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Joelho, Tornozelo e pé PROFº JOÃO LUIZ PANDOLPHI Joelho Fêmur Tíbia Patela Composto por 2 articulações distintas envoltas por uma única cápsula articular: Articulação Tibiofemoral Articulação Patelofemoral Ângulo Q Formado entre: linha que representa a resultante da força de tração do quadríceps, feita pela união entre EIAS e o ponto médio da patela linha unindo tuberosidade da tíbia com o ponto médio da patela. Ângulo Q > 15° = freqüentemente contribui para condromalácea, dor femuro patelar, e luxação patelar. Mulheres 15,8° Homens: 11,2° Articulação Tibiofemoral Fêmur distal + Tíbia proximal Articulação condiliana 2 graus de liberdade de movimento; Artrocinemática Liberdade de movimento: 1) Flexão e extensão Plano sagital - eixo latero-lateral; 2) Rotações medial e lateral (**) Plano transverso - eixo longitudinal. (**) Joelho deve estar parcialmente flexionado ou hiperextendido Rotação Medial e Lateral Joelho deve estar parcialmente flexionado ou hiperextendido; Ocorre um pivô entre os meniscos e as superfícies articulares da tíbia e fêmur; Meniscos sofrem distorção na direção do movimento do côndilo femoral correspondente. Rotação Medial e Lateral Flexão do joelho > Rotação no plano transverso 90° flexão = 40 – 50° de rotação total; Rotação Lateral > Rotação Medial (2:1); Em extensão a rotação = 0°; Rotação é bloqueada pela tensão passiva dos ligamentos e pelo aumento da congruência articular. Patela Osso em forma triangular encaixado no tendão do quadríceps; Maior osso sesamóide do corpo; Apresenta uma base curva superior e um ápice inferior; Na posição em pé, o ápice da patela está nivelado com a superfície proximal da articulação tíbio -femoral Articulação Patelo Femoral Estabilidade Quadríceps; Superfícies articulares; Fibras dos retináculos. Aumento das Forças de Compressão Aumento da flexão, levam ao aumento de forças compressivas Aumento na demanda de força do músculo quadríceps Podem atingir: 3,3 x PC = Subir escadas 7,8 PC = Agachamento Diminuição do ângulo entre as forças aumenta a magnitude do vetor resultante direcionado entre a patela e o fêmur. Forças orientando a Patela Estabilidade do joelho Não é dada por congruência óssea; Obtida pela ação dos músculos, ligamentos, cápsula, meniscos e peso corporal. Incongruência entre os côndilos femorais e os platôs tibiais Como aumentar a congruência articular? MENISCOS MENISCOS São discos articulares cartilaginosos assimétricos Menisco medial – semicírculo Menisco lateral - quase um anel Menisco Medial Fixado ao LCM, LCA e cápsula adjacente Menos móvel que o Menisco Lateral Muito mais lesado que o Menisco Lateral. Menisco Lateral Fixado ao LCP, Poplíteo (via cápsula) e aos ligamentos Menisco- femoral posteriores Conexões consideradas frouxas permitindo ao Menisco Lateral certa mobilidade O tendão do músculo poplíteo passa entre o LCL e a borda externa do Menisco Lateral. Meniscos - Funções Diminui o stress compressivo na articulação Tibio-femoral Estabilizar a articulação durante o movimento, diminuindo a fricção e guiando a artrocinemática do joelho diminui pressão na cartilagem Suporta cerca de 50% da carga total imposta aos joelhos. Ligamentos Responsáveis pela estabilidade articular. Eles resistem ou controlam: Excessiva extensão de joelho; Estresse em valgo ou varo; Deslocamento anterior ou posterior da tíbia abaixo do fêmur; Rotação medial ou lateral da tíbia abaixo do fêmur; Combinações de deslocamentos em AP e rotações da tíbia. Ligamentos Colaterais Ligamento Colateral Medial (LCM) Ligamento Colateral lateral (LCL) Principal função é a de limitar movimentos excessivos no plano frontal; Resistem a extremas rotações medial e lateral quando o J está em flexão; Estão tensos na extensão total do joelho, logo resistem a hiperextensão. Ligamento Colateral Medial (LCM) Resiste: Ao estresse em valgo ou stress em abdução; Rotação lateral da tíbia; Auxilia a limitar o deslocamento anterior da tíbia( LCA ausente). Ligamento Colateral lateral (LCL) Resiste: Ao estresse em varo ou stress em adução; Limita rotação lateral da tíbia (+ ativo em 35° de flexão em conjunto com cápsula póstero - lateral); À combinação de rotação lateral + deslocamento posterior da tíbia (ajudado pelo tendão do poplíteo). Ligamentos Cruzados Intra-capsulares e extra sinovial Suprimento sanguíneo proveniente de pequenos vasos da membrana sinovial e tecidos moles adjacentes; São nomeados de acordo com suas fixações na tíbia!!! Ligamentos Cruzados Gera maior resistência às forças de cisalhamento AP entre F e T; Atuando juntos resistem a todos os movimentos extremos do J; Não se recuperam sozinhos, logo uma cirurgia se faz necessário; Lesão gera instabilidade importante J; São grossos e fortes É quase impossível estabilizar efetivamente o joelho unicamente com forças musculares ativas quando na presença de um rompimento substancial dos mecanismos de contenção passivos. (NORKIN E LEVANGIE, 2001) Ligamento Cruzado Anterior (LCA) Sai da região anterior – medial da tíbia em direção superior posteriormente para se fixar na região medial posterior do côndilo lateral do fêmur. As fibras de colágeno do LCA giram umas sobre as outras formando um espiral, ou feixe. Auxilia a estabilizar a extensão do joelho. Ligamento Cruzado Anterior (LCA) Ligamento mais lesado; Pode ocorrer associada a lesões de outras estruturas, como LCM e Menisco Medial; Mecanismos de Lesão - LCA J em flexão + tíbia rodada em qualquer direção Pé fixo no solo + F sofre rotação lateral e /ou translação posterior + Força em valgo Estiramento em alta velocidade com o ligamento sob tensão. Hiperextensão excessiva com o pé fixo no solo Lesão Clássica - Futebol Stress em valgo realizado com o pé fixo ao solo Ligamento Cruzado Posterior (LCP) Sai da região intercondilar posterior da tíbia em direção anterior para a região lateral do côndilo femoral medial. O LCP gera 95% de resistência total passiva durante a translação posterior da tíbia. 50% das lesões de LCP estão associadas à lesão em outras estruturas, sendo as + freqüentes LCA e cápsula posterior. Mecanismos de Lesão - LCP Cair em cima do Joelho flexionado; Trauma pré – tibial (painel do carro); Hiperextensão severa. Enxertos Auto - Enxertos: Patelar; Quadricipital; Semitendínio e grácil. Alo – Enxertos: Artificiais. Cápsula Articular Abrange as 2 articulações do joelho. Fixação: Proximal: Começa acima dos côndilos femoral Distal: margens do platô tibial A cápsula recebe reforço dos músculos, ligamentos e fáscia. Cápsula Articular Estabilidade articular Restrição de movimentos Manter a integridade articular e função normal. Membrana Sinovial e Estruturas Associadas A membrana sinovial está aderida à parede interna da cápsula articular . Exceto posterior – a membrana se invagina anteriormente seguindo o contorno do sulco intercondilar. Bursas Algumas bursas são extensões da membrana sinovial, outras são formadas externamente à cápsula. Existem cerca de 14 bursas localizadas em regiões de alta fricção durante o movimento (entre 2 estruturas). Atividades com forças excessivas ou repetitivas freqüentemente desencadeiam inflamação da bursa (BURSITE). MÚSCULOS Extensores: Quadríceps Reto coxa � Vasto lateral Vasto intermédio Vasto medial Se unem em tendão comum – tendão do quadríceps – Lig. Patelar Patela A patela (polia anatômica) aumenta o braço mecânico do quadríceps por aumentar a distância do tendão do QUA e ligamento patelar em relação ao eixo da articulação do Joelho. Músculo Reto da Coxa Eficácia depende da posição do Quadril Distancia entre as fixações Extensão quadril (glúteos) + Extensão Joelho (quadríceps = Potência Máx) MÚSCULOS FLEXORES Semimembranoso Semitendinoso Bíceps coxa Sartório (Q e J) Grácil (Q e J) Poplíteo Gastrocnemio. MÚSCULOS ROTADORES Semimembranoso (RM) Semitendinoso (RM) Bíceps coxa (RL) Sartório (RM) Grácil (RM) Poplíteo (RL do F em CCF, RM da T em CCA) Isquiotibiais potentes extensores do Q; Flexores do J Os semis (IQT mediais) Rotação medial Bíceps da coxa Rotação lateral Em extensão não existe Rotação, o J está travado. Alinhamento Normal do Joelho – Plano Frontal VALGO FISIOLÓGICO Fêmur proximal apresenta 125° de inclinação Devido ao eixo anatômico do fêmur – oblíquo Superfície articular da tíbia é horizontal Formação de ângulo medial à articulação de 185° a 190°. Desvios de Alinhamento Podem ser causados por alteração no ângulo tíbio femoral. Genu Valgum (knock knee) Ângulo lateral menor que 170° Genu Varo (bow-leg) Ângulo lateral acima de 180° Genu Varo leve - aumenta a compressão sobre o menisco medial em 25% 5 ° de varo - aumenta as forças em 50%. Genu Valgo Aumento de força compressiva no côndilo lateral Aumenta o estresse de estiramento sobre as estruturas mediais Hiperextensão Aumento da Força (f) leva ao aumenta do componente h Quanto > o recurvatum + distensão > recurvatum Agem para evitá-la: Ligamentos colaterais Cápsula posterior Ligamento poplíteo oblíquo Músculos flexores do joelho LCA LCP Tornozelo e pé FUNÇÕES Suporte do peso Controle e estabilização do MMII Ajuste à superfície de contato Propulsão - locomoção Amortecimento de choques Manipulação de objetos e operaçãode máquinas Movimentos do Tornozelo Tipo Gínglimo – 1 grau liberdade Plano sagital – eixo Látero-lateral Flexão: 20 a 30º Extensão: 30 a 50º PÉ Movimentos do Pé - Plano frontal - eixo antero-posterior Abdução: 10º Adução :20º - Plano transverso – eixo longitudinal (ao segmento): Inversão: 10º Eversão: 20º - Eixo oblíquo: Pronação: 5º Supinação: 5º
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