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VISÃO E AUDIÇÃO NEUROFISIOLOGIA CENTRAL DA VISÃO Vias Visuais Retina → nervo óptico → quiasma óptico (fibras internas cruzam e externas não) → trato óptico → sinapse no núcleo geniculado dorsolateral do tálamo → radiação óptica → córtex visual. Fibras visuais também se projetam para as outras áreas do cérebro: 1. Núcleos Supraquiasmáticos do Hipotálamo – controle do ritmo circadiano. 2. Núcleos Pré-tectais do Mesencéfalo – movimento reflexo dos olhos. 3. Colículo Superior – movimento direcional dos olhos. 4. Núcleo Geniculado Ventrolateal do Tálamo – funções comportamentais. Funções do Núcleo Geniculado Dorsolateral do Tálamo o Transmissão de informações do nervo óptico para o córtex visual pelas radiações ópticas (alta precisão). o Regulação da quantidade/intensidade de sinal que é enviado ao córtex. O sinal chega ao núcleo em 2 partes: metade de um olho (fibras mediais) e metade de outro olho (fibras laterais). O núcleo é composto por 6 camadas: 3 recebem sinais da metade medial da retina e 3 da metade lateral da retina. o A transmissão paralela segue até o córtex visual onde será sobreposta. Organização das camadas de acordo com as fibras aferentes da retina: o Camadas Magnocelulares (I e II) Neurônios grandes. Células ganglionares Y da retina. Condução rápida. Preto e branco. o Camadas Parvocelulares (III e VI) Neurônios médios e pequenos. Células ganglionares tipo X da retina. Velocidade de condução moderada. Transmitem cor e informações espaciais precisas. Córtex Visual Dividido em córtex visual primário e áreas visuais secundárias. Situa-se na área da fissura calcarina. A fóvea da retina transmite sinais para a área que representa a mácula. Possui 6 camadas: a maior parte das fibras da radiação óptica terminam na camada IV. o São retransmitidas verticalmente ao córtex e também a níveis mais profundos. Áreas Visuais Secundárias: lateral, anterior, superior e inferiormente ao córtex visual primário (área 18 de Brodmann). Interação dos Sinais Visuais dos Olhos Via Rápida - Posição e Movimento o Células ganglionares Y da retina → preto e branco. o Analisa posições dos objetos visuais em 3D. o Analisa grosseiramente a cena visual. o Distingue movimentação dos objetos. Via Colorida - Precisa o Células ganglionares X da retina → cores. o Análise dos detalhes visuais. o Reconhecimento de letras, cores, formas dos objetos. Movimentos Oculares e seu Controle Para capacidade visual completa é necessária interpretação dos sinais visuais (retina → sistema visual → córtex visual) e controle muscular para direcionamento dos olhos. A musculatura ocular envolve 3 pares de músculos: o Retos Medial e Lateral → NC III e NC VI. o Retos Superior e Inferior → NC III. o Oblíquos Superior e Inferior → NC IV. Mecanismos de Fixação Ocular Mecanismo de Fixação Voluntária o Região cortical pré-motora dos lobos frontais. o Permite a pessoa mover os olhos voluntariamente para o objeto. o Lesão bilateral nesta área torna difícil a retirada do olhar de um ponto. Mecanismo de Fixação Involuntária o Áreas de associação visual do córtex occipital (anterior ao córtex visual primário). o Mantém olhos fixos em um determinado ponto. Papel dos Colículos Superiores Têm representação topográfica de pontos da retina como o córtex visual, porém com menor precisão. Aferência de vias visuais e auditivas. Eferência para tratos motores (tronco encefálico). Capazes de orientar os olhos, cabeça e o corpo de acordo com estímulos externos. Controle Autônomo da Acomodação e da Abertura Pupilar O olho é inervado por: o Fibras Parassimpáticas Pré-ganglionares. Núcleo de Edinger-Westphal → NC III → Gânglio Ciliar → Sinapse com Neurônio Pós-ganglionar → Nervos Ciliares → Globo Ocular → Miose. Funções: excitar o músculo ciliar para controle do foco do cristalino e atuar no esfíncter da íris. o Fibras Simpáticas Segmentos Medulares Torácicos Superiores → Gânglio Cervical Superior → Sinapse com Neurônios Pós-ganglionares→ Trajetória Carotídea → Globo Ocular → Midríase. Responsáveis por inervar músculos extraoculares do olho e atuam no esfíncter da íris. Mecanismo de Acomodação Mecanismo que focaliza o sistema do cristalino do olho. Resulta da contração ou relaxamento do músculo ciliar. Essencial para o alto grau de acuidade visual. Áreas corticais que controlam a acomodação tem relação com o movimento de fixação ocular, análise dos sinais visuais no córtex visual, área pré-tectal no tronco cerebral (núcleo de Edinger-Westphal). Reflexo Fotomotor Luz → Retina → Impulsos pelo Nervo Óptico → Núcleo Pré-tectal do Mesencéfalo → Núcleo de Edinger-Westphal → Fibras Parassimpáticas do NC III → Gânglio Ciliar → Contração Pupilar (Miose). Lesões nas Vias Ópticas Sobre os Campos Visuais O SENTIDO DA AUDIÇÃO Membrana Timpânica e Sistema Ossicular Formado por tímpano, martelo, bigorna, estribo, janela oval e cóclea. Dois músculos importantes: estapédio e tensor do tímpano. Equalização da Impedância o Sistema ossicular. o Amplitude de movimento do estribo a vibração sonora é menor que a amplitude de movimento do martelo. o A força de movimento é maior no estribo do que no martelo. o Como o líquido tem inércia maior que o ar é necessário aumentar a força de vibração. Atenuação do Som o Sistema muscular. o O som gera contração do tensor do tímpano (puxa o martelo para dentro) e contração do estapédio (puxa o estribo para dentro). o A rigidez do sistema ossicular causa redução da condução ossicular do som. Reflexo da Atenuação o Protege a cóclea de vibrações prejudiciais causadas por som intenso. o Mascara sons de baixa frequência em ambientes com sons intensos (limpeza de ruídos). o Diminui a sensibilidade auditiva da pessoa à própria fala. Cóclea Composta por 3 tubos espiralados: rampa vestibular, rampa média e rampa timpânica. o Tubos separados pela membrana de Reissener (membrana vestibular) e membrana basilar (órgão de Corti). A propagação de ondas sonoras na cóclea ocorre quando o estribo se movimenta para dentro da janela oval e a janela redonda abaúla para fora. Ondas trafegam inicialmente de forma rápida na membrana basilar, ficando mais lentas ao afastar-se da cóclea. Órgão de Corti o Sensorial, gera impulsos nervosos em resposta à vibração da membrana basilar. o Possui 2 tipos de células ciliadas: internas (maior detecção de som) e externas (mais numerosas). Células Ciliadas → Gânglio Espiral de Corti → Nervo Coclear → SNC. Lesão das células ciliadas externas com preservação das internas também leva a perda auditiva, pois controlam a sensibilidade das células ciliadas internas para diferentes tons de som. Esterocílios entram em contato com a membrana tectorial. Excitação das células ciliadas se deve a polarização de suas membranas. Mecanismos Auditivos Centrais Fibras do Gânglio Espiral de Corti → NC VIII (Vestibulococlear) → Bulbo → Sinapse nos Núcleos Cocleares (maioria cruza) → Sinapse no Núcleo Olivar Superior → Ascendem pelo Lemnisco Lateral → Sinapse no Colículo Inferior → Sinapse no Núcleo Geniculado Medial → Córtex Auditivo. Córtex Auditivo o Localizado no lobo temporal (opérculo do lobo parietal). o Dividido em: Córtex Auditivo Primário Excitado diretamente por projeções do corpo geniculado medial Córtex de Associação Auditiva Excitado diretamente por impulsos do córtex auditivo primário. Sons de alta e baixa frequência estimulam extremidades opostas do córtex auditivo. Lesão Unilateralo Reduz a audição no lado oposto. o Não causa surdez devido às conexões cruzadas. o Afeta a capacidade de localizar a fonte do som. Lesão no Córtex Auditivo Secundário o Não diminui a capacidade de ouvir ou diferenciar sonos. o Afeta a área de Wernicke → dificuldade na interpretação do significado das palavras.
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