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Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 1 
FONÉTICA 
 
Fonema 
 
Em linguística, um fonema é a menor unidade sonora 
(fonética) de uma língua que estabelece contraste de 
significado para diferenciar palavras. Por exemplo, a 
diferença entre as palavras prato e trato, quando faladas, 
está apenas no primeiro fonema: P na primeira e T na 
segunda. 
 
Classificação dos Fonemas 
Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e 
consoantes. 
 
Vogais 
Vogal é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos 
pulmões, faz vibrar as cordas vocais e não encontra 
nenhum obstáculo na sua passagem pelo aparelho fonador. 
Classificam-se em: 
QUANTO À INTENSIDADE 
♦ Vogal tônica: é a vogal onde se encontra o acento 
principal da palavra. 
♦ Vogal subtônica: é a vogal onde se encontra o 
acento secundário palavra. 
♦ Vogal átona: é uma vogal onde não existe 
qualquer acento da palavra. 
Exemplo: Na palavra automaticamente, o primeiro "a" é a 
vogal tônica, o segundo "a" é a vogal subtônica, e as 
demais vogais são átonas. 
QUANTO AO TIMBRE 
♦ Vogais abertas: São as vogais articuladas ao se 
abrir o máximo a boca. Por exemplo: nas palavras "amora" 
e "café", todas as vogais são abertas. 
♦ Vogais fechadas: São as vogais articuladas ao se 
abrir o mínimo a boca. Por exemplo: nas palavras "êxodo" e 
"fôlego", todas as vogais são fechadas. 
QUANTO AO MODO DE ARTICULAÇÃO 
♦ Vogais orais: São as vogais pronunciadas 
completamente através da cavidade oral. Em português, 
existem de sete a nove vogais orais, de acordo com o 
dialeto, a saber: "á" [ä], "â" [ɜ̝], "ê" [e], "é" [ɛ], "i" [ɯ̟], "í" [i], 
"ô" [o], "ó" [ɔ] e "u" [u] (as vogais representadas pelos 
símbolos [ɯ, ɜ] são comumente representados por [ɨ, ɐ] por 
sua aproximidade e também por sua semelhança gráfica). 
♦ Vogais nasais: São as vogais pronunciadas em 
que uma parte do ar usado para a pronúncia escapa pela 
cavidade nasal. Em português, existem cinco vogais nasais. 
Nas palavras: "maçã", "sempre", "capim", "bondade", e 
"fundo", os grafemas assinalados em negrito representam 
vogais nasais. Também são nasais os ditongos "ão", "ãe", 
"õe" e o ditongo "ui" da palavra "muito". 
QUANTO AO PONTO DE ARTICULAÇÃO 
♦ Vogais posteriores: São as vogais pronunciadas 
com a língua posicionada no fundo da boca, entre o dorso 
da língua e o véu palatino. Em português, são posteriores 
as vogais "ô", "ó" e "u". 
♦ Vogais anteriores: São as vogais pronunciadas 
com a língua posicionada na frente da boca entre o dorso 
da língua e o palato duro. Em português, são anteriores as 
vogais "ê", "é" e "í". 
♦ Vogais centrais: São as vogais pronunciadas com 
a lingua posicionada no centro da boca. Em português, são 
centrais as vogais "á", "â", e em alguns dialetos também 
têm o "i" átono, pronunciado ora central ora quase posterior. 
Semivogais 
As semivogais são fonemas que não ocupam a posição de 
núcleo da sílaba, devendo, portanto, associar-se a uma 
vogal para formarem uma sílaba. Em português, somente 
os fonemas representados pelas letras "i" e "u" em ditongos 
e tritongos são considerados semi-vogais. Um ditongo é 
sempre formado por uma vogal mais uma Semivogal. 
Quando a semivogal vem antes da vogal, o ditongo é dito 
"crescente" (como em "jaguar"). Quando a semivogal vem 
depois, o ditongo é dito "decrescente" (como em "demais"). 
Nos ditongos "ui" e "iu", uma das letras é sempre 
considerada vogal e a outra é semivogal. No caso dos 
tritongos, todos eles são formados por uma vogal 
intercalada entre duas semivogais. 
 
Consoantes 
Consoantes são fonemas assilábicos que se produzem 
após ultrapassar um obstáculo que se opõe à corrente de ar 
no aparelho fonador. Estes obstáculos incluem os lábios, os 
dentes, a língua, o palato, o véu palatino e a úvula. 
Classificam-se da seguinte maneira: 
QUANTO AO PAPEL DAS CORDAS VOCAIS 
♦ Consoantes surdas (ou desvozeadas): São as 
consoantes pronunciadas sem que as cordas vocais sejam 
postas em vibração. São surdas as seguintes consoantes 
em português: f, k, p, s, t, ch. 
♦ Consoantes sonoras (ou vozeadas): São as 
consoantes pronunciadas com a vibração das cordas 
vocais. São sonoras as seguintes consoantes em 
português: b, d, g, j, l, lh, m, n, nh, r, v, z. 
QUANTO AO MODO DE ARTICULAÇÃO 
♦ Consoantes oclusivas: São as consoantes 
pronunciadas fechando-se totalmente o aparelho fonador, 
sem dar espaço para o ar sair. São oclusivas as seguintes 
consoantes: p, t, k, b, d, g. 
♦ Consoantes fricativas: São as consoantes 
pronunciadas através de uma corrente de ar que se 
fricciona em um obstáculo. São fricativas as seguintes 
consoantes em português: f, j, s, ch, v, z. 
♦ Consoantes laterais: São as consoantes 
pronunciadas ao fazer passar a corrente de ar nos dois 
cantos da boca ao lado da língua. Em português, são 
laterais apenas as consoantes "l" e "lh". 
♦ Consoantes vibrantes: São as consoantes 
pronunciadas através da vibração de algum elemento do 
aparelho fonador, em geral a língua ou o véu palatino. Em 
português, são vibrantes apenas as duas variedades do "r", 
como em "carro" e em "caro". 
♦ Consoantes nasais: São as consoantes em que o 
ar sai pelas fossas nasais, em vez da boca. Em português, 
são nasais as consoantes "m", "n" e "nh". 
♦ QUANTO AO PONTO DE ARTICULAÇÃO 
♦ Consoantes bilabiais: São as consoantes 
pronunciadas com o contato dos dois lábios. Em português, 
são bilabiais as consoantes: p, b, m. 
♦ Consoantes dentais: São as consoantes 
pronunciadas com a língua entre os dentes. Em português 
são dentais as consoantes: t, d e n. 
♦ Consoantes alveolares: São as consoantes 
pronunciadas com o contato da língua nos alvéolos dos 
dentes. Em português, são alveolares as consoantes: s, z, l 
e o "r" fraco. 
♦ Consoantes labiodentais: São as consoantes 
pronunciadas com o contato dos lábios na arcada superior 
dos dentes. Em português, são labiodentais as consoantes 
"f" e "v". 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 2 
♦ Consoantes palatais: São as consoantes 
pronunciadas com o contato da língua com o palato. Em 
português, são palatais as seguintes consoantes: j, ch, lh e 
nh, e, em alguns dialetos, também as consoantes "t" e "d" 
antes de "i". 
♦ Consoantes retroflexivas: São as consoantes 
pronunciadas com a língua curvada. Em português, 
somente alguns dialetos do Brasil têm uma consoante 
retroflexiva, o chamado "r" caipira. 
♦ Consoantes velares: São as consoantes 
pronunciadas com a parte traseira da língua no véu 
palatino. Em português, são velares as consoantes: k, g e rr 
(em alguns dialetos brasileiros). 
♦ Consoantes uvulares: São as consoantes 
pronunciadas através da vibração da úvula. Em português, 
existem na variedade europeia e no dialeto fluminense; no 
caso, o "r" forte. 
♦ Consoantes glotais: São as consoantes 
pronunciadas através da vibração da glote. Não há 
consoantes glotais em português e em praticamente 
nenhum dos idiomas ocidentais. Exemplos de idiomas com 
consoantes glotais são o hebraico e o árabe. 
Nota: No Brasil, é perceptível a diferença de pronúncia da 
palavra tia entre pessoas do Rio de Janeiro e Rio Grande 
do Sul, por exemplo. De modo geral, para os primeiros, a 
letra "t" é um fonema palatal (pronunciado mais ou menos 
como "txia", enquanto para os segundos representa um 
fonema alveolar. Ainda que — assim como em prato e trato 
— os sons correspondentes à letra t de tia sejam diferentes 
(isto é, letras iguais e sons diferentes), o fonema é um só, 
visto que, na língua, não se estabelece distinção de 
significado ao pronunciar-se /tia/ ou /txia/. As letras do 
alfabeto representam os sons recebem o nome de 
FONEMA. 
 
Sílaba 
 
A sílaba é conjunto de sons que podeser emitido numa só 
expiração. Na língua portuguesa a parte central da sílaba 
sempre é a vogal. 
Assim, na estrutura da sílaba existe, uma vogal, à qual se 
juntam, ou não, semivogais ou consoantes. 
A maneira mais fácil para separar as sílabas é pronunciar a 
palavra lentamente, de forma melódica. 
Na língua portuguesa, os vocábulos são classificados de 
acordo com o número de sílabas que apresentam, podendo 
ser: 
♦ monossílabos (apenas uma sílaba): cão, chá; 
♦ dissílabos (apresenta duas sílabas): mulher, garfo; 
♦ trissílabos (possuem três sílabas): macaco, 
equipe; 
♦ polissílabos (formados por mais de três sílabas): 
amizade; felicidade. 
 
Divisão silábica 
A divisão silábica obedece a algumas regras básicas. O 
conhecimento das regras de divisão silábica é útil para a 
translineação das palavras, ou seja, para separá-las no 
final das linhas. Quando houver necessidade da divisão, ela 
deve ser feita de acordo com as regras abaixo. Por motivos 
estéticos e de clareza, devem-se evitar vogais isoladas no 
final ou no início de linhas, como a-sa ou Urugua-i. 
♦ ditongos e tritongos pertencem a uma única sílaba: 
au-tô-no-mo, ou-to-no, di-nhei-ro, U-ru-guai, i-guais. 
♦ os hiatos são separados em duas sílabas: du-e-to, 
a-mên-do-a, ca-a-tin-ga. 
♦ os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu pertencem a uma 
única sílaba: chu-va, mo-lha, es-ta-nho, guel-ra, a-que-la. 
♦ as letras que formam os dígrafos rr, ss, sc, sç, xs, 
e xc devem ser separadas: bar-ro, as-sun-to, des-cer, nas-
ço, es-xu-dar, ex-ce-to. 
♦ os encontros consonantais que ocorrem em 
sílabas internas devem ser separados, excetuando-se 
aquelas em que a segunda consoante é l ou r: con-vic-ção, 
a-pli-ca-ção, as-tu-to, a-pre-sen-tar, ap-to, a-brir, cír-cu-lo, 
re-tra-to, ad-mi-tir, de-ca-tlo, ob-tu-rar. Exceção: ab-rup-to. 
Os grupos consonantais que iniciam palavras não são 
separáveis: gnós-ti-co, pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co. 
 
Acento tônico / gráfico 
1- Sílaba tônica - A sílaba proferida com mais intensidade 
que as outras é a sílaba tônica. Esta possui o acento tônico, 
também chamado acento de intensidade ou prosódico: 
 cajá, caderno, lâmpada 
2- Sílaba subtônica - Algumas palavras geralmente 
derivadas e polissílabas, além do acento tônico, possuem 
um acento secundário. A sílaba com acento secundário é 
chamada de subtônica: 
 terrinha, sozinho 
3- Sílaba átona - As sílabas que não são tônicas nem 
subtônicas chamam-se átonas. 
Podem ser pretônicas (antes da tônica) ou postônicas 
(depois da tônica): 
 barata (átona pretônica, tônica, átona postônica) 
 máquina (tônica, átona postônica, átona postônica) 
Classificação das palavras quanto ao acento tônico 
As palavras com mais de uma sílaba, conforme a 
tonicidade, classificam-se em: 
Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última - coração, São 
Tomé, etc. 
Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima - cadeira, 
linha, régua, etc. 
Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima - 
ibérica, América, etc. 
Os monossílabos podem ser tônicos ou átonos: 
Tônicos: são autônomos, emitidos fortemente, como se 
fossem sílabas tônicas.Ex.: ré, teu, lá, etc. 
Átonos: apóiam-se em outras palavras, pois não são 
autônomos, são emitidos fracamente, como se fossem 
sílabas átonas.São palavras sem sentido quando estão 
isoladas: artigos, pronomes oblíquos, preposições, junções 
de preposições e artigos, conjunções, pronome relativo que. 
Ex.: o, lhe, nem, etc. 
 
Encontro Vocálico 
 
Como o nome já sugere, encontros vocálicos são o 
ajuntamento de duas ou mais vogais numa palavra. Ou, 
mais especificamente, o encontro de uma vogal com uma 
semi-vogal (e vice-versa). Existem três tipos: 
 
1.º) DITONGO: quando duas vogais estão juntas na mesma 
sílaba. 
Ex: PEIXE, SAUDADE, PAIXÃO 
 
O ditongo pode ser classificado de duas formas: 
♦ Ditongo crescente ou Ditongo decrescente 
♦ Ditongo oral ou Ditongo nasal 
Para entendermos como acontece a classificação de 
crescente ou decrescente, temos que saber distinguir uma 
vogal de uma semivogal. 
Toda vez que uma vogal está sozinha na sílaba, ela 
classifica-se como vogal, mas quando ela está junto a outra 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 3 
vogal ela pode ficar em menos evidência, mais “fraca” ou 
“escondida”, estas são as chamadas semivogais. 
Ex: APAIXONADO: neste caso a sílaba -PAI- contém duas 
vogais. A mais aberta ou “forte” é a letra A, enquanto que a 
letra I é mais fechada e “fraca”. Neste caso, diz-se que é a 
junção da vogal A + a semivogal I. 
Ditongo crescente: É quando há na sílaba a junção de 
semivogal + vogal 
Ex: qua-dra-do (u=SV, a=V) 
Ditongo Decrescente: É quando, na mesma sílaba, junta-
se vogal + semivogal 
Ex: noi-te (o=V, i=SV) 
Para compreendermos o que é um ditongo oral ou um 
ditongo nasal, precisamos entender que há vogais que são 
pronunciadas somente pela boca, chamadas de vogais 
orais (a, é, ê, i, ó, ô, u), e há vogais que são pronunciadas 
também pelo nariz, chamadas de vogais nasais. 
Ditongo oral: É quando há uma junção de duas vogais 
orais na mesma sílaba. 
Ex: cai-xa 
Ditongo nasal: É quando há uma junção de duas vogais 
nasais ou de uma vogal nasal e uma oral na mesma sílaba. 
Ex: sab-ão 
 
2.º) TRITONGO: quando três vogais estão juntas na mesma 
sílaba. 
Ex: PARAGUAI, QUEIJO, SAGUÃO, OBS: 
 
O tritongo é formado por VOGAL + SEMIVOGAL + VOGAL. 
Em uma sílaba não pode haver mais de uma vogal, e não 
há sílabas constituídas apenas de consoantes na Lingua 
Portuguesa. Como o tritongo é o encontro de três vogais na 
mesma sílaba, então naturalmente só há uma destas três 
vogais que fica como base da sílaba, as outras duas serão 
semivogais. 
Exemplo: U-RU-GUAI 
No exemplo acima, a letra “A” é o núcleo da sílaba, ou seja, 
é vogal. Consequentemente, o “U” e o “I” são semivogais 
porque não são o núcleo da sílaba. 
Existe uma classificação para os tritongos. Eles podem ser 
orais ou nasais. 
TRITONGO ORAL – quando todas as suas vogais são 
orais. 
Exemplos: Quei-jo, a-ve-ri-guei, quais 
TRITONGO NASAL – quando uma ou mais de suas vogais 
é nasal. 
Exemplos: sa-guão, en-xá-guem (o “m” tem som nasal de 
“i”), quão 
 
3.º) HIATO: quando duas vogais estão juntas na mesma 
palavra, mas em sílabas diferentes. 
Ex: SA-Ú-DE, PA-RA-Í-BA, SO-AR 
OBS: em caso de as sílabas fazerem parte da mesma 
sílaba, trata-se de um ditongo e não de um hiato. 
Vejamos os exemplos das palavras “sábia” e “sabiá”: 
Sá-bia (o encontro vocálico “ia” é um ditongo, porque as 
duas vogais estão em sequência e fazem parte da mesma 
sílaba). 
Sa-bi-á (o encontro vocálico “iá” é um hiato, pois embora as 
duas vogais estejam juntas, elas pertencem a sílabas 
diferentes). 
OBS: O hiato é formado por VOGAL + VOGAL. 
Isso acontece pelo fato de as vogais pertencerem a sílabas 
diferentes, e portanto servirem como núcleos para suas 
respectivas sílabas. Acontece diferente com o ditongo, que 
pode ser formado por vogal + consoante ou consoante + 
vogal, e com o tritongo, que é formado por semivogal + 
vogal + semivogal. 
Há ainda casos como o da palavra “sereia”: 
Se-rei-a 
- O encontro vocálico “eia” não é tritongo, pois as três 
vogais não pertencem a uma única sílaba. 
- O encontro vocálico “ei” constitui um ditongo decrescente, 
pois é formado por vogal + semivogal, já que ambas 
pertencem a uma única sílaba. 
- O encontro vocálico “ia” constitui um hiato, pois apesar de 
estarem adjacentes, as duas vogais pertencem a sílabas 
diferentes. 
- A particularidade deste hiato é que ele é formado por 
SEMIVOGAL + VOGAL, já que o ditongo “ei” é decrescente, 
e o “i” é semivogal. Mesmo assim, permanece a regra de 
que cada sílaba precisa possuir uma vogal, e não pode ter 
mais de uma, sendo as demais classificadas como 
semivogais.Encontro Consonantal 
 
Encontro consonantal é o nome que se dá ao 
agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal 
intermediária. Há dois tipos básicos de encontros 
consonantais: 
♦ consoante + l ou r - são encontros que pertencem 
a uma mesma sílaba: pra-to, pla-ca, bro-che, blu-sa, trei-
no, a-tle-ta, cri-se, cla-ve, fran-co, flan-co. 
♦ duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes 
- é o que ocorre em: ab-di-car, sub-so-lo, ad-vo-ga-do, ad-
mi-tir, al-ge-ma, cor-te. 
Há grupos consonantais que surgem no início dos 
vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu-mo-ni-a, psi-
co-se, gno-mo. 
Sequência de duas ou mais consoantes, sem vogal 
intermediária, desde que não constituam dígrafo. Podem 
ocorrer na mesma sílaba ou não (perfeitos/próprios ou 
imperfeitos/impróprios) - pe-dra, cla-ro, por-ta, lis-ta. 
Os encontros gn, mn, pn, ps, pt, bt e tm não são muito 
comuns. Quando iniciais, são inseparáveis. Quando 
mediais, criam uma pronúncia mais difícil. (gnomo/digno, 
ptialina/apto). 
Quando x corresponde a cs, há um encontro consonantal 
fonético. Nesse caso, x é chamado de dífono (di=dois; 
fono:som) 
Exemplos com as consoantes na mesma sílaba: 
Pedra -> pe – Dra 
Planta -> plan – ta 
Glicose -> gli – co – se 
Gravidade -> gra – vi – da – de 
Exemplos com as consoantes em sílabas separadas: 
Garfo -> gar – Fo 
Ignorar -> ig – no – rar 
Vista -> vis – ta 
Observação: 
Quando x corresponde a cs (táxi, falamos "tácsi"), há um 
encontro consonantal fonético. Nesse caso, x é chamado 
de dífono. 
 
Dígrafo é o encontro de duas letras com um único som. 
Exemplos: chapéu, piscina, carroça, descer, pássaro, 
mosquito, exceção, galinha, tampa, ponta, índia, 
comprimido e renda. 
Podemos dividir os dígrafos da língua portuguesa em dois 
grupos: os consonantais e os vocálicos. 
 
Dígrafos consonantais 
Dígrafo Exemplos 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 4 
Ch chuva, China 
Lh alho, milho 
Xs exsudar, exsuar 
Nh sonho, venho 
rr (usado unicamente entre vogais) barro, birra, burro 
ss (usado unicamente entre 
vogais) assunto, assento, isso 
SC ascensão, descendente 
SC nasço, cresça 
Xc exceção, excesso 
Gu guelra, águia 
Qu questão, quilo 
O que significa é: gu e qu nem sempre representam 
dígrafos. Isso ocorre apenas quando, seguidos de e ou i, 
representam os fonemas /g/ e /k/: guerra, quilo. Nesses 
casos, a letra u não corresponde a nenhum fonema. Em 
algumas palavras, no entanto, o u representa uma 
semivogal ou uma vogal (antes de 2012, no Brasil, 
representado pelo trema no u: ü): aguentar, linguiça, 
frequente, tranquilo, averigúe, argúi - o que significa que 
gu e qu não são dígrafos. Também não há dígrafo quando 
são seguidos de a ou o: quando, aquoso, averiguo. 
Dígrafos vocálicos 
Quando m e n aparecem no final da sílaba. 
Dígrafo Exemplos 
am/an campo, sangue 
em/en sempre, tento 
im/in limpo, tingir 
om/on rombo, tonto 
um/un bumbo, sunga 
 
Ortoépia ou Ortoepia 
A palavra ortoépia se origina da união dos termos gregos 
orthos, que significa "correto" e hépos, que significa 
"palavra". Assim, a ortoépia se ocupa da correta produção 
oral das palavras. 
Preceitos: 
1) A perfeita emissão de vogais e grupos vocálicos, 
enunciando-os com nitidez, sem acrescentar nem omitir 
ou alterar fonemas, respeitando o timbre (aberto ou 
fechado) das vogais tônicas, tudo de acordo com as normas 
da fala culta. 
2) A articulação correta e nítida dos fonemas consonantais. 
3) A correta e adequada ligação das palavras na frase. 
Veja a seguir alguns casos frequentes de pronúncias 
corretas e errôneas, de acordo com o padrão culto da 
língua portuguesa no Brasil. 
CORRETAS ERRÔNEAS 
adivinhar advinhar 
advogado adevogado 
apropriado apropiado 
aterrissar aterrisar 
bandeja bandeija 
bochecha buchecha 
boteco buteco 
braguilha barguilha 
bueiro boeiro 
cabeleireiro cabelereiro 
caranguejo carangueijo 
eletricista eletrecista 
emagrecer esmagrecer 
empecilho impecilho 
estupro, estuprador estrupo, estrupador 
fragrância fragância 
frustrado frustado 
lagartixa largatixa 
lagarto largato 
mendigo mendingo 
meteorologia metereologia 
mortadela mortandela 
murchar muchar 
paralelepípedos paralepípedos 
pneu peneu 
prazerosamente prazeirosamente 
privilégio previlégio 
problemas poblemas ou pobremas 
próprio própio 
proprietário propietário 
psicologia, psicólogo pissicologia, pissicólogo 
 
salsicha salchicha 
sobrancelha sombrancelha 
superstição supertição 
verruga berruga 
Em muitas palavras há incerteza, divergência quanto ao 
timbre de vogais tônicas /e/ e /o/. Recomenda-se proferir: 
Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso, grelha, 
groselha, ileso, obeso, obsoleto, dolo, inodoro, molho (feixe, 
conjunto), suor. 
Com timbre fechado: acervo, cerda, interesse 
(substantivo), reses, algoz, algozes, crosta, bodas, molho 
(caldo), poça, torpe. 
Prosódia 
 A prosódia ocupa-se da correta emissão de palavras 
quanto à posição da sílaba tônica, segundo as normas da 
língua culta. Existe uma série de vocábulos que, ao serem 
proferidos, acabam tendo o acento prosódico deslocado. Ao 
erro prosódico dá-se o nome de silabada. Observe os 
exemplos. 
São oxítonas: 
condor novel ureter 
mister Nobel ruim 
 2) São paroxítonas: 
austero ciclope Madagáscar recorde 
caracteres filantropo pudico(dí) rubrica 
3) São proparoxítonas: 
aerólito lêvedo quadrúmano 
alcíone munícipe trânsfuga 
 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 5 
 Existem palavras cujo acento prosódico é incerto, mesmo 
na língua culta. Observe os exemplos a seguir, sabendo 
que a primeira pronúncia dada é a mais utilizada na língua 
atual. 
acrobata - acróbata réptil - reptil 
Bálcãs - Balcãs xerox - xérox 
projétil - projetil zangão - zângão 
 
 
 
Ortografia 
 
Finalmente, o que muda com a reforma ortográfica? Quais 
são as novas regras? Confira a seguir um pequeno resumo 
com as principais mudanças. 
 
Alfabeto 
Com as mudanças, nosso alfabeto terá 26 letras, foram 
incluídas as letras “k”, “w” e “y”. 
 
Trema 
O trema sumiu do português, dois pontos em cima da letra 
“u” agora é coisa do passado. Exemplos: 
♦ “tranqüilo” passa a ser “tranquilo”. 
♦ “conseqüência” fica “consequência”. 
 
Acento Agudo 
O acento agudo desaparece nas palavras com ditongo 
aberto ‘ei’ e “oi”. Exemplos: 
♦ “idéia” agora é “ideia”. 
♦ “heróico” passa a ser “heroico”. 
 
Acento Circunflexo 
Desaparece nas palavras com duplo “e” e duplo “o”. 
Exemplos: 
♦ As palavras “crêem”, “dêem”, “lêem” e “vêem” 
passam a ser “creem”, “deem”, “leem” e “veem”. 
♦ Palavras como “enjôo” ou “vôo” se tornam “enjoo” 
e “voo”. 
 
Acento Diferencial 
Alguns exemplos das situações que não se usarão mais o 
acento para diferenciar palavras como: 
♦ “pára” (flexão do verbo parar) de “para” 
(preposição). 
♦ “pélo” (flexão do verbo pelar), “pêlo” (substantivo) 
e “pelo” (combinação da preposição com o artigo). 
 
Hífen 
 
Palavras começadas pela letra “r” ou “s” não levarão mais 
hífen. Exemplos: 
♦ “anti-semita” ficará “antissemita”. 
♦ “contra-regra” ficará “contrarregra”. 
 
Algumas regras ortográficas: 
 
Ao escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou de j, 
deve-se procurar a origem dela, pois, na Língua 
Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica 
como deveremos escrever a palavra derivada. 
 
Ç 
 
1. Escreveremos com -ção as palavras derivadas de 
vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos 
formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo 
(Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de 
infinitivo - r - do verbo). 
 Portantodeve-se procurar a origem da palavra terminada 
em -ção. Por exemplo: 
Donde provém a palavra conjunção? Resposta: provém de 
conjunto. Por isso, escrevemo-la com ç. 
 
Exemplos: 
♦ erudito = erudição 
♦ exceto = exceção 
♦ setor = seção 
♦ intuitivo = intuição 
♦ redator = redação 
♦ ereto = ereção 
♦ educar - r + ção = educação 
♦ exportar - r + ção = exportação 
♦ repartir - r + ção = repartição 
 
2. Escreveremos com -tenção os substantivos 
correspondentes aos verbos derivados do verbo ter. 
Exemplos: 
♦ manter = manutenção 
♦ reter = retenção 
♦ deter = detenção 
♦ conter = contenção 
 
3. Escreveremos com -çar os verbos derivados de 
substantivos terminados em -ce. 
Exemplos: 
♦ alcance = alcançar 
♦ lance = lançar 
 
S 
 
1. Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos 
terminados em -nder e –ndir 
Exemplos: 
• pretender = pretensão 
• defender = defesa, defensivo 
• despender = despesa 
• compreender = compreensão 
• fundir = fusão 
• expandir = expansão 
 
2. Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos 
terminados em -erter, -ertir e -ergir. 
Exemplos: 
♦ perverter = perversão 
♦ converter = conversão 
♦ reverter = reversão 
♦ divertir = diversão 
♦ aspergir = aspersão 
♦ imergir = imersão 
 
3. Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos 
terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas de 
verbos terminados em -correr. 
Exemplos: 
♦ expelir = expulsão 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 6 
♦ impelir = impulso 
♦ compelir = compulsório 
♦ concorrer = concurso 
♦ discorrer = discurso 
♦ percorrer = percurso 
 
4. Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em 
-oso e -osa, com exceção de gozo. 
Exemplos: 
♦ gostosa 
♦ glamorosa 
♦ saboroso 
♦ horroroso 
 
5. Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em 
-ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize. 
Exemplos: 
♦ fase 
♦ crase 
♦ tese 
♦ osmose 
 
6. Escreveremos com -s- as palavras femininas terminadas 
em -isa. 
Exemplos: 
♦ poetisa 
♦ profetisa 
♦ Heloísa 
♦ Marisa 
 
7. Escreveremos com -s- toda a conjugação dos verbos 
pôr, querer e usar. 
Exemplos: 
♦ Eu pus 
♦ Ele quis 
♦ Nós usamos 
♦ Eles quiseram 
♦ Quando nós quisermos 
♦ Se eles usassem 
 
Ç ou S? 
 
Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando houver som 
de s, e escreveremos com -s-, quando houver som de z. 
Exemplos: 
♦ eleição 
♦ traição 
♦ Neusa 
♦ coisa 
 
S ou Z? 
 
1.-a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -ês 
e -esa que indicarem nacionalidades, títulos ou nomes 
próprios. 
Exemplos: 
♦ português 
♦ norueguesa 
♦ marquês 
♦ duquesa 
♦ Inês 
♦ Teresa 
 
1.-b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em -ez 
e -eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos, 
ou seja, palavras que indicam a existência de uma 
qualidade. 
Exemplos: 
♦ embriaguez 
♦ limpeza 
♦ lucidez 
♦ nobreza 
• acidez 
♦ pobreza 
 
2.-a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, 
quando a palavra primitiva já possuir o -s-. 
Exemplos: 
♦ análise = analisar 
♦ pesquisa = pesquisar 
♦ paralisia = paralisar 
 
2.-b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar, 
quando a palavra primitiva não possuir -s-. 
Exemplos: 
♦ economia = economizar 
♦ terror = aterrorizar 
♦ frágil = fragilizar 
Cuidado: 
♦ catequese = catequizar 
♦ síntese = sintetizar 
♦ hipnose = hipnotizar 
♦ batismo = batizar 
 
3.-a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em -
sinho e -sito, quando a palavra primitiva já possuir o -s- no 
final do radical. 
Exemplos: 
♦ casinha 
♦ asinha 
♦ portuguesinho 
♦ camponesinha 
♦ Teresinha 
♦ Inesita 
 
3.-b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -
zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- no 
final do radical. 
Exemplos: 
♦ mulherzinha 
♦ arvorezinha 
♦ alemãozinho 
♦ aviãozinho 
♦ pincelzinho 
♦ corzinha 
 
SS 
 
1. Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de 
verbos terminados em -ceder. 
Exemplos: 
♦ anteceder = antecessor 
♦ exceder = excesso 
♦ conceder = concessão 
 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 7 
2. Escreveremos com -press- as palavras derivadas de 
verbos terminados em -primir. 
Exemplos: 
♦ imprimir = impressão 
♦ comprimir = compressa 
♦ deprimir = depressivo 
 
3. Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de 
verbos terminados em -gredir. 
Exemplos: 
♦ agredir = agressão 
♦ progredir = progresso 
♦ transgredir = transgressor 
 
4. Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -meter. 
Exemplos: 
♦ comprometer = compromisso 
♦ intrometer = intromissão 
♦ prometer = promessa 
♦ remeter = remessa 
 
ÇS ou SS 
 
Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos: 
 
1. Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a 
desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir. 
Exemplo: 
♦ curtir - r + ção = curtição 
 
2. Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a 
terminação -tir, a última letra for consoante. 
Exemplo: 
♦ divertir - tir + são = diversão 
 
3. Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos toda a 
terminação -tir, a última letra for vogal. 
Exemplo: 
♦ discutir - tir + ssão = discussão 
 
J 
 
1. Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos verbos 
terminados em -jar. 
Exemplos: 
♦ trajar = traje, eu trajei. 
♦ encorajar = que eles encorajem 
♦ viajar = que eles viajem 
 
3. Escreveremos com -j- as palavras derivadas de 
vocábulos terminados em -ja. 
Exemplos: 
♦ loja = lojista 
♦ gorja = gorjeta 
♦ canja = canjica 
 
4. Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi, 
africana ou popular. 
Exemplos: 
♦ jeca 
♦ jibóia 
♦ jiló 
♦ pajé 
 
G 
1. Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em 
-ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. 
Exemplos: 
♦ pedágio 
♦ colégio 
♦ sacrilégio 
♦ prestígio 
♦ relógio 
♦ refúgio 
 
2. Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em 
-gem, com exceção de pajem, lambujem e a conjugação 
dos verbos terminados em -jar. 
Exemplos: 
♦ a viagem 
♦ a coragem 
♦ a personagem 
♦ a vernissagem 
♦ a ferrugem 
♦ a penugem 
 
Curiosidade: 
Em uma sala de aula uma professora explicava a 
seus alunos o uso do G e do J e uma aluna fez a 
seguinte pergunta: 
- Professora, Tigela ou Tijela? Beringela ou 
Berinjela? 
A professora percebeu que estava difícil de 
explicar o uso dessas duas letras então fez um 
exemplo para as crianças... 
- Vou simplificar para vocês... Para que vocês 
nunca esqueçam: TIGELA é com G e BERINJELA 
é com J.. 
Pensem comigo, a tigela é redonda e o G 
também, e a Berinjela é comprida igual o J. 
 
X 
 
1. Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-, 
com exceção de mecha. 
Exemplos: 
♦ mexilhão 
♦ mexer 
♦ mexerica 
♦ México 
♦ mexerico 
♦ mexido 
 
2. Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, 
com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- 
e da palavra enchova. 
Exemplos: 
♦ enxada 
♦ enxerto 
♦ enxerido 
♦ enxurrada 
mas: 
♦ cheio = encher, enchente 
♦ charco = encharcar 
♦ chiqueiro = enchiqueirar 
 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 8 
3. Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de 
recauchutar e guache. 
Exemplos: 
♦ ameixa 
♦ deixar 
♦ queixa 
♦ feixe 
♦ peixe 
♦ gueixa 
 
UIR e OER 
 
Os verbosterminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª 
pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com 
-i-. 
Exemplos: 
♦ tu possuis 
♦ ele possui 
♦ tu constróis 
♦ ele constrói 
♦ tu móis 
♦ ele mói 
♦ tu róis 
♦ ele rói 
 
UAR e OAR 
 
Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as 
pessoas do Presente do Subjuntivo escritas com -e-. 
Exemplos: 
♦ Que eu efetue 
♦ Que tu efetues 
♦ Que ele atenue 
♦ Que nós atenuemos 
♦ Que vós entoeis 
♦ Que eles entoem 
 
H 
 
O h é uma letra que se mantém em algumas palavras 
em decorrência da etimologia ou da tradição escrito 
do nosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu 
emprego deve ser observadas: 
1) Emprega-se o h quando a etimiologia ou a tradição 
escrito do nosso idioma assim determina. 
Ex: homem, higiene, honra, hoje, herói; 
 
2) Emprega-se o h no final de algumas interjeições 
Ex: Oh! Ah! 
 
3) No interior dos vocábulos não se usa h, exceto: 
- nos vocábulos compostos em que o segundo 
elemento com h se une por hífen ao primeiro. 
Ex: super-homem, pré história 
- quando ele faz parte de dígrafos ch, lh, nh. 
Ex: passarinho, palha, chuva 
 
USO DOS PORQUÊS 
 
Na língua portuguesa, existem quatro tipos de “porquês”. 
Eles são utilizados em ocasiões diferentes, mas é muito 
fácil se enganar em uma redação. Veja a diferença entre 
eles: 
 
Por que (separado sem acento) 
Usa-se esta forma para iniciar perguntas: 
- Por que fizeste isso? 
Podemos trocar o “por que” por “pelo qual motivo”, sem 
alterar o sentido: 
- Pelo qual motivo fizeste isso? 
Por que -> pelo qual motivo 
 
Porque (junto sem acento) 
Utilizamos esse formato para responder perguntas, 
exemplo: 
- Fiz isso porque era necessário 
É possível trocar o “porque” por “pois”, sem alterar o 
sentido: 
- Fiz isso pois era necessário 
Porque -> pois 
 
Por quê (separado com acento) 
Utiliza-se o “por quÊ” em final de frases: 
- Sabemos que você não compareceu à reunião, por quê? 
 
Porquê (junto com acento) 
Essa forma é utilizada quando o “porquê” tem função de 
substantivo: 
- Se ele fez isso, teve um porquê (motivo) 
- Gostaria de entender o porquê eu tenho que ir 
 
HÍFEN 
 
O que estabelece o novo acordo? 
1) Nas formações com prefixos (ANTE, ANTI, ARQUI, 
AUTO, CIRCUM, CO, CONTRA, ENTRE, EXTRA, HIPER, 
INFRA, INTER, INTRA, SEMI, SOBRE, SUB, SUPER, 
SUPRA, ULTRA...) e em formações com falsos prefixos 
(AERO, FOTO, MACRO, MAXI, MEGA, MICRO, MINI, 
NEO, PROTO, PSEUDO, RETRO, TELE...), só se emprega 
o hífen nos seguintes casos: 
 
a) Nas formações em que o segundo elemento começa 
por “H”: (ante-histórico, anti-higiênico, anti-herói, anti-
horário, auto-hipnose, circum-hospitalar, co-herdeiro, infra-
hepático, inter-humano, hiper-hidratação, neo-hamburguês, 
pan-helênico, proto-história, semi-hospitalar, sobre-humano, 
sub-humano, super-homem, ultra-hiperbólico. 
Observação: 
Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm 
em geral os prefixos “DES-” e “IN-” e nas quais o segundo 
elemento perdeu o “h” inicial: desumano, desarmonia, 
desumidificar, inábil, inumano... 
 
b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo 
termina na MESMA VOGAL com que se inicia o 
segundo elemento: auto-observação, anti-imperialismo, 
anti-inflacionário, anti-inflamatório, arqui-inimigo, arqui-
irmandade, contra-almirante, contra-ataque, infra-assinado, 
infra-axilar, intra-abdominal, proto-orgânico, semi-
inconsciência, semi-interno, sobre-erguer, supra-anal, 
supra-auricular, ultra-aquecido, eletro-ótica, micro-onda, 
micro-ônibus... 
Observações: 
 
1ª) Nas formações com o prefixo “CO-”, este aglutina-se 
(junta-se) em geral com o segundo elemento mesmo 
quando iniciado por “o”: coobrigação, coocupante, 
cooperar, cooperação, coordenar... 
 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 9 
2ª) Nas formações com os prefixos “CIRCUM-” e “PAN-”, 
quando o segundo elemento começa por “h”, vogal, “m” ou 
“n”, devemos usar o hífen: circum - hospitalar, circum-
escolar, circum-murado, circum-navegação, pan-africano, 
pan-americano, pan-mágico, pan-negritude... 
 
2) Com os prefixos AUTO, CONTRA, EXTRA, INFRA, 
INTRA, NEO, PROTO, PSEUDO, SEMI, SUPRA, ULTRA, 
ANTE, ANTI, ARQUI e SOBRE, se o segundo elemento 
começa por “s” ou “r”, devemos dobrar as consoantes, em 
vez de usar o hífen: 
Como era: 
auto-retrato, auto-serviço, auto-suficiente, auto-sustentável, 
contra-reforma, contra-senso, infra-renal, infra-som, intra-
racial, neo-romântico, neo-socialismo, pseudo-rainha, 
pseudo-representação, pseudo-sábio, semi-reta, semi-
selvagem, supra-renal, supra-sumo, ultra-radical, ultra-
romântico, ultra-som, ultra-sonografia, ante-republicano, 
ante-sala, anti-rábico, anti-racista, anti-radical, anti-semita, 
anti-social, arqui-rival, arqui-sacerdote, sobre-renal, sobre-
roda, sobre-saia, sobre-salto... 
 
Como fica: 
autorretrato, autosserviço, autossuficiente, 
autossustentável, contrarreforma, contrassenso, infrarrenal, 
infrassom, intrarracial, neorromântico, neossocialismo, 
pseudorrainha, pseudorrepresentação, pseudossábio, 
semirreta, semisselvagem, suprarrenal, suprassumo, 
ultrarradical, ultrarromântico, ultrassom, ultrassonografia, 
anterrepublicano, antessala, antirrábico, antirracista, 
antirradical, antissemita, antissocial, arquirrival, 
arquissacerdote, sobrerrenal, sobrerroda, sobressaia, 
sobressalto... 
 
Com os prefixos terminados em vogal, se o segundo 
elemento começa por uma vogal diferente, devemos 
escrever sem hífen: 
 
Como era: 
auto-adesivo, auto-análise, auto-idolatria, contra-espião, 
contra-indicação, contra-ordem, extra- escolar, extra-oficial, 
infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-acadêmico, 
neo-irlandês, proto-evangelho, pseudo-artista, pseudo-
edema, semi-aberto, semi-alfabetizado, semi-árido, semi-
escravidão, semi-úmido, ultra-elevado, ultra-oceânico... 
 
Como fica: 
autoadesivo, autoanálise, autoidolatria, contraespião, 
contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, 
infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoacadêmico, 
neoirlandês, protoevangelho, pseudoartista, pseudoedema, 
semiaberto, semialfabetizado, semiárido, semiescravidão, 
semiúmido, ultraelevado, ultraoceânico... 
 
O que mudou e o que NÃO mudou? 
 
1ª parte Uso do hífen com prefixos 
 
1ª) Com os prefixos AUTO, CONTRA, EXTRA, INFRA, 
INTRA, NEO, PROTO, PSEUDO, SEMI, SUPRA e ULTRA, 
segundo o novo acordo ortográfico, só devemos usar hífen 
se a palavra seguinte começar por “h” ou vogal igual à 
vogal final do prefixo: 
auto-hipnose, auto-observação; contra-almirante, contra-
ataque; extra-hepático; infra-assinado, infra-hepático; intra-
abdominal, intra-hepático; neo-hamburguês; proto-história, 
proto-orgânico; semi-inconsciência, semi-interno, supra-
anal, supra-hepático; ultra-aquecido, ultra-hiperbólico. 
Observação: 
Com as demais letras, devemos escrever “tudo junto”, sem 
hífen (pela regra antiga, usávamos hífen quando a palavra 
seguinte começava por H, R, S e qualquer vogal): 
 
1) autoadesivo, autoanálise, autobiografia, autoconfiança, 
autocontrole, autocrítica, autodestruição, autodidata, 
autoescola, autógrafo, autoidolatria, automedicação, 
automóvel, autopeça, autopiedade, autopromoção, 
autorretrato, autosserviço, autossuficiente, 
autossustentável, autoterapia; 
 
2) contrabaixo, contraceptivo, contracheque, contradança, 
contradizer, contraespião, contrafilé, contragolpe, 
contraindicação, contramão, contraordem, contrapar tida, 
contrapeso, contraponto, contraproposta, contraprova, 
contrarreforma, contrassenso, contraveneno; 
 
3) extraconjugal, extracurricular, extraditar, extraescolar, 
extragramatical, extrajudicial, extraoficial, extrapartidário, 
extraterreno, extraterrestre,extratropical, extravascular. 
 
4) infracitado, infraestrutura, inframaxilar, infraocular, 
infrarrenal, infrassom, infravermelho, infravioleta; 
 
5) intracelular, intracraniano, intracutâneo, intragrupal, 
intralinguístico, intramolecular, intramuscular, intranasal, 
intranet, intraocular, intrarracial, intratextual, intrauterino, 
intravenoso, intrazonal; 
 
6) neoacadêmico, neobarroco, neoclassicismo, 
neocolonialismo, neofascismo, neofriburguense, 
neoirlandês, neolatino, neoliberal, neologismo, neonatal, 
neonazista, neorromântico, neossocialismo, 
neozelandês; 
 
7) protocolar, protoevangelho, protofonia, protagonista, 
protoneurônio, prototórax, protótipo, protozoário. 
 
8) pseudoartista, pseudocientífico, pseudoedema, 
pseudofilosofia, pseudofratura, pseudomembrana, 
pseudoparalisia, pseudopneumonia, pseudópode, 
pseudoproblema, pseudorrainha, pseudorrepresentação, 
pseudossábio; 
 
9) semiaberto, semialfabetizado, semiárido, semibreve, 
semicírculo, semiconsciência, semidestruído, semideus, 
semiescravidão, semifinal, semiletrado, seminu, 
semirreta, semisselvagem, semitangente, semitotal, 
semiúmido, semivogal; 
 
10) supracitado, supramencionado, suprapartidário, 
suprarrenal, suprassumo, supravaginal; 
 
11) ultracansado, ultraelevado, ultrafamoso, ultrafecundo, 
ultrajudicial, ultraliberal, ultramarino, ultranacionalismo, 
ultraoceânico, ultrapassagem, ultrarradical, 
ultrarromântico, ultrassensível, ultrassom, 
ultrassonografia, ultravírus. 
 
2ª) Com os prefixos ANTE, ANTI, ARQUI e SOBRE, só 
devemos usar hífen se a palavra seguinte começar com “h” 
ou vogal igual à vogal final do prefixo (pela regra antiga, 
usávamos o hífen quando a palavra seguinte começava por 
H, R ou S): 
1) antebraço, antecâmara, antecontrato, antediluviano, 
antegozar, ante-histórico, antejulgar, antemão, anteontem, 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 10 
antepenúltimo, anteprojeto, anterrepublicano, antessala, 
antevéspera, antevisão; 
 
2) antiabortivo, antiácido, antiaéreo, antialérgico, 
anticapitalista, anticlímax, anticoncepcional, antidepressivo, 
antidesportivo, antiético, antifebril, antigripal, anti-
hemorrágico, anti-herói, anti-horário, anti-imperialismo, 
anti-inflacionário, antimíssil, antiofídico, antioxidante, 
antipatriótico, antirrábico, antirradicalista, antissemita, 
antissocial, antiterrorismo, antitetânico, antivírus; 
 
3) arquibancada, arquidiocese, arquiduque, arqui-
hipérbole, arqui-inimigo, arquimilionário, arquipélago, 
arquirrival, arquissacerdote; 
 
4) sobreaviso, sobrebainha, sobrecapa, sobrecarga, 
sobrecomum, sobrecoxa, sobre-erguer, sobre-humano, 
sobreloja, sobremesa, sobrenatural, sobrenome, 
sobrepasso, sobrerrenal, sobrerroda, sobressaia, 
sobressalto, sobretaxa, sobretudo, sobreviver, sobrevoo. 
 
3ª) Com os prefixos HIPER, INTER e SUPER, só haverá 
hífen se a palavra seguinte começar por “h” ou “r” (essa 
regra não foi alterada): 
1) hiperativo, hiperglicemia, hiper- hidratação, hiper-
humano, hiperinflação, hipermercado, hipermiopia, 
hiperprodução, hiper-realismo, hiper-reativo, 
hipersensibilidade, hipertensão, hipertiroidismo, hipertrofia,; 
 
2) interação, interativo, intercâmbio, intercessão, 
interclubes, intercolegial, intercontinental, interdisciplinar, 
interescolar, interestadual, interface, inter-helênico, inter-
humano, interlinguístico, interlocutor, intermunicipal, 
internacional, interocular, interplanetário, inter- racial, 
inter-regional, inter-relação, interseção, intertextualidade, 
intervocálico; 
 
3) superaquecido, supercampeão, supercílio, 
superdosagem, superfaturado, super- habilidade, super- 
homem, superinvestidor, superleve, superlotado, 
supermercado, superpopulação, super- reativo, super-
requintado, supersecreto, supersônico, supervalorizado, 
supervisionar. 
 
4ª) Com o prefixo SUB, só haverá hífen se a palavra 
seguinte começar por “b” ou “r”: 
subaquático, sub-base, subchefe, subclasse, subcomissão, 
subconjunto, subcutâneo, subdelegado, subdiretor, 
subdivisão, subeditor, subemprego, subentendido, 
subestimar, subfaturado, subgrupo, subitem, subjacente, 
subjugado, sublingual, sublocação, submundo, subnutrido, 
suboficial, subpovoado, subprefeito, sub-raça, sub-reino, 
sub- reitor, subseção, subsíndico, subsolo, subterrâneo, 
subtítulo, subtotal. 
 
Segundo a regra antiga, se a palavra seguinte começasse 
pela letra “H”, deveríamos escrever sem hífen: subepático e 
subumano. As novas edições de nossos principais 
dicionários já registram as formas com hífen, como prefere 
o novo acordo ortográfico: sub-hepático e sub-humano. 
 
5ª) Vejamos alguns casos em que não se usava o hífen. 
Deveríamos escrever sempre “tudo junto” (= sem hífen). 
Segundo o novo acordo ortográfico, devemos usar o hífen 
se o segundo elemento começar por “h” ou por vogal igual à 
vogal final do pseudoprefixo: 
AERO – aeroespacial, aeronave, aeroporto; 
AGRO – agroindustrial; 
ANFI – anfiartrose, anfíbio, anfiteatro; 
AUDIO – audiograma, audiometria, audiovisual; 
BI(S) – bianual, bicampeão, bigamia, bisavô; 
BIO – biodegradável, biofísica, biorritmo; 
CARDIO – cardiopatia, cardiopulmonar; 
CENTRO – centroavante, centromédio; 
DE(S) – desacerto, desarmonia, despercebido; 
ELETRO – eletrocardiograma, eletrodoméstico; 
ESTEREO – estereofônico, estereofotografia; 
FOTO – fotogravura, fotomania, fotossíntese; 
HIDRO – hidroavião, hidroelétrico; 
MACRO – macroeconomia; 
MAXI – maxidesvalorização; 
MEGA – megaevento, megaempresário; 
MICRO – microcomputador, micro-onda; 
MINI – minidicionário, mini-hotel, minissaia; 
MONO – monobloco, monossílabo; 
MORFO – morfossintaxe, morfologia; 
MOTO – motociclismo, motosserra; 
MULTI – multicolorido, multissincronizado; 
NEURO – neurocirurgião; 
ONI – onipresente, onisciente; 
ORTO – ortografia, ortopedia; 
PARA – paramilitares, parapsicologia; 
PLURI – plurianual; 
PENTA – pentacampeão, pentassílabo; 
PNEUMO – pneumotórax, pneumologia; 
POLI – policromatismo, polissíndeto; 
PSICO – psicolinguística, psicossocial; 
QUADRI – quadrigêmeos; 
RADIO – radioamador; 
RE – reposição, rever, rerratificação; 
RETRO – retroagir, retroprojetor; 
SACRO – sacrossanto; 
SOCIO – sociolinguístico, sociopolítico; 
TELE – telecomunicações, televendas; 
TERMO – termodinâmica, termoelétrica; 
TETRA – tetracampeão, tetraplégico; 
TRI – tridimensional, tricampeão; 
UNI – unicelular; 
ZOO – zootecnia, zoológico. 
 
6ª) Prefixos sempre seguidos de hífen: 
Além – além-mar, além-túmulo; 
Aquém – aquém-fronteiras, aquém-mar; 
Bem – bem-amado, bem-querer 
(exceções: bendizer, benquisto); 
Ex – (= anterior) – ex-senador, ex-esposa; 
Grã – grã-duquesa, grã-fino; 
Grão (= grande) – grão-duque, grão -mestre; 
Pós (tônico) – pós-moderno, 
pós-meridiano, pós-cabralino; 
Pré (tônico) – pré-nupcial, pré-estreia, 
pré - vestibular; 
Pró – pró-britânico, pró-governo; 
Recém – recém-chegado, recém-nascido, 
recém-nomeado; 
Sem – sem-número (= inúmeros), 
sem-terra, sem-teto, sem-vergonha; 
Sota/soto – sota-piloto, soto-mestre; 
Vice/vizo – vice-diretor, vizo-rei. 
 
Observação: 
Com o prefixo “CO-“, o uso do hífen era obrigatório: co-
autor, co-fundador, co-seno, co -tangente... 
Com o novo acordo ortográfico, o hífen só será obrigatório 
se o segundo elemento começar por “H”: co-herdeiro, 
coautor, cofundador, cosseno, cotangente. 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 11 
Nas formações com o prefixo “CO-“, este se aglutina em 
geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por 
“o”: coobrigação, coocupante,cooperar, cooperação, 
coordenar... 
 
2ª parte Devemos usar o hífen 
1) Para dividir sílabas: or-to-gra-fi-a, gra-má-ti-ca, ter-ra, 
per-do-o, ál-co-ol, ra-i-nha, trans-for-mar, tran-sa-ção, su-
bli-me, sub-li-nhar, rit-mo... 
 
2) Com pronomes enclíticos e mesoclíticos: encontrei-o, 
recebê-lo, reunimo-nos, encontraram-no, dar-lhe, tornar-se-
á, realizar-se-ia... 
 
3) Antes de sufixos -( GU) AÇU, -MIRIM, -MOR: capim-açu, 
araçá-guaçu, araçá-mirim, guarda-mor... 
 
4) Em compostos em que o primeiro elemento é forma 
apocopada (BEL-, GRÃ-, GRÃO- ...) ou verbal: bel-prazer, 
grã-fino, grão-duque, el-rei, arranha-céu, cata-vento, 
quebra-mola, para-lama, beija-flor... 
 
5) Em nomes próprios compostos que se tornaram comuns: 
santo-antônio, dom-joão, gonçalo-alves... 
 
6) Em nomes gentílicos: cabo-verdiano, porto-alegrense, 
espírito-santense, mato-grossense... 
 
7) Em compostos em que o primeiro elemento é numeral: 
primeiro-ministro, primeira-dama, segunda-feira... 
 
8) Em compostos homogêneos (dois adjetivos, dois 
verbos): técnico-científico, luso-brasileiro, azul-claro, 
quebra-quebra, corre-corre... 
 
9) Em compostos de dois substantivos em que o segundo 
faz papel de adjetivo: carro-bomba, bomba-relógio, laranja-
lima, manga-rosa, tamanduá-bandeira, caminhão-pipa... 
 
10) Em composto em que os elementos, com sua estrutura 
e acento, perdem a sua significação original e formam uma 
nova unidade semântica: copo-de-leite, pé-de-moleque, 
couve-flor, tenente-coronel, pé-frio, unha-de-fome... 
 
TREMA (TOTALMENTE ABOLIDO) 
 
Como era? 
Usávamos o trema na letra “u” (pronunciada e átona), 
antecedida de Q ou G e seguida de E ou I. 
O objetivo do trema era distinguir a letra “u” muda (= não 
pronunciada) da letra “u” pronunciada: 
 
QUE = quente, questão, quesito; 
QÜE = freqüente, seqüestro, delinqüente; 
QUI = quilo, adquirir, química; 
QÜI = tranqüilo, eqüino, iniqüidade; 
GUE = guerra, sangue, larguemos; 
GÜE = agüentar, bilíngüe, enxagüemos; 
GUI = guitarra, distinguir, seguinte; 
GÜI = lingüiça, pingüim, argüir. 
 
Palavras que recebiam trema: 
agüentar, argüir, argüição, averigüemos, apazigüemos, 
bilíngüe, cinqüenta, conseqüência, conseqüente, 
delinqüência, delinqüente, deságüe, enxágüe, freqüência, 
freqüente, lingüiça, pingüim, qüinquagésimo, seqüência, 
seqüestro, tranqüilo... 
 
Palavras que não recebiam trema: 
adquirir, distinguir, distinguido, extinguido, extinguir, 
seguinte, por conseguinte, questão, questionar, 
questionário... 
 
Como fica? 
Todas sem trema: 
aguentar, arguir, arguição, averiguemos, apaziguemos, 
bilíngue, cinquenta, consequência, consequente, 
delinquência, delinquente, deságue, enxágue, frequência, 
frequente, linguiça, pinguim, quinquagésimo, quinquênio, 
quinquenal, sagui, sequência, sequestro, tranquilo. 
 
Observações: 
a) Embora o trema não seja mais usado, a pronúncia 
das palavras que recebiam o trema não mudará, ou 
seja, deveremos continuar pronunciando a letra “u”. 
 
b) Não esqueça que jamais houve trema quando a letra “u” 
estava seguida de “o” ou “a”: ambíguo, longínquo, 
averiguar, adequado... 
 
c) Se a letra “u”, antes de “e” ou “i”, fosse pronunciada e 
tônica, devíamos usar acento agudo em vez do trema: que 
ele averigúe, que eles apazigúem, ele argúi, eles argúem... 
Este acento também foi abolido: que ele averigue, que eles 
apaziguem, ele argui, eles arguem... 
 
d) Palavras com dupla pronúncia (o uso do trema era 
facultativo): 
antiguidade, antiquíssimo, equidistante, liquidação, liquidar, 
liquidez, liquidificador, líquido, sanguinário, sanguíneo. 
 
e) Também com dupla pronúncia (sempre sem trema): 
Catorze e quatorze 
Cota ou quota 
Cotizar ou quotizar 
Cotidiano ou quotidiano 
 
Como era Como fica 
pingüim pinguim 
tranqüilo tranquilo 
cinqüenta cinquenta 
 
SIGNIFICADO DAS PALAVRAS 
 
Para se entender o significado das palavras devemos 
conhecer o siginificado de sinônimos, antônimos, 
homônimos e parônimos. 
 
O que é o Significado das Palavras? 
Palavras sinônimas - duas ou mais palavras que tem um 
significado semelhante ou o mesmo significado. 
Exemplos: 
casa / lar / moradia / residência 
longe / distante 
delicioso / saboroso 
carro / automóvel 
triste /melancólico 
resgatar / recuperar 
maciço / compacto 
 
Há dois tipos de sinônimos: 
- As palavras que se identificam exatamente são 
conhecidas como sinônimo perfeito (casa - lar). 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 12 
- As palavras que se identificam por aproximadamente são 
conhecidas como sinônimos imperfeitos (esperar e 
aguardar). 
 
Palavras antônimas - duas ou mais palavras têm 
significados se opõe 
Exemplos: 
amor / ódio 
luz / trevas 
mal / bem 
ausência / presença 
fraco / forte 
claro / escuro 
subir / descer 
cheio / vazio 
possível / impossível 
 
Palavras homônimas - duas ou mais palavras apresentam a 
mesma grafia e a mesma pronúncia, mas possuem 
significados diferentes. 
Agora vou colocar "extrato" de tomate, para a carne. 
Agora tenho que ir ao banco pegar o "extrato". 
 
A "manga" da blusa era azul. 
A minha fruta preferida é a "manga". 
 
Eu "rio" tanto. 
Da minha casa eu consigo ver o "rio". 
 
Há três tipos de homônimos: 
Homônimos perfeitos onde as palvras possuem a mesma 
grafia e o mesmo som. 
Homem são (saúde), São João (título) São várias as 
causas 
Como vai? Eu como feijão 
 
Homônimos homófonos onde as palavras tem o mesmo 
som porém a grafia é diferente. 
sessão (reunião), seção (repartição) e cessão (ato de 
ceder); 
concerto (musical) e conserto (remendo). 
 
Homônimos homógrafos 
Têm a mesma grafia e sons diferentes. 
Almoço (ô) – substantivo Almoço (ó) – verbo 
Jogo (ô) – substantivo Jogo (ó) – verbo 
Para – preposição Pára – verbo 
 
Parônimos são palavras diferentes no sentido, mas com 
muita semelhança na escrita e na pronúncia. 
Exemplos : 
Infligir / infrigir 
Retificar / ratificar 
Vultoso / vultuoso 
 
Polissemia 
Polissemia é a propriedade que uma mesma palavra tem de 
apresentar mais de um significado nos múltiplos contextos 
em que aparece. 
 
Veja alguns exemplos de palavras polissêmicas: 
cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura, 
da faca) 
banco (instituição comercial financeira, assento) 
manga (parte da roupa, fruta) 
 
Acentuação gráfica 
 
A acentuação gráfica consiste na aplicação de certos 
sinais escritos sobre determinadas letras para representar o 
que foi estipulado pelas regras de acentuação do idioma. 
Entre estes sinais estão os diversos acentos gráficos, 
além do restante dos diacríticos, como o trema, por 
exemplo. 
 
Acentos gráficos e diacríticos 
♦ o acento agudo ( ´ ) - colocado sobre as letras a, i, 
u e sobre o e do grupo em, indica que essas letras 
representam as vogais tónicas / tônicas da palavra: 
carcará, caí, armazém. Sobre as letras e e o, indica, além 
de tonicidade, timbre aberto: lépido, céu, léxico. 
♦ o acento circunflexo ( ^ ) - colocado sobre as letras 
a, e e o, indica, além de tonicidade, timbre fechado: 
lâmpada, pêssego, supôs, Atlântico. 
♦ o til ( ~ ) - indica que as letras a e o representam 
vogais nasais: alemã, órgão, portão, expõe, corações, 
ímã. 
♦ o acento grave ( ` ) - indica a ocorrência da fusão 
da preposição a com os artigos a e as, com os pronomes 
demonstrativos a e as e com a letra a inicial dos pronomes 
aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo: à, às, àquele, 
àquilo. 
OBS: Quando seguidas de m ou n, as letras a, e, o 
representam vogais nasais, comummente/comumente 
fechadas, recebem acento circunflexo, e não agudo. Ex: 
câmara, ânus. A única exceção ocorre nas terminações -
em, -ens em que se usa acentoagudo [porém, contém, 
provém, parabéns], a não ser nas formas da 3ª pessoa do 
plural, quando passa a usar o circunflexo. 
OBS: Há palavras cujo o uso do acento agudo ou 
circunflexo pode ser escolhido pelo escritor como: 
Abdómen/Abdômen, Cómico/Cômico, Fénix/Fênix, 
Fónico/Fônico, Gémeo/Gêmeo, Pónei/Pônei, Tónico/Tônico, 
Vólei/Vôlei. 
Observação: 
♦ o trema ( ¨ ) (abolido) – é apenas aplicado em 
palavras estrangeiras como sobrenomes, e.g. "Müller"). 
 
Regras básicas 
As regras de acentuação gráfica procuram reservar os 
acentos para as palavras que se enquadram nos padrões 
prosódicos menos comuns da língua portuguesa. Disso, 
resultam as seguintes regras básicas: 
♦ proparoxítonas - são todas acentuadas. Têm a 
antepenúltima sílaba tônica e, nesse caso, é a sílaba que 
leva acento. A vogal com timbre aberto é acentuada com 
um acento agudo, já a com timbre fechado ou nasal é 
acentuada com um acento circunflexo. É o caso de: 
lâmpada, relâmpago, Atlântico, trôpego, Júpiter, lúcido, 
ótimo, víssemos, flácido. 
♦ paroxítonas - são as palavras mais numerosas da 
língua e justamente por isso as que recebem menos 
acentos. Têm a penúltima sílaba tônica. São acentuadas as 
que terminam em: 
o i, is: táxi, beribéri, lápis, grátis, júri. 
o u, us, um, uns, on, ons: vírus, bónus / 
bônus, álbum, parabélum, álbuns, parabéluns, nêutron, 
prótons. 
o l, n, r, x, ps: incrível, útil, ágil, fácil, 
amável, éden, hífen, pólen, éter, mártir, caráter, revólver, 
destróier, tórax, ónix / ônix, fénix / fênix, bíceps, fórceps, 
Quéops. 
o ã, ãs, ão, ãos: ímã, órfã, ímãs, órfãs, 
bênção, órgão, órfãos, sótãos. 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 13 
o ditongo oral, crescente ou 
decrescente, seguido ou não de s: água, árduo, pónei, 
cáries, mágoas, jóquei, jóqueis. 
♦ oxítonas - Têm a última sílaba tônica. São 
acentuadas as que terminam em: 
o a, as: Pará, vatapá, estás, irás, cajá. 
o e, es: você, café, Urupês, jacarés. 
o o, os: jiló, avó, avô, retrós, supôs, paletó, 
cipó, mocotó. 
o em, ens: alguém, armazéns, vintém, 
parabéns, também, ninguém. 
♦ monossílabos tónicos / tônicos - são acentuados 
os terminados em: 
o a, as: pá, vá, gás, Brás, cá, má. 
o e, es: pé, fé, mês, três, crê. 
o o, os: só, xô, nós, pôs, nó, pó, só. 
♦ ditongo - abertos tónicos / tônicos quando em 
palavras oxítonas 
o éi: anéis, fiéis, papéis 
o éu: céu, troféu, véu 
o ói: constrói, dói, herói 
♦ hiato - i e u nas condições: 
o sejam a segunda vogal tónica / tônica de 
um hiato; 
o formem sílabas sozinhos ou com s na 
mesma sílaba; 
o não sejam seguidas pelo dígrafo nh; 
o não forem repetidas (i-i ou u-u); 
o não sejam, quando em palavras 
paroxítonas, precedidas de ditongo; 
ex.: aí: a-í; balaústre: ba-la-ús-tre; egoísta: e-go-ís-ta; 
faísca: fa-ís-ca; viúvo; vi-ú-vo; heroína: he-ro-í-na; saída: 
sa-í-da; saúde: sa-ú-de. 
♦ Não se acentuam as palavras oxítonas terminadas 
em i ou u (seguidos ou não do s). Palavras como baú, saí, 
Anhagabaú, etc., são acentuadas não por serem oxítonas, 
mas por o i e o u formarem sílabas sozinhos, num hiato. 
♦ Apesar de não poder ser considerado um caso de 
tonicidade, coloca-se um acento grave (`) na crase da 
preposição "a" com os artigos femininos "a", "as" e com os 
pronomes demonstrativos "aquele", "aqueles", "aquela", 
"aquelas", "aquilo": à, às, àquele, àquilo. 
 
Acento diferencial 
O acento diferencial é utilizado para diferenciar palavras de 
grafia semelhante. É utilizado nos seguintes casos: 
♦ pôde (pret. perf. do ind. de poder) - pode (pres. do 
ind. de poder) 
♦ pôr (verbo) - por (preposição) 
♦ têm (terceira pessoa do plural do verbo ter) - tem 
(terceira pessoa do singular do verbo ter) 
♦ Os derivados do verbo ter têm na terceira pessoa 
do singular um acento agudo "´", já a terceira pessoa do 
plural tem um acento circunflexo "^" mantém - mantêm 
♦ vêm (terceira pessoa do plural do verbo vir) - vem 
(terceira pessoa do singular do verbo vir) 
♦ Os derivados do verbo vir têm na terceira pessoa 
do singular um acento agudo "´", já a terceira pessoa do 
plural tem um acento circunflexo "^" provém - provêm 
♦ fôrma (substantivo) - forma (substantivo e 
verbo)(opcionalmente) 
O acento em "fôrma" pode ser considerado opcional. 
♦ chegámos (1ª pessoa do plural no pretérito - 
indicativo) chegamos (1ª pessoa do plural no presente - 
indicativo) (opcionalmente) 
O acento diferencial do pretérito é opcional. 
Após a Reforma Ortográfica, o acento diferencial foi quase 
totalmente eliminado da escrita, porém, obviamente, a 
pronúncia continua a mesma. 
 
Acentuação após o acordo ortográfico: 
Posição da sílaba tônica: 
1) Proparoxítona 
Sílaba tônica na antepenúltima: pálido; 
2) Paroxítona 
Sílaba tônica na penúltima: palito; 
3) Oxítona 
Sílaba tônica na última: paletó. 
 
Uso dos acentos gráficos: 
A) Regras básicas (nada muda com a nova reforma 
ortográfica): 
1a-) Proparoxítonas: TODAS recebem acento gráfico: 
máximo, cálice, lâmpada, elétrico, estatística, ínterim, 
álcool, alcoólico... 
Observações: 
déficit (forma aportuguesada) ou deficit (forma latina = sem 
acento gráfico); habitat; sub judice (formas latinas); récorde 
(usual, mas sem registro nos dicionários e no Vocabulário 
Ortográfico da ABL) ou recorde (forma registrada). 
 
2a-) Paroxítonas: Só recebem acento gráfico as 
terminadas em: 
ã(s) – ímã, órfã, ímãs, órfãs; 
ão(s) – órfão, bênção, órgãos, órfãos; 
i(s) – táxi, júri, lápis, tênis; 
us – vírus, bônus, ânus, Vênus; 
um, uns – álbum, álbuns, fórum, fóruns; 
ons – íons, prótons, nêutrons; 
ps – bíceps, tríceps, fórceps; 
R – éter, mártir, açúcar, júnior; 
X – tórax, ônix, látex, Fênix; 
N – hífen, pólen, próton, elétron; 
L – túnel, móvel, nível, amável; 
ditongos – secretária, área, cárie, séries, armário, prêmios, 
arbóreo, água, mágoa, tênue, mútuo, bilíngue, enxáguem, 
deságuam... 
Observações: 
Não recebem acento gráfico as paroxítonas terminadas em: 
a(s) – bola, fora, rubrica, bodas, caldas; 
e(s) – neve, aquele, cortes, dotes; 
o(s) – solo, coco, sapato, atos, rolos; 
em, ens – nuvem, item, hifens, ordens; 
am – falam, estavam, venderam, cantam. 
 
3a-) Oxítonas: Só recebem acento gráfico as terminadas 
em: 
a(s) – sofá, atrás, maracujá, babás, dirá, falarás, 
encaminhá-la, encontrá-lo-á; 
e(s) – café, pontapés, você, buquê, português, obtê-lo, 
recebê-la-á; 
o(s) – jiló, avô, avós, gigolô, compôs, paletó, após, dispô-lo; 
em, ens – além, alguém, também, parabéns, vinténs, ele 
intervém, tu intervéns. 
Observações: 
Não recebem acento gráfico as oxítonas terminadas em: 
i(s) – aqui, saci, Parati, anis, barris, adquiri-lo, impedi-la; 
u(s) – bauru, urubu, Nova Iguaçu, Bangu, cajus, expus; 
az, ez, oz – capaz, rapaz, talvez, xadrez, atroz, arroz; 
or – condor, impor, compor; 
im – ruim, assim, folhetim. 
 
4a-) Monossílabas: – Só recebem acento gráfico as 
palavras tônicas (substantivos, adjetivos, verbos, pronomes, 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 14 
advérbios, numerais) terminadas em: 
a(s) – pá, gás, má, más, ele dá, há, tu vás, dá-lo, já, lá; 
e(s) – fé, ré, pés, mês, que ele dê, ele vê, vê-los, tu lês, 
três; 
o(s) – pó, dó, nó, nós, cós, vós, pôs, pô-lo. 
Observações: 
a) Não recebem acento gráfico os monossílabos tônicos 
terminados em: 
i(s) – ti, si, bis, quis; 
u(s) – tu, cru, nus, pus; 
az, ez, oz – paz, traz, fez, vez, noz, voz; 
or – cor, for, dor; 
em, ens – bem, sem, trens, ele tem, ele vem, tu tens, tu 
vens. 
b) Não recebem acento gráfico os monossílabos átonos: 
artigos definidos: o, a, os, as; 
conjunções: e, mas, se, que; 
preposições: a, de, por; 
contrações (combinações): da, das, no, nos; 
pronomerelativo: que. 
c) A palavra QUE recebe acento circunflexo, quando 
substantivada ou no fim de frase, já que se torna uma 
palavra tônica: 
As crianças tinham um quê todo especial. 
Procurava não sabia o quê. 
Ele viajou por quê? 
Palavras com dupla pronúncia (com ou sem acento gráfico). 
Em negrito, está a forma preferencial: 
Vejamos alguns exemplos que já aparecem nas mais 
recentes edições de nossos principais dicionários e no 
Vocabulário Ortográfico publicado pela Academia Brasileira 
de Letras. 
1. ACROBATA ou ACRÓBATA 
2. AUTÓPSIA ou AUTOPSIA 
3. BIÓPSIA ou BIOPSIA 
4. BIOTIPO ou BIÓTIPO 
5. BOEMIA ou BOÊMIA 
6. CATÉTER ou CATETER 
7. CRISÂNTEMO ou CRISANTEMO 
8. DUPLEX ou DÚPLEX 
9. HIEROGLIFO ou HIERÓGLIFO 
10. NECRÓPSIA ou NECROPSIA 
11. ÔMEGA ou OMEGA 
12. ORTOEPIA ou ORTOÉPIA 
13. PROJÉTIL ou PROJETIL 
14. TRIPLEX ou TRÍPLEX 
15. XÉROX e X E R OX 
Palavras que só admitem uma pronúncia, mas deixam 
dúvidas. (*marcamos a sílaba tônica, para reforçar a 
pronúncia culta) 
ACÓRDÃO (acordo judicial); ACORDÃO (aumentativo de 
acordo); AMBROSIA; ARGUI (ele = presente do indicativo); 
ARGUI (eu = pretérito perfeito do indicativo); CÁQUI (cor); 
CAQUI (fruta); CIRCUITO; CLITÓRIS; CLÍTORIS (pedra); 
DÉFICIT; ESTRATÉGIA; FILANTROPO; F LU I DO 
(substantivo); FLUÍDO (particípio do verbo FLUIR); FÔRMA; 
FORTUITO; GRATUITO; HABEAS CORPUS; HABITAT; 
IBERO; ÍNTERIM; LÁTEX; MAQUINARIA; MAQUINÁRIO; 
MISTER (necessário); MONÓLITO; NOBEL; OCEANIA; 
ÔNIX; RECORDE; RUBRICA; 
Obs.: Nos canais da Rede Globo e no Sistema Globo de 
Rádio, por opção, pronunciam “récorde”, como se fosse 
proparoxítona. 
 
B) Regras especiais 
1ª) Regra dos hiatos (abolida pela reforma ortográfica): 
Como era? 
Todas as palavras terminadas em “oo(s)” e as formas 
verbais terminadas em “-eem” recebiam acento circunflexo: 
vôo, vôos, enjôo, enjôos, abençôo, perdôo; crêem, dêem, 
lêem, vêem. relêem, prevêem. 
Como fica? 
Sem acento: 
voo, voos, enjoo, enjoos, abençoo, perdoo; creem, 
deem, leem, veem, releem, preveem. 
 
O que não muda? 
a) Eles têm e eles vêm (terceira pessoa do plural do 
presente do indicativo dos verbos TER e VIR); 
b) Ele contém, detém, provém, intervém (terceira pessoa 
do singular do presente do indicativo dos verbos derivados 
de TER e VIR: conter, deter, manter, obter, provir, intervir, 
convir); 
c) Eles contêm, detêm, provêm, intervêm (terceira pessoa 
do plural do presente do indicativo dos verbos derivados de 
TER e VIR). 
Como fica? 
ELE/ELA: -ê 
crê 
dê 
lê 
vê 
ELES/ELAS: -eem 
creem 
deem 
leem 
veem 
ELE/ELA: -em/ém 
tem 
vem 
contém 
provém 
ELES/ELAS: -êm 
têm 
vêm 
contêm 
provêm 
 
2ª) Regra do “u” e do “i” (parcialmente abolida): 
O que não mudou? 
As vogais “i” e “u” recebem acento agudo sempre que 
formam hiato com a vogal anterior e ficam sozinhas na 
sílaba ou com “s”: 
Gra-ja-ú, ba-ú, sa-ú-de, vi-ú-va, con-te-ú-do, ga-ú-cho, eu 
re-ú-no, ele re-ú-ne, eu sa-ú-do; I-ca-ra-í, eu ca-í, eu sa-í, 
eu tra-í, o pa-ís, tu ca-ís-te, nós ca-í-mos, eles ca-í-ram, eu 
ca-í-a, ba-í-a, ra-í-zes, ju-í-za, ju-í-zes, pre-ju-í-zo, fa-ís-ca, 
pro-í-bo, je-su-í-ta, dis-tri-bu-í-do, con-tri-bu-í-do, a-tra-í-
do... 
Observações: 
a) A vogal “i” tônica, antes de “NH”, não recebe acento 
agudo: rainha, bainha, tainha, moinho... 
b) Não há acento agudo quando o “u” e o “i” formam ditongo 
e não hiato: gra-tui-to, for-tuito, in-tui-to, cir-cui-to, mui-to, 
sai-a, bai-a, que eles cai-am, ele cai, ele sai, ele trai, os 
pais... 
c) Não há acento agudo quando as vogais “i” e “u” não 
estão isoladas na sílaba: ca-iu, ca-ir-mos, sa-in-do, ra-iz, ju-
iz, ru-im, pa-ul... 
 
O que mudou? 
Perdem o acento agudo as palavras em que as vogais “i” e 
“u” formam hiato com um ditongo anterior: fei-u-ra, bai-u-ca, 
Bo-cai-u-va... 
 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 15 
Como era Como fica 
Feiúra feiura 
Baiúca baiuca 
Bocaiúva Bocaiuva 
 
3ª) Regra dos ditongos abertos “éu”, “éi” e “ói” 
(parcialmente abolida): 
Como era? 
Acentuavam-se todas as palavras que apresentam 
ditongos abertos: 
ÉU: céu, réu, chapéu, troféus... 
ÉI: papéis, pastéis, anéis, idéia, assembléia... 
ÓI: dói, herói, eu apóio, esferóide... 
Observações: 
a) Não se acentuam os ditongos fechados: 
EU: seu, ateu, judeu, europeu... 
EI: lei, alheio, feia... 
OI: boi, coisa, o apoio... 
b) No Brasil, colmeia e centopeia são pronunciados com o 
timbre aberto. 
O que mudou? 
Perdem o acento agudo somente as palavras 
paroxítonas : 
ideia, epopeia, assembleia, jiboia, boia, eu apoio, ele 
apoia, esferoide, heroico... 
 
O que não mudou? 
O acento agudo permanece nas palavras oxítonas: dói, 
mói, rói, herói, anéis, papéis, pastéis, céu, réu, troféu, 
chapéus... 
 
4ª) Regra do acento diferencial (parcialmente abolida): 
Como era? 
Recebiam acento gráfico as palavras homônimas 
homógrafas tônicas (para diferenciar das átonas): 
Ele pára (do verbo PARAR - só a 3a- pessoa do singular do 
presente do indicativo); 
Eu pélo, tu pélas e ele péla (do verbo PELAR); 
O pêlo, os pêlos (substantivo = cabelo, penugem); 
A pêra (substantivo = fruta – só no singular); 
O pólo, os pólos (substantivos = jogo ou extremidade). 
 
Como fica? 
Sem acento gráfico: 
Ele para (do verbo PARAR — 3a- pessoa do singular do 
presente do indicativo); 
Eu pelo, tu pelas, ele pela (do verbo PELAR); 
O pelo, os pelos (substantivo = cabelo, penugem); 
A pera (substantivo = fruta); 
O polo, os pólos (substantivos = jogo ou extremidade). 
 
O que não mudou? 
a) PÔR (verbo – infinitivo): “Ele deve pôr em prática tudo 
que aprendeu”; POR (preposição): “Ele vai por este 
caminho”; 
b) PÔDE é a 3a- pessoa do singular do pretérito perfeito do 
indicativo: “Ontem ele não pôde resolver o problema”; 
PODE é a 3a- pessoa do singular do presente do indicativo: 
“Agora ele não pode sair.” 
Observação: 
Sugiro que acentuemos fôrma (“fôrma de pizza”), como 
orienta o dicionário Aurélio e como permite o novo acordo 
ortográfico, a fim de diferenciar de forma (“forma física 
ideal”). 
 
MORFOLOGIA 
 
Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da 
formação e da classificação das palavras. A peculiaridade 
da morfologia é estudar as palavras olhando para elas 
isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou 
período. A morfologia está agrupada em dez classes, 
denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. 
São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, 
Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição. 
 
Estudar a estrutura das palavras é estudar os elementos 
(elementos mórficos) que formam a palavra, denominados 
de morfemas. São os seguintes os morfemas da Língua 
Portuguesa. 
 
Radical: 
O que contém o sentido básico do vocábulo. Aquilo que 
permanecer intacto, quando a palavra for modificada. 
Ex. falar, comer, dormir, casa, carro. 
Obs: Em se tratando de verbos, descobre-se o radical, 
retirando-se a terminação AR, ER ou IR 
 
Vogal Temática: 
 Nos verbos, são as vogais A, E e I, presentes à terminação 
verbal. Elas indicam a que conjugação o verbo pertence: 
♦ 1ª conjugação = Verbos terminados 
em AR. 
♦ 2ª conjugação = Verbos terminados 
em ER. 
♦ 3ª conjugação = Verbos terminados 
em IR. 
Obs.: O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, já que proveio 
do antigo verbo poer. 
 
Nos substantivos e adjetivos, são as vogais A, E, I, O e U, 
no final da palavra, evitando que ela termine em consoante. 
Por exemplo, nas palavras meia, pente, táxi, couro, 
urubu. 
 
Cuidado para não confundir vogal temática de 
substantivo e adjetivo com desinência nominal de 
gênero, que estudaremos mais à frente. 
 
Tema: 
É a junção do radical com a vogal temática. Se não existir 
a vogal temática,o tema e o radical serão o mesmo 
elemento; o mesmo acontecerá, quando o radical for 
terminado em vogal. Por exemplo, em se tratando de verbo, 
o tema sempre será a soma do radical com a vogal 
temática - estuda, come, parti; em se tratando de 
substantivos e adjetivos, nem sempre isso acontecerá. 
Vejamos alguns exemplos: No substantivo pasta, past é o 
radical, a, a vogal temática, e pasta o tema; já na palavra 
leal, o radical e o tema são o mesmo elemento - leal, pois 
não há vogal temática; e na palavra tatu também, mas 
agora, porque o radical é terminado pela vogal temática. 
 
Desinências: 
É a terminação das palavras, flexionadas ou variáveis, 
posposta ao radical, com o intuito de modificá-las. 
Modificamos os verbos, conjugando-os; modificamos os 
substantivos e os adjetivos em gênero e número. Existem 
dois tipos de desinências: 
 
Desinências verbais: 
Modo-temporais = indicam o tempo e o modo. São quatro 
as desinências modo-temporais: 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 16 
-va- e -ia- para o Pretérito Imperfeito do Indicativo = 
estudava, vendia, partia. 
-ra- para o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo = 
estudara, vendera, partira. 
-ria- para o Futuro do Pretérito do Indicativo = estudaria, 
venderia, partiria. 
-sse- para o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo = 
estudasse, vendesse, partisse. 
 
Número-pessoais: indicam a pessoa e o número. São três 
os grupos das desinências número-pessoais. 
 
Grupo I: i, ste, u, mos, stes, ram, para o Pretérito Perfeito 
do Indicativo = eu cantei, tu cantaste, ele cantou, nós 
cantamos, vós cantastes, eles cantaram. 
Grupo II: -, es, -, mos, des, em, para o Infinitivo Pessoal e 
para o Futuro do Subjuntivo = Era para eu cantar, tu 
cantares, ele cantar, nós cantarmos, vós cantardes, 
eles cantarem. Quando eu puser, tu puseres, ele puser, 
nós pusermos, vós puserdes, eles puserem. 
Grupo III: -, s, -, mos, is, m, para todos os outros tempos = 
eu canto, tu cantas, ele canta, nós cantamos, vós 
cantais, eles cantam. 
 
Desinências nominais: 
de gênero = indica o gênero da palavra. A palavra terá 
desinência nominal de gênero, quando houver a oposição 
masculino - feminino. Por exemplo cabeleireiro - 
cabeleireira. A vogal a será desinência nominal de gênero 
sempre que indicar o feminino de uma palavra, mesmo que 
o masculino não seja terminado em o. Por exemplo: crua, 
ela, traidora. 
 
de número = indica o plural da palavra. É a letra s, 
somente quando indicar o plural da palavra. Por exemplo: 
cadeiras, pedras, águas. 
 
Afixos: São elementos que se juntam a radicais para 
formar novas palavras. São eles: 
Prefixo: É o afixo que aparece antes do radical. Por 
exemplo destampar, incapaz, amoral. 
Sufixo: É o afixo que aparece depois do radical, do tema 
ou do infinitivo. Por exemplo pensamento, acusação, 
felizmente. 
 
Vogais e consoantes de ligação: São vogais e 
consoantes que surgem entre dois morfemas, para tornar 
mais fácil e agradável a pronúncia de certas palavras. Por 
exemplo flores, bambuzal, gasômetro, canais. 
 
Morfemas 
Morfemas são as unidades mínimas de significação, sendo 
elementos constituintes dos vocábulos. São os elementos 
que compõem a estrutura lexical e gramatical dos 
vocábulos. Os morfemas podem ser classificados em 
morfemas lexicais e morfemas gramaticais. 
Morfema Gramatical 
Morfema gramatical é o instrumento gramatical que 
representa um contexto semântico específico interno à 
enunciação. Possuem significação interna à estrutura 
gramatical. Os morfemas gramaticais são os artigos, os 
afixos, as preposições, as conjunções, além de indicar o 
gênero, o número, os tempos verbais (morfemas flexionais). 
Exemplo: Observando o vocábulo casa e suas variações, 
pode-se identificar os morfemas gramaticais do seguinte 
modo: o morfema lexical do vocábulo “casa”, independente 
de suas variações , é cas-: cas-a, cas-arão, cas-ebre, cas-
inha, simultaneamente. Enquanto o morfema lexical 
permanece o mesmo, os morfemas gramaticais variam de 
acordo com a significação específica que atribuem ao 
vocábulo. 
Morfema Lexical 
Morfema lexical é o morfema que representa a própria 
significação externa dos vocábulos. É a unidade que 
representa uma significação referente às noções gerais do 
mundo (designação de seres, ações, conceitos abstratos 
etc.). O morfema lexical no vocábulo é encontrado no seu 
núcleo de significação, denominado radical. 
Exemplos: O verbo comer apresenta o morfema lexical 
(com-): com-er, com-ida, com-ilança, com-ilão. Todas as 
derivações do vocábulo, portanto, recorrem a um mesmo 
morfema lexical, e diz-se então que o radical da palavra 
comer é sua parte invariável (com-). 
Há que só possuem o como elemento. Exemplos desse 
aspecto são os vocábulos mar, lápis, giz, Lua, Sol, luz, pé 
Morfemas são as unidades mínimas de significação, sendo 
elementos constituintes dos vocábulos. São os elementos 
que compõem a estrutura lexical e gramatical dos 
vocábulos. Os morfemas podem ser classificados em 
morfemas lexicais e morfemas gramaticais. 
Morfema Gramatical 
Morfema gramatical é o instrumento gramatical que 
representa um contexto semântico específico interno à 
enunciação. Possuem significação interna à estrutura 
gramatical. Os morfemas gramaticais são os artigos, os 
afixos, as preposições, as conjunções, além de indicar o 
gênero, o número, os tempos verbais (morfemas flexionais). 
Exemplo: Observando o vocábulo casa e suas variações, 
pode-se identificar os morfemas gramaticais do seguinte 
modo: o morfema lexical do vocábulo “casa”, independente 
de suas variações , é cas-: cas-a, cas-arão, cas-ebre, cas-
inha, simultaneamente. Enquanto o morfema lexical 
permanece o mesmo, os morfemas gramaticais variam de 
acordo com a significação específica que atribuem ao 
vocábulo. 
Morfema Lexical 
Morfema lexical é o morfema que representa a própria 
significação externa dos vocábulos. É a unidade que 
representa uma significação referente às noções gerais do 
mundo (designação de seres, ações, conceitos abstratos 
etc.). O morfema lexical no vocábulo é encontrado no seu 
núcleo de significação, denominado radical. 
Exemplos: O verbo comer apresenta o morfema lexical 
(com-): com-er, com-ida, com-ilança, com-ilão. Todas as 
derivações do vocábulo, portanto, recorrem a um mesmo 
morfema lexical, e diz-se então que o radical da palavra 
comer é sua parte invariável (com-). 
Há que só possuem o como elemento. Exemplos desse 
aspecto são os vocábulos mar, lápis, giz, Lua, Sol, luz, pé 
 
Significados da palavras através de seus elementos 
mórficos 
 
Prefixos 
Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos 
radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; 
raramente esses morfemas produzem mudança de classe 
gramatical. 
Prefixos de Origem Grega 
a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, 
carência. Exemplos: 
anônimo, amoral, ateu, afônico 
ana- : Inversão, mudança, repetição. Exemplos: 
analogia, análise, anagrama, anacrônico 
Língua Portuguesa 
 
Expressão Cultural Página 17 
anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. 
Exemplos: 
anfiteatro, anfíbio, anfibologia 
anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos: 
antídoto, antipatia, antagonista, antítese 
apo- : Afastamento, separação. Exemplos: 
apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia 
arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, primazia, 
excesso. Exemplos: 
arquiduque,arquétipo, arcebispo, arquimilionário 
cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos: 
cataplasma, catálogo, catarata 
di-: Duplicidade. Exemplos: 
dissílabo, ditongo, dilema 
dia- : Movimento através de, afastamento.

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