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Aula 3 Auditoria 6o sem Facicon

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Aula 3 – Planejamento da Auditoria
Referencias utilizadas:
Livro: JUNIOR PEREZ, José Hernandez . Auditoria de demonstrações contábeis:normas e procedimentos, 5ª edição. Editora Atlas, 2011.
NBC TA 300 – Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis: trata da responsabilidade do auditor no planejamento da auditoria das DCs.
NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente.
NBC TA 320 – Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria
Planejamento
Fase no processo de auditoria muito importante;
A natureza e a extensão das atividades de planejamento variam conforme o porte e a complexidade da entidade;
Levar em consideracao a experiência anterior dos membros da equipe de trabalho com a entidade;
O auditor pode optar por discutir esses elementos do planejamento com a administração da entidade.
Geralmente, o planejamento é elaborado pelo gerente do trabalho com a par- ticipação e aprovação do sócio encarregado. As grandes firmas de auditoria dão grande importância ao planejamento definindo roteiros, formulários e padrões para sua elaboração.
Por exemplo, a discussão com a administração da natureza e da época de procedimentos de auditoria detalhados pode comprometer a eficácia da auditoria ao tornar tais procedimentos demasiadamente previsíveis.
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Fases do processo de planejamento de auditoria
Considerações Gerais sobre a Empresa Auditada.
Determinação dos Riscos de Auditoria.
Determinação dos componentes significativos.
Identificação dos objetivos e riscos relativos a cada componente significativo.
Planejamento do trabalho.
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1. Considerações Gerais sobre a Empresa Auditada
As seguintes questões devem ser estudadas:
Que tipo de modelo de gestão é adotado pela empresa?
Qual sua estrutura organizacional?
Que tipo de sistema de informações contábeis e gerenciais é adotado?
Há um planejamento estratégico das operações?
Há um orçamento empresarial integrado?
Os sistemas operacionais, administrativos e de controle interno estão documentados em manuais?
A que tipo de regulamentação a empresa está sujeita?
2. Determinação dos Riscos de Auditoria
2. Determinação dos Riscos de Auditoria
2.1 Risco inerente – é a percepção de erros relevantes mesmo antes de se conhecer e avaliar a eficácia do sistema de controles da empresa. Por exemplo, se uma empresa concentra suas operações com entidades governamentais.
2.2 Risco de controle – é o risco de não haver um bom sistema de controles internos que previna ou detecte em tempo hábil erros ou irregularidades relevantes.
2.3 Risco de detecção – é o risco de não descobrirmos eventuais erros relevantes com os nossos testes.
Risco inerente: o risco à sua atividade e à realização de seus ativos pode ser considerado alto.
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2. Determinação dos Riscos de Auditoria – 2.1 Risco Inerente
 
Risco de mercado.
Mudanças no ambiente regulatório ou operacional podem resultar em mudanças nas pressões competitivas e riscos significativamente diferentes.
Crescimento rápido. A expansão rápida e significativa das operações pode prejudicar os controles e aumentar o risco de falhas nos controles.
Novos modelos de negócio, produtos ou atividades. Entrar em áreas de negócio ou transações com as quais a entidade tem pouca experiência pode introduzir novos riscos associados ao controle interno. 
Reestruturações corporativas. Reestruturações podem ser acompanhadas por redução de pessoal e mudança na supervisão.
Expansão de operações internacionais. A expansão ou aquisição de operações internacionais traz riscos novos.
Novas normas contábeis. A adoção de novos princípios contábeis ou modificação de princípios contábeis pode afetar riscos na elaboração de demonstrações contábeis.
Condições e eventos que podem indicar risco de distorção relevante
 
Os seguintes são exemplos de condições e eventos que podem indicar a existência de riscos de distorção relevante. Os exemplos oferecidos abrangem um amplo leque de condições e eventos; contudo, nem todas as condições e eventos são relevantes para todo trabalho de auditoria e a lista de exemplos não é necessariamente completa. 
 
Operações em regiões economicamente instáveis, por exemplo, países com desvalorização significativa de moeda ou economias altamente inflacionárias. 
Operações expostas a mercados voláteis, por exemplo, mercado de futuros.
Operações sujeitas a um alto grau de regulamentação complexa. 
Assuntos de continuidade dos negócios e liquidez, incluindo perda de clientes significativos.
Limitações na disponibilidade de capital e crédito. 
Mudanças no setor de atividade em que a entidade opera.
Mudanças na cadeia de suprimentos. 
Desenvolvimento ou oferta de novos produtos ou serviços, ou mudança para novas linhas de negócio.
Expansão para novos locais.
Mudanças na entidade, como grande aquisições ou reorganizações ou outros eventos não usuais. 
Entidades ou segmentos de negócio com probabilidade de serem vendidos. 
A existência de alianças e empreendimentos com controle compartilhado (joint venture) complexos.
Uso de instrumentos financeiros não registrados no balanço, entidades com propósito especifico e outros acordos de financiamento complexos. 
Transações significativas com partes relacionadas. 
Falta de pessoal com habilidade adequada em contabilidade e em demonstrações contábeis.
Mudanças de funcionários-chave, incluindo saída de executivos-chave. 
Deficiências no controle interno, especialmente as não contempladas pela administração. 
Incompatibilidade entre a estratégia de TI da entidade e suas estratégias de negócio. 
Mudanças no ambiente de TI.
Instalação de novos sistemas importantes de TI relacionados com demonstrações contábeis. 
Investigações das operações ou resultados financeiros da entidade por órgãos reguladores ou governamentais. 
Distorções no passado, histórico de erros ou quantidade significativa de ajustes no final do período. 
Quantidade significativa de transações não rotineiras ou não sistemáticas, inclusive transações entre companhias e grandes transações no final do período. 
Transações que são registradas com base na intenção da administração, por exemplo, refinanciamento de dívidas, ativos a serem vendidos e classificação de títulos negociáveis. 
Aplicação de novas normas contábeis.
Mensurações contábeis que envolvam processos complexos.
Eventos ou transações que envolvam incerteza significativa de mensuração, inclusive de estimativas contábeis. 
Litígio pendente e obrigações contingentes, por exemplo, garantias de vendas, garantias financeiras e reparação ambiental.
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2. Determinação dos Riscos de Auditoria
2.2 Risco de controle – Proxima aula.
2.3 Risco de detecção – se relaciona com a natureza, época e extensão dos procedimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo. 
Exemplo da epoca dos testes de auditoria conforme o risco de deteccao:
Procedimentos de avaliação de riscos
Como posso avaliar os riscos no meu cliente? 
Conforme a NBC TA 315 os seguintes procedimentos podem ser realizados:
(a) 	indagações à administração e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter informações com probabilidade de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante devido a fraude ou erro;
(b) 	procedimentos analíticos;
(c) 	observação e inspeção.
o auditor também pode obter informações, ou uma perspectiva diferente na identificação de riscos de distorção relevante, por meio de indagações junto a outros dentro da entidade e a outros funcionários com graus diferentes de autoridade. Por exemplo:
 
(a) indagações dirigidas aos responsáveis pela governança podem ajudar o auditor a entender o ambiente em que as demonstrações contábeis são elaboradas; 
investigações dirigidas ao pessoal de auditoria interna podem fornecer informações sobre procedimentos de auditoriainterna executados durante o ano relativos à concepção e a efetividade do controle interno da entidade e sobre se a administração reagiu satisfatoriamente às constatações advindas desses procedimentos;
indagações junto a funcionários envolvidos ao iniciar, processar ou registrar transações complexas ou não usuais podem ajudar o auditor a avaliar a adequação da seleção e aplicação de certas políticas contábeis; 
investigações dirigidas ao departamento jurídico podem fornecer informações sobre assuntos como litígios, conformidade com leis e regulamentos, conhecimento ou suspeita de fraude que afete a entidade, garantias, obrigações pós-venda, acordos (tais como empreendimentos com controle compartilhado (joint venture)) com parceiros de negócio e o significado de termos contratuais; 
indagações dirigidas ao pessoal de marketing ou vendas podem fornecer informações sobre mudanças nas estratégias de marketing, tendências de vendas ou acordos contratuais com seus clientes. 
Procedimentos analíticos (ver item 6(b))
 
A7. 	Procedimentos analíticos realizados como procedimentos de avaliação de risco podem identificar aspectos da entidade que o auditor não tinha conhecimento e pode auxiliar na avaliação de risco de erros relevantes para fornecer uma base para planejar e implementar respostas para esses riscos. Procedimentos analíticos realizados como procedimentos de avaliação de riscos podem incluir informações financeiras ou não financeiras, por exemplo, a relação entre vendas e área total do espaço de vendas ou volume dos produtos vendidos.
 
A8. 	Procedimentos analíticos podem ajudar a identificar a existência de transações ou eventos, valores, índices e tendências não usuais que possam indicar assuntos com implicação para a auditoria. Relações não usuais ou inesperadas que sejam identificadas podem auxiliar o auditor na identificação de riscos de distorção relevante, especialmente riscos de distorção relevante por fraude. 
Observação e inspeção (ver item 6(c))
 
A11. 	A observação e a inspeção podem apoiar as indagações junto à administração e outros, e podem também fornecer informações sobre a entidade e o seu ambiente. Exemplos de tais procedimentos de auditoria incluem a observação e inspeção do seguinte: 
 
operações da entidade;
documentos (tais como planos e estratégias de negócio), registros e manuais de controles internos;
relatórios elaborados pela administração (tais como relatórios gerenciais trimestrais e demonstrações contábeis intermediárias) e pelos responsáveis da governança (tais como minutas de reunião do conselho de administração);
dependências e instalações industriais da entidade.
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3. Determinação dos componentes significativos.
Componentes significativos são representados por operações, áreas, contas contábeis que tenham relevante importância para o objetivo da auditoria. 
Como identificar um componente significativo? A partir de julgamento e do calculo da Materialidade (NBC TA 320). 
Exemplo calculo materialidade:
5. Planejamento do trabalho:
4. Identificação dos objetivos e riscos relativos a cada componente significativo: PROXIMA AULA – Controles Internos. 
5. Planejamento do trabalho:
Designação de pessoal adequado em função das características, prazos e época de realização dos trabalhos.
Determinação da necessidade e possibilidade de utilização do trabalho de especialista ou da auditoria interna.
Definição dos procedimentos de auditoria que serão aplicados, horas demandas, 
Cada componente significativo representa um risco para o trabalho de auditoria. Esse risco deve ser mensurado para um adequado planejamento dos trabalhos que serão executados em cada área
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25. O planejamento adequado, a designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho, a aplicação de ceticismo profissional, a supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado, ajudam a aprimorar a eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação e reduzem a possibilidade de que o auditor possa selecionar um procedimento de auditoria inadequado, aplicar erroneamente um procedimento de auditoria apropriado ou interpretar erroneamente os resultados da auditoria. Tais procedimentos são fundamentais na redução do risco de: 
 
a) controle. 
b) detecção. 
c) distorção inerente. 
d) relevante. 
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26. De acordo com a NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente, o auditor deve aplicar procedimentos de avaliação de riscos para fornecer uma base para a identificação e avaliação de riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis e nas afirmações.
No processo de avaliação dos riscos, o auditor deve seguir os seguintes procedimentos, EXCETO:
a) realizar procedimentos analíticos para identificar aspectos da entidade que o auditor não tinha conhecimento de forma a auxiliar na avaliação de riscos de erros relevantes para fornecer uma base para planejar e implementar respostas para esses riscos.
b) obter informações por meio da execução de procedimentos de avaliação de riscos e atividades relacionadas como uma forma de obtenção de evidência de auditoria para sustentar avaliações dos riscos de distorção relevante.
c) fazer de forma obrigatória indagações à administração e a outros na entidade, executar procedimentos analíticos e ainda realizar observações e inspeção para cada aspecto do entendimento de forma à obtenção de base segura para avaliação dos riscos.
d) buscar o entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade de forma contínua e dinâmica, primordial para que o auditor planeje a auditoria e exerça o julgamento profissional ao longo da auditoria.

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