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5 - LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO DE APIÁRIO

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LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO DE APIÁRIO
APIÁRIO conjunto de colméias, fixo ou migratório (isto influencia nos fatores que vamos discorrer a seguir).
FATORES QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NA ESCOLHA DO LOCAL DO APIÁRIO:
- PASTAGEM APÍCOLA:
Voam longe em busca do alimento, mas para produção econômica tem que haver uma boa florada num raio máximo de 1500 m (707 ha).
Eficiência maior em distancias menores (consome mel/néctar nas viagens).
Floradas intensas por períodos curtos suportam um grande nº de colméias num período curto (adequado p/ apicultura migratória ou exige alimentação).
Floradas longas, mas de pouca intensidade suportam um nº menor de colméias, mas por períodos longos. 
Menos de 10 colméias/apiário, pode ser inviável economicamente, dependendo da distância da sede ou de outros apiários e, mais de 30 além de dificultar o manejo, pode provocar pilhagem em época de escassez alimentar, problemas de agressividade, etc.
O nº ideal de colméias/apiário é descoberto por tentativa e, deve ser tal, que a produtividade/colméia não caia.
A distancia entre 2 apiários não deve ser inferior a 3 km, já que a distância econômica de vôo é 1,5 km (mas com uma boa pastagem apícola esta informação deve ser desconsiderada).
ÁGUA:
Relacionada às necessidades fisiológicas das abelhas e controle da temperatura e umidade interna da colméia, além de ser utilizada na diluição do alimento.
Não armazenam água no ninho, quando se faz necessária, as operárias saem p/ busca-la.
Limpa, corrente e potável
Distância máxima 100 a 300 m, até a fonte em épocas secas. (muito próximo: formiga cuiabana)
Em regiões quentes e secas é comum o abandono de colméias por falta de água.
O consumo médio de água por dia, em época seca e quente é de 1 litro/ colméia / dia.
FACILIDADE DE ACESSO:
Acesso a veículo, ao lado das colméias.
Facilidade de trabalhar nas caixas, em posição confortável.
Facilidade de acesso das operárias, carregadas chegarem ao alvado (operária carregada não deve “subir”, e sim “descer”).
SEGURANÇA DE PESSOAS E ANIMAIS NAS PROXIMIDADES:
O apicultor é responsável, perante a lei, por qualquer incidente provocado pelas abelhas de seu apiário.
Recomenda-se uma distância de 300 m de casa, escola, estradas, áreas de criação de animais,etc.. em regiões de vegetação rasteira ou sem barreiras naturais a distância deve ser aumentada p/ no mínimo 400 m. 
SOMBREAMENTO E VENTOS:
A colméia possui uma temperatura interna entre 34 e 35 ºC e, todos os fatores que influenciarem na manutenção desta temperatura, devem ser considerados.
Assim, em regiões frias, deve-se evitar ventos frios diretamente na colméia, principalmente no alvado; ventos fortes e constantes, no alvado, prejudicam também o movimento de entrada e saída das abelhas.
Em regiões quentes, ao contrário, devemos evitar exposições exageradas ao calor. Sombrite (c/ 80% de retenção solar), pode ser uma alternativa, pois nas águas, p/ evitar excesso de umidade, pode ser retirado.
O alvado deve , de preferência ficar virado para o norte, para que receba o sol no período das águas.
DISTRIBUIÇÃO DAS COLMÉIAS:
A distribuição deve obedecer à regra básica, de que as rotas de vôo das abelhas não atrapalhem o trabalho do apicultor, que sempre deve trabalhar atrás das colméias.
As colméias devem possuir cavaletes individuais (percebem irritação das colméias vizinhas em cavaletes coletivos), distanciados 2 m um do outro e, no mínimo 5 m entre fileiras, (quando existirem).
A altura deve ser de 40 cm do solo e, inclinadas para frente
CERCA DE PROTEÇÃO:
É uma incógnita, pois ao mesmo tempo que evita acidentes pode provoca-los, pois algum animal que , acidentalmente entre neste espaço, pode ter dificuldade de sair
Talvez uma cerca viva seja a melhor alternativa.
É necessário que se mantenha limpo.
FATORES QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NA INSTALAÇÃO DO APIÁRIO:
PADRONIZAÇÃO:
É fundamental que as colméias, quadros, cavaletes, equipamentos em geral, sejam rigorosamente padronizados, com as mesmas medidas, para:
Possibilitarem um manejo adequado;
Permitirem rapidez nos trabalhos (principalmente revisões de colméias);
Evitar excesso de trabalho, golpes bruscos nas colméias, etc., que venham a desencadear uma agressividade com conseqüente perda de controle da situação; 
Evitar dificuldades no momento da colheita do mel, prejudicando a qualidade do produto.
ÉPOCA APROPRIADA:
A época adequada para iniciar um apiário é, sem dúvidas, no início e durante a floração (início da seca), ou um pouquinho antes, porque:
Os fatores de dificuldade que possam levar ao insucesso minimizam-se quase a zero;
Temos grandes chances de ter retorno rápido do nosso trabalho e capital investido;
É mais barato,pois evita-se ter que alimentar em época de escassez alimentar;
Enxames capturados, comprados, formados a partir de núcleos, etc. crescem e se desenvolvem rapidamente nesta época, enquanto vamos aprendendo com eles até que chegue o período de carência (época das chuvas).
POVOAMENTO E AMPLIAÇÃO DO APIÁRIO:
TRANSFERÊNCIA DE ENXAMES JÁ ALOJADOS / NIDIFICADOS:
São famílias que se encontram já alojadas, com seus favos construídos, com crias, mel e pólen, em locais os mais diversos possíveis.
Sua captura é a mais trabalhosa de todas e, muitas vezes mal sucedida.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Colméia ou núcleo (c/ tampa e fundo) c/ alguns quadros c/ cera alveolada e o restante somente c/ os arames.
Tela de transporte.
Faca p/ cortar favos.
Barbante ou borrachinha de dinheiro p/ fixar os quadros.
Esponja p/ fechar alvado.
Recipiente c/ tampa p/ colocar favos c/ mel.
Tiras de borracha p/ fixar tela de transporte.
PROCEDIMENTOS:
Aplique fumaça no enxame por 2 a 3 minutos.
Abra o local onde está o enxame, de maneira à expor os favos.
Retire e separe os favos das extremidades, que devem estar vazios , ou conterem mel. Eles não devem ser levados p/ a colméia.
Remova os favos de cria, cortando-os no maior tamanho possível.
Encaixe os quadros de cria, nos quadros sem lâmina de cera e amarre-os firmemente, na mesma posição em que estavam na colméia natural.
Se possível, localize a rainha e prenda-a, numa gaiola, levando-a p/ a colméia.
Coloque o máximo possível de operárias dentro do ninho, c/ auxilio de fumaça, c/ um copinho, etc.
Coloque a colméia no mesmo local onde estava o ninho e, c/ o alvado p/ o mesmo lado de entrada original.
Deixe a colméia neste local por 2-3 dias, ou, espere a noite p/ transporta-las p/ o local definitivo.
Remova todos os pedaços de favos do local, p/ evitar aglomeração de campeiras na antiga morada. 
TRANSFERÊNCIA DE ENXAMES PENDURADOS, SEM NINHO:
É comum, encontrarmos um aglomerado de abelhas, temporariamente pousado em galhos, postes, marquises, etc.. São enxames que estão de passagem e, a espera que algumas campeiras escolham um lugar definitivo p/ a construção de seu ninho. Por isso, devem ser capturados o mais rápido possível.
se for em época de florada, são oriundos de enxameação e, em épocas de escassez ou queimadas, provavelmente sejam fugitivos.
 MATERIAL NECESSÁRIO:
Preparar um ninho ou núcleo c/ os quadros já c/ lâminas de cera.
Tela de transporte.
Esponja p/ fechar o alvado.
Tiras de borracha p/ fixar a tela de transporte
PROCEDIMENTOS:
Colocar a caixa em baixo do aglomerado de abelhas.
Dar um “golpe seco”, no galho, p/ que o enxame caia dentro da caixa, ou se isto for impossível, “varrê-las”, pega-las c/ uma caneca, etc., p/ o interior da caixa.
Colocar um pouco de fumaça onde elas estavam e esperar p/ que se acomodem na caixa.
Observar se operárias “batem asas c/ abdômen levantado” e todas viradas p/ a mesma direção, é sinal que a rainha está aí e, se já estiver dentro da caixa, é sinal que aceitou a nova morada.
Colocar a tela de transporte, sobre ela a tampa.
Fechar o alvado c/ esponja, antes de transportar (de preferência à noite.
Retirar a esponja assim que chegar ao local definitivo.
Em locais muito altos, difíceis, utilizar um balde naponta de uma taquaraou um saco de tela plástica (até a máscara).
ENXAMES FUGITIVOS:
Existem alguns enxames, que insistem em não aceitar a nova morada e, normalmente são os oriundos de fugas ou então os oriundos de enxameação, mas com rainhas ainda virgens. As técnicas a seguir, podem ser utilizadas para fixa-los:
Colocar alimentador (para enxames c/ fome).
Colocar uma tela metálica no alvado, deixando o enxame preso por 2 dias.
Colocar uma tela excluidora no alvado (cuidado em caso de rainha virgem).
Colocar um favo de cria aberta (larva) sem abelhas aderentes (p/ enxame c/ rainha virgem, pois quando a rainha sair p/ o vôo nupcial, as operárias ficam cuidando da cria).
Esfregar no interior da caixa, folhas de erva cidreira, laranjeira ou pessegueiro (em casos de caixas c/ odores desagradáveis).
Cortar as asas da rainha (cuidado c/ rainhas virgens).
Prender a rainha numa caixa de fósforos, ou gaiola.
Não mexa na colméia por uns 5 dias.
ENXAMES PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS:
Nas enxameações, o enxame que sai primeiro, acompanhado da rainha velha, chama-se enxames primários e é sempre o mais forte e o único aproveitável p/ produção imediata de mel. 
Como, nos enxames primários a rainha é velha, temos ficar atentos para, a sim que pudermos, fazer a troca de rainha, para evitar os problemas de rainha excessivamente velhas.
No entanto, as abelhas africanizadas, podem soltar, reunidos, 3 ou 4 enxames secundários, muito menores que o primário, geralmente acompanhados de rainhas virgens., cuja chefia caberá àquela que for fecundada primeiro, sendo as demais eliminadas por peloteamento.
Estes enxames secundários, geralmente são instáveis e fugidios.
UTILIZAÇÃO DE CAIXAS-ISCA:
São núcleos, ou colméias, ou até mesmo caixas de papelão (com as mesmas dimensões de um núcleo), em cujos quadros são colocados tiras de lâminas de cera alveoladas(3 a 5 cm), que funcionam como atrativo para o enxame e, como guia na construção dos favos.
São distribuídos no campo ou cidade, na época das enxameações.
É o método mais prático de se povoar um apiário.
Para aumentar a atratividade das caixas iscas, utiliza-se caixas antigas, cujo aroma de cera e própolis auxiliam ou, pulveriza-se com extrato, ou chá (sem açúcar) de erva cidreira ou capim limão.
DIVISÃO DE ENXAMES:
Desvantagem: uma colméia forte, produz mais que 2 médias, e com menos trabalho e menor custo.
Vantagem: aproveitar o instinto enxameatório.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Uma colméia populosa (devidamente alojada).
Um ninho vazio, com tampa, fundo e todos os quadros (10) com lâminas de cera alveolada.
PROCEDIMENTO:
Colocar a colméia vazia (colméia B) ao lado da colméia que vai ser dividida (colméia A).
Transferir, da colméia A, p/ a colméia B, todos os quadros c/ crias novas e ovos, um ou dois quadros de cria madura, para reforço das nutrízes, e metade das reservas de mel.
Manter a rainha na colméia A
Completar as 2 colméias c/ quadros de lâminas de cera.
Transferir algumas nutrízes (abelhas aderentes) , da colméia A para a B.
Transferir a colméia A, pelo menos 30 metros do local de origem, e, colocar a colméia B, exatamente na mesma posição onde estava a A.
Desta forma, cada colméia conterá, ao final do processo:
Colméia B (nova)
Todas as campeiras que retornarem;
Todos os quadros c/ crias novas e ovos;
Um ou dois quadros com cria madura;
½ das reservas de alimento;
Quadros com cera alveolada.
Colméia A (a ser dividida)
Maior parte das abelhas novas
;
Quadros c/ cria madura
;
½ das reservas de alimento
;
Quadro c/ cera alveolada;
A rainha velha.
OBS.:Se existirem rainhas fecundadas ou realeiras, devem ser introduzidas na colméia B, p/ que se desenvolva mais rápido.
AQUISIÇÃO DE ENXAMES:
Podem ser comprados:
COLMÉIAS em ponto de produção;
NÚCLEO c/ 3 a 4 quadros cobertos de abelhas e favos puxados contendo alimentos crias e uma rainha em postura, que devem ser transferidas para uma colméia, completando-a c/ quadros com cera alveolada;
PACOTES, contendo 1 a 2 kg de abelhas, com uma rainha fecundada, que devem ser transferidas para uma colméia, com cera alveolada, onde se desenvolverão (cuidado p/ não fugirem).
OBS.: em todas estas situações, atenção para a origem/procedência destes enxames (rainha velha, machucada, virgem, etc.)

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