u ∂y ∂v ∂x ∂v ∂y ∣∣∣∣∣∣∣∣ = ( Jϕ(u, v) ) −1 = 1 J (ϕ(u, v)) . Exemplo 1 Calcule, utilizando uma mudanc¸a de varia´veis conveniente, a integral ∫∫ Dxy (x+y)6 y−x dxdy, sendo Dxy a regia˜o limitada pelas retas y + x = 3, y + x = 5, y − x = 1 e y − x = 3. Soluc¸a˜o: O esboc¸o de Dxy e´: x y Dxy3 3 5 5 Fac¸amos u = x+ y, v = y − x, que nos da´ { u+ v = 2y u− v = 2x ou { x = u−v 2 y = u+v 2 Temos, J = ∂(x, y) ∂(u, v) = ∣∣∣∣∣∣∣∣ ∂x ∂u ∂x ∂v ∂y ∂u ∂y ∂v ∣∣∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣∣∣∣ 1 2 −1 2 1 2 1 2 ∣∣∣∣∣∣∣ = 1 2 6= 0 . Como dxdy = |J | dudv, temos dxdy = 1 2 dudv. A seguir, vamos determinar Duv. Como Dxy e´ limitado por y+ x = 3, y+ x = 5, y− x = 1 e y− x = 3, a regia˜o Duv e´ limitada por u = 3, u = 5, v = 1 e v = 3. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 3 u v Duv 1 3 3 5 Segue da fo´rmula da mudanc¸a de varia´veis que∫∫ Dxy (x+y)6 y−x dxdy = ∫∫ Duv u6 v · 1 2 dudv = 1 2 ∫∫ Duv u6 v dudv = 1 2 ∫ 5 3 u6 ∫ 3 1 1 v dvdu = 1 2 ∫ 5 3 u6 [ ln v ]3 1 du = ln 3 2 ∫ 5 3 u6 du = ln 3 2 [ u7 7 ]5 3 = (57 − 37) ln 3 14 . Aula 4 – Integrais Duplas em Coordenadas Polares Objetivo • Estudar uma mudanc¸a de varia´veis bastante usada: coordenadas polares. No Ca´lculo II, voceˆ aprendeu coordenadas polares (r, θ), onde r e´ a distaˆncia de um ponto P = (x, y) a` origem e θ o aˆngulo (em radianos) formado pelo eixo x positivo e pelo raio polar OP . x x y y r P (x, y) O θ UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 4 Da figura, vemos que x = r cos θ, y = r sen θ portanto x2 + y2 = r2. Enta˜o, consideremos a mudanc¸a de varia´veis dada por ϕ : { x = r cos θ y = r sen θ , onde r ≥ 0 e θ0 ≤ θ ≤ θ0 + 2pi, para algum θ0 ∈ R. O jacobiano de ϕ e´ dado por J = Jϕ = ∂(x, y) ∂(r, θ) = ∣∣∣∣∣∣∣∣ ∂x ∂r ∂x ∂θ ∂y ∂r ∂y ∂θ ∣∣∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣ cos θ −r sen θsen θ r cos θ ∣∣∣∣ = r cos2 θ + r sen2 θ = r . Enta˜o, ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫∫ Drθ f (r cos θ, r sen θ) r drdθ . OBS.: 1. O termo dxdy na˜o e´ substitu´ıdo por drdθ, mas por rdrdθ. 2. A a´rea de D, em coordenadas polares, e´ dada por A(D) = ∫∫ Drθ r drdθ . Exemplo 1 Calcule ∫∫ D ex 2+y2 dxdy, onde D e´ a regia˜o limitada pela curva y = √ 1− x2 e pelo eixo x. Soluc¸a˜o: O esboc¸o de D e´: x y D −1 1 1 θ (r, θ) r = 1 r = 0 UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 5 Passando para coordenadas polares, temos: x = r cos θ y = r sen θ dxdy = rdrdθ x2 + y2 = r2 Observemos que em D o aˆngulo θ varia de 0 (no eixo polar = eixo x positivo) a pi (no ponto (−1, 0)). Fixado θ, tal que 0 ≤ θ ≤ pi, o raio polar r varia de 0 a 1. Enta˜o, Drθ e´ dado por: Drθ : { 0 ≤ θ ≤ pi 0 ≤ r ≤ 1 . Logo, ∫∫ D ex 2+y2 dxdy = ∫∫ Drθ er 2 r drdθ = ∫ 1 0 ∫ pi 0 er 2 r dθdr = pi ∫ 1 0 er 2 r dr . Temos d(r2) = 2r dr, portanto r dr = 1 2 d(r2). Enta˜o, ∫∫ D ex 2+y2 dxdy = pi 2 ∫ 1 0 er 2 d(r2) = pi 2 [ er 2 ]1 0 = pi 2 (e− 1) . Exemplo 2 Calcule I = ∫∫ D y dxdy, onde D e´ limitado por x2 + y2 = 2y. Soluc¸a˜o: Completando o quadrado em x2+y2 = 2y, temos x2+(y−1)2 = 1. Logo, temos uma circunfereˆncia de centro (0, 1) e raio 1. Assim, o esboc¸o de D e´: x y D1 2 Calcular I, enquadrando D como tipo I ou tipo II, e´ uma tarefa dif´ıcil (verifique), enta˜o passemos para coordenadas polares. Temos, x = r cos θ y = r sen θ dxdy = rdrdθ x2 + y2 = r2 UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 6 Passando x2 + y2 = 2y para coordenadas polares, temos r2 = 2r sen θ ou r = 2 sen θ. Observemos que, como o eixo x e´ tangente a` circunfereˆncia na origem, θ varia de 0 a pi. Fixando θ, tal que 0 ≤ θ ≤ pi, o raio polar r varia de 0 a 2 sen θ. Logo, o conjunto Drθ e´ dado por Drθ : { 0 ≤ θ ≤ pi 0 ≤ r ≤ 2 sen θ Enta˜o, I = ∫∫ Drθ r sen θ · r drdθ = ∫∫ Drθ r2 sen θ drdθ = ∫ pi 0 sen θ ∫ 2 sen θ 0 r2 drdθ = ∫ pi 0 sen θ [ r3 3 ]2 sen θ 0 dθ = 8 3 ∫ pi 0 sen4 θ dθ . Vale a pena lembrar que sen4 θ = (sen2 θ) 2 = ( 1−cos 2θ 2 )2 = 1 4 (1− 2 cos 2θ + cos2 2θ)∫ cos2u du = 1 2 ( u+ sen 2u 2 ) + C Enta˜o, I = 2 3 ∫ pi 0 (1− 2 cos 2θ + cos2 2θ) dθ = 2 3 · 1 2 ∫ pi 0 (1− 2 cos 2θ + cos2 2θ) d(2θ) = 1 3 [ 2θ − 2 sen 2θ + 1 2 ( 2θ + sen 4θ 2 ) ]pi 0 = 1 3 [ 3θ − 2 sen 2θ + sen 4θ 4 ]pi 0 = pi . Exerc´ıcio 1: Calcule ∫∫ D x− y x+ y dA, onde D e´ a regia˜o compreendida pelas retas x−y = 0, x−y = 1, x+ y = 1 e x+ y = 3. Exerc´ıcio 2: Use a transformac¸a˜o u = y x e v = xy para determinar ∫∫ D xy3 dA na regia˜o D do primeiro quadrante, limitada por y = x, y = 3x, xy = 1 e xy = 4. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 7 Exerc´ıcio 3: Calcule a integral dupla ∫∫ D e−(x 2+y2) dA, onde D e´ a regia˜o contida na circunfereˆncia x2 + y2 = 1. Exerc´ıcio 4: Calcule ∫∫ D √ x2 + y2 dxdy, onde D e´ o disco centrado fora da origem, dado pela desigualdade x2 + y2 ≤ 2y ou x2 + (y − 1)2 ≤ 1. Exerc´ıcio 5: Calcule ∫∫ D y√ x2 + y2 dA, ondeD e´ a regia˜o no primeiro quadrante fora da circunfereˆncia r = 2 e dentro do cardioide r = 2(1 + cos θ). Exerc´ıcio 6: Calcule as integrais, transformando-as em coordenadas polares. a) ∫ 1 −1 ∫ √ 1−x2 0 (x2 + y2) 3/2 dydx b) ∫ 3 0 ∫ √ 18−x2 x sen (x2 + y2 + 1) dydx Exerc´ıcio 7: Determine o volume do so´lido W , limitado pelo paraboloide z = 4 − x2 − y2 e pelo plano xy. Exerc´ıcio 8: Determine o volume do so´lido W no interior da esfera x2 + y2 + z2 = 4 e do cilindro x2 + (y − 1)2 = 1 e acima do plano z = 0. UFF IME - GMA Universidade Federal Fluminense Instituto de Matema´tica e Estatı´stica Departamento de Matema´tica Aplicada Ca´lculo III-A – Mo´dulo 2 – Tutor Exerc´ıcio 1: Calcule ∫∫ D x− y x+ y dA onde D e´ a regia˜o compreendida pelas retas x−y = 0, x−y = 1, x+ y = 1 e x+ y = 3. Soluc¸a˜o: Calcular diretamente essa integral seria penoso pela complexidade da regia˜o de integrac¸a˜o. Mas a ocorreˆncia das expresso˜es x − y e x + y no integrando e tambe´m nas equac¸o˜es da fronteira sugere a seguinte transformac¸a˜o: u = x+ y e v = x− y donde x = u+ v 2 e y = u− v 2 . O jacobiano J e´ dado por J = ∂(x, y) ∂(u, v) = ∣∣∣∣∣∣∣ ∂x ∂u ∂x ∂v ∂y ∂u ∂y ∂v ∣∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣∣∣ 1 2 1 2 1 2 −1 2 ∣∣∣∣∣∣ = −1 4 − 1 4 = −1 2 . Com essa transformac¸a˜o a fronteira de Duv e´ formada pelas retas v = 0, v = 1, u = 1 e u = 3 u v Duv 3 1 1 Assim, pela fo´rmula da mudanc¸a de varia´veis temos: ∫∫ D x− y x+ y dA = ∫∫ Duv v u |J | dudv = ∫∫ Duv v u ∣∣∣−1 2 ∣∣∣ dudv = 1 2 ∫ 1 0 ∫ 3 1 v u dudv = = 1 2 ∫ 1 0 v [ ln u]3 1 dv = 1 2 ∫ 1 0 v(ln 3− ln 1) dv = 1 2 ln 3 ∫ 1 0 v dv = 1 4 ln 3 . Exerc´ıcio 2: Use a transformac¸a˜o u = y x e v = xy para determinar ∫∫ D xy3 dA na regia˜o D do primeiro quadrante, limitada por y = x, y = 3x, xy = 1 e xy = 4. Soluc¸a˜o: O esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 – Tutor 2 x y D y = 3x y = x xy = 1 xy = 4 u v Duv 1 1 3 4 Com essa transformac¸a˜o, a regia˜o D transforma-se na regia˜o Duv limitada pelas retas u = 1, u = 3, v = 1 e v = 4. Temos: J−1 = ∂(u, v) ∂(x, y) = ∣∣∣∣∣∣∣ ∂u ∂x ∂u ∂y ∂v ∂x ∂v ∂y ∣∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣∣∣ −y x2 1 x y x ∣∣∣∣∣∣ = − y x − y x = −2y x = −2u . Logo, ∂(x, y) ∂(u, v) = 1 J−1 = 1 −2u = − 1 2u . De u = y/x e v = xy temos uv = y2. Portanto, o integrando xy3 = xy · y2 transforma-se em v · uv = uv2. Assim, da fo´rmula da mudanc¸a de varia´veis temos: ∫∫ D xy3 dA = ∫∫ Duv uv2 ∣∣∣∣∂(x, y)∂(u, v) ∣∣∣∣ dudv = ∫∫ Duv uv2 ∣∣∣− 1 2u ∣∣∣ dudv = 1 2 ∫∫ Duv v2 dudv = = 1 2 ∫ 3 1 ∫ 4 1 v2 dvdu = 1 2 ∫ 3 1 [ v3 3 ]4 1 du = 1 6 (64− 1) ∫ 3 1 du = 63 3 [ u ]3 1 = 21 2 (3− 1) = 21 . Exerc´ıcio 3: Calcule a integral dupla ∫∫ D e−(x 2+y2) dA onde D e´ a regia˜o contida na circunfereˆncia x2 + y2 = 1. Soluc¸a˜o: O esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 – Tutor 3 x y D 1 1 Passando para coordenadas polares, vemos que x2 + y2 = r2 e dA = r drdθ. Descric¸a˜o de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-hora´rio a partir do eixo x positivo vemos que 0 ≤ θ ≤ 2pi. A equac¸a˜o x2+ y2 = 1 transforma-se em r2 = 1 ou r = 1. Assim, para θ fixo, fazemos r crescer de r = 0 a r = 1. Logo Drθ e´ dado pelas desigualdades 0 ≤ θ ≤ 2pi e 0 ≤ r ≤ 1. Portanto: ∫∫ D e−(x 2+y2)dA = ∫∫ Drθ e−r 2 r drdθ = ∫ 2pi 0 ∫ 1 0 e−r 2 r drdθ = = 1 −2 ∫ 2pi 0 ∫ 1 0 e−r 2 (−2r) drdθ = −1 2 ∫ 2pi 0 [ e−r 2 ]1 0 dθ = −1 2 ( e−1 − 1) ∫ 2pi 0 dθ = ( 1− e−1) pi . Exerc´ıcio 4: Calcule ∫∫ D √ x2 + y2 dxdy onde D e´ o disco centrado fora da origem, dado pela desigualdade x2 + y2 ≤ 2y ou x2 + (y − 1)2 ≤ 1. Soluc¸a˜o: O esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. x y D 2 1 Passando para coordenadas polares temos: x = r cos θ y = r sen θ dxdy = r drdθ x2 + y2 = r2 . UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 – Tutor 4 O integrando 3 √ x2 + y2 transforma-se em 3 √ r2 = r2/3. Descric¸a˜o de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-hora´rio a partir do eixo x positivo vemos que θ varia de 0 a pi. A equac¸a˜o da circunfereˆncia x2 + y2 = 2y transforma-se, em coordenadas polares, em r2 = 2r sen θ donde r = 2 sen θ e´ a equac¸a˜o polar da circunfereˆncia. Assim, para θ fixo, fazemos r crescer de r = 0 a r = 2 sen θ. Logo, Drθ e´ dado por Drθ : { 0 ≤ θ ≤ pi 0 ≤ r ≤ 2 sen θ . r θ pi pi/2 2 Enta˜o, ∫∫ D √ x2 + y2 dxdy = ∫∫ Drθ √ r2 r drdθ = ∫∫ Drθ r2 drdθ = ∫ pi 0 ∫ 2 sen θ 0 r2 drdθ = = ∫ pi 0 [ r3 3 ]2 sen θ 0 dθ = 8 3 ∫ pi 0 sen3 θ dθ . Mas: sen3 θ = sen2 θ sen θ = ( 1− cos2 θ) sen θ . Fazendo u = cos θ temos du = − sen θ dθ. Para θ = 0 temos u = 1 e para θ = pi temos u = −1. Enta˜o, I = 8 3 ∫ pi 0 ( 1− cos2 θ) sen θ dθ = 8 3 ∫ 1 −1 ( 1− u2)(−du) = −8 3 ∫ 1 −1 ( 1− u2)du = = 8 3 ∫ 1 −1 ( 1− u2)du = 8 3 [ u− u 3 3 ]1 −1 = 8 3 [( 1− 1 3 ) − ( −1 + 1 3 )] = 8 3 ( 2− 2 3 ) = 32 9 . OBS.: Voceˆ notou que um disco centrado na origem transforma-se em um retaˆngulo no plano rθ e que um disco centrado fora da origem na˜o se transforma em um retaˆngulo no plano rθ? Exerc´ıcio 5: Calcule ∫∫ D y√ x2 + y2 dA onde D e´ a regia˜o no primeiro quadrante fora da circunfereˆncia r = 2 e dentro do cardioide r = 2(1 + cos θ). UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 – Tutor 5 Soluc¸a˜o: Passando para coordenadas polares temos y = r sen θ, x2 + y2 = r2 e dA = r drdθ. Esboc¸o de D Seja r = 2(1 + cos θ). Para θ = 0, θ = pi/2, θ = pi, θ = 3pi/2 e θ = 2pi temos, respectivamente, r = 4, r = 2, r = 0 e r = 2. De r2 = 4 temos x2 + y2 = 4. Assim, o esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. D P entra em r = 2 sai em r = 2(1 + cos θ) −2 2 2 4 Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-hora´rio a partir do eixo x positivo (onde θ = 0) ate´ o eixo y positivo (onde θ = pi/2), vemos que 0 ≤ θ ≤ pi/2. Considerando um ponto P no interior de D, vemos que a semirreta OP entra em D em r = 2 e sai de D em r = 2(1 + cos θ). Enta˜o, temos Drθ : { 0 ≤ θ ≤ pi/2 2 ≤ r ≤ 2(1 + cos θ) . Assim:∫∫ D y√ x2 + y2 dA = ∫∫ Drθ r sen θ√ r2 r drdθ = ∫∫ Drθ r sen θ drdθ = = ∫ pi/2 0 sen θ ∫ 2(1+cos θ) 2 r drdθ = ∫ pi/2 0 sen θ [ r2 2 ]2(1+cos θ) 2 dθ = = 1 2 ∫ pi/2 0 sen θ [ 4(1 + cos θ)2 − 4] = 1 2 · 4 ∫ pi/2 0 ( 1 + 2 cos θ + cos2 θ − 1) sen θ dθ = = 2 −1 ∫ pi/2 0 ( 2 cos θ + cos2 θ ) (− sen θ) dθ = −2 [ 2 cos2 θ 2 + cos3 θ 3 ]pi/2 0 = = −2 [ 0− ( 1 + 1 3 )] = 8 3 . Exerc´ıcio 6: Calcule as integrais, transformando-as em coordenadas polares. a) ∫ 1 −1 ∫ √1−x2 0 (x2 + y2) 3/2 dydx b) ∫ 3 0 ∫ √18−x2 x sen (x2 + y2 + 1) dydx UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 – Tutor 6 Soluc¸a˜o: a) Temos: I = ∫ 1 −1 ∫ √1−x2 0 ( x2 + y2 )3/2 dydx = ∫∫ D ( x2 + y2 )3/2 dxdy, onde D = { (x, y) ∈ R2 | −1 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ √ 1− x2 } . Logo, D esta´ entre as retas x = −1 e x = 1 e esta´ limitada inferiormente pela reta y = 0 e superiormente pela curva y = √ 1− x2 (ou x2 + y2 = 1), com y ≥ 0. Assim, o esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. x y D −1 1 1 Passando para coordenadas polares, temos x2 + y2 = r2 e dA = rdrdθ e Drθ e´ dado pelas desigual- dades Drθ : { 0 ≤ θ ≤ pi 0 ≤ r ≤ 1 . Enta˜o, I = ∫∫ Drθ ( r2 )3/2 r drdθ = ∫∫ Drθ r4 drdθ = ∫ 1 0 r4 ∫ pi 0 dθdr = pi ∫ 1 0 r4 dr = pi [ r5 5 ]1 0 = pi 5 . b) Temos, I = ∫ 3 0 ∫ √18−x2 x sen ( x2 + y2 + 1 ) dydx = ∫∫ D sen ( x2 + y2 + 1 ) dxdy ondeD : { (x, y) ∈ R2; 0 ≤ x ≤ 3 , x ≤ y ≤ √18− x2}. Logo,D esta´ entre as retas verticais x = 0 e x = 3 e esta´ limitada inferiormente pela reta y = x e superiormente pela curva y = √ 18− x2 ou x2 + y2 = 18, com y ≥ 0. De y = x e x2 + y2 = 18, com y ≥ 0 temos x2 = 9. Como x ≥ 0, temos x = 3 donde y = 3. Logo, o ponto de intersec¸a˜o e´ o ponto (3, 3). Assim, o esboc¸o de D esta´ representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 – Tutor 7 x y D P entra em r = 0 sai em r = √ 18 y = x √ 18 pi/4 3 (3, 3) Descric¸a˜o de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-hora´rio a partir da reta y = x (onde θ = pi/4) ate´ o eixo y positivo (onde θ = pi/2) vemos que θ varia de pi/4 a pi/2. Considerando um ponto P no interior de D vemos que a semirreta OP entra em D em r = 0 e sai de D em r = √ 18 . Enta˜o temos Drθ : { pi/4 ≤ θ ≤ pi/2 0 ≤ r ≤ √18 . Enta˜o, I = ∫∫ Drθ sen ( r2 + 1 ) r drdθ = ∫ √18 0 sen ( r2 + 1 ) r ∫ pi/2 pi/4 dθdr = pi 4 ∫ √180 sen ( r2 + 1 ) r dr . Fazendo u = r2 + 1 temos du = 2r dr donde r dr = −du/2. Para r = 0 temos u = 1 e para r = √ 18 temos u = 19. Enta˜o, I = pi 4 ∫ 19 1 sen u ( du 2 ) = pi 8 [ − cos u ]19 1 = pi 8 (cos 1− cos 19) . Exerc´ıcio 7: Determine o volume do so´lido W, limitado pelo paraboloide z = 4 − x2 − y2 e pelo plano xy. Soluc¸a˜o: O esboc¸o de W esta´ representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 – Tutor 8 x y z W “piso” D : x2 + y2 ≤ 4 4 2 2 x y D 2 2 Temos: V (W ) = ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫∫ D ( 4− x2 − y2) dxdy . Passando para coordenadas polares temos x = r cos θ y = r sen θ dxdy = r drdθ x2 + y2 = r2 e Drθ : { 0 ≤ θ ≤ 2pi 0 ≤ r ≤ 2 . Enta˜o, V (W ) = ∫∫ Drθ ( 4− r2) r drdθ = ∫ 2 0 ( 4r − r3) ∫ 2pi 0 dθdr = 2pi ∫ 2 0 ( 4r − r3) dr = = 2pi [ 2r2 − r 4 4 ]2 0 = 2pi(8− 4) = 8pi u.v. Exerc´ıcio 8: Determine o volume do so´lido W no interior da esfera x2 + y2 + z2 = 4 e do cilindro x2 + (y − 1)2 = 1 e acima do plano z = 0. Soluc¸a˜o: O esboc¸o de W esta´ representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 – Tutor 9 x y z W 1 2 2 x y z D W1 “piso” “teto” 1 2 2 x y D1 2 Por simetria, temos que V (W ) = 2V (W1) onde W1 = { (x, y, z) ∈ R3; (x, y) ∈ D : x2 + (y − 1)2 ≤ 1 , x ≥ 0 e 0 ≤ z ≤ √ 4− x2 − y2 } . Vemos, tambe´m, que o “teto” de W1 e´ a superf´ıcie z = √ 4− x2 − y2 = f(x, y) e que o “piso” e´ o semidisco D : x2 + (y − 1)2 ≤ 1, com x ≥ 0. Logo: V (W ) = 2V (W1) = 2 ∫∫ D f(x, y) dxdy = 2 ∫∫ D √ 4− x2 − y2 dxdy . Passando para coordenadas polares, temos x2+y2 = r2 e dxdy = r drdθ. A equac¸a˜o x2+(y−1)2 = 1 ou x2+y2 = 2y transforma-se em r2 = 2r sen θ ou r(r−2 sen θ) = 0 portanto r = 0 ou r = 2 sen θ. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Mo´dulo 2 – Tutor 10 Enta˜o, o semidisco D em coordenadas polares e´ Drθ : { 0 ≤ θ ≤ pi/2 0 ≤ r ≤ 2 sen θ . Enta˜o, V (W ) = 2 ∫∫ Drθ ( 4− r2)1/2 r drdθ = = 2 −2 ∫ pi/2 0 ∫ 2 sen θ 0 ( 4− r2)1/2 (−2r) drdθ = = ∫ 2pi 0 2 3 [( 4− r2)3/2]2 sen θ 0 dθ = = −2 3 ∫ pi/2 0 [( 4− 4 sen2 θ)3/2 − 43/2] dθ = = −2 3 ∫ pi/2 0 [( 4 cos2 θ )3/2 − 8] dθ = = −2 3 ∫ pi/2 0 ( 4 cos2 θ )3/2 dθ + 16 3 ∫ pi/2 0 dθ . Como 0 ≤ θ ≤ pi/2, temos cos θ ≥ 0, portanto (4 cos2 θ)3/2 = (2 cos θ)3 = 8 cos3 θ. Enta˜o, ∫ pi/2 0 ( 4 cos2 θ )3/2 dθ = 8 ∫ pi/2 0 cos2 θ · cos θ dθ = = 8 ∫ pi/2 0 ( 1− sen2 θ) d(sen θ) = 8 [sen θ − sen3 θ 3 ]pi/2 0 = = 8 ( 1− 1 3 ) = 16 3 . Assim, V (W ) = −2 3 · 16 3 + 16 3 · pi 2 = 8 9 (3pi − 4) u.v. UFF IME - GMA Universidade Federal Fluminense Instituto de Matema´tica e Estatı´stica Departamento de Matema´tica Aplicada Ca´lculo III-A – Lista 2 Exerc´ıcio 1: Use a mudanc¸a u = x+y e v = x−y e calcule a integral de f(x, y) = (x+y)2 sen2(x−y) sobre a regia˜o D : |x|+ |y| ≤ pi. Soluc¸a˜o: O esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. x y D x− y = −pi x+ y = −pi x− y = pi x+ y = pi pi pi −pi −pi De u = x+ y e v = x− y temos x = u+ v 2 e y = u− v 2 . Portanto, o jacobiano da mudanc¸a e´ dado por: J = ∂(x, y) ∂(u, v) = ∣∣∣∣∣∣∣ ∂x ∂u ∂x ∂v ∂y ∂u ∂y ∂v ∣∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣∣∣ 1 2 1 2 1 2 −1 2 ∣∣∣∣∣∣ = −1 4 − 1 4 = −1 2 . Como dxdy = |J | dudv enta˜o dxdy = 1 2 dudv. A func¸a˜o f(x, y) = (x+y)2 sen2(x−y) transforma-se em u2 sen2 v. Como D e´ limitada pelas retas x + y = pi, x + y = −pi, x − y = pi e x − y = −pi, enta˜o Duv e´ limitada pelas retas u = pi, u = −pi, v = pi e v = −pi. Ca´lculo III-A Lista 2 24 u v Duv pi pi −pi −pi Assim, pela fo´rmula da mudanc¸a de varia´veis temos:∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫∫ D (x+ y)2 sen2(x− y) dxdy = = ∫∫ Duv (u2 sen2 v) 1 2 dudv = 1 2 ∫ pi −pi sen2 v ∫ pi −pi u2 dudv = = 1 2 ∫ pi −pi sen2 v [ u3 3 ]pi −pi dv = 1 2 · 2pi 3 3 ∫ pi −pi sen2 v dv = = pi3 3 · 1 2 [ v − sen 2v 2 ]pi −pi = pi4 3 . Exerc´ıcio 2: Use a mudanc¸a de varia´veis u = xy e v = y/x, e calcule a integral dupla ∫∫ D (x2 + 2y2) dA, sendo D a regia˜o do plano xy no primeiro quadrante, delimitada pelas curvas xy = 1, xy = 2, y = x e y = 2x. Soluc¸a˜o: Se u = xy e v = y/x vemos que uv = y2 e u v = x2. Assim, x2 + 2y2 = u v + 2uv. Por outro lado J−1 = 1 J = ∂(u, v) ∂(x, y) = ∣∣∣∣∣∣∣ ∂u ∂x ∂u ∂y ∂v ∂u ∂v ∂y ∣∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣∣∣ y x −y x2 1 x ∣∣∣∣∣∣ = y x + y x = 2y x = 2v . Logo, J = 1 2v . Como dA = |J | dudv, enta˜o dA = 1 2v dudv . Como D esta´ limitada por xy = 1, xy = 2, y = x (ou y/x = 1) e y = 2x (ou y/x = 2) enta˜o Duv esta´ limitada por u = 1, u = 2, v = 1 e v = 2. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 2 25 u v Duv 2 2 1 1 Logo, pela fo´rmula de mudanc¸a de varia´veis, temos:∫∫ D (x2 + 2y2) dA = ∫∫ Duv ( u v + 2uv ) 1 2v dudv = = 1 2 ∫∫ Duv ( u v2 + 2u ) dudv = 1 2 ∫ 2 1 ∫ 2 1 ( 1 v2 + 2 ) u dudv = = 1 2 ∫ 2 1 ( 1 v2 + 2 ) [ u2 2 ]2 1 dv = 3 4 ∫ 2 1 ( 1 v2 + 2 ) dv = = 3 4 [ −1 v + 2v ]2 1 = 3 4 [( −1 2 + 4 ) − (−1 + 2) ] = 15 8 . Exerc´ıcio 3: Calcule ∫∫ D xy3 dA da regia˜o D do primeiro quadrante, limitada por y = x, y = 3x, xy = 1 e xy = 4. Soluc¸a˜o: O esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. x y D y = 3x y = x xy = 1 xy = 4 u v Duv 1 1 3 4 Com a transformac¸a˜o u = y/x, v = xy, a regia˜o D transforma-se na regia˜o Duv limitada pelas retas UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 2 26 u = 1, u = 3, v = 1 e v = 4. Temos: J−1 = ∂(u, v) ∂(x, y) = ∣∣∣∣∣∣∣ ∂u ∂x ∂u ∂y ∂v ∂x ∂v ∂y ∣∣∣∣∣∣∣ = ∣∣∣∣∣∣ −y x2 1 x y x ∣∣∣∣∣∣ = − y x − y x = −2y x = −2u . Logo: ∂(x, y) ∂(u, v) = 1 J−1 = 1 −2u = − 1 2u . De u = y/x e v = xy temos que uv = y2. Portanto, o integrando xy3 = xy · y2 transforma-se em v · uv = uv2. Assim, da fo´rmula da mudanc¸a de varia´veis temos:∫∫ D xy3 dA = ∫∫ Duv uv2 ∣∣∣∣∂(x, y)∂(u, v) ∣∣∣∣ dudv = ∫∫ Duv uv2 ∣∣∣− 1 2u ∣∣∣ dudv = = 1 2 ∫∫ Duv v2 dudv = 1 2 ∫ 3 1 ∫ 4 1 v2 dvdu = 1 2 ∫ 3 1 [ v3 3 ]4 1 du = = 1 6 (64− 1) ∫ 3 1 du = 63 3 [ u ]3 1 = 21 2 (3− 1) = 21 . Exerc´ıcio 4: Use coordenadas polares para calcular as seguintes integrais duplas: a) ∫∫ D √ x2 + y2 dxdy, sendo D o disco de centro na origem e raio 2. b) ∫∫ D ( x2 + y2 )2 dA, onde D e´ a regia˜o dada por x2 + y2 ≤ 4, com x ≥ 0. c) ∫∫ D ln(x2 + y2) x2 + y2 dxdy, sendo D : 1 ≤ x2 + y2 ≤ e2, com y ≥ 0. d) ∫ a −a ∫ √a2−x2 0 e−x 2−y2 dydx. e) ∫∫ D 1√ x2 + y2 dA, sendo D : 1 ≤ x ≤ 3 e 0 ≤ y ≤ x. f) ∫∫ D (x+ y) dA, sendo D : x2 + y2 − 2y ≤ 0. Soluc¸a˜o: a) O esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 2 27 x y D entra em r = 0 sai em r = 2 2 2 Em coordenadas polares temos √ x2 + y2 = √ r2 = r e dxdy = rdrdθ. Descric¸a˜o de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hora´rio, a partir do eixo x positivo, vemos que 0≤ θ ≤ 2pi. Considerando um ponto P qualquer no interior de D, vemos que a semirreta entra em D na origem onde r = 0 e sai de D em um ponto da circunfereˆncia onde r = 2. Enta˜o, 0 ≤ r ≤ 2. Assim, a regia˜o D e´ transformada na regia˜o Drθ dada por Drθ : { 0 ≤ r ≤ 2 0 ≤ θ ≤ 2pi . r θ Drθ 2pi 2 Logo: ∫∫ D √ x2 + y2 dxdy = ∫∫ Drθ r · r drdθ = ∫∫ Drθ r2 drdθ = ∫ 2 0 ∫ 2pi 0 r2 dθdr = = 2pi ∫ 2 0 r2 dr = 2pi [ r3 3 ]2 0 = 16pi 3 . Observac¸a˜o: Notem que em coordenadas polares qualquer disco de centro na origem transforma-se em um retaˆngulo com os lados paralelos aos eixos coordenados. b) O esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 2 28 x y D −2 2 2 Descric¸a˜o de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hora´rio, a partir do eixo y negativo, onde θ = −pi/2 ate´ o eixo y positivo onde θ = pi/2, vemos que −pi/2 ≤ θ ≤ pi/2. Considerando um ponto P qualquer no interior de D, vemos que a semirreta OP entra em D na origem onde r = 0 e sai de D em um ponto da circunfereˆncia onde r = 2. Logo, 0 ≤ r ≤ 2. Assim, a regia˜o D e´ transformada na regia˜o Drθ dada por Drθ : { 0 ≤ r ≤ 2 −pi/2 ≤ θ ≤ pi/2 . r θ Drθ −pi 2 pi 2 2 Logo: ∫∫ D (x2 + y2)2dA = ∫∫ Drθ r4 · r drdθ = ∫∫ Drθ r5 drdθ = = ∫ 2 0 r5 ∫ pi/2 −pi/2 dθdr = pi ∫ 2 0 r5 dr = pi [ r6 6 ]2 0 = 32pi 3 . c) O esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 2 29 x y D P e e −e 1 1−1 entra em r = 1 sai em r = e Em coordenadas polares temos ln(x2 + y2) x2 + y2 = ln(r2) r2 = 2 ln r r2 e dxdy = r drdθ. Descric¸a˜o de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hora´rio, vemos que 0 ≤ θ ≤ pi. Considerando um ponto P qualquer no interior de D, vemos que a semirreta OP entra em D em um ponto da circunfereˆncia x2 + y2 = 1 onde r = 1 e sai de D em um ponto da circunfereˆncia x2 + y2 = e2 onde r = e. Enta˜o, 1 ≤ r ≤ e. Assim, a regia˜o D e´ transformada na regia˜o Drθ dada por Drθ : { 1 ≤ r ≤ e 0 ≤ θ ≤ pi . r θ Drθ 1 pi e Logo: ∫∫ D ln(x2 + y2) x2 + y2 dxdy = ∫∫ Drθ 2 ln r r2 · r drdθ = 2 ∫∫ Drθ ln r r drdθ = = 2 ∫ e 1 ln r r ∫ pi 0 dθdr = 2pi ∫ e 1 ln r r dr . Fazendo u = ln r temos du = 1 r dr. Por outro lado, para r = 1 temos u = ln 1 = 0 e para r = e temos u = ln e = 1. Enta˜o: ∫ e 0 ln r r dr = ∫ 1 0 u du = [ u2 2 ]1 0 = 1 2 . Substituindo acima temos: ∫∫ D ln(x2 + y2) x2 + y2 dxdy = 2pi · 1 2 = pi . d) Temos I = ∫ a −a ∫ √a2−x2 0 e−x 2−y2dydx = ∫∫ D e−x 2−y2dxdy UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 2 30 onde D e´ dada por D : { −a ≤ x ≤ a 0 ≤ y ≤ √a2 − x2 ⇒ x2 + y2 = a2 , y ≥ 0 cujo esboc¸o esta´ represen- tado na figura que se segue. x y −a D a a Passando para coordenadas polares temos e−(x 2+y2) = e−r 2 e dxdy = r drdθ e a regia˜oD transforma- se em Drθ : { 0 ≤ r ≤ a 0 ≤ θ ≤ pi . Logo: I = ∫∫ Drθ e−r 2 r drdθ = ∫ a 0 e−r 2 r ∫ pi 0 dθdr = pi ∫ a 0 e−r 2 r dr = = pi −2 ∫ a 0 e−r 2 (−2r)dr = −pi 2 [ e−r 2 ]a 0 = pi 2 ( 1− e−a2) . e) O esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. x y D y = x 1 3 Por coordenadas polares temos 1√ x2 + y2 dA = 1√ r2 · r drdθ = drdθ. Descric¸a˜o de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hora´rio, a partir do eixo x positivo onde θ = 0 ate´ a reta y = x onde θ = pi/4, vemos que 0 ≤ θ ≤ pi/4. Considerando um ponto P qualquer no interior de D, vemos que a semirreta OP entra em D na reta vertical x = 1 ou r cos θ = 1 donde r = 1 cos θ = sec θ e sai de D na reta vertical x = 3 ou r cos θ = 3 donde r = 3 cos θ = 3 sec θ. Enta˜o, sec θ ≤ r ≤ 3 sec θ. Assim, a regia˜o D e´ transformada UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 2 31 na regia˜o Drθ dada por Drθ : { sec θ ≤ r ≤ 3 sec θ 0 ≤ θ ≤ pi/4 . Logo: ∫∫ D 1√ x2 + y2 dA = ∫∫ Drθ drdθ = ∫ pi/4 0 ∫ 3 sec θ sec θ drdθ = = ∫ pi/4 0 (3 sec θ − sec θ)dθ = 2 ∫ pi/4 0 sec θ dθ = 3 [ ln(sec θ + tg θ) ]pi/4 0 = = 3 [ ln ( sec pi 4 + tg pi 4 ) − ln(sec 0 + tg 0) ] = = 3 [ ln( √ 2 + 1)− ln(1 + 0)] = 3 ln(√2 + 1) . f) De x2 + y2 − 2y = 0 temos x2 + (y − 1)2 = 1. Assim, o esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura a seguir. x y D P entra em r = 0 sai em r = 2 sen θ 1 2 Temos: ∫∫ D (x+ y) dA = ∫∫ D x dA+ ∫∫ D y dA . Como f(x, y) = x e´ uma func¸a˜o ı´mpar na varia´vel x e a regia˜o D tem simetria em relac¸a˜o ao eixo y, enta˜o: ∫∫ D f(x, y) dA = ∫∫ D x dA = 0 . Assim: ∫∫ D (x+ y) dA = ∫∫ D y dA . Em coordenadas polares temos ydA = (r sen θ)r drdθ = r2 sen θ drdθ. Descric¸a˜o de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hora´rio, a partir do eixo x positivo onde θ = 0 ate´ o eixo x negativo onde θ = pi, vemos que 0 ≤ θ ≤ pi. Considerando um ponto P qualquer no interior de D, na˜o situado no eixo y, vemos que a semirreta OP entra em D na origem onde r = 0 e sai de D em um ponto da circunfereˆncia x2 + y2 = 2y UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 2 32 ou r2 = 2r sen θ donde r = 2 sen θ, para r 6= 0. Enta˜o, 0 ≤ r ≤ 2 sen θ. Assim, a regia˜o D e´ transformada na regia˜o Drθ dada por Drθ : { 0 ≤ r ≤ 2 sen θ 0 ≤ θ ≤ pi . Logo: ∫∫ D (x+ y)dA = ∫∫ D y dA = ∫∫ Drθ r2 sen θ drdθ = = ∫ pi 0 sen θ ∫ 2 sen θ 0 r2 drdθ = ∫ pi 0 sen θ [ r3 3 ]2 sen θ 0 dθ = = 8 3 ∫ pi 0 sen4 θ dθ = 8 3 ∫ pi 0 ( 1− cos 2θ 2 )2 dθ = = 8 12 ∫ pi 0 ( 1− 2 cos 2θ + cos2 2θ) dθ = = 2 3 · 1 2 ∫ pi 0 ( 1− 2 cos 2θ + cos2 2θ)d(2θ) = = 1 3 [ 2θ − 2 sen 2θ + 1 2 ( 2θ + sen 4θ 2 )]pi 0 = 1 3 (2pi + pi) = pi . Exerc´ıcio 5: Calcule a a´rea da regia˜o no primeiro quadrante, fora da circunfereˆncia x2 + y2 = 4 e dentro da circunfereˆncia x2 + y2 = 4x. Soluc¸a˜o: O esboc¸o da regia˜o D esta´ representado na figura que se segue. x y P D entra em r = 2 sai em r = 4 cos θ (1, √ 3) θ 42 2 θ 1 √ 3 Da teoria, temos que: A(D) = ∫∫ D dxdy = ∫∫ Drθ r drdθ . Descric¸a˜o de D em coordenadas polares De x2+y2 = 4 e x2+y2 = 4x temos 4x = 4 donde x = 1 e, portanto, y = √ 3 . Assim, a intersec¸a˜o e´ o ponto (1, √ 3). No triaˆngulo retaˆngulo acima, temos que tg θ = √ 3 1 = √ 3 donde θ = pi/3. UFF IME - GMA Ca´lculo III-A Lista 2 33 Assim, efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hora´rio a partir do eixo x positivo, vemos que 0 ≤ θ ≤ pi/3. Considerando um ponto P qualquer no interior de D vemos que a semirrreta OP entra em D na circunfereˆncia x2+y2 = 4 donde r = 2 e sai de D na circunfereˆncia x2+y2 = 4x donde r2 = 4r cos θ ou r = 4 cos θ, se r 6= 0. Assim, 2 ≤ r ≤ 4 cos θ. Logo temos Drθ : { 2 ≤ r ≤ 4 cos θ 0 ≤ θ ≤ pi/3 . Enta˜o: A(D) = ∫ pi/3 0 ∫ 4 cos θ 2 r drdθ = ∫ pi/3 0 [ r2 2 ]4 cos θ 2 dθ = 1 2 ∫ pi/3 0 (16 cos2 θ − 4) dθ = = 1 2 [ 16 · 1 2 ( θ + sen 2θ 2 ) − 4θ ]pi/3 0 = 1 2 ( 8 · pi 3 + 4 sen 2pi 3 − 4 · pi 3 ) = = 1 2 ( 4pi 3 + 4 √ 3 2 ) = 2pi 3 + √ 3 u.a. Exerc´ıcio 6: Seja dada a integral dupla ∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫ 1 0 ∫ x 0 f(x,
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