Buscar

estruturadasav1

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

ATIVIDADE ESTRUTURADA - 2.pdf
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
NOME DA DISCIPLINA: PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
 
CÓDIGO: CCJ0106 
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: 
LEITURA DIRIGIDA 
OBJETIVO: 
Compreender a Justiça Restaurativa; descrever os objetivos da Justiça Restaurativa; diferenciar os tipos de 
Justiça. 
COMPETÊNCIAS/HABILIDADES: 
Competência para elaborar perspectivas integradoras, a partir da leitura. 
Habilidade para extrair conclusões. 
DESENVOLVIMENTO: 
Justiça Restaurativa e Mediação de Conflitos 
 
 
 
Tania Almeida 
Consultora, Docente e Supervisora em Mediação de Conflitos. 
Sócia Fundadora e Diretora-Presidente do MEDIARE – Diálogos 
e Processos Decisórios . Integrante do Comitê de Ética e da 
Vice-Presidência do CONIMA – Conselho Nacional das 
Instituições de Mediação e Arbitragem.. 
 
 
Histórico 
 
A Justiça Restaurativa é um movimento mundial de ampliação de acesso à justiça criminal recriado nas 
décadas de 70 e 80 nos Estados Unidos e Europa. Este movimento inspirou-se em antigas tradições 
pautadas em diálogos pacificadores e construtores de consenso oriundos de culturas africanas e das 
primeiras nações do Canadá e da Nova Zelândia. 
 
O conceito e a filosofia de justiça restaurativa têm embasado programas sociais dedicados a cuidar das 
vítimas, dos ofensores e das comunidades que os abrigam, e têm orientado para a restauração de suas 
vidas e de sua interação social. 
 
O ideal restaurativo como proposta de justiça 
O poder de síntese e de informação veiculado pelos quadros comparativos nos auxiliará a visualizar um 
leque de diferenças entre a proposta retributiva e a proposta restaurativa de justiça, demonstradas pelo 
esquema publicado por Highton, Alvarez e Gregório em ‘Resolución Alternativa de Disputas y Sistema 
Penal’. 
 
 
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
 Justiça Retributiva Justiça Restaurativa 
Delito Infração da norma Conflito entre pessoas 
Responsabilidade Individual Individual e social 
Controle Sistema penal Sistema penal / Comunidade 
Protagonistas Infrator e o Estado Vítima , vitimário e comunidade 
Procedimento Adversarial Diálogo 
Finalidade Provar delitos 
Estabelecer culpas 
Aplicar castigos 
Resolver conflitos 
Assumir responsabilidades 
Reparar o dano 
Tempo Baseado no passado Baseado no futuro 
 
O marcante contraste entre as duas propostas possibilita-nos apreender o potencial preventivo da 
proposta restaurativa, assim como seu propósito de implicar os sujeitos nos seus atos e em sua resolução 
- processo de enorme repercussão na pacificação social. 
 
O que é Justiça Restaurativa? 
 
A justiça restaurativa procura equilibrar o atendimento às necessidades das vítimas e da comunidade com 
a necessidade de reintegração do agressor à sociedade. Procura dar assistência à recuperação da vítima e 
permitir que todas as partes participem do processo de justiça de maneira produtiva (United Kingdom – 
Restorative Justice Consortium, 1998). 
 
Um processo restaurativo significa qualquer processo no qual a vítima, o ofensor e/ou qualquer indivíduo 
ou comunidade afetada por um crime participem junto e ativamente da resolução das questões advindas 
do crime, sendo frequentemente auxiliados por um terceiro investido de credibilidade e imparcialidade 
(United Nations, 2002). 
 
Após um momento inicial dedicado primordialmente a cuidar das necessidades da vítima através da 
utilização de programas dedicados à díade vítima / ofensor (Victim Offender Programs), os projetos 
baseados no paradigma restaurativo passaram a incluir, cada vez mais, as necessidades do ofensor, assim 
como as necessidades da comunidade. Vítimas, ofensores e comunidades são considerados stakeholders 
(integrantes de uma rede interativa de pessoas) dos processos e dos programas de justiça restaurativa. 
 
A vítima 
Os estudos relativos aos quadros pós-traumáticos que podem acometer as vítimas demonstram que os 
cuidados a elas necessários transcendem, em muito, a aplicação de penalidade ao ofensor. Contenção 
emocional, um espaço protegido para expressar medos, temores, mal-estar, sofrimento e raiva, assim 
como sentimentos e perguntas relativos ao ofensor têm-se caracterizado como parte dos cuidados 
reparadores às vítimas. 
 
O ofensor 
O movimento circular e recursivo de estarmos sujeito e objeto nos processos sociais tem-nos ajudado a 
visualizar que os ofensores dos atos presentes são, na maioria das vezes, as vítimas dos atos do passado 
ou, são, até mesmo, um e outro simultaneamente no presente. A identificação e a análise dos processos 
biopsicossociais que contribuem para essa mútua interação e influência exigem, de acordo com o marco 
restaurativo, que intervenções outras, além da punitiva, possam contemplar esses indivíduos e, 
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
consequentemente, a sociedade como um todo. 
A comunidade 
As micro-comunidades que acolhem e circundam vítima e ofensor, singulares ou múltiplos, ganham, 
desde o ponto de vista restaurativo, o status de co-partícipes e co-responsáveis no processo de 
construção do ato penal e no processo de restauração da vítima, do ofensor, da própria micro 
comunidade e da sociedade como um todo. 
 
Quais são os objetivos da justiça restaurativa? 
O objeto de trabalho da justiça restaurativa não é o delito, mas sim o conflito conseqüente ao delito. Esta 
é uma distinção fundamental. Os aportes da justiça restaurativa são complementares ao tratamento dado 
ao delito pelo Estado. A pena não dirime o conflito, objeto maior dos programas restaurativos. 
 
A oportunidade de a vítima expor seus sentimentos e percepção relativos ao dano sofrido, de fazer 
perguntas que compulsoriamente invadem seu cotidiano e de dizer do impacto que o trauma causou a si e 
/ou aos seus têm sido aspectos entendidos como relevantes para uma atitude reflexiva e reparadora do 
ofensor e para a restauração da vítima. 
 
A possibilidade de conhecer o impacto de suas ações e de eventualmente esclarecer que as conseqüências 
do seu ato transcenderam a sua intenção, bem como o reconhecimento do erro, podem igualmente atuar 
como diferencial para a instauração de uma etapa de melhor qualidade na história do ofensor, assim 
como contribuir para o processo restaurativo de ambos, ofensor e vítima. 
 
Como operacionalizar essa proposta? 
De maneira geral, os procedimentos que integram a prática da justiça restaurativa são precedidos por 
entrevistas individuais com a vítima e o ofensor, acompanhados de seus advogados, caso existam. A 
participação da vítima e do ofensor no processo restaurativo deve ser voluntária. Eles são esclarecidos 
sobre os objetivos do trabalho e preparados para nele participarem. 
 
São três os procedimentos clássicos utilizados nessa qualidade de processo. Eles diferem quanto ao 
número de participantes, à qualidade de participação do terceiro imparcial, ao alcance social e quanto aos 
procedimentos. 
Mediação Penal – A Mediação Penal é todo processo que permite ao ofendido e ao ofensor participar 
ativamente, se o consentem livremente, da solução das dificuldades resultantes do delito, com a ajuda de 
um terceiro independente, o mediador. (Recomendación (99)19 del Comité de Ministros del Consejo de 
Europa – União Européia). 
A mediação entre vítima e ofensor pode ou não incluir seus familiares como suporte para ambos, tanto no 
momento da mediação como no comprometimento com as propostas que possam dela advir. 
 
A mediação de conflitos tem sido o instrumento mais utilizado nos programas de justiça restaurativa e 
vem comprovando
os efeitos já mencionados. Dependendo da cultura aonde é utilizada, seus resultados 
são encaminhados para o juiz responsável pelo caso, tomando-os ou não em consideração ao elaborar a 
sentença pertinente ao delito. 
Conferências familiares - Esse processo é especialmente utilizado quando se deseja dar foco ao suporte 
que familiares, amigos e outros membros da comunidade podem oferecer ao ofensor, tanto no 
cumprimento de condutas acordadas com a vítima e com a comunidade, como na mudança de seu 
comportamento. 
 
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
Representantes do estado podem estar presentes nesse processo de diálogo facilitado por um terceiro 
imparcial que deverá conduzi-lo de maneira a balancear o atendimento das necessidades de ambas as 
partes, ofensor e vítima. 
Círculos de Construção de Consenso - Inspirados em comunidades indígenas, esses círculos de conversa e 
de construção de consenso envolvem um número maior de pessoas – vítimas, ofensores, seus familiares, 
a comunidade e os operadores do Direito. 
 
Os círculos incluem a presença do juiz e a construção consensual da sentença para o delito. 
 
A utilização desses círculos de construção e monitoramento de observâncias transcende hoje o seu 
emprego a questões relativas a delitos. Estes círculos vêm sendo utilizados em processos de diálogo que 
envolvem construção de consenso em questões comunitárias e institucionais. 
Que tipo de conflitos podem ser tratados pelo paradigma restaurativo? 
Todos os conflitos em que as partes e as micro-comunidades envolvidas possam beneficiar-se de 
quaisquer dos instrumentos que tenham como resultados os propósitos restaurativos. Caso esses 
benefícios sejam identificados como possíveis, os métodos restaurativos podem ser usados em qualquer 
estágio do processo de justiça criminal. 
 
A restrição ao uso dos recursos restaurativos diz mais respeito à capacidade reflexiva e à capacidade de 
reparação e de restauração das pessoas eleitas para participar de processos dessa natureza. 
 
 
Conclusão 
 
Entre os extremos do desconhecimento por algumas culturas e o da primeira opção de uso para eventos 
criminais com adolescentes (Nova Zelândia), os recursos de diálogo que compõem o conjunto de medidas 
da assim denominada Justiça Restaurativa são uma realidade crescente no mundo contemporâneo. 
 
Dentre esses recursos destaca-se a Mediação de Conflitos pelo fato dela promover a autocomposição 
pautada na autoria e na conseqüente responsabilidade no cumprimento do acordado. 
 
Esses recursos viabilizam uma análise e uma atuação sistêmicas no conflito, possibilitando que atuemos 
em seus diferentes aspectos e que tenhamos uma ação social mais ampla. 
 
 
 
 
Disponível em http://www.mediare.com.br/08artigos_06justica_restaurativa.html 
Acesso em 09 de junho de 2013 
 
PRODUTO/RESULTADO: 
A partir do texto: 
1- Descreva a importância do ideal restaurativo como proposta de Justiça 
2- Qual a importância da mediação de conflitos em relação à Justiça Restaurativa ? 
 
ATIVIDADE ESTRUTURADA - 3.pdf
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
NOME DA DISCIPLINA: PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
 
CÓDIGO: CCJ0106 
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: 
CONSTRUÇÃO DE TEXTO 
OBJETIVO: 
Compreender a criminalidade urbana ; descrever o adolescente em conflito com a leis; identificar as causas 
da criminalidade 
COMPETÊNCIAS/HABILIDADES: 
Competência para elaborar síntese 
Habilidade para argumentar coerentemente 
 
DESENVOLVIMENTO: 
Jornalismo- Reportagem Especial 
04/06/2013 
Adolescentes infratores: aumenta número de jovens autores e vítimas da violência 
Os brasileiros assistem estarrecidos ao aumento da criminalidade. Quando se imagina que a violência 
atingiu o limite, outro caso mais assustador surpreende a opinião pública pela brutalidade e pelo total 
descaso do criminoso com a vida humana. As infrações graves cometidas por adolescentes parecem ser 
ainda mais chocantes. Mas há outro aspecto que nem sempre é lembrado, que são os crimes cometidos 
contra crianças e adolescentes. A reportagem de hoje aborda os dois lados da moeda. 
O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio, de São Paulo, defende a proposta trazida à Câmara pelo 
governador Geraldo Alckmin. O principal ponto do projeto, que foi apresentado pela deputada Andreia Zito, 
do PSDB do Rio de Janeiro, é o aumento do período de internação de três para oito anos, em caso de 
infração equivalente a crime hediondo, como estupro e homicídio qualificado. 
Há mais de dez anos a imprensa vem noticiando o aumento da violência praticada por crianças e 
adolescentes. A gravidade dos casos também é assustadora. Os relatos estão todos os dias no noticiário, e 
alguns chamam a atenção pela frieza, como o deste menino, entrevistado pela TV Brasil. Ele matou “um 
desafeto” que tinha ameaçado sua irmã: 
“Eu estava drogado, tinha cheirado muito pó a noite toda. Desferi sete tiros na cara desse cara”. 
Este adolescente de 15 anos contou à TV Gazeta, de São Paulo, que começou a traficar drogas aos 10 anos 
de idade: 
“Eu saí de casa, comecei a traficar, e meu irmão também, aí começamos a roubar juntos”. 
Este outro, de 14 anos, entrevistado pela TV Paracatu, de Minas Gerais, disse que matou a mãe com um 
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
facão porque ela o havia repreendido por brigar com o irmão: 
“Eu batia nela, aí ela ficou no chão, ficava pondo a mão na frente, acertou aqui nela, arrancou aqui, aí eu 
dei uma na cabeça dela”. 
Esta menina, também entrevistada pela TV Brasil, foi condenada por assalto e tentativa de homicídio. A 
vítima ficou tetraplégica: 
“A gente passa por muitas coisas difíceis na vida, e eu era muito criança, tinha uma mente assim, não sabia 
de nada”. 
O Procurador-geral de Justiça do estado de São Paulo, Elival Ramos, que ajudou a elaborar o projeto do 
governador Geraldo Alckmin, diz que o período máximo de internação permitido pelo Estatuto da Criança e 
do Adolescente é insuficiente, quando se trata de crime hediondo. 
“Nós achamos que três anos de privação de liberdade é pouco para alguns delitos que são cometidos. Nós 
estamos falando de crimes hediondos, vamos chamar assim, infrações hediondas, que envolvem violência 
contra a pessoa humana. Nessas situações em que o menor se envolve é que nos parece que deva haver 
um tempo maior”. 
A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, diz que são raras as infrações graves cometidas por 
adolescentes: 
“Quando nós falamos de violências graves, como a circunstância mesmo do homicídio, que revolta a todos 
nós e nos move uma solidariedade em direção às famílias que perdem seus filhos, suas crianças, seus entes 
queridos, e pensamos na ocorrência deles por parte de adolescentes, nós temos uma situação residual. 
Uma situação que... não é tão grande o número de adolescentes que pratica esses crimes”. 
O deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba, integrante da Frente Parlamentar dos Direitos Humanos, nega 
que as infrações praticadas por jovens estejam aumentando: 
“Houve uma diminuição significativa da violência. Agora, o problema é que, quando um adolescente 
comete uma infração, aí é aquela comoção geral, ou seja, a própria mídia, que deveria colocar a questão 
para a discussão e o debate: investimento em educação, e cobrar das autoridades para que cumpram 
aquilo que está no Estatuto e no Sinase, fica colocando como que as crianças e os adolescentes fossem os 
grandes responsáveis pela violência”. 
O deputado discorda da ampliação das punições, conforme as propostas em discussão na Câmara: 
“O Sistema
Nacional de Medidas Socioeducativas [Sinase] tem as condições para o enfrentamento da 
violência. As crianças e os adolescentes, na sua maioria, são vítimas da violência. Agora, estão querendo 
usar dessa punição, ou seja, uma atitude punitiva, vingativa”. 
O Mapa da Violência Contra Crianças e Adolescentes, divulgado no final do ano passado pelo Centro 
Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, revela que houve aumento da violência contra os jovens. De 
acordo com o estudo, desde 1980, a taxa de homicídios na população brasileira entre zero e 19 anos subiu 
346%, indo de 3,1 para 13,8 homicídios para cada 100 mil pessoas nessa faixa etária. 
Essa taxa coloca o País como o quarto mais violento entre 92 países estudados. O sociólogo Julio Jacobo, 
coordenador do estudo, não acredita que o endurecimento das leis ou a redução da maioridade penal vá 
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
resolver o problema: 
“Não é um problema de leis, é um problema da aplicação das leis. Isso em primeiro lugar. Em segundo 
lugar, até quando se pode reduzir? Vamos supor que se reduza para 16. Então vão aparecer problemas aos 
14 anos de idade, vamos reduzir para 14, para 12, para 10, para 8, para 6. Daqui a pouco, daqui a alguns 
anos, a criança ao nascer vai ter que demonstrar boa conduta. Então, eu acho que não é pela redução da 
idade, pelo aumento da pena, diminuição da pena. É pelo combate à impunidade e à tolerância institucional 
[com o crime]”. 
O sociólogo aponta três causas para o aumento da criminalidade no País: a banalização da violência como 
forma de solução de conflitos, a tolerância do poder público em relação aos crimes contra menores, 
mulheres, idosos e homossexuais, e a convicção da impunidade. Segundo ele, menos de 5% dos assassinos 
são presos. 
Reportagem: Wilson Silveira 
Produção: Daniela Rubstem 
Disponível em : http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/REPORTAGEM-
ESPECIAL/443885-ADOLESCENTES-INFRATORES-AUMENTA-NUMERO-DE-JOVENS-AUTORES-E-VITIMAS-DA-
VIOLENCIA-BLOCO-2.html 
Acesso em 09/06/2013 
 
 
PRODUTO/RESULTADO: 
A partir das declarações do sociólogo Julio Jacobo, escolha uma das causas do aumento da criminalidade, 
citadas por ele, e desenvolva sua argumentação contra ou a favor. 
 
 
 
ATIVIDADE ESTRUTURADA - 4.pdf
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
NOME DA DISCIPLINA: PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
 
CÓDIGO: CCJ0106 
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
OBJETIVO: 
Compreender os documentos elaborados pelo psicólogo; descrever a utilização destes documentos no 
Judiciário; diferenciar os tipos de documentos. 
COMPETÊNCIAS/HABILIDADES: 
Competência para propor soluções para situações – problema 
Habilidade para fazer escolhas valorativas avaliando conseqüências 
 
DESENVOLVIMENTO: 
1. Leia a matéria abaixo e responda o que se pede. 
Mãe é condenada por abandono material de filhos menores 
A 2ª Turma Criminal do TJDFT manteve a condenação de uma mãe por crime de abandono material 
dos filhos menores, previsto no artigo 244 do Código Penal. A mãe foi condenada a 1 ano e 6 meses de 
detenção, em regime inicial aberto, além de multa de 1 salário mínimo. A pena privativa de liberdade será 
substituída por duas restritivas de direitos, que serão fixadas pela Vepema - Vara de Execuções das Penas e 
Medidas Alternativas. 
A tia das crianças levou o caso ao MPDFT, que denunciou a mãe à Justiça. De acordo com a 
denúncia do órgão ministerial, em setembro de 2006, após a prisão do companheiro, a ré abandonou os 
dois filhos, de 2 e 4 anos de idade, na casa da cunhada, sem dar a menor satisfação de seu destino. Desde 
então, não ofereceu qualquer ajuda financeira para o sustento das crianças ou fez contato para ter notícias 
deles. 
Apesar de citada da ação, a denunciada não compareceu a nenhum dos atos processuais, nem 
mesmo à audiência para eventual suspensão condicional do processo, benefício previsto em lei que pode 
ser concedido a crimes cujas penas não ultrapassem 2 anos de detenção. 
Na condenação de 1ª Instância, a juíza da 1ª Vara Criminal de Planaltina considerou a atitude da ré 
altamente reprovável, "na medida em que demonstrou completo desamor aos filhos menores, a quem era 
imperioso, por dever parental, prover de carinho e proteção", afirmou. 
A ré recorreu da decisão, alegando não ter condições financeiras para ajudar no sustento dos filhos 
e pleiteando a absolvição por insuficiência de provas e falta de dolo para caracterizar a conduta de 
abandono. No entanto, ao analisar o recurso, a 2ª Turma Criminal julgou irretocável a condenação. 
De acordo com o relator, o dolo restou configurado. "Não obstante as condições financeiras da ré 
fossem precárias, agravando-se com a prisão do companheiro e pai das crianças, não é admissível que uma 
mãe simplesmente deixe a residência da família, negligenciando seu dever de amparo aos filhos menores", 
concluiu o desembargador. 
Não cabe mais recurso da decisão no âmbito do TJDFT. 
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
Extraído de: Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios - 02 de Março de 2011 
 
PRODUTO/RESULTADO: 
 
A) Que tipo de documento psicológico poderia ser produzido para configurar a condição psicológica das 
crianças ? 
B) Qual documento psicológico deve ser produzido para o Ministério Público como forma de destituir a 
guarda da mãe (poder familiar)? 
 
 
ATIVIDADE ESTRUTURADA - 5.pdf
 
 
Núcleo de Prática Jurídica - OAB/SP: 13.256 
Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 673 - Vila Guarani - São Paulo – SP Cep: 04310-050 
e-mail: npj.torrestacio@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Área 
 Cível Criminal Trabalhista 
 
 
Tipo de Atividade: 
Ato a que assistiu: 
Data: Carimbo/assinatura responsável pelo local: 
RELATÓRIO DE ATIVIDADE 
Matrícula: Período: Semestre: 
Aluno(a): 
 
 
Núcleo de Prática Jurídica - OAB/SP: 13.256 
Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 673 - Vila Guarani - São Paulo – SP Cep: 04310-050 
e-mail: npj.torrestacio@gmail.com 
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS - 1.pdf
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
NOME DA DISCIPLINA: PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 
 
CÓDIGO: CCJ0106 
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: 
RESUMO 
OBJETIVO: 
Compreender as relações de gênero; diferenciar orientação sexual e identidade de gênero; diferenciar os 
tipos de violência contra a mulher. 
COMPETÊNCIAS/HABILIDADES: 
Competência para elaborar síntese. 
Habilidade para ler e interpretar textos. 
 
DESENVOLVIMENTO: 
Sexo e gênero: estamos falando sobre a mesma coisa? 
Fonte: Gênero, sexualidade e 'raça'. Dimensões da violência no contexto escolar. Fátima Cecchetto; 
Fernanda Mendes Lages Ribeiro e Queiti Batista Moreira Oliveira IN impactos da Violência nas escolas – um 
diálogo com professores. Assis, S.; Constantino, P.; Avanci, J.; (orgs.). Editora Fiocruz – Rio de Janeiro, 2010. 
[Adaptado por Queiti B. M. Oliveira] 
Gênero pode ser compreendido como uma criação cultural e social de papéis sexuais. As discussões 
sobre gênero
vêm sendo travadas historicamente, e iniciaram-se antes mesmo do século XX, vindo a 
público através das lutas feministas pela igualdade entre os sexos e pelos direitos das mulheres – já que os 
mesmos nem sempre foram reconhecidos. Tais movimentos são considerados importantes na medida em 
que trouxeram à tona questionamentos sobre as relações hierárquicas, desiguais e assimétricas entre 
homens e mulheres: por que isso acontecia? Seriam apenas as “características naturais” do feminino e do 
masculino que explicariam melhor tais relações tão desiguais e muitas vezes violentas em relação às 
mulheres? 
O conceito de gênero diz respeito ao conjunto das representações e práticas culturais e sociais constituídas 
a partir das diferenças biológicas entre os sexos. É comum confusão entre as ideias de “sexo” e “gênero”. 
Enquanto sexo diz respeito, basicamente, ao aspecto anatômico dos corpos, o conceito de gênero toma por 
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
base noções como masculino e feminino, como atributos socialmente construídos. Ou seja, sexo, está 
ligado às características anátomo-fisiológicas, determinadas biologicamente e diferenciando os “machos” e 
“fêmeas” de uma espécie; e gênero diz respeito à construção, cultural e histórica, ou seja, emerge nas 
relações sociais, dependentes das interpretações que os forjam. 
O conceito de gênero nos coloca frente à questão sobre os limites do que entendemos como sendo 
de "natureza feminina ou masculina" e do "tornar-se mulher ou homem" em uma sociedade. Nesse 
sentido, se queremos refletir sobre os diferentes comportamentos de homens e mulheres e, inclusive, 
sobre a presença de violências nestas relações, o conceito de gênero é uma importante ferramenta. Ele nos 
possibilita compreender a importância dos significados culturais e simbólicos atribuídos aos sexos, a partir 
dos contextos sociais concretos, e também nos permite repensar os limites das explicações biológicas como 
matriz explicativa dos comportamentos de homens e mulheres.” 
Violência de gênero 
 
Fonte: Violência de gênero na vida adulta. Por Carlos Eduardo Zuma, Corina Helena Figueira Mendes, 
Ludmila Fontenele Cavalcanti e Romeu Gomes. IN Impactos da Violência na Saúde. Assis, S; Njaine, K.; 
Constantino, P. (orgs.) Editora Fiocruz, Rio de Janeiro. 2009. [Adaptado por Queiti B. M. Oliveira] 
 
“Caracteriza-se por qualquer ato que resulte em dano físico ou emocional, perpetrado com abuso de poder 
de uma pessoa contra outra, em uma relação pautada em desigualdade e assimetria entre os gêneros. Pode 
ocorrer nas relações íntimas entre parceiros, entre colegas de trabalho e em outros espaços relacionais.” 
[Um tipo comum de violência de gênero é a violência entre parceiros íntimos, que segundo a OMS - 
Organização Mundial da Saúde - ocorre em todas as sociedades e camadas sociais]. “Inclui: atos de agressão 
física, relações sexuais forçadas e outras formas de coação sexual, maus-tratos psicológicos e controle de 
comportamento. Pode ocorrer em ambos os sexos, em parceiros do mesmo sexo, mas as mulheres são 
mais vitimizadas, especialmente nas sociedades em que as desigualdades entre homens e mulheres são 
mais marcantes.” 
 
“Definimos como gênero os modelos socialmente construídos acerca do que vêm a ser homem e mulher. 
Esses modelos costumam ser ancorados em hierarquias e desigualdades, estabelecendo relações de poder 
entre os sexos. Em geral, aos homens são atribuídos papéis que os colocam numa posição superior à das 
mulheres. Nesse cenário, são muitas as cobranças e pressões (físicas, psicológicas e sociais) para que as 
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
mulheres atendam ao poder dos homens, considerado como “natural”, facilitando que sejam 
frequentemente vitimadas pelos homens nas relações interpessoais. Estudos têm mostrado que homens e 
mulheres sofrem violência de gênero. O homem pode cometer violências contra outros homens e contra si 
próprio para afirmar sua masculinidade. Pode também ser aprisionado, sem perceber, como vítima das 
próprias cobranças sociais que o colocam em constante tensão e em permanente necessidade de ter que 
demonstrar a sua masculinidade. Por último, não podemos desconsiderar, como violências de gênero, 
aquelas cometidas por mulheres contra os homens e as cometidas nas relações entre as mulheres. Assim, 
as relações violência-gênero, atravessadas por questões de classe social, raça/etnia e de filiação a grupos, 
podem fazer com que homens e mulheres se envolvam em atos violentos, como vítimas ou como autores, 
para afirmar identidades masculinas e femininas, socialmente construídas.” 
A Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006 – A “Lei Maria da Penha” 
Fonte: http://www.cnj.jus.br/programas-de-a-a-z/pj-lei-maria-da-penha/lei-maria-da-penha 
“A Lei Maria da Penha estabelece que todo o caso de violência doméstica e intrafamiliar é crime, 
deve ser apurado através de inquérito policial e ser remetido ao Ministério Público. Esses crimes são 
julgados nos Juizados Especializados de Violência Doméstica contra a Mulher, criados a partir dessa 
legislação, ou, nas cidades em que ainda não existem, nas Varas Criminais. 
A lei também tipifica as situações de violência doméstica, proíbe a aplicação de penas pecuniárias 
aos agressores, amplia a pena de um para até três anos de prisão e determina o encaminhamento das 
mulheres em situação de violência, assim como de seus dependentes, a programas e serviços de proteção e 
de assistência social. A Lei n. 11.340, sancionada em 7 de agosto de 2006, passou a ser chamada Lei Maria 
da Penha em homenagem à mulher cujo marido tentou matá-la duas vezes e que desde então se dedica à 
causa do combate à violência contra as mulheres.” 
 
Identidade de Gênero, Orientação Sexual e a proposta de criminalização dos atos de discriminação 
por orientação sexual e identidade de gênero (comumente chamados de homofobia) 
Outro tipo de violência baseada em gênero é a homofobia, caracterizada pela violência e 
discriminação contra lésbicas, gays, travestis e transgêneros. Tais atos vêm sendo objeto de discussão no 
país no que diz respeito a sua criminalização e destacam a necessidade de compreensão do que vem a ser 
“identidade de gênero” e “orientação sexual”, já que ambos o s termos estão presentes nos debates acerca 
da homofobia. O texto a seguir, sobre o PLC 122, propõe-se a esclarecer sobre tais conceitos. 
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
 
Por Lívia R. Pinheiro [adaptado por Queiti B. M. Oliveira] 
Fonte: http://www.plc122.com.br/plc122-paim/#axzz2VLyaJTzc 
“O PLC 122 [em discussão até o momento: maio/2013] foi pensado para punir, dentre outras coisas, 
a discriminação ou preconceito de orientação sexual e identidade de gênero, da mesma forma que a 
punição já existente para a discriminação ou preconceito de raça e cor, por exemplo. Mas o que é 
exatamente orientação sexual e identidade de gênero? 
O termo orientação sexual é relativamente conhecido, e se refere a como nos sentimos em relação à 
afetividade e sexualidade. Por não se tratar exclusivamente de sexo, o termo mais apropriado talvez seja 
orientação afetivo-sexual, ou romântica-sexual. Falamos de orientação, e não de opção, porque não é algo 
que possamos mudar de acordo com nosso desejo. 
Existem quatro tipos de orientação afetivo-sexual: os bissexuais se sentem atraídos pelos dois gêneros; os 
heterossexuais, pelo
gênero oposto; e os homossexuais, pelo mesmo gênero. Os assexuados representam 
um caso singular, uma vez que podem apresentar uma orientação romântica, porém não sexual, 
direcionada a algum dos gêneros (ou a ambos), ou não apresentarem orientação romântica e nem sexual. 
A identidade de gênero, por sua vez, costuma ser menos compreendida. Ao passo que a orientação sexual 
se refere a outros, a quem nos relacionamos, a identidade de gênero faz referência a como nos 
reconhecemos dentro dos padrões de gênero estabelecidos socialmente. (...) 
[O sexo biológico e o gênero psíquico (como a pessoa se sente – homem ou mulher) muitas vezes são 
concordantes: alguém do sexo feminino se sente mulher e do masculino, se sente e se vê como homem]. 
Entretanto, há pessoas cujo sexo biológico discorda do gênero psíquico: são os travestis e transexuais, ou 
transgêneros. (...) 
Existe muita confusão a respeito das relações entre orientação sexual e identidade de gênero, e a verdade é 
que não existe relação – são coisas completamente independentes. 
Uma das concepções errôneas mais frequente envolvendo gênero é a de que homens com traços ou gestos 
considerados femininos são necessariamente gays, ou que mulheres que vestem roupas largas são, com 
certeza, lésbicas. Esta ideia é geralmente acompanhada daquela segundo a qual homens afeminados 
queriam ser mulheres, e mulheres masculinizadas queriam ser homens. 
O modo de andar, de gesticular, de falar, e a preferência por determinados tipos de roupas ou de atividades 
 
 
ATIVIDADES ESTRUTURADAS 
 
Estácio Relatório de Atividades Estruturadas Página 1 
não têm, necessariamente, nada a ver nem com orientação sexual, nem com identidade de gênero. (...) 
Nada impede uma pessoa ser uma mulher biológica homossexual [orientação homoafetiva] que se 
enquadra perfeitamente no estereótipo feminino [identidade de gênero]. 
Enfim, a confusão a respeito de papéis de gênero, orientação sexual e identidade de gênero se deve ao 
padrão binário [pares de opostos – homem-mulher, feminino-masculino] que [tradicionalmente aplicamos] 
a tudo. Mas as possibilidades de expressão humanas não cabem em um sistema como este.” 
Leia Mais Em: http://www.plc122.com.br/orientacao-e-identidade-de-genero/entenda-diferenca-entre-
identidade-orientacao/#ixzz2VLzzXIt1 
PRODUTO/RESULTADO: 
Elaborar um resumo com os principais temas destacados nos textos.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando