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Prova de Nutrição (com resolução de questões)

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Nutrição – P1
Como você define um alimento funcional?
São alimentos naturais ou enriquecidos com aditivos alimentares que possam contribuir para a manutenção da saúde e redução do risco de doenças. Oferecem benefícios à saúde além do valor nutricional inerente a sua composição química. 
A saliva dos animais além da função de umidificação dos alimentos e atividade enzimática em algumas espécies apresenta ainda várias funções. Assim cite 3 funções exclusivas da saliva nos animais ruminantes.
Mantém o fluxo de água constante para o rúmen 
Mantém a pressão osmótica do rúmen
Devido à alta concentração de íons alcalinos como fosfatos e carbonatos na saliva ocorre a neutralização dos ácidos produzidos durante a fermentação, evitando assim a acidez ruminal.
Como é dividido o estômago dos ruminantes? Cite a função de cada compartimento. 
Dividido em 4 compartimentos: rúmen, retículo, omaso e abomaso. 
Rúmen: É onde sofre o processo de fermentação pela ação de bactérias, protozoários e fungos que degradam a celulose encontrada no alimento ingerido. Há a produção de gases, produção de ácidos graxos voláteis que servem de substrato para a produção de energia do animal hospedeiro, produção de massa microbiana produção de proteína ao animal hospedeiro. Misturar os alimentos, promover a eructação dos gases, e promover a ruminação das partículas de alimento maiores que 1mm.
Retículo: Não secreta nenhuma enzima; Apresenta um movimento constante em sintonia com do rúmen, participa do processo de ruminação; responsável pela contração que leva a regurgitação.
Omaso: 
Filtrar a ingesta - partículas com mais de 1mm voltam ao rúmen para a ruminação
- Absorção de água
- Resíduos de AGV
Abomaso: 
Única porção das policavidades que possui glândulas secretórias, fazendo portando a digestão química dos alimentos. Se assemelha ao estômago dos não ruminantes, pois:
- Secreta ácidos (HCl) e enzimas digestivas (pepsinogênio), hormônios (gastrina)
- Começa a digestão das proteínas através da liberação de HCl que ativa o pepsinogênio. 
Nos cães e nos gatos o amido não é nutriente essencial para a manutenção da glicemia. Qual a explicação para este fato.
Por serem carnívoros não possuem um mecanismo digestório eficaz para o amido, obtêm a manutenção da glicemia por meio da degradação de proteínas. 
Na alimentação proteica não basta a presença dos aminoácidos na dieta, eles devem estar em quantidade adequada. Nos gatos, suínos e cães quais são os aminoácidos essenciais considerados limitantes?
Gatos – taurina
Suínos – metionina, lisina e triptofano
Cão – Arginina
Na alimentação dos ruminantes, o fornecimento de nitrogênio na forma de ureia tem sido muito utilizado, principalmente no período de seca. Pergunta-se:
Porque é sugerido a adição de sulfato de amônia? Em que proporção?
Porque algumas bactérias no rúmen só utilizam amônia como forma de síntese de proteínas, pois não tem mecanismo de transporte para os aminoácidos, e o sulfato de amônia é convertido em amônia no rúmen, por outras bactérias. A uréia deve estar em proporção de 1% na alimentação total.
A quantidade a ser administrada deve ser diluída em água (500g - período de adaptação e a 1000g, da segunda semana em diante, para cada 4 litros de água) e espalhada, de forma homogênea, com o uso de um regador em cima de cada 100kg de cana picada no dia, oferecida no cocho.
Porque o fornecimento de ureia, pode levar à intoxicação por amônia?
É chamada na nutrição animal de NNP (nitrogênio não proteico) e pode ser fornecida por fora para os ruminantes, é muito solúvel em água, e dentro do rúmen, uma bactéria que possua a enzima uréase, reage com a ureia e transforma o nitrogênio não proteico em amônia. A amônia é altamente solúvel, e passa por difusão passiva no epitélio ruminal, alcançando a corrente sanguínea e chega ao fígado. 
A amônia é tóxica, e pode matar em pouco tempo. Assim em sobrecarga de amônia, devemos para salvar o animal fazer a amônia ser transformada em amônio, e obtemos isso deixando o pH do meio baixo, com indução de ácido acético via oral, deixando o meio ácido e amônia (NH3) amônio (NH4). Assim o amônio não passa pelo epitélio intestinal e não consegue chegar à corrente sanguínea, e não ocorre intoxicação do animal. 
Qual a maneira prática de minimizar os efeitos dessa possível intoxicação? Explique tecnicamente
No caso de intoxicação, utilizar como antídoto duas garrafas de vinagre por animal, logo aos primeiros sinais, da seguinte maneira: 
· Coloque o bico da garrafa no canto da boca do animal e deixe o vinagre descer goela abaixo; 
· Movimente o animal quando estiver dando vinagre; 
· Não puxe a língua do animal para dar o vinagre; com isso, se evita que o vinagre vá para o pulmão do animal e o asfixie
Tecnicamente: 
Considerando o pH ruminal a forma que predomina no local é a forma amoníaca, pois no rúmen o pH é levemente ácido onde o H+ solto se liga ao NH3, gerando o NH4. A amônia é rapidamente absorvida, já o amoníaco é lentamente absorvido em função do tamanho da molécula, quando aumentamos a concentração de amônia em função do excessivo fornecimento de ureia, o pH ruminal vai se elevar muito gerando alcalose (7.5 a 8.0 pH), assim as bactérias que degradam amido e as celulolíticas, morrem todas pois são muito sensíveis às variações de pH. Essa amônia pela circulação hepática vai ao fígado, e pelo ciclo da ureia é convertida em ureia pra ser eliminada indo para a saliva ou ser eliminada na urina ou sangue. A velocidade produção de ureia é menor em velocidade, e a chegada de amônia que chega ao fígado é muito grande, então o fígado joga a amônia excessiva na corrente sanguínea, pois o fígado está saturado de amônia, essa gera-se intoxicação e sintomas tremores musculares e de pele, salivação excessiva, dejeções frequentes (fezes e urina), respiração rápida, falta de coordenação motora, paralisia das patas dianteiras, prostração, e tetania podendo levar rapidamente a morte. A ingestão de vinagre vai aumentar a concentração de íons H+ disponíveis no sangue, e assim a amônia pode se associar aos íons H+, e de amônia NH3 se torna na forma amoníaca NH4 estável e não tóxica, minimizando os sinais clínicos da intoxicação.
Na dieta de cães e gatos a adição à ração de ácidos graxos poli-insaturados se torna necessário para atender às exigências desses animais. Quais são estes ácidos e qual a razão do fornecimento deles? 
Os animais têm necessidade imediata dos ácidos graxos essenciais, são os lipídeos que não são sintetizáveis e portanto devem ser provenientes da dieta. São eles o linoleico, linolênico, e araquidônico, pois tem insaturações em locais ímpares da cadeia e as enzimas dos animais só conseguem fazer insaturações em locais pares da cadeia, não sendo possível a síntese dos mesmos.

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