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Capítulo 5 Derivadas 5.1 Introdução oconceitodederivadafoi introduzidoemmeadosdosséculosXVII eXVIII emestudos deproblemasdeFísicaligadosaoestudodosmovimentos.Entreoutros,destacam-seneste estudoo físicoematemáticoinglêsIsaacNewton(1642-1727),o filósofoematemáticoale- mãoGottfriedLeibniz(1646-1716)eo matemáticofrancêsJoseph-LouisLagrange(1736- 1813- nasceuemTurim,naItália,masviveupraticamentetodasuavidanaFrança). As idéiaspreliminarmenteintroduzidasnaFísicaforamaospoucossendoincorporadas a outrasáreasdoconhecimento.Em EconomiaeAdministraçãoo conceitodederivadaé utilizadoprincipalmenteno estudográficodefunções,determinaçãodemáximose míni- mose cálculodetaxasdevariaçãodefunções. Consideremosumafunçãof(x) esejamXo eXI doispontosdeseudomínio;sejamf(xo) ef(xI) ascorrespondentesimagens(Figura5.1). Figura 5.1: Variação de uma função. Chamamosdetaxamédiadevariaçãodef, paraX variandodeXo atéXI' aoquociente: f(Xt) - f(xo) XI -Xo • CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 129 Tal taxamedeo ritmodevariaçãodaimagememrelaçãoàvariaçãodex.Observemos aindaqueataxamédiadevariaçãodependedopontodepartidaXo edavariaçãodex, dada porXI - Xo· Usandoo símboloL'l paraindicarumavariação,podemosindicarataxamédiadevaria- çãodefpela relação: L'lf = f(Xl) - f(xo) L'lx Xl - Xo Exemplo5.1.Sejaa funçãof(x) =x2, opontoinicialdeabscissaXo =1eavariaçãoL'1x=2 (istoé,X variade 1a 3).A taxamédiadevariaçãodef paraessesvaloresé: L'lf = f(3) - f(1) = 32 - 12 =4. L'lx 3- 1 2 Issosignificaque,seX variar2unidades(apartirdeXo=1),avariaçãodef será4 vezes maior,poisL'lf =8,enquantoL'lx =2 (Figura5.2). Figura 5.2:Taxamédiadevariaçãoda funçãof(x) =x2• 9~------ Exemplo 5.2.Consideremosnovamentea funçãof(x) =x2 ecalculemosa taxamédiade variaçãoapartirdeumpontogenéricodeabscissaXo =X eum acréscimotambémgené- rico L'lx. Resolução Temos: L'lf = f(x +L'lx) - f(x) = (x +L'lx)2- x2 = 2x· L'lx +(L'lx)2 =2\+L'lx. L'lx L'lx L'lx L'lx Assim,porexemplo,sequisermosa taxamédiadevariaçãoa partirdo pontox =5 e comumavariaçãoL'lx =3,o resultadoserá2·5 +3= 13. 130 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • Exemplo 5.3.Suponhamosqueum objetosejaabandonadoa 2.000m de alturae quea funçãofU) =2.000- 1Ot2 indiqueaalturadoobjetoemrelaçãoaosolo,t segundosapósele serabandonado. Temos: • f(O) =2.000ef(5) = 1.750.Logo, nos5 primeirossegundos,o objetocaiu250m,pois Ófl =2.000- 1.750=-250. • Já nos 5 segundosseguintes,quandot varia de 5 a 10, o objeto caiu 750m, pois b.h =f(5) - f(10) =1.750- 1.000=-750. Issonosmostraque,paraumamesmavariaçãodet (5segundos),avariaçãodealturaé diferente.A taxamédiadevariaçãodafunçãorepresentaavelocidademédiadoobjetoem cadaintervalodetempoconsiderado.Assim: No 1º intervalo,avelocidademédiaé b.fl = -250 =-50 m/s5 5 No 2ºintervalo,avelocidademédiaé b.h = -750 =-150 m/s.5 5 ográficodaFigura5.3ilustraasvariaçõesb.fl e b.f2, Figura 5.3:Variação da função do Exemplo5.3. f(t) 2.000 1.750 1.000 _______________~~~~~~~~~l~A"]~A": 5 10 Podemosaindaquerercalcularvelocidadesmédiasemintervalosdetempodeamplitu- desdiferentes.Por exemplo,avelocidademédiaparat variandode5 a 8é: b.f3 _ f(8) - f(5) = 1.360-1.750 =-130 m/s. b.t - 8- 5 3 Muitasvezesestamosinteressadosnavelocidadedeumobjetonumdeterminadoins- tante(velocidadeinstantânea).Assim, no exemploconsiderado,calculemosa velocidade instantâneaparat =5 segundos.Paraisso,consideremosavelocidademédia(taxamédiade • CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 131 variação)paraamplitudesdevariaçãodotempocadavezmenores.Assim,parao intervalo [5;5 +LH]teremos: /),f _ f(5 +LH) - f(5) /),t - /),t /),f _ [2.000- 10(5+LH)2]- [2.000- 10. (5)2] /),t - /),t ~~ = -100/),t-lO(LH)2 =-100-1O/),t. Calculemosavelocidademédiaparavaloresde/),t cadavezmenores(Tabela5.1): Tabela 5.1: Velocidade média para o Exemplo5.3. Intervalo M óf M-[5;10] 5-150 [5;8] 3-130 [5;6] 1-110 [5;5,5] 0,5-105 [5;5,1] 0,1-101 [5;5,01] 0,01-100,1 Verificamosassimqueavelocidademédiaestáseaproximandode100m/s.A velocida- deinstantâneaé,pois,o limiteparao qualtendeavelocidademédiaquandoo intervalode tempotendeaO.Istoé,avelocidadeinstantâneanopontot =5 édadapor: lim /),f = lim (-100- lO/),t)=-100. b.f~O /),t b.f~O Esselimitedataxamédiadevariaçãoquando/),t tendeazeroéchamadodederivadada funçãof(t) nopontot =5. 5.2 O Conceito de Derivada 5.2. 1 Derivada de uma Função num Ponto Sejaf(x) umafunçãoe Xo um pontode seudomínio.Chamamosdederivadadef no pontoXo, seexistire for finito,o limitedadopor: lim /),f = lim f(xo +/),x) - f(xo) "'x~o /),x "'x~o /),x Indica-seaderivadadef(x) nopontoXo porf(xo) ou 1(Xo) ouaindapor ~v (.\'0)'x X 132 PARTE 2 - FUNÇÕES DE U!vIA VARIÁVEL • Exemplo5.4.Qualaderivadadef(x) =x2nopontoXo =3? Temos: f(3) = lim f(3 +tu) - f(3) "'x~o ~x ' f(3) = lim (3+~x)2 - 32 ."'x~o ~x = l1m"'x~o 6~x +(~x)2 = lim (6 +~x) =6.~x "'x~o Issosignificaqueumpequenoacréscimo~x dadoax, apartirdeXo =3,acarretaráum correspondenteacréscimo~f queé aproximadamente6 vezesmaiorqueo acréscimo~x. Exemplo5.5.Qualaderivadadef(x) =x2nopontoXo =-2? Temos: f(-2) = lim f(-2 +~x) - f(-2) , "'x~o ~x f(-2) = lim ~(-_2_+_~_x)_2(_-2~)_2=lim _-_4_~_x_+_(_~~x)_2= lim (-4+~x) =-4. "'x~o ~x "'x~o ~x "'x~o Issosignificaqueumpequenoacréscimo~x dadoax, apartirdeXo =-2,acarretaráum correspondentedecréscimo~f queéaproximadamente4 vezesmaiorqueo acréscimo~x, emvalorabsoluto. Exemplo5.6.Existeaderivadadafunçãof(x) =Ix I nopontoXo =O? Temos: f(O) = lim f(O +~x) - f(O) = lim f(~x) - f(O) M~O ~x "'x~O ~x ' f(O) = lim I~xl. "'x~ o ~x Se~x tendeaOpeladireita,então~x >Oe I ~x I =~x econseqüentementeo limitevale1. Se~x tendeaOpelaesquerda,então~x <Oe I ~x I =-~x econseqüentementeo limite vale-l. Como os limiteslateraissãodiferentes,concluímosquenãoexisteo limite para~x tendendoazero.Assim,nãoexisteaderivadadef(x) nopontoXo =O. 5.2.2 FunçãoDerivada Dadaumafunçãof(x), podemospensaremcalcularaderivadadef(x) numpontogené- rico x, aoinvésdecalcularnumpontoparticularXo. A essaderivada,calculadanumponto genéricox, chamamosdefunçãoderivadadef(x); o domíniodessafunçãoéo conjuntodos valoresdex paraosquaisexisteaderivadadef(x). A vantagememcalcularafunçãoderiva- daéquecomelapoderemoscalcularaderivadadef(x) emqualquerpontoXo,bastandopara issosubstituir,nafunçãoderivada,x porXo. • Exemplo5.7.Quala funçãoderivadadef(x) =x'2? Temos f'(x) = lim f(x +t.x) - f(x) t.x~o t.x CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 133 f'() r (x+t.X)2- x2 r 2xt.x+ (t.x)'2 r (2 A) 2x = 1m----- = 1m --~~- = 1m x +L.1X = X. t.x~o t.x t.x~o t.x t.x~o Assim,porexemplo,sequisermosaderivadanopontoXo =5, bastacalcularmosf'(5) queéigualaIO. É importanteaindaobservarque: f'(x) ~ t.f, parat.x pequeno. t.x Dessaforma,sex =5 e t.x =0,1teremos f(5) =10, t.f=f(5,1)-f(5)=(5,1)2-52= 1,01 t.f = 1,01 = 10,1.t.x 0,1 Portanto,f'(5) ~ t.f t.x· 1. Paracada funçãof(x), determinea derivadaf(xo) no pontoXo indicado: a) f(x) =x2 Xo=4 e) f(x) =x2 - 4 Xo=O 1 b) f(x) =2x +3 Xo=3 f) f(x) = - Xo=2x c) f(x) =-3x d) f(x) =x2 - 3x Xo =1 xo= 2 1 g) f(x) =-x h) f(x) =x2 - 3x +4 xo=5 Xo =6 2. Determinea funçãoderivadaparacada funçãodo exercícioanterior. 3. Dada a função: f(x) ={x, sex ~ 12, sex >1. Mostreque não existef'(1). 4. Considerea funçãof(x) =21x I. Mostreque não existef'(0). 134 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • 5.3 Derivada das Principais Funções Elementares Vimosnoitemanteriorqueafunçãoderivadadef(x) =x2eraf(x) =2\:".Seconseguirmos achara funçãoderivadadasprincipaisfunçõeselementaresesealémdissosoubermosachar asfunçõesderivadasdesomas,diferenças,produtosequocientesdessasfunçõeselementares. poderemosacharasderivadasdemuitasfunçõessemtermosquerecorrerà definição(que muitasvezespodedarmuitotrabalho).Vejamosentãocomoqueissopodeserrealizado. 5.3. 1 Derivada da Função Constante Sef(x) =c (funçãoconstante),entãof(x)=O,paratodox. Demonstração f(x +/).x)- f(x) c- c f(x) = lim ------ = lim -- =Oparatodox. L'.x ~ o /).x L'.x ~ o /).x Exemplo5.8 f(x) =5 =>1'(x) =O, f(x) =e2=>l'(x) =O. 5.3.2 Derivada da Função Potência Sef(x) =x", então1'(x) =n . X"-I Demonstração Provemosessarelaçãono casoden serinteiroe positivo,emboraa propriedadeseja válidaparatodonreal(desdequex> O). Temos: /).f =(x+/).X)" - x", eusandoa fórmuladoBinômiodeNewton, /).f= x" +(~)xlI-I . (/).x)l +(;)x"-2. (/).x)2+ ... +(n: l)xl .(/).X)"-I + (/).X)"-X", ~~ =(~)xlI-I +(~)xll-2. (/).X)I+... +C:1)x1 • (/).x)"-2 + (/).X),I-I. Para/).x tendendoa zero,todosos termosdo 2º membrotendema zero,excetoo 1º. Portanto: f(x) = lim /).f =(n)xlI-I= n! x"-I=n.x"-I.L'.x~o /).x 1 l!(n-l)! • Exemplo5.9 CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 135 5.3.3 Derivada da Função Logarítmica Sef(x) =lnx, entãof' (x) = 1.- (parax> O).x Demonstração I1f =In(x +I1x) - In x, =In x +I1x =ln(I + ~x), logo I1f = _I_In( I + I1x)I1x I1x x 1 =ln( I + I1XX tx. Fazendom = I1x , entãoquandoI1x tendeaO,m tambémtendeaO.x Portanto, I lim I1f = lim ln(l +m)/nr "'x~O I1x m~O [ I ...L] = lim -ln(l +m)lIl m~O X I ...L =- lim ln(l +m)lIlx m~O I ...L =-lnlim(l+m)lIl. x m~O Mas ...L lim (l +m)11l=e, 111-0 136 então ouseja, PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL 1· I:1f 1 1 11m - =- n e = -, ~x~ o I:1x x x f(x) =~x • 5.3.4 Função Seno e Função Cosseno (a)Sef(x) =senx, entãof(x) =cosx paratodox real; (b)Sef(x) =cosx, entãof'(x)=senx paratodox. Demonstração Provemoso item(a). Temos,usandoasfórmulasdetransformaçãoemproduto,que I:1f =sen(x +I:1x)- senx 1:1x (2X +1:1x)=2 sen2cos 2 Segue-seentãoque f(x) = lim I:1f ~x~o I:1x 2 I:1x (2x +I:1x) sen- cos --- = lim 2 2 ~x~ o 1:1x = lim ~x~o 1:1xsen- 2 1:1x 2 . cos(2x; I:1x). QuandoI:1xtendeaO, logo 1:1xsen- 2-- tendea 1 ~x 2 (2x+1:1x)ecos 2 tendeacosx, f(x) = 1. cosx =cosx. O item(b) temdemonstraçãoanáloga. • 5.4 Propriedades Operatórias CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 137 As propriedadesoperatóriaspermitemacharasderivadasdesomas,diferenças,produ- tosequocientesdefunçõeselementares.Sãoasseguintes: (PI) Sef(x) =k· g(x) entãof(x) =k· g(x). (P2)Sef(x) =u(x) +v(x) entãof(x) =u'(x) +v(x). (P3)Sef(x) =u(x) - v(x) entãof(x) =u'(x) - v'(x). (P4)Sef(x) =u(x) . v(x) entãof(x) =u(x) . v'(x) +u'(x) . v(x). (P5)S f( ) = u(x) C f'( ) = v(x)· u'(x) - v'(x) . u(x) e x ( ) enao x [ ( ) 2vx vx] Demonstração Provemosa (PI). l'(x) = lim I1f L'1x~o I1x = lim f(x +I1x) - f(x) L'1x~o I1x = lim k· g(x +I1x) - k . g(x) L'1x~ o I1x =k lim g(x +I1x) - g(x) L'1x~ o I1x =k. lim I1g L'1x~o I1x' ou seja, 1'(x) =k· g'(x). Provemosa (P2).Temosque: I1f =f(x +I1x) - f(x) =[u(x +I1x) +v(x +I1x)] - [u(x) +v(x)] = [u(x +I1x) - u(x)] + [v(x +I1x) - v(x)], doquesegue I1f l1u 11V---+- I1x - I1x I1x . PassandoaolimiteparaI1x tendendoaO, 1· I1f r l1u r I1v1m- = 1m - + 1m -, L'1x~ o I1x L'1x~ o I1x L'1x~ o I1x istoé, 1'(x) =u'(x) +v(x). 138 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • A propriedade(P2)podeserestendidaaumasomade11funções,istoé: Se então f'(x) =fí(x) +f2(x) +f2(x) + ... +J:,(x). A demonstraçãoda(P3)é totalmenteanálogaàda(P2). Provemosa (P4).Temos: I1f =f(x +lu)- f(x) = [u(x +I1x) . v(x +I1x)] - [u(x) . v(x)]. Como l1u =u(x +I1x) - u(x), 11v =v(x +I1x) - v(x) vemque I1f = [u(x) +l1u] [v(x) +11v] - u(x)v(x) = u(x) . v(x) + u(x) . 11v +v(x) . l1u + l1u . 11v - u(x)v(x) = u(x) ·l1v +v(x) ·l1u +l1u ·l1v. Portanto, f'(x) = lim ~f =u(x)· lim ~v +v(x). lim ~u + lim l1u. ~v.tu-O ilX ,',x-O ilX ,',x-O ilX ,',x-O ilX Mas l1u =I1x· ~~ equandoI1x tendeaO,l1u tambémtendeaO. Logo f'(x) =u(x) . v'(x) +v(x) . u'(x). A (P5) temdemonstraçãoanálogaà (P4). Exemplo5.10 1 f(x) =5 ln x ~ f'(x) =5 . -;x f(x) =x2 +senx ~ f'(x) =2x +cosx; f(x) =x3 - cosX ~ f'(x) =3x2 +senx; f(x) =x2 . senx ~ f'(x) =x2 . cosx +2x . senx; (lnx)· cosx-(~). senxsenx I x f(x) = lnx ~ f (x) = (lnx? • CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 139 =+.(~ií••~r. 5. Obtenhaa derivadade cada funçãoa seguir: a) f(x) = 10 m)f(x) =x . senx b) f(x) =..\.5 n) f(x) = x2 . ln x c) f(x) =10.,.5 o) f(x) =(2x2- 3x +5)(2x - 1) d) f(x) = ~x2 p) f(x) = se~x2 x- e) f(x) =x2 +x3 g) f(x) =2x + 1 h) f(t) =3t2 - 6t-1O i) f(u) =5u3 - 2u2 +6u +7· j) f(x) =3 ln x +5 k) f(x) =10ln x - 3x +6 I) f(x) =5 senx +2 cosx - 4 ) senxq f(x) =tgx=--cosx x-I r) f(x) =--x-2 2 5 s) f(x) = .~ + .,.2 2 t) f(x) =x3I I u) f(x) =x3 +x4 v) f(x) =3-G+5V;;+ 10 w) f(x)=-G· senx lnx x) f(x) = -G 5.5 Função Composta - Regra da Cadeia Consideremosa funçãof(x) =(x2 - 1)3.Poderíamosacharaderivadadef(x), desenvol- vendoa expressãocubodeumadiferença.Todaviapoderíamosfazeru =x2 - 1e nossa funçãoficariasobaformau3•Assim,paracalcularmosumaimagemdessafunção,procede- mosemduasetapas: • Paraumdadovalordex, uma1ªfunçãocalculaaimagemu=x2 - 1. • Parao valordeu assimencontrado,uma2ªfunçãocalculaaimagemv =u3. Dizemosquea funçãof(x) éumacomposiçãodessasduasfunções. Paraocálculodaderivadadef(x), podemosusaroseguinteraciocíniointuitivo(ademons- traçãoformalencontra-senoapêndice): /1f = /1v . /1u /1x /1u /1x . Sobcondiçõesbastantegerais(emencionadasnoapêndice),quando/1x tendeazero,o mesmoocorrecom/1u,deformaque: f'(x) =v'(u) . u'(x), istoé, f'(x) =(derivadadev emrelaçãoa u).(derivadadeu emrelaçãoax). 140 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • A fórmulaacimaéconhecidacomoregradacadeia Assim,no exemplodado,teremos: f(x) =3u2 . U' =3(x2 - 1)2. (2x) = 6x(x2 - 1)2. Exemplo5.11.Qualaderivadadef(x) =ln(3x+6)? Fazendo-seu =3x+6, teremosv =ln u.Assim: 1 1 __ 1.3= _3_. f(x) =- . u - 6 3x +6u 3x + 5.6 Derivada da Função Exponencial Sef(x) =a'X,entãof(x) =aX ·ln a, paratodox real(coma> Oe a#- 1). Demonstração Consideremosafunção: [(x) =lnf(x) =ln aX =x ln a. Aplicando-searegradacadeia,teremos: ['(x) =_1_ -f'(x). f(x) Mas,poroutrolado: ['(x)=lna. Conseqüentemente: f' (x) =ln a ~ f' (x) =f(x) . ln a =aX • ln a. f(x) Exemplo5.12 f(x) =3x ~ f'(x) =]X. ln 3; f(x) =eX ~ f' (x) =eX • ln e =eX, poisln e =1. Exemplo 5.13.Se quisermoscalculara derivadadef(x) = e,2+ 3x - 5, poderemosfazer u =x2 +3x - 5 eaplicararegradacadeia,istoé, f' (x) =eU . ln e . u', f'(x) =ex2+3x-5 . (2x +3). • CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 141 Exemplo 5.14.Vimos anteriormentequesef(x) =xn entãol'(x) =11 • xn - 1 e fizemosa demonstraçãopara11inteiroepositivo.Mostremosquetalrelaçãoéválidaparaqualquer11 real(desdequex> O). De fato,tomando-seo logaritmonaturaldeambososmembrosdef(x) =xn, teremos: lnf(x) =ln xn =11 • ln x. Derivandoambososmembrosemrelaçãoax, obteremos: 1 f(x) -f'(x) =11 •.1x' eportanto ,1111 1f (;r)=- .f(x) =- .xn =11 • xn- . X X q) f(x) =-V 2x+ 1 r) f(x) =~2x + 1 3 s) f(x) =(6x2+2t+ 1)2 t) f(x) =-G+l+~~_r~~--3x-+-1 u) f(x) =--G +-G+l v) f(x) = J 1nxeX w) f(x) = J x + 13x-2 I) f(x) =ex2- 2<+I x) f(x) =1n-v3x2 +1 Função exponencialgeral - Quando temosumafunçãodo tipof(x) =u(xY(x), podemos calculara derivadatomandoo Iogaritmode ambosos membrose aplicandoa regrada cadeia. Por exemplo,sef(x) =x' teremos: 6. Obtenhaa derivadadasseguintesfunções: a) f(x) =(2x - 1)3 b) f(x) =(2x- 1)4 c) f(x) =(5x2- 3x+5)6 ( 1 1 Yd) f(x) = x2 +~ + 1 1 e) f(x) = (x2_ . f) f(x) =1n(3x2- 2x) g) f(x) =1n(x2- 3x+6) h) f(x) =sen(x2- 3x) i) f(x) =2x j) f(x) =SX k) f(x) =eX +}' m) f(x) =}'2_4 n) f(x)=e~~l o) f(x) =e' +e-x p) f(x) = e'+e-x 1nf(x)=1nx' Inf(x) =x . In x; derivandoambosos membros, 1 1 -. f'(x) = l·lnx+x·-, f(x) x f'(x) =f(x) . [lnx + I], f'(x) =xx. [lnx + 1]. 142 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL • 7. Calcule a derivadadas seguintesfunções: a) f(x) =(xy2 b)f(x) =(x2+ 1)-' c) f(x) =(x)lnx 5.7 Função Inversa SeR for umarelaçãodeA emB, então R-I = {(b,a) E B x AI(a, b) E A x B} échamadarelaçãoinversadeR. Segue-sequeR-I C B x A, enquantoR C A x B. SeR for dadopelodiagramadaFigura5.4,a relaçãoinversaserá R-I ={(2,1),(3,1),(4,1),(3,2),(4,2),(4,3)}. Figura 5.4: Relaçãode A em B. I A/',~"B VemosquenemR nemR-I sãofunções. ConsideremosagoraosdiagramasdaFigura5.5. Figura 5.5: Relaçõesde A em B. 9 j eg agorasãofunções.Considerej-I eg-I, istoé,asrelaçõesinversas.Vemosquej-I nãoé função,poisaoelementoYl correspondemdoiselementosXI eX2' Mas g-I é função. Então,sej éumafunçãodeA emB, considerearelaçãoinversaj-I . Sej-I for também umafunção,elaédita funçãoinversadef Pelovisto,acima,afunçãojadmitiráinversaj-I se,esomentese,j forbijetoradeA emB. Observemosque,sej for umafunçãoemqueY =j(x) ej-I for a inversadef, então X =j-I(y) se,e somentese,y = j(x). Além disso: j-l(f(x)) =x paratodox E A, ej(f-l(y)) =y paratodoy E B. • CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 143 Graficamente,se(x,y) éumpontodográficodef, então(y, x) éumpontodográficode f-I; logo,osgráficosde f e f-I sãosimétricosemrelaçãoàretay =x (Figura5.6). Figura 5.6: Gráficos de uma função e sua inversa. Exemplo5.15.Sejay =f(x) =3x+5.Entãocomoa funçãoébijetoradeR emR, existea funçãoinversaf-I, eelaéobtidaisolando-sex narelaçãodada,istoé: y =3x +5 =?X = Y - 53 Portanto,j-I(y) =x = y - 53 . Sef(x) éumafunçãorealdefinidano intervalo[a, b] ecrescente(oudecrescente)nesse intervalo,entãoexistiráainversaf-I, poisfé bijetora(Figura5.7). Figura 5.7: Função crescenteem [a, b]. y x Além disso,sef(a) =c e f(b) =d, entãof-I serádefinidano intervalo[c, d]. Consideremos,agora,oproblemadaderivaçãodafunçãoinversa.O seguinteresultado, cujademonstraçãoseencontranoApêndice,nosdáumamaneiradedeterminaraderivada def-I, conhecendo-seaderivadadef 144 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL • Sejaf umafunçãodefinidano intervalo[a, b], derivávelecrescente(oudecres- cente)nesseintervalo.Então,sef(x) >O(ouf(x) <O)paratodox E ]a, b [,temos: Df-l(y) =f(~) , emqueporDf-l(y) indicamosaderivadadef-l(y). 'T' b' dx 1 .iam emescrevemos:dy = (~y Exemplo5.16.Sejay =f(x) =x2, paratodox E [0,00[.Assim: • x ={y,poisx ~ O; • f(x) =2x; • Df-l(y) = _1 = _1_. 2x 2{y Exemplo5.17.Sey =f(x) =senx, nãoexisteainversadeI, poisexisteminfinitosvaloresde x quecorrespondemaummesmoy. Mas senosrestringirmosaointervalo-~ :;;;;x:;;;; ~,2 2 a funçãoserácrescentenesseintervaloe conseqüentementeexistiráa funçãoinversa (Figura5.8). Figura 5.8: Função seno no intervalo[- ~; %J y 1t,-2: , : ~---------J-l 1t X2 Comosen~ =1esen(- ;) =-1, afunçãoinversaserádefinidanointervalo[-1,1]e recebeonomedefunçãoarcoseno;istoé,sey =f(x) =senx, entãox =f-l(y) =arcseny, em que-1:;;;;y :;;;;1(Figura5.9). • Figura 5.9: Função arco seno. f-l(y) ..1L~------ 2 CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 145 y A derivadadef-1 édadapor: 'Df-1( )=_1_ = _1 Y f'(x) cosx Comocosx =,j I - sen2x (raizquadradapositivapoiscosx >Opara- ~ :::;x:::; ; ), teremos: I __ 1 Df-1(y) =D arcseny = ,j I _ sen2x - ,j I _ y2 . Exemplo5.18.Paraacharmosaderivadadafunçãoy =arcsen(3x2),podemosfazeru=3x2. Assim,temosquederivary =arcsen(u).Tendoemcontao resultadodoexemploanteriore a regradacadeia,teremos: I .u' = Y'=~ 6x ,j I-9x4 8. Sey =f(x) =cosx, achea derivadadex =f-l(y) =arccosy, paraO :;;;:x :;;;:n. 9. Sey =f(x) =tgx, achea derivadadex =f-l(y) =arctgy, para- ~ <x <~. 2 2 10. Obtenha a derivadodas funções: o) f(x) =arcsen(3x- 5) b) f(x) =arccos(~) c) f(x) =arctg(.2 - 5 11. Considerea funçãoexponencialy =f(x) =eT comoinversadafunçãologc..:'"~-:::.r=.:;._ Obtenho o derivadadef(x) usandoa derivadada funçãoinverso. 146 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • 5.8 Interpretação Geométrica da Derivada ConsideremosafunçãofeospontosP(xo,f(xo)) e Q(xo+&,f(xo +&))daFigura5.10. A retaquepassaporPQ ésecanteaográficoeseucoeficienteangularé ~~. Figura 5.10: Reta secante. À medidaque~x se aproximade zero,a retasecantevai mudandoseucoeficiente angular. Consideremosa retaquepassaporP ecujocoeficienteangularédadopor: Essareta(Figura5.11)échamadaderetatangenteaográficodefnopontoP (desdeque f sejaderivávelemxo). Figura 5.11: Retatangenteao gráfico de uma função. Xo Exemplo 5.19.,Obtenhaa retatangenteao gráficoda funçãof(x) =x2 no pontoP de abscissa2. Temosque,parax =2,f(2) =4.Logo, o pontoP temcoordenadasP (2,4). Também!(x) =2x eportantol'(2)=4.Assim,aretatangentet temcoeficienteangular iguala4.Logo suaequaçãoé y - 4 =4(x - 2),ouseja,y =4x- 4. (Figura5.12) • CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 147 Figura 5.12:Reta tangente ao gráfico da funçãof(x) =x2 no ponto(2,4). 2 5.9 Diferencial de uma Função ConsideremosumafunçãofderivávelemXo. A variaçãosofridaporf, quandosepassa dopontoXoaopontoXo+Llx, é: Llf =f(xo +Llx) - f(xo)· Consideremosaindaa retaPR, tangenteao gráficodef no pontoP(xo, f(xo)) e cujo coeficienteangularém=f(xo). No triânguloPRS daFigura5.13,temos m =tga= RS _ RS PS - Llx ecomom =f (xo) f (xo) = RS ou RS =f (xo) . Llx. Llx Figura 5.13:Definição de diferencial. m ,d Idf __________________ uu_ V\ a ~ u~_ I~'S : L\x : , , I , I I 148 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL • Ao valorRS (quedependede~x) denominamosdiferencialdefno pontodeabscissaxo eo indicamospordf Assim, df =l'(xo) . ~x. Observemosquedf dependede~xe éfácil perceberquequantomenorfor ~x,mais próximodf estaráde~f Assim,podemosdizerque df == ~f parapequenosvaloresde~x. Dessaforma,a diferencialde umafunçãopodeserusadaparacalcularaproximada- mentevariaçõesdef, parapequenosvaloresde~x. Exemplo5.20.Consideremosa funçãof(x) =3x2 eospontosdeabscissa1e 1,01.A varia- çãodef entreospontosdadosé ~f =f(1, 01)- f(1) =3 . (1,01)2- 3 . 12=0,0603. A diferencialdefno pontodeabscissa1,para~x =0,01é df =f'(1) . 0,01. Como1'(x) =6x,f'(1) =6 e temosdf =6· (0,01)=0,06.Assim,df ==~f 12. Obtenhaa equaçãoda retatangenteao gráficodefnos pontosdeabscissasindicados: a) f(x) =x2, xo=5 b) f(x) =x2 - 5x, Xo = 1 c) f(x) =2x +3, Xo =3 d) f(x) =x2 - 5x +6, Xo =2 e) f(x) =inx, Xo =e x-i f) f(x) =--3' Xo =3x+ 13. Calcule a diferencialdas funçõesdadas nasseguintessituações: a) f(x) =x2 Xo =2 e~x =O,i b) f(x) =E Xo = 1e~x =0,02 x c) f(x) =--l-x d) f(x) =x in x - x e) f(x) =e _x2 g) f(x) =senx, h) f(x) =e-x2, f) f(x) =cosx 11: Xo= 4 Xo =1 Xo =2 e~x =0,1 Xo =a e~x =d Xo =°e~x =0,01 11: 1 Xo =:3e~x ="2 • CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 149 14. Dada a funçãof(x) =ax +b, mostrequedf =!J.fqualquerquesejax e qualquerque seja !J.x. 15. Usandoo fato de que !J.f ==dI, calcule,aproximadamente: a) eU. b) O acréscimosofridopela área de um quadrado de lado x, quandox varia de 3 para 3,0l. 16. O custode fabricaçãodex unidadesde umprodutoé C(x)=2x2+5x+8.Atualmente o nívelde produçãoé de 25 unidades.Calcule, aproximadamente,usandodiferencial de função,quantovariao custose foremproduzidas25,5unidades. 17. O custodefabricaçãodex unidadesde umprodutoé C(x)=0,10 - 0,5x2+300x+100. Atualmenteo nívelde produçãoé de 10unidadese o produtordesejaaumentá-Iapara 10,2unidades.Calcule, aproximadamente,usandodiferencialde função, de quanto variao custo. 18. A função receitade umaempresaé R(x) =200x- 2x2,emquex é o númerode unida- desproduzidas.Atualmenteo nívelde produçãoé de40 unidades,e a empresapreten- de reduzira produçãoem0,6unidade.Usandodiferencialdefunção,dêaproximada- mentea variaçãocorrespondenteda receita. 19. Uma empresaproduzmensalmenteumaquantidadede umprodutodada pelafunçãoI de produçãoP(x) =2.000x2,em quex é a quantidadede trabalhoenvolvida(medida emhomens-hora).Atualmentesão utilizados900homens-horapormês.Calcule,apro- ximadamente,usandodiferencialdefunção,qualo acréscimonaquantidadeproduzi- da quandose passaa utilizar950homens-hora.20. O custodefabricaçãodex unidadesde umprodutoé C(x)=O,lx3 - 0,5x2+300x+100. Calcule, usandodiferencialde função,qualo custoaproximadode fabricaçãoda 21ª unidade. 5.10 Funções Marginais Em Economia eAdministração, dadaumafunçãof(x), costuma-seutilizar o conceitode função marginalparaavaliaro efeito causadoemf(x) por umapequenavariaçãodex. Cha- ma-se função marginal def(x) à função derivadadef(x). Assim, a função custo marginal é a derivadadafunção custo,a função receitamarginaléa derivadadafunção receita,e assim por diante.Veremosa seguir algumasfunções marginais e a sua interpretação. Custo Marginal Seja C(x) afunção custodeproduçãodex unidadesdeum produto.Chamamosdecusto marginal à derivadade C(x). Indicamos o custo marginal por CmgCx). Exemplo5.21.Consideremos a função custo C(x) =0,01x3 - 0,5x2 +300x+ 100. O customarginal é dado por CmgCx)=C(x) =0,03x2- x +300. Se quisermoso custo marginal parax =10,teremos CmgClO) =0,03 . (10)2- 10+300 =293. 150 PARTE:! - FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL • Esseresultadopodeserinterpretadodaseguinteforma:sendo Cm/x) = lim ~C,~x-o LlX tem-seque Cm/X) == ~: (para~X pequeno). Freqüentementeesse~X pequenoésupostocomoiguala 1.Assim, ClI1g(X)== ~C =C(x + 1)- C(x). Portanto,o customarginaléaproximadamenteigualàvariaçãodocusto,decorrenteda produçãodeumaunidadeadicionalapartirdex unidades. No exemplodado,ClI1g(lO)=293representa,aproximadamente,C(lI) - C(lO), ouseja, o custodeproduçãoda 11ªunidade. Receita Marginal SejaR(x) a funçãoreceitade vendasdex unidadesde um produto.Chamamosde receitamarginala derivadade R(x) em relaçãoa x. Indicamosa receitamarginalpor RII1/x). Assim, Exemplo5.22.DadaafunçãoreceitaR(x) =_2x2 + 1.000x, areceitamarginalé RII1/x) =-4x + 1.000. Sequisermosareceitamarginalnopontox =50,teremos RlI1g(50)=-4 .(50)+ 1.000=800. Esseresultadopodeserinterpretadodaseguinteforma:sendo Rmg(x) = lim ~R,~x-o ~x tem-seque ~R Rmg(x) == - (para~x pequeno).~x Supondo~x =1,vem: Rm/x) ==~R =R(x + 1) - R(x). Portanto,areceitamarginaléaproximadamenteigualàvariaçãodareceitadecorrente davendadeumaunidadeadicional,apartirdex unidades. No exemplodado,RII1/50) =800representaaproximadamenteR(51) - R(50), ouseja,o aumentodareceitadecorrentedavendada51ªunidade. • CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 151 21. DadaafunçãocustoC(x) =50x+ 10.000,obtenhao customarginale interpreteo resultado. 22. Dada a funçãocustoC(x) =0,3x3 - 2,5x2+20x +200,obtenha: o) o customarginalClIlg; b) ClIli5) e a interpretaçãodo resultado; c) ClIlg(lO) e a interpretaçãodo resultado. 23. Repitao exercícioanteriorpara a seguintefunçãocusto:cex) =O, lx2 +5x +200. 24. Dadaa funçãoreceitaR(x) =100x, obtenhaa receitamarginale interpreteo resultado. 25. Dada a função receitaR(x) =-4X2 +500x, obtenha: o) a receitamarginalRlIlg; b) RlIlg(lO) e a interpretaçãodo resultado; c) RlIli20) e a interpretaçãodo resultado. 26. Sea função de demandafor p =20- 2x,obtenhaa receitamarginal. 27. Repitao exercícioanteriorcoma seguintefunçãode demanda:p =~ - 10. x+ 30 28. Sep =a - bx for a funçãode demanda,obtenhaa receitae a receitamarginal. 29. Emcada caso, obtenhao customarginale esboceos respectivosgráficos: o) cex) =2x + 100 c) cex) =2x3 - lOx2+30x + 100 b) cex) =x +200 d) cex) =3x3 - 5x2+20x + 100 30. Emcada caso, obtenhaa receitamarginale a receitamédiae esboceos respectivos gráficos: o) R(x) =lOx c) R(x) =_2x2 +600x b) R(x) =6x d) R(x) =-10x2 + 1.000x Observação:a receitamédiaRlIleé dada por RlIleCx)= R(x) . x Propensão Marginal a Consumir e a Poupar Chamandodey a rendadisponívele, C o consumo,vimosqueC é funçãodey, e a funçãoC(y) échamadadefunçãoconsumo.Denomina-sepropensãomarginalaconsumir (eindica-seporP~g) aderivadadeC emrelaçãoay. Istoé: P~g =C' (y). Analogamente,vimosqueapoupançaS é tambémfunçãodey, e quea funçãoS(y) é chamadadefunçãopoupança.Denomina-sepropensãomarginalapoupar(e indica-sepor pf,zg) aderivadadeS emrelaçãoay,ou seja: pf,Zg (y) =S'(y). 152 PARTE :2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • Exemplo5.23.Supondoquea funçãoconsumodeumafaI1l11iasejaC(y) =20 +0,4yO,75, teremos pfng (y) =0,3y-O,25. Sequisermoso valordessapropensãoparay = 16,teremos pfngC16) =0,3· (16tO,25 =0,3· (24tO,25 =0,15. A interpretaçãoéanálogaàfeitaparaocustoeareceitamarginal,ouseja,aumentando- seemumaunidadearendadisponível(de16para17),o aumentodoconsumoseráaproxi- madamenteiguala0,15. Comovimos,afunçãopoupançaédadaporS =y - C, ouseja, S(y) =y - 20 - 0,4yO,75. Assim,apropensãomarginalapouparé: Sequisermoso valordessapropensãoparay =16,teremos: p~gC16) = 1- 0,3· (16tO,25 = 1- 0,15=0,85. Portanto,sea rendapassarde 16 para17,o aumentodapoupançaseráaproximada- mente0,85. Produtividade Marginal ConsideremosumafunçãodeproduçãoP quedependadaquantidadex deum fator variável.Chama-seprodutividademarginaldo fatoràderivadadeP emrelaçãoax. Exemplo5.24.Consideremosafunç~odeproduçãoP(x) =50xO,5,emqueP éaquantidade (emtoneladas)produzidapormêsdeumproduto,ex,o trabalhomensalenvolvido(medido emhomens-hora). A produtividademarginaldo trabalhoé P'(x) =25·x-O,5. Sex = 10.000,então P'(10.000) =25· (10.000tO,5 =25· (104tO,5 =25· (10-2) =0,25. Assim,seonúmerodehomens-horapassarde10.000para10.001,oaumentonaprodu- çãomensalserá,aproximadamente,0,25tonelada. • CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 153 _~~.!r:<~!!':tl.~tI'r.~fr['~J..•• L ----------------- 31. Dada a funçãoconsumoC =500+0,7y,obtenha: a) a propensãomarginala consumire interpreteo resultado; b) a propensãomarginala poupare interpreteo resultado. 32. Dada a função consumoC =30+0,4yO.5, obtenha: a) a propensãomarginala consumirP;'g; b) p;,gC64)e interpreteo resultado; c) p}~g(64)e interpreteo resultado. 33. Repitao exercícioanteriorcom a seguintefunçãoconsumo:C =50+0,6· yO,5. 34. Dadaa funçãode produçãoP =500xO,5}emquex é o númerode homens-horaempre- gadospormêseP, o númerode litrosproduzidosdeumprodutomensalmente,pede-se: a) a produtividademarginaldo trabalhoparax=6.400e a interpretaçãodo resultado; b) a produtividademarginaldo trabalhoparax= 8.100e a interpretaçãodo resultado. 35. A produçãoanualdealgodão (emtoneladas)de umagricultoréfunçãoda quantidade x de fertilizanteempregada(emtoneladas),segundoa relaçãoP =100+200x - x2. a) Determinea produtividademarginaldofertilizanteparax=50e interpreteo resultado. b) Determinea produtividademarginaldofertilizanteparax=75e interpreteo resultado. 36. Considerea função de produçãoP(L) =500{L - 6L, em queP éa produçãomensal (emtoneladas),e L, o númerode homens-horaempregados. a) CalculeP'(L). b) Calcule P'(l), P'(4), P'(9), P'(25) e P'(100). Elasticidades A funçãodedemandarelacionaopreçounitáriop comaquantidadedemandadax.Um indicadordasensibilidadedevariaçãodademandaemrelaçãoaopreçopoderiaseraderi- vadadex emrelaçãoap.Todavia,essaderivadadependedasunidadesdemedidautilizadas. Assim,seaquedade$ 1,00porkg deabóborafizesseo consumidoraumentarem1kg por mêsoconsumodesseproduto,arelaçãoconsumo/preçoseria1seoconsumofossemedido emquilogramas,masseria1.000seo consumofossemedidoemgramas.Em razãodisso, costuma-sedefinirum indicadordesensibilidadequeindependadasunidadesdemedida utilizadas.Tal indicadoréchamadoelasticidade,epassaremosadefini-lo. SuponhamosqueaumpreçoPo a quantidadedemandadasejaXo. Suponhamos,ainda, queo preçosofraumavariação/)"p a partirdePo e, comoconseqüência,a quantidade demandadasofraumavariação/)"x, apartirdeXo. Consideremos: • A variaçãoporcentualnopreço: /)"p . Po 154 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL • A . - I .d d LlX• vanaçaoporcentuanaquantla e: -. Xo Chamamosdeelasticidadedademandanoponto(xo, Po) o número: LlX e =I lim Xo =Po llim LlX I.!1p~O Llp Xo !1p~O Llp Po O limitedentrodomóduloé ~; (derivadadaquantidadeemrelaçãoaopreço).O módulo éintroduzidonadefiniçãoparaqueaelasticidaderesultenumnúmeropositivo,umavezque, emgeral,dx <O. Observemosquealgunsautorespreferemfazeradefiniçãosemousododp módulo. Assim, e=~ ·ldxl,Xo dp emqueaderivadadx écalculadanoponto(xo' po). dp É importantesalientarquea elasticidadeé umacaracterísticado pontoda curvade demandaenãodacurvaemsi. Exemplo5.25.Seaequaçãodedemandafor dadaporx =500- lOp, teremos: dx dp =-10. Portanto: Po .10.e= Xo Assim,sePo =40,entãoXo =500- 400=100e 40e= -- ·10=4. 100 Isso significaque,paraLlp pequeno,4 == LlX 100 Llp 40 Admitindo ~~ = 1% (comoéusual),teremos LlX 4fJ1 ( • A A A •• ") 100 ==- -/0 pOISL..1X e L..1p temSInaIScontranos. • CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 155 Em outraspalavras,seo preçofor 40 e sofrerumaumentoporcentualde 1%, a queda porcentualnademandaserádeaproximadamente4%. Demodoanálogo,seadmitíssemosumaumentoporcentualnopreçode2%(apartirde 40),aquedaporcentualnademandaseriadeaproximadamente8%. See >I, ademandaéditaelásticano pontoconsiderado.SeO<e <I, ademandaé dita inelástica,esee =I, ademandatemelasticidadeunitárianopontoconsiderado. Paraa funçãodeoferta,define-seelasticidadedaofertaemrelaçãoaopreçodemodo análogo: lu f= lim ~ = Po . dx, 6.1'-0 /),P Xo dp Po emque ~; écalculadanopontox =Xo ep =Po daequaçãodeoferta. Nessecaso,o módulofoi omitido,pois : >O. Exemplo5.26.Seaequaçãodeofertaforx =64+p2, então: =2p. SequisermosaelasticidadeparaPo =6,entãoXo =64+62=100e dx =12,nopontoem dp quePo =6. Assim, 6 f= 100·12 =0,72. Dessemodo,paraumacréscimoporcentualde1% nopreço(apartirde6),o acréscimo porcentualnaquantidadeofertada(apartirde 100)serádeaproximadamente0,72%. _1~~.<~~i.~"rr.~fl'[:!.J-__ L _ 37. Sea equaçãodedemandafordada porx= lOs-P, obtenhaa elasticidadeda demanda paraP =5 e interpreteo resultado. 38. Resolvao exercícioanteriorparap =3. 39. Obtenhaa elasticidadeda ofertaparap =9, sabendoquea equaçãoda ofertaédadaI porx =20- 0,05p+p2. Interpreteo resultado. 40. Resolvao exercícioanteriorparap = 16. 41. Considerea função de demandadada porp ={2õ0- x. Obtenha a elasticidadeda demandaparax = 100e interpreteo resultado. 156 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • 42. Considerea funçãode demandadada porp =,j 300- 2x.Obtenha a elasticidadeda demandaparax = 132e interpreteo resultado. 43. Considerea funçãode demandap =,j100- x (emqueO <x <100).Paraquevalores dex a demandaé: a) elástica; b) inelástica. 44. A função de demandade um produtoép =50- 0,5qem quep é o preçounitárioe q é a quantidadedemandada. a) Ache a expressãoda elasticidadeda demandaemfunçãode q. b) Ache o valorda elasticidadepara q =20,q =40, q =60, q =80 e q = 100. c) Qual o limiteda elasticidadequandoq tendea zeropela direita? 45. A equaçãode demandade um produtoép = 120- 4x. a) Obtenha a elasticidadeda demandaparap = 10. b) Qual a quedaporcentualda demandaquando o preçosobe5% (a partirde 10)? Façao cálculo por meioda elasticidadee tambémcalculediretamente. 46. A elasticidadeda demandaemrelaçãoao preçode umprodutoé 0,6.Qual a diminui- ção porcentualna quantidadedemandadaquandoo preço: a) sobe 1%; b) sobe 2%; c) sobe 5%. 47. A elasticidadeda demandaem relaçãoao preçode umbemé 2,4no pontoemquea quantidadeé igual a 2.000unidades.Qual seráumvaloraproximadoda demandase o preçosofreruma reduçãode 1%? 48. Considerea equação de demandax =4,em que k e a são constantespositivas. p Mostrequea elasticidadeda demandaemrelaçãoao preçoé constante,e dê o valor dessaconstante. 49. Mostreque,sea equaçãode ofertaé da formax=k· paI em quek e a são constantes positivas,entãoa elasticidadeda ofertaé constante. 50. Considereo gráficoabaixode umacurvadedemanda,sejata retatangenteao gráfico no ponto P(xo, Po). Mostreque a elasticidadeda demandaem relaçãoao preço no pontoP é dada por: MP e= -= PN p M x (Sugestão:usea semelhançaentreos triângulosMPS e NPR.) • 5. 11 Derivadas Sucessivas CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 157 Seja1'(x)aderivadadef(x). Secalcularmosa funçãoderivadade1'(x), nospontosem queelaexiste,chamaremosdederivadasegundadef(x) a essafunçãoe a indicamospor 1" (x). Demodoanálogo,podemosdefinirderivadaterceira,quartaetc.A derivadadeordemn def(x) serárepresentadaporf(Il)(x),sen for grande,evitandoo usodemuitas"linhas". Exemplo5.27.Sef(x) =4x3- 2x2+6x - 4, teremos: f'(x) = 12x2- 4x +6, 1"(x) =24x - 4, 1'''(x)=24, f(4)(x) =Oetc. 51. Obtenha a derivadaterceiradas funções: o) f(x) =6x3- 4x2- 10 b) f(x) =e-' c) f(x) =e-X d) f(x) =seux e) f(x) =lux f) f(x) =seux +cosx g) f(x) =eX +e-x 5. 12 Fórmulas de Taylor e Maclaurin Veremos,nesteitem,comoencontrarumasérieinfinitaqueconvergeparaumadada função,ecomoutilizaressainformaçãoparacalcularumvaloraproximadodafunçãopor meiode somasparciaisdestasérie.Assim, essemétodopodeserutilizadoparacalcular valoresaproximados,por exemplo,de: log 35, ln 42,sen17°,e2o?1 etc.Esseé o método geralmenteutilizadonosprogramasde computadore de calculadorasparao cálculode determinadasfunções. Chamamosdesériesdepotênciaassériesdotipo: ao+ai .x +a2 . x2+a3 . x3+... = I all• xll•1l=0 As somasparciais51ldasériesãopolinômiosdadospor: Paraum dadovalordex, assomasparciais50,51,52,... formamumaseqüênciaque podeou nãoconvergirparaumnúmerodado.Verifica-seque,nassériesdepotências,as somasparciaisconvergemparavaloresdex taisque-R <x <R.O númeroR échamadode raiodeconvergênciadasérie. 158 PARTE Z - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • Consideremosumafunçãof(x) e umasériedepotênciasqueconvirjaparaf(x) num certointervalode convergência.Determinemosos coeficienteao, aj, az, ... da sériede modoque: Temos: • Parax =O::::}f(O) =ao. • Derivandomembroa membro,verifica-sequea sériederivadaconvergepara1'(x)no mesmointervalodeconvergência.Portanto: 1'(x) =ai +2azx +3a3xz+ ... Parax =O::::}1'(0)=ai. • Derivandomembroamembroa relaçãoanterior,obteremos: 1"(x) =2 . laz +3·2· 1. a3x+ ... Parax =O::::}1"(O)=2 . 1 . az ::::}=a = 1"(O) = 1"(0) z 2. 1 2!· • Derivandomembroamembroa relaçãoanterior,obteremos: f'" (x) =3 . 2 . 1 . a3+4 . 3 . 2 . a4x+ ... 1'" (O) 1'"(O) Parax =O::::}1''' (O)=3 . 2 . 1 . a3::::}a3= -3-.-2-.-1= -3-! - f(Il)(O) • Procedendodemodoanálogo,verificamosqueall=, emquef(Il)(X) é aderivada n! deordemn def(x). A sérieassimobtida, f' (O) 1" (O) 1'"(O) f(Il)(O)f(O) +--x +__ xz +-_x3 + + x" + .. 1! 21 3! ... nl . , éconhecidacomosériedeTaylor(BookTaylor,matemáticoinglês,1685-1731)emtomo dex = Oparaf(x). A fórmulaé tambémconhecidacomodesenvolvimentodeMaclaurin (Colin Maclaurin,matemáticoescocês,1698-1746)paraa funçãof(x). Quandousamosa somaparcialatéa derivadadeordemn, chamamoso resultadode aproximaçãodeTaylordeordemn (oudeMaclaurin)paraf(x). Exemplo5.28.Dadaa funçãof(x) =eX, teremos: 1'(x) =1"(x) =1'''(x) =... f(Il)(X) =eX• Portanto,asériedeTay10r(oudeMaclaurin)emtomodex =Oparaf(x) = eX é: 11 1z 13 11l + -, x + -x + -, x + ... + -, x +...1. 21 3. n. • CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 159 Umaaproximaçãodeel,usandoumaaproximaçãode4ªordemé: 1 1 1 1 1 1 65 el == 1+ 1 . (11)+_(12) +_(13) + _(14) = 1+ 1+- +- + - = - ==271. 2 6 24 2 6 24 24 ' Exemplo5.29.Consideremosa funçãof(x) =(1 +x)ll. Temos: f(x) =11(1 +x)Il-1 =>f(O) =11, f'(x) =11(11-1)(1 +x)Il-Z =>1'(0)=11(11-1), f"(x) =11(11- 1)(11- 2)(1 +x)Il-3 =>f"(O) =11(11-1)(11-2). A aproximaçãodeTaylor(oudeMaclaurin)atéa3ªordem,emtornodex =O,é: (1 +x)1l== 1+~ x + 11(11- 1) x2+ 11(11- 1)(11- 2) .31 2 6·t . Exemplo 5.30.Qual a aproximaçãoaté4ª ordemdef(x) =cosx, pela aproximaçãode Tayloremtornodex =O? Temos: f(x) =-sen x=>f(O) =O, f'(x) =-cos x =>1'(0)=-1, f"(x) = senx =>f"(O) = O, f'''(x) =cosx =>f"'(O) = 1. Portanto: -1 12 1 4 cosX - - 2"x + 24x . Algumasvezes,porquestõesdeconvergência,costuma-seutilizarumasériedepotên- ciasligeiramentediferentedaqueacabamosdeestudar.Trata-sedasérie: aO+al(x-a)l+a2(x-a?+a3(x-a)3+ ... = I all·(x-a)ll, Il=O querecebeo nomedesériedeTayloremtornodex =a, emquea éumaconstante. Comraciocínioanálogoaoanterior,dadaumafunçãof(x),emque: f(x) =ao+al(x- a)1+a2(x- a)2+a3(x- a)3+... devemoster: • ao=f(a), • a - f'(a) 1--1,-' 160 • a2 = f"(a) 2! ' PARTE:'. - FUNÇÕES DE U;vlA VARIÁ VEL • flf/(a) • a3 =~----,-",- 3! ' • e' f(II)( )genencamenteali =__ a. 11! Assim, f(x) =f(a) + fl(~) (x- a) + f'~\a)(x- a)2+ f"~~a)(x - a? + ... Setomarmosostermosatéaquelaquetenhaderivadadeordem11, chamaremosasoma parcialencontradadeaproximaçãodeTaylordeordem11, centradaema. Exemplo5.31.Consideremosa funçãof(x) =~, e obtenhamosa aproximaçãodeTaylor, de3ªordem,centradaema =4. Temos: f(x) =~ =>f(4) =2, 1 _.i 1 f(x) =2X 2 =>f(4) =4' 1 _.1 1 f'(x) = -4X 2 =>1'(4)=-32' f"(x) =--ª-x-1=>f"(4) =_3_.8- 256 Portanto: 1 -1 3- - - ~;;;;:2++(x-4)'+ 322(x-4)2+ 2~6 (x-4)3, _I =2 (x-4)' _ (x-4)2 (x-4)3 "X - + 4 64 + 512 . Assim,porexemplo,umvaloraproximadode-{5seria: 2+1- __ 1 +_1_= 1.145=224. 4 64 512 512 ' 52. Dê a fórmula de Taylor, centrada em x =O, para a função f(x) =senx. 53. Dê a fórmula de Taylor, centrodo em x =O, paro o função f(x) =In(l +x). • CAPÍTULO 5 - DERIVADAS 161 54. Usandoumaaproximaçãode 3ªordemno exercícioanterior,calculeumvaloraproxi- madode In 1,5. 55. Dê a fórmulade Taylor,centradaemx = I, da funçãof(x) =Inx. (Prova-sequeexistea convergênciapara O <x ~ 2.) 56. Dê a sériede Taylorpara a funçãof(x) =cosx, centradaemx = ~. 57. Regrasde L'Hospital(GuillaumeFrançoisAntoinede L'Hospital,1661-1704,Matemá- tico francês). Essasregraspermitemo cálculo de limitesindeterminados,habitualmenteindicados sob a forma ~ ou : (observemosque issoé apenasumanotaçãopara indicarque numeradore denominadorconvergempara O ou 00). Tal regradiz o seguinte: Sef(x) e g(x)são funçõesderiváveis,taisque lim ft~ é da forma ~ ou ..:::.,entãox-agx 00 lim f(x) =lim f;(x) , seexistiro limite lim f:t) . O mesmoresultadoé válidoparax-a g(x) x-a g (x) x-a g x) x tendendoa infinito. Outrasformasde indeterminação,comoa simbolizadaporO . 00, podemserreduzidas às duasanteriores,antesda aplicaçãoda regra. Exemplos: lim senx =O x-O 2 I b) Sequisermoscalcularo limite lim xx,observemosqueeleconduza umaindetermi- x-+oo naçãodo tipo000. Paraprocedermosao cálculodesselimite,calculemoso limitedo logaritmonaturalda função,ou seja: ) r x - senx lia 1m 1 = m x - o x- x - o I-cosx 2x I lim XX = 1. 1 I· I 1 r I I r In x r x O1m n XX = 1m- n x = 1m -- = 1m- = . X-oo .\"-00 .X x-oo X X-oo 1 Como o limitedo logaritmonaturalda função é O, concluímosque o limiteda funçãoé I, istoé: x-oo Calcule os seguinteslimitesusandoa Regrade L'Hospital: a) lim < e) lim [_1_2- - ~ ] (Useo fatode quex2 sen2x ==x4)x-= e' x-o sen x x b) r In x f) r t1m-,-o 1mx-x-oo e' x-+O c) lim (secx - tg x) r_lI . 2 d) lim ~ x-O· cotgx Capítulo 6 Aplicaçõesde Derivadas 6. 1 Crescimento e Decrescimento de Funções Vimos no Capítulo3 o conceitodefunçãocrescentee decrescente,bemcomoo de máximosemínimos.Vamos,nestecapítulo,estudardequeformaessesassuntossevinculam com o conceitodederivadas.Existemtrêsteoremasbásicossobreo assunto(o primeiro delestemsuademonstraçãofeitanoApêndiceB). Tcorcma6.1 (Teoremado valor médio)- Suponhaquef(x) sejaumafunçãocontínuano in- tervalo[a, b] e derivávelno intervalo]a, b[. Então,existeumpontoc pertencente aointervalo]a, b[ talque1'(c) = f(~) - f(a). VejaaFigura6.1.Geometricamente,o resultadoéevidente.A retaAB temcoeficiente angularf(b) - f(a) . No intervalo]a, b[ existeumpontoc, talquea retat,quetangenciaob-a gráficodef(x) nopontodeabscissac, éparalelaà retaAB. Assim,asretaste AB terãoo mesmocoeficienteangular;e comoo coeficienteangulardaretat é dadoporl'(c), segue quef'(c) = f(b)-f(a).b-a Figura6.1:Ilustraçãodo teoremado valor médio. a c x • CAPíTULO 6 - APLICAÇÕES DE DERI\ADAS ' é3 Exemplo6.1.Consideremosa funçãof(x) =x2 +5x definidano intervalo[1,3]. Determi- nemoso pontoe talque/(e) = f(3) - f(1) .3 - 1 Temos,f(1)=6,f(3) =24e/(x) =2x +5. Queremosacharo númeroe talque: /(e)=2e+5= 24-6_ . =9. Resolvendoaequaçãoacimaencontramose=2. Teorema6.2 Se,paratodox E ]a, b[ tivermos/(x) >O,entãof(x) écrescenteemtodointervalo ]a, b[. Demonstração ConsideremosdoispontosarbitráriosXl eX2 dointervalo]a, b[ e taisqueXl <X2' Como f(x) éderivávelem]a, b[, tambémo seráem]Xl> X2[' Assim,peloteoremadovalormédio, haveráumvalore E ]XI> X2[ talque Mas,porhipótese,/(e) >O.Portanto TendoemcontaqueXl <X2 (eportantoX2 - Xl >O),concluímosque Assim,f(x) serácrescenteem]a, b[ (Figura6.2). Figura 6.2: Função crescente. --------- f(X2) ~__ m_m_m 164 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • Teorema6.3 Separatodox E ]a, b[ tivermosf'(x)<O,entãof(x) serádecrescenteno intervalo ]a, b[. A demonstraçãoéanálogaàdoTeorema6.2. É fácil perceber,então,queos Teoremas6.2e 6.3nosfornecemuminstrumentopara obterosintervalosdecrescimentoedecrescimentodeumafunção,bemcomoparaencon- trarseuspontosdemáximoedemínimo,casoexistam. Exemplo6.2.Consideremosa funçãof(x) =x2- 4x. Temos f'(x) =2x - 4. • Sinaldef: • Comportamentodef: 8 2EB , • , ~i/ , Usamosa simbologia: __ Funçãocrescente --- Funçãodecrescente Assim,a funçãof(x) édecrescenteem]-00, 2[ ecrescenteem]2,00[.Comoelaé con- tínuaem2,concluímosquex =2 éumpontodemínimodef(x). 3 Exemplo6.3.Consideremosa funçãof(x) = ~ - 2x2+3x + 10.3 Temosquef(x) =x2- 4x +3. • Sinaldef : • • Comportamentodef: CAPÍTULO 6 - APLICAÇÕES DE DERIVADAS 165 e 3 I I____i----i----, , Assim,J(x) écrescenteem]-00,I[ e ]3,oo[ ef(x) édecrescenteem]1,3[. Comof(x) é contínuaemI e3, seguequeI épontodemáximo,e3 épontodemínimo. Notemosquex = I é um pontode máximorelativoe x = 3 é um pontode mínimo relativo.Alémdisso,nãohápontodemáximoabsoluto,poisafunçãoécrescentedepoisde 3, comimagensqueacabamsuperandof(I). Da mesmaforma,nãohápontodemínimo absoluto. Suponhamosaindaqueo domíniodafunçãosejarestritoaosnúmerosreaisentreOe5, istoé,D =[O,5].Nessascondições,é fácilperceberquex =Otambémépontodemínimo relativo,ex =5 tambémépontodemáximorelativo.Além disso,como 34 50 f(O) = 1O,J(l)= 3,f(3) = 10ef(5) =3' concluímosqueo gráficodef(x) temo aspectodaFigura6.3. Conseqüentemente,no intervalo[0,5],x=5 éumpontodemáximoabsolutoex=Oe x =3 sãopontosdemínimoabsolutos. Figura 6.3:Gráfico da funçãof(x) =.>2/3 - 2X2 +3x+ 10no intervalo[O,5]. 50/3 ~---------------- 34/3 10 o 5 Esseexemploserveparalembrarmosquequandoumafunçãoédefinidanumintervalo fechado[a, b], alémdospontosinterioresaodomínio,podemosterpontosdemáximoede mínimonosextremosx = a ex =b.Além disso,podemosverificarseexistempontosde máximooumínimoabsolutos. 166 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • Exemplo6.4.Consideremosa funçãof(x) =~ =x-2.x Temos f(x) =-2x-3 = -23 .x Parao estudodosinaldef(x), precisamosinicialmenteestudaro sinaldeg(x) =x3. Comoo numeradordef(x) é-2, seguequeo sinaldef(x) é: o I 8 • Assim,f(x) é crescenteem]-00, O[e decrescenteem]0, 00[.O pontox =Onãoé de máximo,poisa funçãonãoédefinidaparax =O(portanto,nãoécontínuaparax =O). Exemplo 6.5. Uma empresaproduz um produto com um custo mensal dado por C =~x3 - 2x2+lOx+20.Cadaunidadedoprodutoévendidaa$ 31,00.Qualaquantidade3 quedeveserproduzidae vendidaparadaro máximolucromensal? Resolução O lucromensalédadopor L =R - C =3lx - (~ x3- 2x2+ 10x+20). Portanto Derivandoafunçãolucro,teremos: L' =_x2 +4x+21. • SinaldeL' : • CAPÍTULO 6 - APLICAÇÕES DE DERIVADAS 167 • ComportamentodeL: -3 7 1 I Ir _____ 1 i _, , Comoxépositivo(quantidade),concluímosqueopontodemáximo(relativoeabsoluto) éx =7.Assim,paratero máximolucro,aempresadevevender7 unidadespormês. Exemplo 6.6.Um monopolista(produtorúnicodeum certobem)temum customensal dadopor C =S +2x +0,0Ix2. A funçãodedemandamensalép =-0,05x +400.Qual o preçoquedevesercobradoparamaximizaro lucro,sabendo-seque: a) acapacidademáximadeproduçãomensaléde2.000unidades?b) acapacidademáximadeproduçãomensalé de4.000unidades? Resolução O lucroédadopor: L =R - C =px - C, L =(-O,OSx+400)x- (S +2x+0,Olx2), L =-0,06x2 +398x- S. DerivandoL teremos L' =-0,12x +398. • SinaldeL' : • ComportamentodeL: 3.316,7----.-- a) Pelo comportamentodeL, concluímosqueo máximodeL ocorre,nestecaso,para x =2.000,poisO :oSx :oS 2.000. b) Pelo comportamentode L, concluímosqueo máximode L ocorre,nestecaso,para x =3.316,7,poisO :oS x:oS 4.000. 1. Obtenha os intervalos de crescimento e decrescimento das funções e determine os even- tuais pontos de máximo e de mínimo: a) f(x) =3x +4 b) f(x) =-2x +6 168 c) f(x) =x2 - 3x d) f(x) =1-x2 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL k) f(x) =-2x3 1 I) f(x) =_x44 x4 x2 m) f(x) =- - - + 104 2 1 n) f(x) =-x • e) f(x) =x2- 4x +6 x3 7 f) f(x) =3-2x2+12x +3 x3 3 g) f(x) =3-2x2+2x + 1 x3 h) f(x) =- - +4x +6 3 x3 i) f(x)=-- +4x2+10 3 j) f(x) =x3 o) f(x) = x - 1x-2 p) f(x) = _xx-3 q) f(x) =e-x2 r) f(x) =~ x2 + 1 s) f(x) =(x - l)(x - 2)(x - 3) 2. Dada a função receita R(x) =_2x2 + lOx, obtenha o valor de x que a maximiza. 3. Dada a função de demanda p =40 - 2x, obtenha o preço que deve ser cobrado para maximizar a receita. 4. Com relação ao exercício anterior, qual o preço que deve ser cobrado para maximizar o lucro, se a função custo for C =40 +2x? 5. A função custo mensal de fabricação de um produto éC = x3 - 2x2+ lOx +10, e o preço3 de venda ép =13. Qual a quantidade que deve ser produzida e vendida mensalmente para dar o máximo lucro? 6. A função custo mensal de fabricação de um produto é C =x3 - 2x2+ lOx +1 e a função3 de demanda mensal do mesmo produto ép =10-x.Qual o preço que deve ser cobrado para maximizar o lucro? 7. A função de demanda de um produto ép =100- 2x,e o único produtor tem uma função custo C =500 +3x. a) Que preço deve ser cobrado para maximizar o lucro, se o governo cobrar do produ- tor um imposto de $ 1,00 por unidade vendida? b) Se a empresa maximizar o lucro, que imposto o governo deve cobrar para maximizar a receita tributária? • CAPÍTULO 6 - APLICAÇÕES DE DERIVADAS 169 8. Dada a funçãof(x) = lOx - x2, obtenhaseuspontosde máximoe mínimorelativose absolutos,sabendo-seque o domínioé D =[O, 6]. 9. Resolvao exercícioanteriorconsiderandoa funçãof(x) = x3 - 2x2 + 12x + 5 e o3 2 domínioD =[O, 00[. 3 10. Dada a (unçãocustoC=~ - 6x2+60x+20,mostrequetorfunçãoésemprecrescente3 e temum pontode mínimoparax =O. 11. Com relaçãoao exercícioanterior,obtenhao customarginale mostreque eletemum pontode mínimoparax =6. 12. Considerea funçãocustoC =0,lx3 - 4x2+70x+50. Mostreque tal funçãoé sempre crescente. 13. A função demandamensalde umprodutoép =40- O,lx, e a função customensalé 3 C =~ - 7x2+60x+50. 3 a) Obtenhao valordex que maximizao lucro,e o correspondentepreço. b) Mostreque, para o valor de x encontradono itemanterior,a receitamarginalé igual ao customarginal. 14. Dada a função custoanual de umaempresaC(x)=40x- lOx2+x3: a) Ache o customédioCme(x) = C(x) . x b) Acheos intervalosdecrescimentoedecrescimentodo customédio,indicandoeven- tuaispontosde máximoe mínimo. 3 15. Repitao exercícioanteriorcoma funçãocustoC = x3 - 4x2+30x. 16. Dada a função custoC =20+3x,mostreque o customédioé sempredecrescente. 17. Dada a funçãocustomensalde fabricaçãode umprodutoC =40 +5x: a) Mostreque o customédioé sempredecrescente. b) Qual o customédiomínimo,sea capacidadeda empresaé produzirno máximo60 unidadespor mês? 18. O customensaldefabricaçãodex unidadesde umprodutoé C(x)=0,lx2 +3x+4.000. a) Obtenhao customédio. b) Paraquevalor dex o customédioé mínimo? c) Resolvao itemanterior,supondo que a capacidade da empresaé produzirno máximo180unidadespor mês. d) Idemao itemanterior,sea capacidadefor de 250unidadespor mês. 19. Uma empresatemumacapacidadede produçãomáximade 200unidadespor sema- na. A função de demandado produtoé p =-O,2x +900 e a função custosemanalé C =500- 8x+x2. Qual o preçoque deveser cobradopara maximizaro lucro? 170 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • 20. Uma empresaopera num mercadoem que o preço de venda é constantee igual a $ 20,00.Seucustomarginalmensalé dado por Cmg=3.\2- 6x+ 15.Qual a produção mensalque dá o máximolucro? 21. O custoanual de fabricaçãode x unidadesde um produtoé C =O,OL~+5x+200. Obtenha o valor dex que minimizao customédio. 22. Dada a funçãocustoanual C =x3 - 20x2+400x: a) Obtenha o customédioe o customarginal. b) Mostreque, no pontode mínimodo customédio,o customédioé igual ao custo marginal. 23. Um monopolistatemumcustomédiomensaldado por Cme=x2 - lOx +60, emquex é a quantidadeproduzida.A função de demandadesseprodutoé p =50- 3x. Que preçodevesercobrado para maximizaro lucromensal? 24. Um produtorobservouque, quando o preço unitáriode seu produtoera $ 5,00,a demandamensalera3.000unidadese, quandoo preçoera$6,00,a demandamensal era 2.800unidades. a) Qual a equaçãode demandaadmitindo-afunçãodo 1ºgrau? b) Qual o preçoquedevesercobrado para maximizara receitamensal? x 25. A funçãode demandamensalde umprodutoép =20e-2,emquep é o preçounitário e x a demandamensal.Qual o preçoque maximizaa receitamensal? 26. A equaçãodedemandadeumprodutoéx=200-2p. Mostrequea receitaé maximizada quando a elasticidadeda demandaé iguala 1. 27. Numa cidadeestima-seque o númerode habitantesdaquia t anosseja: N =50- _4_ milharesde pessoas t +2 a) Qual a estimativapara daquia 8 anos? b) MostrequeN cresceem relaçãoa t a taxasdecrescentes. c) Qual o númerode habitantesa longo prazo? 28. Uma empresaproduzP =50-{N toneladasmensaisde um produto,utilizandoN ho- mens-horade trabalho. Mostre que a produtividademarginaldo trabalho, dP, édN decrescentecomN. 29. Um consumidorconseguecerto nívelde satisfaçãoconsumindox unidadesde um produtoA e y de umprodutoB; os valoresdex e y se relacionampor meioda curva de indiferençay = l.§....Se cada unidadedeA custa$2,00e cada unidadede B custa x $ 1,00,qual a combinaçãoque dará ao consumidoraquele nívelde satisfaçãoa um customínimo? • CAPÍTULO 6 - APLICAÇÕES DE DERIVADAS 171 30. Um bancocaptadinheiropagandoa seusaplicadoresumataxaanualde jurosiguala i e repassaessevalor captadoà taxa de 24% ao ano. Sabendo-seque a quantia captadaC é dada por C =1.000i,obtenhao valorde ique maximizao lucroanualdo banco. 31. Um investidoraplicaseupatrimônioemduasaçõesA eB; eleaplicaumaporcentagem x na açãoA e (l-x) na ação B. A lucratividadeesperada(J.L) e o riscoda carteira(()2) são dados por: J.L =0,15- 0,07x ()2 =0,0047x2- 0,0068x+0,0025. a) Quais as porcentagensque o investidordeveaplicaremA e B para ter o menor riscopossível? b) Nas condiçõesdo itema,qual a lucratividadeesperadada carteira? 6.2 Concavidade e Ponto de Inflexão Dizemosqueo gráficode umafunçãof(x), derivável,écôncavoparacimano inter- vala] a, b[ separatodox E ]a, b[ o gráficodafunçãonesteintervalo(excetoo pontode abscissax) permaneceacimadatangenteaográficonopontodeabscissax (Figura6.4a). Dizemosqueográficodeumafunçãof(x), derivável,écôncavoparabaixonointer- vala] a, b[ separatodox E ]a, b[ o gráficodafunçãonesteintervalo(excetoo ponto de abscissax) permaneceabaixoda tangenteao gráfico no ponto de abscissax (Fi- gura6.4b). Figura 6.4: Concavidade(a)paracimae (b)parabaixo. f(x) f(x) ~I I II I a c (a) x a (b) b x Consideremosagorao gráficoda Figura 6.4a.O pontoc é um pontode mínimoe f'(c) =O, poisatangenteaográficopor c éparalelaaoeixox; parapontosàesquerdadec, atangenteaográficoterácoeficienteangularnegativo,eportantol'(x) <O paraa <x <c. Parapontosàdireitadec,atangenteaográficoterácoeficienteangularpositivo,e,portanto, 1'(x)>O parac <x <b. À medidaquenosdeslocamosdeA paraB, ocoeficienteangulardaretatangenteaumen- tará,passandodevaloresnegativos,à esquerdadec, paravalorespositivos,àdireitadec. 172 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • Da mesmamaneiraqueaprimeiraderivadamedea taxadevariaçãodafunção,asegunda derivadamedea taxadevariaçãodaprimeiraderivada.Assim,comoa primeiraderivada (geometricamente,o coeficienteangulardatangente)estácrescendo,suaderivadaserápo- sitiva,istoé,asegundaderivadaserápositiva.Portantof" (x) >O,paratodox E ]a, b[,pois nesteintervalo1'(x)estácrescendo.Em particular,f" (c)>O,istoé,nopontodemínimoa segundaderivadaépositiva. Um argumentoanálogomostraque,parao gráficodaFigura6.4b, f" (x) <Oparatodo x E ]a, b[. Resumindo: • Sef" (x) >Oparatodox E ]a, b [, o gráficodef(x) écôncavoparacimaem[a, b]. • Sef"(x) <Oparatodox E ]a, b [, ográficodef(x) écôncavoparabaixoem[a, b]. ConsideremosagoraaFigura6.5,emqueo pontoc é talqueo gráficodafunçãotem concavidadesdenomescontráriosàesquerdaeàdireitadec.Dizemosqueo gráficomuda deconcavidadeemc e estesediz pontodeinflexãodef(x). Figura 6.5: Pontosde inflexão. y y c x c x Notemosque,parac serpontodeinflexão,f" (x) <Oparax <c e f" (x) >Oparax >c; ouentãof" (x) >Oparax <c e f" (x) <Oparax >c. Nessascondições,f" (c) =O,pois f" (x) mudadesinalemc. Observação No queestamosconsiderando,f(x), l'(x) e f" (x) sãofunçõescontínuasemuminterva- lo contendoc.O argumentoheurísticoaquiutilizadopodeserdemonstradorigorosamente, e o leitorinteressadopoderáencontrarasdemonstraçõesrelevantesnoApêndice. Exemplo(•.7.Consideremosafunçãof(x) =x3 - 6x2 +4x - 10eestudemosseucomporta- mentonoquediz respeitoàconcavidade. Temos: 1'(x) =3x2 - 12x+4 e f"(x) =6x - 12. • • Sinaldef" : • Comportamentodef: CAPÍTULO 6 - APLICAÇÕES DE DERIVADAS 173 • b) f(x) =4 _x2 c) f(x) =.0- 9x2+6x- 5 d) f(x) =_x3 + 12x2- 4x+ 1 Portanto,f écôncavaparabaixono intervalo]-00, 2[ ecôncavaparacimaem]2, 00[. Além disso,x =2 éumpontodeinflexão. 32. Obtenha os intervalosem que cada função é côncavapara cima ou côncavapara baixo,indicandoeventuaispontosde inflexão: a) f(x) =x2 +3x f) f(x) = XI - 2.0+ .lx2 +512 3 2 1 g) f(x) =-x ,x- h) f(x)=e-z i) f(x) = x + 1x-I e) f(x) =-x3 - 8x2+3 6.3 Estudo Completo de uma Função A construçãodo gráficodeumafunçãoé umdosobjetivosimportantesdo estudode derivadas.Os elementosnecessáriosparatalfim constamdoroteiroaseguir: a) Determinaçãododomínio. b) Determinaçãodasintersecçõescomoseixos,quandopossível. c) Determinaçãodosintervalosdecrescimentoedecrescimentoe depossíveispontos demáximoe mínimo. d) Determinaçãodosintervalosemquea funçãoécôncavaparacimaouparabaixoe depossíveispontosdeinflexão. e) Determinaçãodoslimitesnosextremosdodomínioedepossíveisassíntotas. f) Determinaçãodoslimiteslateraisnospontosdedescontinuidade(quandohouver)e possíveisassíntotas. 174 PARTE :1 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • 3 Exemplo6.8.Façamoso estudocompletodafunçãof(x) =~ - 2X2+3x +5. 3 Temos: a) D=R. b) Intersecçãocomeixoy: x =O ~ f(O) =5. 3 Intersecçãocomeixox: y =O ~ ~ - 2x2+3x +5 =O (equaçãodedifícil solução).3 c) 1'(x) =x2 - 4x +3. • Sinaldel': 81\ 8/81 1",,----/3 • Comportamentodef: -e /i~i/ 8 3 81~ 1épontodemáximoef(l) = li; 3 épontodemínimoef(3) =5. Observemosquenãohápontosdemáximooumínimoabsolutos. d) 1"(x) =2x - 4 • Sinalde1": .. e Comportamentode f: 2 épontodeinflexãoef(2) = 1;. r. ~ •...•..... • CAPÍTULO 6 - APLICAÇÕES DE DERIVADAS 175 e) }~~f(x) =}~~_;3 =00,}~~=f(x)=}~~=~3 =-00. f) Pontosdedescontinuidade:nãohá. Comessasinformaçõesépossívelesboçaro gráficodef(x) (Figura6.6). Figura 6.6: Gráfico da funçãoI(x) =x3/3- 2r+3x+5. x Temos: •EEJ"" 8 /EEJ -1~1 • SinaldeD: Exemplo6.9.Façamosumestudocompletodafunçãof(x)=x +1-.x a)D=R-{O}. b) Intersecçãocomeixoy: nãoexiste,pois f(x) nãoestádefinidaparax =O. Intersecçãocomeixox: y =O::::}x +1-=O::::}x2 =-1.x Tal equaçãonãoadmitesoluçãoreal;portantoo gráficonãointerceptao eixox. 1 x2 - 1 c) f(x) =1--? = --2-.x- x FazendoN =x2 - 1eD =x2, teremos: • SinaldeN: o 176 Quadroquociente: PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL x -1O1 N +--+ D ++++ f(x) +--+ I I • , , , ,/;~;~i/ , , , , , , , , • -1 épontodemáximoef(-I) =-2; 1épontodemínimoef(I) =2. d) f"(x) =-4.x • Sinaldex3: • Sinaldef" . • Comportamentodef: e e o T o • CAPÍTULO 6 - APLICAÇÕES DE DERIVADAS 177 ObservemosqueO nãoépontodeinflexão,poisO nãopertenceaodomínio. e) }!..~f(x)=}!..~(x+ ~)=00; x~~=f(x)=x~~jx + ~) =-00. f) lim f(x) =00; lim f(x) =-00.x-o+ x-o- Com essasinformações,obtemoso gráficoda função(verFigura6.7).Notemosque nãoexistempontosdemáximonemmínimoabsolutos. Figura 6.7: Gráficodafunçãof(x) =x + llx. -1 --, II II I I /\'-2 33. Faça umestudocompletoe esboceo gráficodasfunções: a) f(x) = .~ - 2-x2+4x +2 k) f(x) =2x + _1 3 2 2x b) f(x) =.~- 3x I) f(x) =1.- +~ x 9 c) f(x) =5 +x - i3 m) f(x) =1.- +~ +2 x 9 4 d) f(x) =_~+x2 - x - 1 n) f(x) =- +x +5 x e) f(x) = 2x4- 4x2 f) f(x) =-3.0- 6x2 g) f(x) =(x - 1)3 h) f(x) = (x - 1)4 i) f(x) =1.- +4x 1 j) f(x) = x _ 1 16 o) f(x) = - +x (x >O) x p) f(x) = _x2 (x - q) f(x) =e--~ r) f(x) = __x x2 + 1 5) f(x) =X - e-x 178 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL • 34. Dada a funçãocustoC(x) =2x3 - 6x2+ 100x+400,esboceseugráfico. 35. Dada a funçãocustoC(X) =2x+ 100: a) Obtenha o customarginal; b) Obtenha o customédio; c) Esboceos gráficosdas funçõesobtidasem a e b. 36. Dada a funçãocustoC(x) =x3 - 3x2+ lOx: a) Obtenha o customarginal; b) Obtenhao customédio; c) Mostreque,no pontode mínimodo customédio,o customarginalé igualao custo médio. 37. Repitao exercícioanteriorcoma seguintefunçãocusto: C(x) =2x3 - 12x2+30x 6.4 Máximos e Mínimos por Meio da Segunda Derivada Intuitivamente,podemosnotarquequandoumpontoc, interioraodomínio,édemáxi- mooudemínimo,a tangenteaográficodafunçãof(x) correspondenteéhorizontal,econ- seqüentementef'(c)=O(desdequeafunçãosejaderivávelnoponto). Surge,porém,umproblema:sesoubermosquef' (c) = O,comosaberse c é pontode máximo,demínimoounemdemáximonemdemínimo? SuponhamosqueCo e c) sejampontosdemáximoe demínimo,respectivamente(Fi- gura6.8). Figura 6.8: Pontosde máximoe mínimo. y y A/ : ---....I ] : I I II I II I I I I I ___ B----1 a b x a b x SendoCo um pontodemáximo,entãonasvizinhançasde Co a funçãoé côncavapara baixoe,portanto,fl/(c)<O. Analogamente,sendoCj umpontodemínimo,entãonasvizinhançasdec) a funçãoé côncavaparacimae,portanto,r(c) >O. Dessaforma,umpontoc talquef' (c)=Opodeserclassificadocomopontodemáximo oudemínimo,deacordocomr(c) <Oour(c) >O. • CAPÍTULO 6 - APLICAÇÕES DE DERIVADAS 179 Observemosque,se o domíniofor o intervalo[a, b] os pontosa e b (extremosdo domínio)deverãoseranalisadosàparte.NaFigura6.8daesquerda,x =a ex =b sãopontos demínimoe,nadadireita,sãopontosdemáximo.Assim,o raciocíniopormeiodaderivada igualazeroéválidaapenasparapontosinterioresdodomínio. O argumentoheurísticoutilizadopodeserrigorosamentedemonstrado,e o leitorinte- ressadopoderáencontrarasdemonstraçõesrelevantesnoApêndiceB. Exemplo6.10.EncontreospontosdemáximoemínimodafunçãoJ(x) = x3 - 2x2+4x+3.3 2 Temosque f'(x) =x2 - 5x+4. Impondoquef'(x)=O, teremos: x2 - 5x+4 =O, cujasoluçãoéx = 1oux =4. Por outrolado,I" (x)=2x- 5.Assim: 1"(1) =-3 <O :::::>x = 1épontodemáximo; JI/(4) =3> O:::::> x =4 épontodemínimo. Exemplo6.11.Deseja-seconstruirumaáreadelazer,comformatoretangular,e 1.600m2 deárea.Quaisasdimensõesparaqueo perímetrosejamínimo? Sejamx ey asdimensõesdoretângulo. x Temos x . y = 1.600equeremosminirnizaro perímetroP =2x+2y. De xy =1.600tiramosy = 1.600. Substituindoessevalordey emP, obtemos:x P =2x+ 2. 1.600=2x+ 3.200 x x E ... f - P() 2x 3.200mresumo,queremosmInlllllZara unçao x = + --o x Assim, 180 PARTE :2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • ImpondoqueP' (x) =O,teremos 2 3.200 O . 2 1600--?- = , ouseja,x = ..x- Logo x =40 ou x =-40 (a respostanegativanãoconvém,pois x, sendocomprimentodo retângulo,énecessariamentepositivo). Paraconfirmarmosquex =40éefetivamenteumpontodemínimo,calculamosP" (x): PII(X) = 6.4?0 e P"(40) = 6.4~0>Ox 40 Portantox =40édefatopontodemínimo. Comoxy = 1.600=}40y= 1.600e,portanto,y =40. Assim,asdimensõesdoretângulosãox =40m e y =40m. 38. Obtenhaos pontosde máximoou de mínimo(quandoexistirem)dasfunçõesabaixo: x3 a) f(x) =x2 - 4x+5 d) f(x) =- - +4x+63 1 b) f(x) =6x- x2 e) f(x) =x +- x x3 7 c) f(x) =- - _x2 +6x+5 3 2 39. Deseja-seconstruiruma piscinaretangularcom 900m2 de área. Quais as dimensões para que o perímetroseja mínimo? 40. Obtenha dois númeroscujo somaseja 100e cujo produtoseja máximo. 41. Um fabricantede conservasusa latascilíndricascujos volumesdevemser iguais a 500em3. Quais devemseras dimensões(alturae raiodasbases)maiseconômicasdas latas(istoé, aquelasque dão a menorárea da superfície)? 42. De todosos retângulosde perímetroiguala 100m, qual o de área máxima? 43. Qual o númerorealpositivoque,somadoa seuinverso,dá o menorresultadopossível? 44. Um homemdesejaconstruirumgalinheirocomformatoretangular,usandocomo um dos ladosumaparededesuacasa.Quais asdimensõesquedevemserutilizadaspara que a áreaseja máxima,sabendo-seque ele pretendeusar20m de cerca? 45. Com relaçãoao exercícioanterior,seelequisesseconstruirumgalinheirocomáreade 16m2, quais as dimensõesque utilizariama menor quantidadede materialpara a cerca? • CAPÍTULO 6 - APLICAÇÕES DE DERIVADAS 181 46. Emgeral as panelasde alumínioexistentesno comérciotêmformatocilíndrico(sem tampa)com uma alturali igual ao raio da base r. Mostre que, para uma panelade volumeV, o menorconsumode materialé obtidoquando li =r. 47. Um reservatóriodeáguatembasequadradae formatode prismaretocomtampa.Seu volumeé 10m3 e o custodo materialutilizadona construçãoé $ 100,00porm2 . Quais asdimensõesdo reservatórioqueminimizamo custodo materialutilizadonaconstrução? 48. Resolvao exercícioanteriorsupondoo reservatóriosemtampa. 49. Uma caixaabertaé feitaa partirde umpedaçoquadradode papelão,com 72emde lado. A caixa é construída removendo-seum pequeno quadrado de cada canto (osladosdo quadradotêma mesmamedida)e dobrando-separacimaas abasresul- tantes(verfigura abaixo).Quais as dimensõesda caixade volumemáximoque pode serconstruída? 72I I __ J X x' 1__ -X x 72x X --I .--- IX XII I 50. A receitamensaldevendasdeumprodutoéR(x) =30x-x2 eseucustoé C(x) =20+4x. a) Obtenha a quantidadex que maximizao lucro. b) Mostre, para o resultadoobtido acima, que o custo marginalé igual à receita marginal. 51. Suponhaquea função receitasejaR(x) =60x e a funçãocustoseja C(x) =2x3 - 12x2+ +50x +40. a) Obtenha a quantidadex que deveservendidapara maximizaro lucro. b) Mostreque,parao resultadoobtidoacima,o customarginalé igualà receitamarginal. 52. Resolvao exercícioanteriorsupondoquea função receitasejaR(x) =-3x2 +50x. 53. Proveque, se existex tal quex seja interiorao domínioe o lucroseja máximo,então para essevalor de x a receitamarginalé igual ao customarginal(desdeque ambos existampara essevalor dex). Sugestão:considerea definiçãoL(x) =R(x) - C(x) e deriveambos os membrosem relaçãoa x. 54. A produçãode bicicletasde umaempresaé dex unidadespor mês,ao custodado por C(x) = 100+3x. Se a equaçãode demandafor p =25- x , obtenhao númerode3 unidadesque devemser produzidase vendidaspara maximizaro lucro. 182 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • 55. O custode produçãodex unidadesde umprodutoé C(x) =ax2+bx +c e o preçode vendaép. Obtenha o valor dex que maximizao lucro. 56. Resolvao exercícioanteriorsupondoquep =a- ~.x. 57. O custode umafirmaé C(x) =0,lx2 +5x+200,e a equaçãode demandaép =10-~.20 Determinex para que o lucroseja máximo. 58. O preçodevendaporunidadede umprodutoép =50.Seo custoé C(x) =1.000+3x + +0,5x2, determineo pontode máximolucro. 59. Se a função receitade um produtofor R(x) =_2x2 +400x, obtenhao valor de x que maximizaa receita. 60. A receitamédiadevendasde um produtoé RmeCx)=-4x +600.Obtenhao valordex que maximizaa receita. 61. Se a equaçãode demandade um produtoé p = 100- 2x, obtenhao valor de x que maximizaa receita. 62. Um grupode artesãosfabricapulseirasde umúnicotipo.A umpreçode $ 100,00por unidade, a quantidadevendida é 40 unidadespor dia; se o preço por unidade é $ 80,00,a quantidadevendidaé 60. a) Admitindolineara curvadedemanda,obtenhao preçoquedevesercobradopara maximizara receitados artesãos. b) Seosartesãostêmumcustofixode$ 1.000,00pordia, e umcustoporpulseiraigual a $40,00,qual o preçoquedevemcobrarpara maximizaro lucrodiário? 63. A equaçãode demandade umprodutoép =1.000- x e seucustomensalé C(x) =20x + +4.000. a) Qual preçodeveser cobrado para maximizaro lucro? b) Se, para cada unidadevendida,a empresativerde arcarcom umimpostoigual a $ 2,00,que preçodevesercobradopara maximizaro lucro? 64. Dada a função custoC(x) =-.l x3 - 16x2+ 160x+2000: 3 a) Ache o pontode inflexãoXl destafunção; b) Mostreque o pontode mínimodo customarginalé Xl' 65. Deseja-seconstruirum prédio com mandares.O custodo terrenoé $ 1.000.000,00, e o custode cada andar é $25.000+ 1.000m (m =1,2,3 ...). Quantos andaresdevemserconstruídospara minimizaro custopor andar? 66. EmMicroeconomia,a funçãoutilidadedeumconsumidoré aquelaquedáo graudesatis- façãodeumconsumidoremfunçãodasquantidadesconsumidasdeumou maisprodutos. A função utilidadede um consumidoré U(x) =10x . e-o.!xem que x é o númerode garrafasde cervejaconsumidaspormês.Quantasgarrafaseledeveconsumirpormês para maximizarsua utilidade(satisfação)? • CAPÍTULO 6 - APLICAÇÕES DE DERIVADAS 183 67. A equaçãode demandade umprodutoép =30- 51n x. a) Ache a função receitaR(x). b) Ache o valor dex que maximizaa receita. c) Achea receitamarginalRmg(x), e mostrequeelaé sempredecrescente,masnunca se anula. 68. Uma empresaoperaem concorrênciaperfeita(o preçode vendaé determinadopelo mercado,sem que a empresatenha condiçõesde alteraressevalor). O seu custo mensalmarginalé Cmg(x) =3x2 - 6x + 15, e o preço de venda é $ 20,00.Qual a produçãomensalque dá lucromáximo? 69. Uma empresatem uma capacidadede produçãode, no máximo,200unidadespor semana.A funçãodemandado produtoép =-0,2x+900,e o custosemanalé dado por C(x) =500- 8x +x2. Qual preço que deveser cobrado para maximizaro lucro semanal? 70. Um monopolista (único produtorde determinadoproduto)tem uma função custo mensaldada por C(x) =2x +0,Olx2. A função de demanda mensalpelo produtoé p =-0,05x+400. Qual preçodeveser cobrado para maximizaro lucro,sabendo-se que: a) a capacidademáximade produçãoé 2.000unidadespor mês. b) a capacidademáximade produçãoé 4.000unidadespor mês. 71. A equaçãodedemandadeumprodutoéx=200- 2p.Mostrequea receitaé maximizada quando E = 1, emque E é a elasticidadeda demandaem relaçãoao preço. 72. Quando o preçounitáriode umprodutoép, entãox unidadessão vendidaspor mês. SendoR(x) a funçãoreceita,mostreque dR =x(1 - E), emque E é a elasticidadeda dp demandaem relaçãoao preço. Sugestão:considerea definiçãode receitaR =P . x e deriveambos os membrosem relaçãoa p usandoa regrada derivadado produto.Lembre-sede que a elasticidade da demandaédada por E =- -.E . dx , emqueo sinalnegativofoi colocado paraque x dp It d . T . d.x Oo resu a o sela pOSIIVO,pOIS- < . dp 73. Modelo do lote econômico- Uma empresautiliza5 mil unidadesde determinada matéria-primaporano, consumidodeformaconstanteao longodo tempo.A empresa estimaque o custopara manteruma unidadeem estoqueseja $ 4,00ao ano. Cada pedido para renovaçãode estoquecusta$ 100,00. a) Qual o custoanual para manter,pedire totalde estoque,seo lotede cada pedido tiver200unidades?E 500unidades?E 1.000unidades? b) Qual a quantidadepor loteque minimizao custototalanual de estoque? 184 PARTE 2 - FUNÇÕES DEUJ\1A VARIÁ VEL • Resolução: O custo para manterestoqueenvolve,além dos custosde armazenagem,seguro, deterioraçãoe obsolescência,o custode empatardinheiroem estoque(o dinheiro poderia,por exemplo,ser aplicadoa juros). Por outro lado, como o consumode matéria-primaocorrede maneiraconstanteao longo do tempo,podemosadmitirqueo gráficodo estoqueemfunçãodo tempotem o aspectoda Figura6.9,sendox a quantidadedo lote. Figura 6.9: Função estoque. estoque x tempo Como o estoquese iniciacomx unidadese vai diminuindoatézero,concluímosqueo estoquemédioé 1.Assim: Custo anual para manter:~. 4 =2x.2 Custo anual para pedir: 5.000 . 100.x Custototalanual de estoque=custode manter+custode pedir. Custototalanual de estoque=2x+_5_0_0_.0_0_0x a) Sex =200,teremos: custoanual para manter=2.200=400; custoanual para pedir= _5_0~_à_~0_0_=2.500; custototalanual de estoque.=2.900. Sex =500,teremos: custoanual para manter=2.500= 1.000; ti d' 500.000 1000 cuso anua para pe Ir= -5-0-0- =. ; custototalanual de estoque=2.000. Sex = 1.000,teremos: custoanual para manter=2 . 1.000=2.000; ti d' 500.000 500 cuso anua para pe Ir= -1-.0-0-0-= ; custototalanual de estoque=2.500. • CAPÍTULO 6 - APLICAÇÕES DE DERIVADAS 185 b) Sejax a quantidadedo loteque minimizao custototalde estoque.O custototal anual é dado por: C(x) =2x + 500.000x DerivandoC(x) e igualandoa zero,teremos: C(x) =2 - 500.?00=o. x Logo,2x2=500.000e x2=250.000=>x =500 (a raiznegativanão faz sentido) Poroutro lado: C" (x) = 1.000;000e C"(500)= 1.000.~00>O,x 500 o que confirmaserx =500o loteque minimizao custototalanual de estoque. 74. Umaempresausa8.000componenteseletrônicosporano empregadosdeformacons- tanteao longo do tempo.O custopara manterumaunidadeem estoqueé$ 1,00por ano. Cada pedidode renovaçãode estoquecusta$ 1.000,00. a) Obtenha o custo para manter,pedire total anual de estoquepara os seguintes lotes:2.000,6.000e 8.000. b) Qual a quantidadepor loteque minimizao custototalanual de estoque? 75. No modelodo loteeconômico,sejaA a quantidadeanualconsumidode umitem,B o custoanual de manteruma unidadee C o custode cada pedido. Mostreque o lote econômico(aqueleque minimizao custototalde estoque)é dado por: x = J 2~C 76. Com relaçãoao exercícioanterior,mostreque, no loteeconômico,o custode manter é igual ao de pedir. Capítulo 7 Integrais 7.1 Integral Indefinida No Capítulo5 resolvemoso seguinteproblema:dadaa funçãof(x) determinamossua derivada1'(x) =g(x). O problemaqueestudaremosnestecapítuloéo inverso:dadaafunção g(x), obterumafunçãof(x)talque1'(x)=g(x). Dizemosquef(x) éumaprimitivadeg(x). No exemploacima,dadaa funçãog(x) =2x, devemosacharumafunçãof(x) tal que l'(x) =2x.Esseprocedimentoéchamadodeintegração.É claroquef(x) =x2 éumasolução, masnãoaúnica,poissefI (x) =x2 +5,entãotambémfí (x) =2x =g(x). SefI (x) for outraprimitivadeg(x), entãofí (x) =g(x), logol'(x) - fí (x) = O. Daqui, segue-seque [f(x) - fI (x)]' = O, ou seja,f(x) - fI (x) = c, emquec é umaconstante.Em resumo,sef(x) efI(x) foremduasprimitivasdeg(x), entãoelasdiferemporumaconstante, istoé,fl(X) =f(x) +c. Chamamosde integralindefinidadeg(x), e indicamospelo símbolof g(x)dx a uma primitivaqualquerdeg(x) adicionadaaumaconstantearbitráriac.Assim: f g(x)dx =f(x) +c, emquef(x) éumaprimitivadeg(x), ouseja,f'(x)=g(x). Dessaforma,parao exemplodado,temos: f 2xdx =x2 +c. Exemplo7.1 f 3x2dx =x3 +c,pois (x3)' =3x2; f 5dx=5x +c,pois(5x)' =5; f eXdx =eX +c,pois (e-\)' =eX. UsandoosresultadosdoCapítulo5,podemosobterasintegraisindefinidasdasprinci- paisfunções,quedecorremimediatamentedasrespectivasregrasdederivação. xn+1 xn+I a) Sen éinteiroediferentede-I, entãofx"dx = -- +c,poisaderivadade -- éx".n+l n+l • CAPÍTULO 7 - INTEGRAIS 187 b) f -1dx =lnx +c,parax> O, poisaderivadadelnx é-1.x x Observemosque sex <O, f -1dx = ln(-x) + c. Assim, de modogeral,podemosx escrever: f -1dx =ln Ix 1+ c. x f xa+ic) Paraqualquerreala ~ -1, xa dx = ---+ c. (x> O)a+l d) f cosxdx =senx +c, poisaderivadadesenx écosx. e) f senxdx =-cos x +c, poisaderivadade-cos x ésenx. f) f eX dx =eX +c, poisaderivadadeeX éeX• g) f ~ dx =arctgx +c, poisaderivadadearctgx é _1_2.+x l+x h) f ~ dx =arcsenx +c, poisaderivadadearcsenx é .~ ' para-1 <x <1.l-x~l-xk 7.2 Propriedades Operatórias Essapropriedadedecorredo fatodeque: (P2) f [fi (x) - h(x)]dx =ffi(X)dx - fh(x)dx. A demonstraçãoéanálogaàda(Pl). (P3)f c .f(x)d:r =c . ff(x)dx. Essapropriedadedecorredofatodeque: d d) c .f(x)dx =c .f(x) e d d dx [c. ff(x)dx] =c· dx ff(x)dx =c .f(x). 188 PARTE 2 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • Exemplo7.2 x3 x2 a) f (x2 - 2x +5)dx =f x2dx - 2 f xdx +5 f dx =3-22+5x +c; (x3+8) 1 x3b) f -x- dx =f x2dx +8 f -; dx =3-+81nI x I +c. 1. Obtenha as integrais indefinidas a seguir: a) f 2x3dx b) f (xz+3x)dx c) f (xz- 3x)dx d) f (5-x)dx e) f 5dx f) f (3x3- 2xz+8x- 6)dx g) f 2cL-rx h) f ( XZ + :)dx i) f (seux +cosx)dx 2X 2. Mostre que f 2xdx= - +c.lu 2 3. Mostre que f --f!-dx =lu(xz+3) +c.x +3 j) f ([3+xZ- 5x)dx k) f --hdx I) f 5v.;dx m) f (~+ ~)dx n) f (xZ-~: +5)dx o) f (_l_z +xZ)dXl+x p) f 2édx q) f (3e'+x3)dx r) f (seux - 5e')dx 5. Sabendo-se que o custo marginal é CmgCx)=0,08x+3 e que o custo fixo é $ 100,00, obtenha a função custo. Resolução Sabemos que CmgCx)=C'(x). Assim: C(x)=f CmgCx)dx. Logo C(x)=f (0,08x+3)dx, XZ C(x)=0,08- +3x+c, 2 C(x)=0,04x2+3x+c. Como o custo fixo é $ 100,00, segue que C(O) =c = 100 =>c = 100. Portanto, a função custo é C(x)=0,04x2+3x+ 100. • CAPÍTULO 7 - INTEGRAIS 189 6. Sabendo-seque o customarginalé CmgCx)=O,lx + 5 e que o custofixo é $ 500,00, obtenhaa função custo. 7. Sabendo-seque o customarginalé CmgCx)=2 e que o custofixo é igual a $200,00, obtenhaa função custo. 8. Sabendo-sequeo customarginalé CmgCx)=6x2 - 6x +20e queo custofixoé $400,00, obtenha: a) a funçãocusto; b) o customédioparax =5. 9. Repitao exercícioanteriorpara a seguintefunção customarginal: Cmg(x)=4x2 - 6x +30 10. Sabendo-seque a receitamarginalé RmgCx)=50- x, obtenhaa função receita. Lembre-sedequea receitamarginalé a derivadada funçãoreceitae queparax =O a receitavale O. 11. Sabendo-seque a receitamarginalé Rmix) =20- 2x, obtenha: a) a função receita; b) a função receitamédia. 12. Sabendo-seque a receitamarginalé RmgCx)=100,obtenha: a) a função receita; b) a função receitamédia. 13.Sabendo-sequeo customarginalé CmgCx)=2, a receitamarginalé Rmix) =5 e o custo fixoé $ 100,00,obtenha: a) a função lucro; b) o valordex parao qualo lucroé nulo. 14. Sabendo-seque o customarginalé 2 e a receitamarginalé Rmix) = 10- 2x, obtenha o valordex que maximizao lucro. 15.Se o customarginalé Cmix) =0,08x +4, obtenhaa função custo,sabendo-seque, quando são produzidas10unidades,o custovale$70,00. 16.A produtividademarginalde umfatoré -2x +40 (xé a quantidadedo fator).Obtenha a funçãode produçãosabendo-seque,quandox =10,são produzidas300unidades do produto. Lembre-sede que a produtividademarginalé a derivadada função de produção. I 17.A produtividademarginalde umfatoré 10x-z.Obtenhaa funçãode produçãosaben- do-se que, sex =O, nenhumaunidadeé produzida. 18.A propensãomarginala consumiré dadaporP~g(y)=0,8,emquey éa rendadisponível. Obtenhaa funçãoconsumosabendo-seque,quandoy =O, o consumoé $ 100,00. 19. Com relaçãoaos dadosdo exercícioanterior,obtenhaa função poupança. 20. A propensãomarginala consumiré dada porP~g(Y) = l-.y-~.2 Sabendo-seque,quandoy =O, o consumoé 50, pede-se: a) a funçãoconsumo; c) a propensãomarginala poupar. b) a função poupança; 190 PARTE :1 - FUNÇÕES DE UMA VARIÁ VEL • 7.3 IntegralDefinida Sejaf(x) umafunçãoeg(x) umadesuasprimitivas.Portanto, f f(x)dx =g(x) +c. Definimos a integral definida de f(x) entre os limites a e b como a diferença g(b) -
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