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Ciclo Celular Fases do Ciclo Celular Duração do ciclo celular O ciclo celular é dividido em duas grandes etapas: -Intérfase – G1, S e G2 -Mitose Todas as células passam por um ciclo de vida que, assim como a vida de um organismo complexo, apresenta diferentes fases e é irreversível. Duração de cada fase em células em cultura Fase Duração (horas) Duração de um ciclo Em cada fase do ciclo a célula executa diferentes atividades G1: gap 1 S: síntese de DNA G2: gap 2 Ponto de checagem de ambiente Crescimento celular Ponto de checagem de fuso mitótico Ponto de checagem de DNA não duplicado Ponto de checagem de forquilhas de DNA Ponto de checagem de de DNA Ciclinas e Cdks • Ciclina – São proteínas que regulam o ciclo celular, definem se a célula passará para o estágio seguinte. • Apresentam estrutura similar, com “caixa de ciclina”. • Tipos principais: A, B, D, E. • Cdk: quinase dependente de ciclina – São quinases que precisam se ligar a ciclinas para ter atividade catalítica. – Cdk1 – ciclina B – Cdk2 – ciclinas A e E – Cdk4, Cdk6 – ciclina D1, D2, D3 • São reguladas também por modificações pós-traducionais, proteólise de cofatores, ligação de inibidores, fosforilação (CAK). Padrão de Variação das Cdks A proteólise regulada das ciclinas depende de: - APC/C – complexo promotor de anáfase (atividade de ubiquitina ligase de proteossomo), ativado durante a mitose; -SCF - atividade de ubiquitina ligase, diversos tipos, função em G1S. Cdk1-B Cdk2-A Na PM, APC/C degrada Cdk2-A APC/C degrada Cdk1-B e securina no fim de M Em G1 ocorre inibição das Cdks Cdk4-D, Cdk6-D, Cdk2-E leva à passagem pelo ponto de restrição Cdk2-A leva à síntese de DNA Controle do Ciclo Celular • Pontos de checagem controlam a transição entre os estágios: – Ponto de restrição (em G1): verifica tamanho, estado fisiológico da célula e interações com mec. – Ponto de checagem de danos no DNA (final de G1 ou G2): monitoramento da integridade do material genético. – Ponto de checagem da metáfase: impede a segregação cromossômica até que todos os cromossomos estejam ligados ao fuso mitótico. Replicação do DNA Organização da cromatina Estágio final da replicação do DNA: cromossomo metafásico O ciclo celular é dividido em duas grandes etapas: -Intérfase -Mitose A síntese (replicação) do DNA ocorre durante a intérfase. Para entender a formação dessa estrutura, vamos “voltar ao início, relembrando a estrutura dos ácidos nucléicos”, subunidades básicas das moléculas de DNA e RNA. Ácidos Nucleicos Bases Nitrogenadas Características gerais da replicação do DNA • O DNA é sempre sintetizado na direção 5´ 3´, e precisa de um molde. • As enzimas que realizam a polimerização do DNA são as DNA polimerases. • Reação catalizada pelas DNA polimerases: ligações fosfodiéster que ligam o OH do C3 da desoxirribose do último nucleotídeo da cadeia e o fosfato ligado ao C5 do nucleotídeo a ser acrescentado. • A síntese é semiconservativa: cada molécula nova de DNA tem uma fita da molécula de origem. Replicação semiconservativa Replicação Replicação Replicação Fita molde Término 5´ Término 3´ Término 5´ Novo nucletídeo Com 3 fosfatos Ligação catalisada pelas DNA polimerases Ligação fosfodiéster Pareamento de nucleotídeos entre fitas complementares: A com T, C com G O DNA pode sofrer separação reversível P o rc e n ta g e m d e p a re s G C DNA fita simples DNA dupla fita A b s o rb â n c ia e m 2 6 0 n m DNA polimerases • Utilizam trifosfatos de desoxirribonucleotídeos como precursores: dATP, dCTP, dGTP, dTTP. • Fazem a elongação sempre de 5´ 3´ e definem o nucleotídeo a ser acrescentado a partir da fita molde. • Em procariotos: DNA polimerase I, II e III (principal para replicação). • Em eucariotos: – e correspondem a Pol III de procariotos. – , : mecanismos de reparo. – : replicação de DNA mitocondrial. DNA polimerases precisam de moléculas iniciadoras (primers) • As DNA polimerases não conseguem sintetizar DNA diretamente a partir de desoxinucletídeos trifosfatados livres (dNTPs): precisam de uma sequência molde (template) e de uma molécula iniciadora (primer). Iniciação da replicação • A replicação se inicia em locais específicos do DNA, denominados origem de replicação. • Cada região cromossômica contém dezenas de origens de replicação, o que permite que a replicação se inicie simultâneamente em regiões distintas da molécula. • Réplicons são as unidades de replicação associadas a cada origem de replicação. • Na origem de replicação, o DNA se se associa ao complexo proteico pré-replicativo (ORC). • O ORC é ativado no início da fase S, formando uma estrutura denominada forquilha de replicação. A replicação é bidirecional Uma vez iniciada a replicação, ela se propaga em ambas as direções da molécula de DNA. A partir de uma origem de replicação se formam duas forquilhas de replicação que se movem em direções opostas. Replicação do DNA • 1o passo: As HELICASES desenrolam o DNA • Proteínas SSP (single strand proteins) estabilizam as fitas simples para não reassociarem. • 2o passo: a PRIMASE forma um primer de RNA, onde a Pol adiciona 20 a 30 nts (iDNA). 3o passo: a DNA polimerase inicia a forquilha de replicação Cadeia líder ou contínua Cadeia descontínua Fragmento de Okazaki Primer de RNA Ligação entre dois fragmentos Fita de DNA de origem Sentido de movimentação da forquilha Processamento da cadeia descontínua • RNAse H degrada os primers de RNA. • A DNA polimerase preenche os espaços deixados pela ação da RNAse H. • DNA ligases ligam os fragmentos de Okazaki. • Topoisomerases evitam o superenovelamento da fitas Término da replicação: ação das TELOMERASES • Os telômeros são constituídos de milhares de repetições de sequências TTAGGG em vertebrados. • A sequência 3´ se extende de 12 a 16 nucleotídeos à frente da sequência 5´. • Isso acontece porque a cadeia descontínua não consegue preencher o espaço final onde havia o primer da última sequência, o que causaria encurtamento da fita a cada ciclo de replicação. • A telomerase evita o encurtamento da fita descontínua, pois possui uma fita de RNA que funciona como molde para aumentar a fita 3´, que pode então servir de molde pra síntese da fita complementar. Mecanismos de Reparo de DNA • Verificação pelas DNA polimerases • Sistema de excisão de base • Sistema de excisão de nucleotídeo • Sistema de excisão de pareamento (mismatch) errôneo “Leitura de prova” das DNA polimerases • DNA polimerases possuem atividade de exonuclease 3´- 5´ (atividade de proofreading). Sítio de polimerização Sítio de atividade exonuclease Deaminação espontânea de citosina Excisão de Base Dímeros de timina A ação dos raios UV pode levar à dimerização de timinas no DNA. Reparo por excisão de nucleotídeo: sistema de reparo de dímeros de timina A importância deste mecanismo é evidenciada pela existência da doença xeroderma pigmentosum, onde o indivíduo afetado é muito suscetível a tumores de pele e não podem se expor à luz. Sistemas de reparo de pareamento errôneo Quando ocorre detecção de um pareamento errôneo (mismatch)no DNA, a célula utiliza mecanismos que envolvem (1) detecção da fita correta, (2) a ação de endonucleases para clivar a região com a mutação e de (3) DNA polimerases e ligases para reparar a região.
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