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AULA 10: DIREITOS REAIS DE GARANTIA – Prof. Paulo Henrique de Oliveira – Garantia Pessoal ou fidejussória “Quando não existe um bem específico do devedor vinculado à satisfação do crédito, a garantia chama-se pessoal ou fidejussória[...]. Qualquer bem do patrimônio do sujeito passivo pode, nesse caso, ser expropriado.”( FábioUlhoaCoelho ) CC Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra. Real “Serárealse [...] as partes, por negócio jurídico bilateral, vincularem ao pagamento da obrigação determinado ou determinados bens do devedor.”( FábioUlhoaCoelho ) “A garantia real é mais eficiente que a pessoal. Nesta última, como todos os bens do devedor são aptos a suportar a execução, aparentemente seriam mais amplas as possibilidades abertas a recuperação do crédito; mas, em caso de insolvência, os credores com garantia pessoal entram em concurso e recebem parte proporcional de seus créditos, já que o devedor não tem patrimônio para atender a todos (CC, art. 957. Na garantia real, como o bem estávinculado a satisfação de uma obrigação específica, o produto de sua venda destina-se inicialmente ao pagamento do credor que a titula[...]. Se a venda do bem onerado pela garantia real não gerar recursos suficientes para o pagamento integral da obrigação garantida, o devedor continua obrigado pelo restante.”( FábioUlhoaCoelho ) Caracteres( Maria H. Diniz) Vinculação do bem do devedor ao pagamento do débito Os direito reais de garantia são acessórios (pressupõe a existência de um crédito) Visam obter certa soma em dinheiro mediante alienação. Direito ao valor da coisa Direitos reais de garantia Penhor Hipoteca Anticrese “O direito real de garantia é o que confere ao seu titular o poder de obter o pagamento da dívida com o valor ou a renda de um bem aplicado exclusivamente à sua satisfação.”( Orlando Gomes) Requisitos Subjetivos Objetivos (Coisa alienável ) CC Art. 1.420[...] só os bens que se podem alienar poderão ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca. CC Art. 1.420§ 2o A coisa comum a dois ou mais proprietários não pode ser dada em garantia real, na sua totalidade, sem o consentimento de todos; mas cada um pode individualmente dar em garantia real a parte que tiver. Formais (CC1.424) I - o valor do crédito, sua estimação, ou valor máximo; II - o prazo fixado para pagamento; III - a taxa dos juros, se houver; IV - o bem dado em garantia com as suas especificações. (condiciona a eficácia perante terceiros) Efeitos Preferênciaou prelação CC Art. 1.422. O credor hipotecário e o pignoratício têm o direito de excutir a coisa hipotecada ou empenhada, e preferir, no pagamento, a outros credores, observada, quanto à hipoteca, a prioridade no registro. Parágrafo único. Excetuam-se da regra estabelecida neste artigo as dívidas que, em virtude de outras leis, devam ser pagas precipuamente a quaisquer outros créditos. Exceções Sequela Excussão Indivisibilidade da garantia CC, Art. 1.421. O pagamento de uma ou mais prestações da dívida não importa exoneração correspondente da garantia, ainda que esta compreenda vários bens, salvo disposição expressa no título ou na quitação. “A indivisibilidade é característica essencial das garantias reais.[...] Em razão da indivisibilidade da garantia real, o cumprimento parcial da obrigação não importa a exoneração proporcional do gravame incidente sobre o bem.”( FábioUlhoaCoelho ) Admite pacto em contrário Vencimento Vencimento normal Vencimento antecipado (1.424) Deterioração ou depreciação do objeto CC I - se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança, desfalcar a garantia, e o devedor, intimado, não a reforçar ou substituir; “O devedor tem a obrigação de manter a segurança na sua integridade, e, se esta se reduz, a ela corre o dever de colocar outra coisa no lugar da deteriorada ou depreciada. Não o fazendo, tem o credor a faculdade de excutir a garantia, sem que ao devedor socorra o prazo convencionado.”( Caio Mário da Silva Pereira) Falência do devedor ou sua insolvência II - se o devedor cair em insolvência ou falir; “[...] provada [...] pela notória cessação de pagamento, ou quando pendem ações executivas sobre seus bens, notadamente em caso de penhora do objeto da garantia. ”( Caio Mário da Silva Pereira) Falta de pontualidade no pagamento das prestações III - se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar estipulado o pagamento. Neste caso, o recebimento posterior da prestação atrasada importa renúncia do credor ao seu direito de execução imediata; Pelo perecimento do objeto IV - se perecer o bem dado em garantia, e não for substituído; Pela desapropriação da coisa V - sesedesapropriar o bem dado em garantia, hipótese na qual se depositará a parte do preço que for necessária para o pagamento integral do credor. CC 1.424 § 2º Nos casos dos incisos IV e V, só se vencerá a hipoteca antes do prazo estipulado, se o perecimento, ou a desapropriação recair sobre o bem dado em garantia, e esta não abranger outras; subsistindo, no caso contrário, a dívida reduzida, com a respectiva garantia sobre os demais bens, não desapropriados ou destruídos. Garantia por terceiro CC Art. 1.427.Salvo cláusula expressa,o terceiro que presta garantia real por dívida alheia não fica obrigado a substituí-la, ou reforçá-la, quando, semculpa sua,se perca, deteriore, ou desvalorize. Cláusulacompromissória CC Art. 1.428. É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou hipotecário a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento. Parágrafo único. Após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida. O credor não pode ficar com a coisa sobre a qual recai a garantia como forma de satisfazer o crédito. Admite-se a dação em pagamento Responsabilidadepelo remanescente CC Art. 1.430. Quando, excutido o penhor, ou executada a hipoteca, o produto não bastar para pagamento da dívida e despesas judiciais, continuará o devedor obrigado pessoalmente pelo restante. PENHOR Conceito “direito real que consiste na transferência efetiva de uma coisa móvel ou mobilizável, suscetível de alienação, realizada pelo devedor ou por terceiro ao credor, a fim de garantir o pagamento do débito(Maria H. Diniz) Terminologia Devedor pignoratício Credor pignoratício Caracteres(Maria H. Diniz) Direito real de garantia Direito acessório Depende da tradição CC Art. 1.431: Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação. Recai sobre coisa móvel Alienabilidade do objeto Bem empenhado seja da propriedade do devedor Temporário Modos de constituição Penhor convencional ouNegocial Penhor legal Art. 1.467. São credores pignoratícios, independentemente de convenção: I - os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis,jóiasou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito; II - o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas Direitosdo credor pignoratício ( 1.433) I - à posse da coisa empenhada; Exceções CC Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação.Parágrafo único. No penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas empenhadas continuam em poder do devedor, que as deve guardar e conservar. Penhorrural, industrial, mercantil e de veículos Posse direta(credor) – indireta (devedor) II - à retenção dela, até que o indenizem das despesas devidamente justificadas, que tiver feito, não sendo ocasionadas por culpa sua; Justificadas: guarda – conservação –defesa Salvo disposição em contrário não esta autorizado ao uso da coisa III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido por vício da coisa empenhada; IV - a promover a execução judicial, ou a venda amigável, se lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe autorizar o devedor mediante procuração; Execução: contrato título extrajudicial Não pode se apropriar da coisa ( cláusulacompromissória) Venda amigável não pode o credor se apropriarda coisa – no processo de execução pode adjudicar V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder; Art. 1.435. O credor pignoratício é obrigado: III - a imputar o valor dos frutos, de que se apropriar (art. 1.433, inciso V)nas despesas de guarda e conservação,nos jurose nocapital da obrigaçãogarantida,sucessivamente VI - a promover a venda antecipada,mediante prévia autorização judicial,sempre que hajareceio fundado de que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o preço ser depositado. O dono da coisa empenhada pode impedir a venda antecipada, substituindo-a, ou oferecendo outra garantia real idônea. Art. 1.434. O credor não pode ser constrangido a devolver a coisa empenhada, ou uma parte dela, antes de ser integralmente pago,podendo o juiz, a requerimento do proprietário, determinar que seja vendida apenas uma das coisas, ou parte da coisa empenhada, suficiente para o pagamento do credor.
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