Pisos e Revestimentos Cerâmicos

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INSTITUTO FEDERAL DE 
EDUCAÇÃO,CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO 
PARÁ
ENGENHARIA DE MATERIAIS
Pisos e 
Revestimentos 
Cerâmicos
Elielson ALVES
Gilcima PEREIRA
Thiago MOREIRA
Abril
2010
Revestimentos Cerâmicos
 A cerâmica de revestimento é uma mistura de argila 
e outras matérias-primas inorgânicas, queimadas em 
altas temperaturas.
 A indústria de cerâmica para revestimentos no Brasil
surgiu a partir de antigas fábricas de tijolos, blocos e 
telhas de cerâmica vermelha, que no início do século 
20 começaram a produzir ladrilhos hidráulicos e, mais 
tarde, azulejos e pastilhas cerâmicas e de vidro.
Classificação dos revestimentos 
cerâmicos
 A ASTM/ANSI 137.1 (1980), classifica os
revestimentos cerâmicos de uma maneira
geral e também com o teor de absorção de
água. Neste caso, os materiais de
revestimento são considerados não
vitrificados apresentando valores de absorção
de água entre 7 e 18%.
Classificação e definição dos revestimentos cerâmicos
segundo a norma ASTM-ANSI A 137.1 (1980).
Características Técnicas 
Máxima estabilidade dimensional durante
queima, com valores de retração praticamente
nulos (inferioresa 1%);
 Porosidade compreendida entre 3 e 18%
(expressa como absorção de água);
 Valores de modulo de ruptura do produto
queimado entre 200 e 250 Kgf/cm2.
Dimensões dos revestimentos
 Entre os anos 60 e 70 os formatos produzidos 
através do processo de queima tradicional eram 
o 15 x 15 e o 20 x 20 cm. 
 Com o emprego da biqueima rápida e também 
da monoqueima porosa (monoporosa) as 
dimensões foram adaptadas a formatos maiores, 
como 25 x 33, 33 x 45 cm e em alguns casos até 
mesmo 40 x 60 cm. 
 Os formatos mais difundidos, de qualquer 
modo, são os 20 x 20, 20 x 25 e 25 x 33 cm, etc.
Matérias Primas
 Plásticas
- Processamento na fase de conformação
 As principais matérias-primas plásticas utilizadas
no preparo das massas de revestimentos:
- argilas plásticas (queima branca ou clara),
- caulim e argilas fundentes (queima vermelha)
 Não-Plásticas
- Processamento térmico
 Principais materias-primas:
- Filitos,
- Fundentes feldspáticos (feldspato, granito,
sienito e outros)
- Talco e carbonatos (calcário e dolomito)
- O quartzo geralmente já está incorporado a
outras substâncias minerais (argilas, filitos e
fundentes feldspáticos).
 sendo que o filito e o talco apresentam também
características plásticas.
Queima Branca
Composição química em massa
 Indicação de possíveis composições de matérias-
primas para massas de monoqueima (branca e
vermelha) e biqueima rápida (vermelha).
Processo de produção do Piso
Processo de fabricação de materiais 
de revestimento por via úmida e seca
Esmaltes e Engobes
 Os esmaltes mais frequentemente utilizados para cerâmica de
revestimento são aqueles brilhantes, do tipo transparente e
opacos (fundamentalmente brancos). Estes esmaltes são
formulados a partir de fritas dos mais variados tipos
dependendo da técnica de queima a ser empregada, isto é,
biqueima tradicional, biqueima rápida ou monoporosa. Junto as
fritas, cujo os percentuais utilizados são da ordem de 90 a 95%,
são introduzidas na mistura também pequenas quantidades (5 a
10%) de matérias-primas plastificantes como caulins, argilas
plásticas, quando não aditivos orgânicos (colas - CMC, PVA, etc.)
para ajustar a viscosidade das suspensões (barbotinas) na fase
de aplicaçãoe ancoramento ao suporte.
 Composição química indicativa de algumas massas utilizadas
industrialmente na fabricação de revestimentos através das
técnicas de monoqueima porosa e biqueima rápida. 1.(queima
branca) e 2. (queima vermelha) são composições químicas relativas
a massas de monoporosa, 3. (queima branca) e 4. (queima
vermelha) referem-seà massas de biqueima rápida.
Processo de fabricação de 
esmaltes e englobes
Queima do revestimentos 
cerâmicos
 Transformações fisico-quimica:
- <200oC – eliminação de água livre absorvida;
- 300 a 650oC – combustão de matérias orgânicas,
decomposição de hidróxidos e desidrolização de minerais
argilosos;
- 573oC – transformação alotrópica do quartzo, de α
em β;
- 800 a 950oC – decomposição de carbonatos de
cálcio e magnésio, combustão de
restos carbonosos, formação de fases cristalinas e vítreas;
- 1100oC – decomposição de sulfatos e incremento de
fases vítreas.
Os parâmetros de um ciclo de queima normalmente
são: taxas de aquecimento e de resfriamento,
atmosfera do forno, temperatura e tempo de patamar
Monoqueima:
- são queimados simultaneamente a
massa argilosa, que constitui o suporte, e o
esmalte, em temperaturas elevadas
(normalmente acima de 1.000°C).
Esse processo determina maior ligação do
esmalte ao suporte (base);
Melhor resistência à abrasão superficial;
Melhor resistência mecânica e química;
Baixa absorção de água.
 Biqueima
- A biqueima, processo de fabricação mais
obsoleto, no qual o tratamento térmico é
dado apenas ao esmalte.
 Possui um maior consumo de:
- Energia
- maior ciclo de produção