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AULA 06 ÉTICA MORAL E DIREITO

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
NOTA DE AULA – 05
Ética, Moral e Direito
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A ética nasceu na Grécia, praticamente junto com a filosofia, embora seus preceitos fossem praticados entre outros povos desde os primórdios da humanidade, mesclados ao contexto mítico e religioso, tentando pautar regras de comportamento para permitir o convívio entre indivíduos agrupados no conjunto da sociedade.
A rigor, os gregos foram os primeiros a racionalizar as relações entre as pessoas, repensando posturas e sistematizando ações.
Momento em que surgiram discussões que até hoje fomentam reflexões éticas.
Apesar dos pré-socráticos se inserirem neste contexto, a maioria dos autores atribuem a tradição socrática um olhar mais atento sobre problemáticas em torno da ética.
Para Sócrates, o verdadeiro objeto do conhecimento seria a alma humana, onde reside a verdade e a possibilidade de alcançar a felicidade.
O grande problema é que o individuo não está preparado para encontrar a verdade dentro de seu espírito.
Tentando eliminar os próprios erros, ocultos em sentimentos confundidos com a felicidade, o sujeito acaba buscando somente o prazer puramente hedonista.
Por esta razão, seria missão do filósofo conduzir o sujeito ao conhecimento, direcionando para eudaimonia, a verdadeira felicidade.
Um conceito importante para os gregos, tanto que a palavra eudeimon tem a mesma origem etimológica, denotando riqueza e denominando um homem poderoso e com boa fortuna.
Para a tradição socrática, a felicidade só pode ser alcançada pela conduta reta, a verdade só pode ser contemplada pelo conhecimento virtuoso do mundo, pelo comportamento orientado pela bondade.
A virtude é o centro da ética socrática, podendo ser definida como uma disposição para praticar o bem, suprimir os desejos despertados pelos sentimentos, racionalizando as ações em beneficio da coletividade. Sócrates, Aristóteles, Platão.
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ÉTICA – Conjunto de valores e princípios que orientam a nossa conduta e nos ajudam a decidir as três grandes questões da vida humana: Quero; devo; posso.
MORAL
Moral - 
É o exercício prático, são conceitos conectados.
a moral é um conjunto normativo social de construção histórica por uma sociedade que objetiva a formação de um conjunto de condutas que pautem a vida social.
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MORAL
O Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro machado, assim define moral:
“Moral (…) moralis (…) conforme com os mores, costumes, tradições referentes ao comportamento social”.
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ÉTICA E MORAL
A MORAL baseia-se no comportamento da sociedade e a ÉTICA, com a reflexão desse comportamento, criará normas universais com a finalidade de estabelecer as melhores ações.
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Destaca o professor Miguel Reale, resgatando acepções kantianas de cumprimento das normas por elas mesmas, que a autenticidade da moral depende diretamente da adesão dos obrigados por ela, ou seja, como reforça Piaget, a essência das regras morais é o respeito que o indivíduo tem por elas.
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Diferenças DIREITO X MORAL
Na diferenciação entre Direito e Moral que embora o primeiro seja singular por ter uma característica coercitiva jurídica, ambos são ordenamentos de conduta com sanções às violações. A sanção à violação jurídica é prevista na lei, a sanção à violação moral é gerada no meio social. Cita-se também, por exemplo, uma terceira esfera normativa, a religiosa, que tem por sanção à violação o castigo divino, ilustrando de maneira prática o raciocínio explanado.
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ÉTICA, MORAL E DIREITO
A moral diferencia-se da ética, apesar de ter um objetivo igual: o ordenamento do comportamento social. Eles partem de premissas diversas. A moral tem como fundamento o próprio comportamento social e a ética, uma reflexão sobre ele. 
E o Direito?
É o momento essencial do processo ético, representa a sua garantia específica, tal como vem sendo modelado através das idades, em seu destino próprio de compor em harmonia, liberdade, normatividade e poder.
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DIREITO
O Direito por sua vez, abordado em seu sentido positivado, isto é, válido enquanto norma jurídica legislada por poder soberano legítimo e competente, é um conjunto de normas que pautam, também, a conduta social humana, também de caráter imperativo, mas prevendo uma sanção para sua violação, procurando estabelecer com isso obrigatoriedade à conduta
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Direito
Hans Kelsen afirma muito coerentemente que a lei não obriga o indivíduo, facultando a ele cumpri-la ou não, mas, uma vez optado por violá-la, deve estar ele preparado às sanções previstas pela mesma. Essa afirmação também vale para o campo normativo moral, que mesmo não prevendo sanções coercitivas às suas violações, tem consequências sociais ao individuo de acordo com sua conduta.
 
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