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Apostila COMPLETA de Ecologia e Animais Selvagens

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FESO
Medicina Veterinária
Ecologia e Animais Selvagens ***
Por: Giselle Keller El Kareh de Souza
2004
Índice
Princípios do conselho nacional de pesquisas					pág. 02
Utilização de animais nos diferentes setores da atividade humana		pág. 02
Adaptações para perpetuação da espécie					pág. 03
Destruição ou distúrbios do habitat						pág. 03
Mamíferos selvagens brasileiros - classificações				pág. 03
Aves brasileiras									pág. 06
Répteis e anfíbios brasileiros							pág. 07
Recintos de animais selvagens							pág. 08
Vegetação										pág. 09
Principais causas de desmatamento no Brasil					pág. 11
Solo											pág. 12
Reprodução em animais selvagens						pág. 13
Zoonoses de animais selvagens							pág. 14
Ofidismo										pág. 17
Pesticidas na natureza								pág. 20
	Desequilíbrios ecológicos							pág. 22
	Detritos da poluição industrial						pág. 23
Resgate da fauna em hidrelétricas						pág. 24
Animais peçonhentos e venenosos						pág. 25
Neonatos										pág. 27
Preservação de espécies ameaçadas						pág. 28
Questionário									pág. 31
Ecologia e Animais Selvagens
O concelho nacional de pesquisas recomenda:
Primeiro princípio
Não invasivo – estudos da história natural, observações da natureza, fotos, (estudos na natureza, mas sem tocar nos animais).
Invasivos – deve-se considerar os princípios do bem estar animal, pois pega-se no animal para medi-lo, pesá-lo, marcá-lo, etc.
Segundo princípio
	Supervisão de alguém com conhecimento e experiência (saúde, abrigo, manejo, manipulação).
Terceiro princípio
	Cuidado diário apropriado, inclusive em feriados e férias (pela nutrição, bem estar, etc.).
Quarto princípio
	Animais devem estar livres de doenças que possam ser transmitidas ao homem e a outros animais. Se necessário, deve haver sempre a presença de um médico veterinário.
Quinto princípio
	Professores e estudantes devem informar imediatamente as autoridades de saúde a ocorrência de ferimentos, mordidas, alergias e outras doenças, no contato com os animais em pesquisa.
Sexto princípio
	Antes de obter um animal, deve-se ter um plano de alojamento do mesmo. Ele não pode ser capturado da vida selvagem e, ao se desfazer dele, não deve ser solto sem o apoio da autoridade sanitária (ambiental). Se for necessária a eutanásia, deve-se seguir a regulamentação específica.
Utilização de animais nos diferentes setores da atividade humana
	São usados na indústria de alimentos (produção de carne, leite, mel, ovos); na indústria de vestuário e utensílios domésticos (roupas, cintos, bolsas, sapatos); na indústria de trabalho e auxílio sensorial (animais de carga, transporte de pessoas, cães de cegos); em segurança física e patrimonial (investigação policial, cães de guarda); no lazer e indústria de entretenimento (feiras, exposições, competições esportivas, pescaria, caçadas, pets); na manipulação de ecossistemas (controle populacional e repovoamento florestal, manutenção da diversidade biológica); em investigação científica e tecnológica (transplante de órgãos, produção de vacinas, medicamentos, práticas de ensino).
Corrida para perpetuação da espécie
Adaptações:
	Velocidade, agilidade, capacidade para salto, para natação, construção de refúgios e aquisição de armas eficazes (dentes fortes, garras, venenos, carapaças, espinhos, odores desagradáveis).
	Essas adaptações originaram a grande diversidade biológica dos nossos dias.
Destruição ou distúrbios do habitat
Causas naturais:
	Incêndios (vulcões, relâmpagos), inundações, secas, tremores de terra, tornados, furacões.
Causas antrópicas (pelo homem):
	A explosão demográfica causa inúmeros problemas, entre eles: expansão da fronteira agrícola, pastagens, procura por combustíveis, por novos produtos (borracha, plantas medicinais, comida, ervas, etc.), construção de hidrelétricas, mineração, poluição industrial (gases, fumaça, chuva ácida), incêndio florestal, sistemas de comunicação (construção de rodovias, ferrovias, aeroportos – além do transtorno físico, produz barulho), expansão urbana, atividades militares, turismo (photo safáris).
	Com a evolução, os homens começaram a domesticar animais e plantas, o que alterou o comportamento de diversos animais, além do transporte destas espécies entre continentes.
Mamíferos Selvagens Brasileiros
	O Brasil é o país com maior número de mamíferos selvagens do planeta, com mais de 500 espécies e o maior número de primatas (120). 25% das espécies são endêmicas. Isso ocorre, pois o país possui uma localização privilegiada, já que o maior número de espécies ocorre próximo a linha do equador, onde é mais quente. Entre essas espécie, mais de 60 está ameaçada de extinção.
Endêmico – são espécies encontradas apenas em determinado local, são especializadas neste local.
Cosmopolita – são espécies que habitam em vários locais diferentes.
Pragas – se adaptam em qualquer local (são cosmopolitas).
	Os mamíferos são animais que possuem glândulas mamárias, possuem o corpo revestido de pêlos e cuidam de suas crias. Normalmente são de difícil visualização, pois a maioria tem hábitos noturnos ou crepusculares. Os mamíferos brasileiros são, em sua maioria, de dimensões reduzidas. Possuem os mais variados tipos de habitat:
Terrestres – vivem sobre a terra;
Arborícolas – vivem nas árvores;
Escansoriais ou semi-fossoriais – vivem abaixo e acima da terra;
Fossoriais – vivem abaixo da terra;
Aquáticos – vivem na água;
Semi-aquáticos – vivem na água e na terra;
	Quanto aos hábitos alimentares podem ser:
Carnívoros – se alimentam de carne;
Herbívoros – se alimentam de plantas;
Onívoros – possuem alimentação variada (carne, plantas, frutas, etc.);
Piscívoros – se alimentam de peixe;
Insetívoros – se alimentam de insetos;
Mimercófagos – se alimentam de cupins e formigas;
Frugívoros – se alimentam de frutas;
Nectarívoros – se alimentam de néctar e pólem;
Hematófagos – se alimentam de sangue;
Folífagos – se alimentam de folhas.
Ordem DIDELPHIMORPHIA
	Presença de marsupiais (possui uma bolsa onde a cria termina seu desenvolvimento, e as glândulas mamárias ficam dentro desta bolsa). Possuem dentição bem desenvolvida, focinho longo e glândulas secretoras de odor fétido. Ex: gambá, cuíca d’água, catita, mucura.
Ordem XENARTHA (ou EDENTATA)
	Dentição variando de muitos dentes a nenhum, unhas bem desenvolvidas e adaptadas para escavar ou escalar. Alguns possuem carapaças.
Família MYMECOPHAGIDAE: tamanduá mirim, tamanduá bandeira.
Família BRADYPODIDAE: preguiça de coleira.
Família MEGALONYCHIDAE: preguiça de dois dedos.
Família DASYPODIDAE: tatus.
Ordem CHIROPTERA
	Dentição bem desenvolvida, unhas das patas posteriores grandes e recurvadas, membros anteriores adaptados para o vôo, presença de patágios (membrana de pele interdigital, nos membros anteriores). Os morcegos hematófagos não possuem (ou possuem apenas um resquício) uropatágio (patágio nos membros posteriores).
Família PHYLLOSTOMIDAE: a maioria dos morcegos brasileiros são desta família. Exs.: morcego das frutas e morcegos hematófagos – Desmodus rotundus, Diaemus youngi e Diphylla ecaudata.
Família VESPERTILIONIDAE: mariposinha voadora, morcego das casas. São os maiores controladores biológicos de insetos.
Ordem PRIMATAS
	Dentição bem desenvolvida, grande mobilidade manual e dedos bem desenvolvidos. Exs: saguis, calimico, macaco da noite, macaco aranha, muriqui ou monocarvoeiro – maior primata não humano das Américas, sendo um indicador biológico de preservação da floresta, macaco preto, etc.
Família CALLITRICHIDAE: Callithrix jacchus (sagui de tufos brancos) – praga, transmite doenças (vírus da raiva). É uma espécie introduzida. Leontophitecus rosalia (mico leão dourado).
Ordem CARNIVORA
	Dentição adaptada a carnivoria (dentes carnívoros bem desenvolvidos). Unhas em forma de garras,olhos paralelos voltados para frente, cauda bem desenvolvida nos terrestres e ausente nos aquáticos. Exs: lobo guará, cachorro do mato, quati, furão, lontra, ariranha, doninha, jaguatirica, gato do mato, puma, onça, leão marinho, foca, etc.
Ordem CETACEA
	Membros adaptados a natação (sem unhas), corpo hidrodinâmico, sonar (acima da cabeça), ausência de cauda. Exs: baleias franca austral, baleia azul, jubarte, orca, golfinho, boto, cachalote, etc.
Ordem SIRENIA
	Dentição bem desenvolvida para herbivoria (com presença de cerdas), membro anterior adaptado a natação, membro posterior ausente, corpo hidrodinâmico, cauda adaptada a natação. Exs: peixe boi da Amazônia e manati.
Ordem PERISSODACTYLA
	Dentição adaptada a herbivoria, número de dedos ímpares, possuem uma tromba pequena. Ex: anta.
Ordem ARTIODACTYLA
	São os porcos do mato. Ex: cateto (encontrado no Rio) e queixada (não é encontrado no Rio). Os bovinos e suínos domésticos fazem parte desta ordem. Varas de porcos do mato são perigosas, podem matar.
Ordem RODENTIA
	Ex: ouriço cacheiro (porco espinho).
Ordem LAGOMORPHA
	São os coelhos do mato. Ex: tapeti – ocorre em todo território brasileiro.
Primatas:
	São quase essencialmente florestais. Se dividem em:
Prossimios – Madagascar, África, sudeste asiático. Velho mundo.
Catarrinos – África e sudeste asiático. Velho mundo.
Platirrinos – Américas central e sul. Novo mundo.
	Os platirrinos possuem as narinas mais afastadas e os catarrinos mais próximas (presença de septo nasal).
	Entre os platirrinos, algumas espécies são usadas em laboratórios, para estudos de doenças.
	Entre os catarrinos encontramos as espécies mais desenvolvidas, como o macaco Rhesus, babuínos, orangotangos, gorilas, etc.
Aves Brasileiras
	O Brasil possui mais de 1700 espécies de aves, oscilando entre o segundo e o terceiro do mundo em diversidade de espécies.
Psitacídeos – araras, maritacas, papagaios. Imitam sons humanos.
Osso pneumático – são ocos, sendo mais leves para auxiliar o vôo e a respiração, pois o ar passa por eles. Caso frature, não há como se colocar um pino interno, como em mamíferos, pois atrapalharia o vôo do animal, a respiração e poderia infeccionar.
Siriema – faz o controle biológico de serpentes.
Cuculiformes – fazem o controle de insetos.
Strigiformes – hábitos noturnos. Controlam várias pragas noturnas.
Biguá – causa prejuísos na pesca.
Pica-pau – ao criar buracos em árvores, esses trocos ocos servem para abrigar vários outros animais.
Tucano – podem se alimentar de ovos e filhotes de outras aves.
Melro – coloca ovos em ninhos de outras espécies, e elas criam os filhotes.
Passeriformes – são os cantadores. Com autorização do IBAMA pode-se criar comercialmente estes animais.
Apodiformes – polinizadores. Os beija-flores são polinizadores diurnos e muito visados (por sua beleza) na exportação ilegal de animais. Os polinizadores são indicadores ambientais, pois estão intimamente ligados a reprodução das plantas.
Falcoaria – poderia se usar os falcões em aeroportos, no controle de aves que provocam acidentes.
	Algumas aves possuem dimorfismo sexual, outras não (50% / 50%). As fêmeas só possuem o ovário esquerdo, o direito é reduzido, afuncional.
Répteis e Anfíbios Brasileiros
Répteis:
Anaconda (sucuri) – maior serpente do mundo.
Surucucu – maior serpente peçonhenta.
Jacareaçú (jacaré preto) – maior crocodiliano.
Tartaruga de couro – maior tartaruga (quase uma tonelada).
	São ectodérmicos (pecilotérmicos), não mantém sua temperatura corpórea, dependem da temperatura ambiente. Se movimentam pouco para evitar gasto desnecessário de energia.	São quatro ordens no mundo, sendo que três ocorrem no Brasil.
	Quelônios:
Tartaruga – casco hidrodinâmico, são marinhos, membros em forma de nadadeiras sem unhas. Se alimentam de peixes, moluscos e medusas.
Cágado – casco hidrodinâmico, são semi-aquáticos, adaptados para natação, com membranas interdigital e unhas. Fluviais. Possuem 80% da alimentação protéica e 20% vegetal.
Jabuti – terrestre (embora possa nadar até um certo limite), tem unhas curtas e casco abaulado. Sua alimentação é de 80% proteína vegetal e 20% proteína animal.
	Os quelônios e crocodilianos possuem o corpo revestido de placas. Os squamatas (cobras e lagartos) são revestidos de escamas.
Anfisbenídeos – cobra cega (cobra de duas cabeças).
Dragão de Komodo – possui uma grande quantidade de bactérias em sua saliva. Uma mordida pode, se não matar, produzir uma infeção generalizada e levar o indivíduo a morte.
Lachesis muta – surucucu.
Bothrops sp. – jararacas.
Crotalus sp. – cascavéis.	
Micrurus sp. – corais verdadeiras.
Jacaré do papo amarelo – possui a mandíbula larga e curta, o que significa que não se alimenta muito de peixes.
	Cobras arborícolas possuem olhos grandes, para captar melhor os movimentos a seu redor. Diferente das fossoriais, que possuem olhos pequenos.
	As serpentes peçonhentas são animais de espera, ficam aguardando a passagem da presa.
Anfíbios:
	O Brasil possui quase 700 espécies. Sua respiração é branquial, quando girinos, e pulmonar e cutânea, quando adultos. Algumas espécies não possuem a fase girino. Do ovo nasce o imago (semelhante ao adulto, só que menor).
Sapos – pele rugosa, seca, áspera, possuem glândulas paratóides com secreção neurotóxica, membros pequenos (comparado a pererecas e rãs), movimentos lentos.
Perereca – possui discos adesivos (por isso pode subir pela parede), membros maiores, pele úmida. Algumas possuem glândulas paratóides.
Rãs – pele úmida, membros maiores, maior motilidade, não possui glândulas paratóides. Algumas são carnívoras, podem morder.
	O veneno do sapo ultrapassa a barreira hematoencefálica, podendo matar. A atropina neutraliza esse veneno.
	São bons bioindicadores, pois o número de indivíduos no ambiente está diminuindo. São sensíveis a alterações climáticas. Fazem o controle de insetos.
Importância ecológica – todos os seres vivos fazem parte de um elo, onde podem viver em simbiose, interagindo entre si, ou onde um preda o outro, com finalidade alimentar. Se removermos um elo desta cadeia, podemos causar um desequilíbrio ecológico, pois podemos causar a superpopulação da espécie que era predada pela que foi extinta, o que interferiria em todo o restante da cadeia, além da própria extinção da espécie que foi eliminada.
Importância científica (biomédica) – no desenvolvimento de pesquisas de doenças, produção de remédios, vacinas, etc. algumas espécies são usadas em laboratórios como cobaias.
Saúde pública – transmissão de zoonoses, pois alguns são portadores de parasitos.
Comercial – pode-se produzir animais para pets, para carne, couro, etc.
Recintos de Animais Selvagens
	Para a criação de animais selvagens, é necessário conhecer a tríade: alimentação, recinto e reprodução.
Biologia do animal – tipo de deslocamento: se é terrestre, aquático, arborícola, etc. A dieta alimentar: se é carnívoro, herbívoro, onívoro, etc. Hábitos reprodutivos: como e onde se reproduz. Tolerância a outras espécies: não colocar presa e predador.
	Os carnívoros podem ser:
Rodentívoros – se alimentam de roedores;
Ofiófago – se alimentam de ofídios (serpentes);
Lacertivos – se alimentam de lagartos;
Piscívoros – se alimentam de peixes;
Batraquioforos – se alimentam de batráquios (sapos, rãs e pererecas).
OBS: em algumas espécies, são os pais que alimentam os filhotes. Então colocam-se os alimentos para os pais eles se encarregam de repassar os alimentos aos filhotes.
Vegetação
	A vegetação influi no clima e vice-versa.
Regiões Polares – Tundra
	Neves 9 meses ao ano, em média. As temperaturas mais quentes são abaixo de 10oC. O solo só degela alguns centímetros.
PERMA FROST – impede a drenagem das águas, forma pântanos (pelo solo permanecer congelado, abaixo da superfície).
	Limita o desenvolvimento da fauna.As aves fazem migração no inverno, vindo para o sul, onde é verão.
	A maioria se alimenta de pesca e tem coloração branca (mamíferos e aves são mais freqüentes). Praticamente não há répteis nem anfíbios (pois teriam dificuldade em aquecer seu sangue). Os insetos são numerosos, resistem a baixas temperaturas.
	Na Antártica não há mamíferos e as aves (pingüins) dependem do meio aquático.
Montanhas
	A vegetação varia em função da natureza do solo e da duração da altura da neve. As altas oferecem condições muito especiais. A medida que sobe, modifica a vegetação, pois altera a condição do solo (piora), quanto mais alto mais frio, o ar fica rarefeito. Se encontra insetos em qualquer altitude. Com a altitude, diminui a incidência de mamíferos.
Florestas
	Possuem vários estratos: estrato arborescente, estrato arbustivo, estrato herbáceo, estrato musgoso. O povoamento animal por estes estratos é diversificado.
	A diversidade de aves se dá pela diferença de altitude e de folhagens disponíveis.
Na floresta temperada, no inverno, os invertebrados se refugiam no solo ou sob a manta que recobre o solo. No verão, migram para os estratos herbáceo e arbustivo.
Floresta de coníferas (Taiga)
Cinturão de floresta que cobre a tundra ao sul do hemisfério norte. Formada por pinheiros, abetos, pinheiros da Noruega. O clima é frio, inverno longo, fauna pobre em espécies.
Mamíferos – cervídeos (alce); alimentação: rebetos, cascas das árvores e liquens. Carnívoros – ursos, lobos, raposas, glutão, marta. Os de pelagem são muito caçados.
Os insetos são numerosos.
Floresta mediterrânea
Árvores e folhagens persistentes (carvalho verde, sobreiro, diversos pinheiros, cedro do Líbano).
Degradação altíssima. Muitos insetos. Fauna diversificada da floresta temperada: muitas cobras e víboras raras, veado e corso ausentes.
Floresta tropical
	Amazônia, África e Indomalásia.
	Temperatura constante e alta umidade. Fauna abundante e variada, devido a antiguidade desta biocenose (era terciária).
A abundância de recursos alimentares e diversidade de habitats possibilitou a formação de muitos nichos.
Muitos arborícolas (macacos, preguiças, etc.).
Muitos insetos.
Formações herbáceas
Estepes e savanas.
Estepes – predomínio de gramíneas (Andropogon) adaptadas a seca. Período de seca prolongado. Velho mundo (Ucrânia, Mongólia), América do Norte (pradarias), América do Sul (pampas). Fauna rica em grandes herbívoros, que vivem em rebanhos (gazela, antílope saifa, acavalo selvagem, bisão) lobos, raposas, aves, roedores e insetos.
Savanas – formação mista, plantas baixas, arbustos isolados e pequenas árvores. África, Ásia, América e Austrália. Prevalecem gramíneas (Andropogon, Pannisetum), extrato arbustivo, acácia, baobá, cactáceas. Grandes herbívoros, aves (avestruz, casuar, ema) e insetos (principalmente formigas).
Deserto
Exploração de petróleo.
Saara – mamíferos: 39 homocrômicos e 11 não homocrômicos. Aves – 47 homocrômicos e 18 não homocrômicos.
Homocromia: ocorre com o meio, devido a suspensão da oxidação dos precursores da melanina. Em solo negro – forma mais escura; em solo claro – forma mais clara. O sol influi na coloração. Com mudanças na alimentação também pode-se alterar a coloração.
Comunidades marinhas
Ainda são pouco conhecidas. Os mares ocupam mais que o dobro das terras emersas. Profundidade média: 3.800m.
Na terra, a ocupação se dá apenas na superfície. Já no mar, se dá em todos os seus níveis.
Fatores abióticos
Pressão hidrostática – aumenta 1atm a cada 10m.
Iluminação – diminui rápido, permitindo ver a zona gótica e a zona afótica.
Temperatura – estratificação térmica com termoclínico.
Ressurgência – é quando a ocorrência de correntes marinhas revolve o solo, levantando nutrientes que alimentam o fito e o zooplâncton, que são a base da cadeia alimentar, favorecendo a proliferação de peixes.
Comunidades de água doce
Águas correntes – fatores que alteram: velocidade da corrente, natureza do fundo, temperatura, oxigenação (ligada a velocidade da corrente), composição química da água.
OBS: áreas abertas (savanas, estepes) possuem maior disponibilidade alimentícia (pela renovação, gramíneas) que áreas fechadas (florestas).
Principais causas de desmatamento no Brasil
Floresta Amazônica – expansão de pastagens, madeireiras clandestinas, produção de carvão vegetal, grandes usinas hidrelétricas (a partir dos anos 70).
	Floresta Atlântica – intensa urbanização, expansão da agricultura (café e cana, principalmente), madeireiras – desde o século XVIII.
Floresta dos Pinhais – ação de madeireiras (intenso no séc. XIX), expansão do café nos anos 40 e 60 e sojicultura na década de 70.
Cerrados e Pantanal – expansão das lavouras de soja e pastagens nas décadas de 60 e 70, produção de carvão vegetal a partir dos anos 80.
Caatinga – expansão agropecuária, principalmente para pastagens, já sentida no séc. XVIII.
Campos do RS – pastagem e expansão da sojicultura a partir dos anos 70.
Manguezais – acelerada urbanização, em alguns locais já sentida nos primórdios da colonização do país. Produção de carvão vegetal, expansão industrial e lançamento dos rejeitos dela derivados, especulação imobiliária.
Solo
O solo é o bem mais precioso que possuímos. Não é estável nem inerte. É complexo e está em contínua transformação, sob leis próprias que regem sua formação, evolução e destruição. É composto por nutrientes, por minerais e por bióticos (bactérias, anelídeos, vermes algas, cogumelos) que participam de sua transformação.
A rocha matriz se decompõe pela ação de agentes físicos (fatores térmicos, ventos, precipitações) e de seres vivos (processos anabióticos). Podem sofrer a ação de erosão pelos mesmos agentes. Essa erosão pode ser natural (inevitável – ritmo lento) ou acelerada (ação humana – as perdas não são compensadas pelas transformações locais do substrato terrestre).
A erosão natural acaba enriquecendo os solos em determinadas regiões, pelo acúmulo de material mobilizado pelos ventos, pela água. Ex: várzea do Nilo, Amazonas, etc.
Tipos de erosão: eólica, em sulcos (causada por chuvas fortes em terreno acidentado, formando filetes de água que levam material e escavam o solo), erosão de movimentos de massa (o solo se desloca em blocos – desequilíbrio do solo por saturação de água), deslizamentos, desmoronamentos, escoamento de lama, voçorocas (erosão subterrânea).
Laterização – liberação de grandes quantidades de óxido de ferro e alumínio. Comum em regiões quentes e úmidas. O homem acelera o processo pelo desmatamento e pelo desgaste de nutrientes do solo (por plantio sem descanso do solo).
A erosão acelerada modifica o regime das águas, pois diminui a infiltração, baixa o nível dos lençóis freáticos, aumenta o leito dos rios.
OBS: de 300 a 1000 anos para formar 3cm de solo. De 2000 a 7000 anos para formar 20cm de solo arável.
A transformação da floresta para savana, ou campos, significa perda d’água e com isso modificações climáticas.
Na savana é comum a prática de queimadas para favorecer o rebrote de gramíneas e para destruição de parasitos.
Ação humana nefasta
Construção de diques, canalização e retificação de rios, drenagem e secagem de solos encharcados - mangues. Com isso, comunidades animais e vegetais destas regiões foram exterminadas (são áreas de reprodução de muitos peixes marinhos), interferindo na cadeia alimentar. Zonas pantanosas são consideradas improdutivas e, por isso, adequadas para receber detritos industriais e domésticos.
Barragens
Impedem migrações de peixes, modificam condições ecológicas dos locais de desova, perturbando a reprodução.
Reprodução em animais selvagens
Deve-se evitar consangüinidade, pois pode causar problemas genéticos. Deve-se conhecer a biologia da espécie, ter o casal (sexagem correta) e observar se há incompatibilidade entre eles. Fazer o controle do animal através de fichasindividuais (Study book).
Sucesso na reprodução
	Recintos adequados – calmos, silenciosos, afastados do público, espaço com e sem ação das intempéries do meio, área de nascimento e criação dos filhotes de fácil observação pelos técnicos.
	Alimentação correta (balanceamento dos nutrientes, adição complementar, etc.) manejo eficiente, manejo veterinário (vacinação, vermifugação, banhos, vassoura de fogo, exames complementares), técnicos treinados, bons equipamentos, manejo de apoio (para cuidar de crias enjeitadas pela mãe, ou prematuros – sala com temperatura controlada, incubadora), diagnóstico de gestação correto (visual, palpação, ultra-som, raios-X), intervenção cirúrgica (cesariana), observações constantes (rondas diárias, manhã, tarde e noite – alguns animais possuem hábitos noturnos e/ou crepusculares).
OBS: Vassoura de fogo – com um lança-chamas (maçarico), queimar o chão e as paredes do recinto para eliminar parasitos.
Problemas comuns
	Recintos mal planejados, cópulas devido a stress, homossexualismo, canibalismo, inexperiência dos pais, complicações no parto e pós-parto, alimentação inadequada, idade.
OBS: em aves que não possuem dimorfismo sexual, para identificar o sexo: endoscópio (introduz no abdome do animal, do lado esquerdo, para visualizar as gônadas – ovário ou testículo), mas é um método muito invasivo. Cariotipagem (exame de sangue) ou DNA. Em répteis, expõe-se o pênis ou a vagina do animal, pela cloaca – introduzindo o dedo.
	Nidificar – fazer ninho. Algumas espécies só nidificam em grupo.
Zoonoses de animais selvagens
	Zoonoses são doenças de origem virótica, bacteriana, parasitária ou fúngica, transmitidas dos animais aos homens ou dos homens aos animais.
	Doenças emergentes – que surgiram a pouco tempo.
	Doenças ressurgentes – que já foram erradicadas e retornaram.
Bacterianas
	Salmonelose – Salmonella sp.
	Transmitida ao homem e aos animais. Animais envolvidos: chinchila, hamster, rato, camundongo, porquinho da índia, coelho, furão, primatas, aves, serpentes, lagartos, quelônios.
	Crianças e idosos, por terem menos resistência, são mais suscetíveis. A doença pode evoluir inclusive para meningite (é raro, mas pode acontecer). Pode-se contrair a bactéria no simples manuseio do animal.
	Sintomas: diarréia e, em casos mais graves, febre, perda de peso; dependendo do órgão afetado a sintomatologia varia.
	Leptospirose – Leptospira sp.
	Transmitida ao homem e aos animais, principalmente por roedores. Ocorre mais no verão, pela presença de chuvas e enchentes, A transmissão se dá através da urina do animais, que pode contaminar alimentos.
	Sintomas: icterícia, perda de peso, perda de apetite, febre.
	Tuberculose – Mycobacterium tuberculosis, M. bovis, M. avium.
	Transmitida ao homem e do homem ao animal. Animais envolvidos: primatas e aves.
	Sintomas: tosse, febre, inapetência (desânimo), perda de apetite.
	Psitacose – Chlamydia psittaci
	Foi detectada pela primeira vez em psitacídeos (daí o nome). Animais envolvidos: aves. A transmissão se dá por contato com mucosas.
	Sintomas: tosse (o 1o órgão envolvido é o pulmão), inapetência, febre, perda de apetite.
Fúngicas
	Dermatomicose – Microsporum sp.; Trichophyton sp.
	Animais envolvidos: mamíferos e aves. Atinge a pele.
	Sintomas: prurido intenso.
	Criptococose – Cryptococcus neoformans
	Mamíferos e aves. Ataca o pulmão (fungo alveolar).
	Sintomas: semelhante a psitacose. Faz-se sorologia para detectar.
	Histoplasmose – Histoplasma capsulatum
	Aves e morcegos. A transmissão se dá por contato direto com o animal ou com esporos no ambiente.
	Sintomas: fase inicial pulmonar – tosse, perda de peso, fraqueza, febre intermitente. Conhecida como doença das cavernas. Para confirmar o diagnóstico, faz-se a sorologia ou o teste do escarro.
	Aspergilose – Aspergillus sp.
	Aves e mamíferos. Contágio por contato direto.
	Sintomas: semelhante a criptococose e a psitacose.
Parasitárias
	Toxoplasmose –Toxoplasma gondii
	Aves e mamíferos (felinos). Não tem cura.
	Sintomas: variam de acordo com o órgão afetado. Contagio pelo contato direto com fezes de gatos, que podem contaminar alimentos.
	Larva migrans cutânea – Ancylostoma brasiliense
	Caninos e felinos. O homem é hospedeiro acidental, causando o “bicho geográfico”.
	Sintomas: prurido, podendo ocasionar infecções secundárias.
	Larva migrans visceral – Toxocara canis, T. cati
	Caninos e felinos. É a lombriga de cães e gatos.
	Sintomas: variam de acordo com o órgão afetado.
	Sarnas – Sarcoptes sp.
	Mamíferos e aves. Contágio por contato direto.
	Sintomas: intenso prurido e pode ocorrer invasão bacteriana.
	Pulgas – vários agentes etiológicos, ex: Tunga penetrans – bicho de pé
	Mamíferos e aves.
	Sintomas: depende da espécie: peste bubônica (transmitida por pulga de ratos, que é vetor da bactéria transmissora).
	Carrapatos – vários.
	Mamíferos, aves, répteis e anfíbios.
	Transmitem várias doenças, como a de Lyme.
	Sintomas: prurido (transmissão de agentes etiológicos).
	Miíases – (Berne) Dermatobia hominis, Cochlimyia hominivorax
	Mamíferos, aves e répteis. As moscas depositam seus ovos ou larvas no animal. As larvas são parasitas de tecido subcutâneo, formando um granuloma, causando danos ao couro e diminuindo a produtividade destes animais.
Virais
	Raiva – Lissavírus
	Mamíferos (carnívoros e morcegos). Não tem cura. Contágio por contato direto.
	Sintomas: ataca o sistema nervoso, causa morte. Falência total dos órgãos.
	Hepatite – vírus A (tipo A)
	Primatas. Contagio por contato direto com o animal, alimentos ou água contaminados.
	Sintomas: icterícia, esplenomegalia, febre, inapetência.
	Febre amarela – Flavivírus (grupo B)
	Primatas. Transmissão pela picada do vetor mecânico (mosquito).
	Sintomas: semelhante a hepatite. Pode levar a morte.
	Herpes vírus – Herpes vírus – doença emergente.
	Primatas. Não tem cura.
	Sintomas: febre hemorrágica, emagrecimento.
	Anta vírus – Herpes vírus – doença emergente.
	Primatas e roedores (selvagens ou campestres). Transmissão por contato direto. São reservatórios do herpes vírus.
	Sintomas: febre hemorrágica, emagrecimento.
Prevenção
	Não adquirir (sem saber a origem) ou capturar animais selvagens, evitar contatos íntimos com os animais, lavar bem as mãos após manusear os animais, manter o ambiente do animal limpo, saudável e desinfetado, alimentação de boa qualidade. Procurar se informar sobre a biologia do animal e consultar sempre um médico veterinário.
Ofidismo
Reino – animália
Filo – chordata
Subfilo – vertebrada
Classe – reptilia
	Subclasse – ophidia
Família – 13 famílias no mundo, 9 no Brasil
Gêneros – mais de 400 no mundo, 77 no Brasil (6 peçonhentas)
Espécies – mais de 2500 no mundo, 250 no Brasil (menos de 80 peçonhentas)
	Subespécies – milhares
	O animal peçonhento possui um aparelho inoculador do veneno, que é produzido no próprio organismo (é uma química).
	Seu coração possui 3 cavidades, só tem um pulmão (o esquerdo, o direito é reduzido), possui saco aéreo. As peçonhentas possuem glândulas salivares modificadas, que produzem uma saliva tóxica, que é o veneno. É inoculada para caçar ou se defender. Localizam-se bilateralmente na cabeça. As gônadas são internas. Possuem placa anal, que é onde se localiza a terminação do aparelho reprodutor, excretor e urinário. Os machos possuem dois aparelhos copuladores (hemipênis), que se bifurcam e possuem espículos. Teoricamente poderiam copular com 4 fêmeas ao mesmo tempo, mas não é o que ocorre. Nas fêmeas, por não possuírem órgão copulador, a cauda afina bruscamente. A cauda começa logo após a placa anal.
Dentição
	Áglifa – não possuem aparelho inoculador. Ex: são as constritoras – jibóia, caninana.
	Opstóglifa – possui uma presa inoculadora não móvel, que possuiuma ranhura, de localização posterior na dentição. Ex: uma das cobras verdes.
	Proteróglifa – Possui uma presa inoculadora, de localização mais anterior, imóvel, com uma chanfradura. Quando mordem, não soltam. Ex: corais verdadeiras (Micrurus).
	Solenóglifa – possui presas bem anteriores, móveis, com canal central por onde passa o veneno. Possui uma membrana da presa (bainha da presa). Ex: jararacas, cascavéis, urutus.
	Entre a narina e os olhos, há a fosseta loreal (nas peçonhentas), que é um órgão termorreceptor, que detecta o calor do ambiente (imagem térmica). A língua é bifurcada para aumentar a área de superfície de contato com o ambiente. É um órgão odorífero, que detecta o odor do ambiente.
	A coral verdadeira não possui fosseta loreal, é a única exceção. Todas as outras peçonhentas possuem. As não peçonhentas não possuem.
Ponta da cauda
Crotalus (cascavel) – chocalho ou guizo.
Lachesis (surucucu) – espinho com escamas eriçadas.
Bothrops (jararaca) – sem nenhuma destas estruturas.
Soros: anticrotálico, antilaquésico, antibotrópico.
Características secundárias das peçonhentas
Cabeça triangular, escamas da cabeça semelhantes a do corpo, pupilas verticais, escamas do corpo ásperas e secas, movimentos lentos. Mas há muitas exceções.
OBS: Nas fezes da cobra só saem pêlos, penas e as próprias presas da serpente (pois estas são trocadas várias vezes com o passar do tempo).
Na bainha da presa há várias outras presas em formação, já que faz várias mudas ao longo da vida.
O chocalho da cascavel é usado para alertar predadores de sua presença, para que tomem cuidado.
A coral verdadeira é fossoreal. As serpentes fossoreais não possuem delimitação aparente entre corpo e cabeça. As corais verdadeiras possuem olhos bem pequenos e a cauda curta (daí seu nome Micrurus – micro, urus – cauda). Quando se sente ameaçada, levanta a porta da cauda.
Prevenção de acidentes com serpentes e outros animais peçonhentos
Uso de calçados de cano longo (botas de boa qualidade), perneiras de couro até o joelho. Não colocar mãos em buracos, folhas secas, pedaços de pau, restos de materiais de construção. Usar sempre um pedaço de pau ou graveto para remexer esses locais, pois são habituais para os animais peçonhentos se abrigarem.
Olhar com atenção por onde caminha, pois elas produzem excelente camuflagem.
Quando entrar em ambiente mais escuro, aguardar a acomodação visual.
Não jogar lixo no chão, pois atrairá roedores, conseqüentemente cobras.
Tampar buracos em paredes, pois são locais onde aranhas, escorpiões e lacraias podem se abrigar. Antes de calçar seus sapatos, verifique dentro.
Não manuseie animais peçonhentos nem quando mortos, pois pode-se ferir e se envenenar.
Primeiros socorros
Manter a calma, identificar o animal causador do acidente (ou tentar captura-lo para posterior identificação). Retirar anéis, alianças, pulseiras, relógio e tornozeleiras do corpo (pois pode inchar). Lavar o local atingido com sabão neutro e água, usar um anti-séptico (como mertiolate, álcool iodado, éter). Manter o membro atingido para o alto (elevado). Ligar para o hospital ou posto de saúde para tomar o soro (se necessário). Só tomar o soro em um hospital ou posto de saúde (para o caso de ocorrer choque anafilático).
Não fazer = entrar em pânico e/ou perder a calma; cortar ou perfurar o local atingido; garrote ou torniquete; chupar o local atingido; passar no local atingido fezes de animais ou derivados de petróleo (como querosene); ingerir bebidas alcoólicas, ou derivados de petróleo.
Frações de peçonha
As peçonhas podem ser: neurotóxicas (agem no SNC), hemolítica (destruição de células de sangue), hemorrágica, proteolítica (destruição de proteínas), anticoagulante (o sangue não coagula), miotóxica (age na musculatura, destruindo as fibras e provocando dores por todo o corpo), hipotensora (baixa a pressão) e difusora (difunde as outras frações por todo o corpo).
A crotalus a bothrops e a lachesis provocam insuficiência renal aguda. A peçonha da micrurus tem ação neurotóxica, provoca ira e insuficiência respiratória aguda, provocando a morte em torno de 30 minutos. A peçonha da crotalus tem ação neurotóxica, anticoagulante e miotóxica, tendo demonstrado, in vitro, ação hemolítica. A bothrops tem ação hemorrágica, anticoagulante, hipotensora e proteolítica. A lachesis tem ação hemorrágica, proteolítica, anticoagulante e neurotóxica.
A peçonha tem a finalidade de iniciar a digestão extracorpórea. Podem engolir um animal de circunferência 3 a 4 vezes maior que sua cabeça, pois entre a maxila e a mandíbula possui ligamentos elásticos.
As serpentes possuem glândulas adanais.
A urutu, quando não mata, aleija, pois possui fração proteolítica.
Phylodryas olfersii – possui uma faixa preta posta-ocular e uma vermelho ocre dorsal, por todo o corpo. Não possui fosseta loreal. É uma cobra verde, opstóglifa. Quando morde, não solta.
A caninana se alimenta de serpentes e não é peçonhenta.
Face meastêmica – (cara de bêbado). Ocorre em humanos. A pessoa perde o controle dos músculos da face. Ocorre em acidentes com corais e cascavéis pela ação neurotóxica.
Pesticidas na natureza
A ação humana sobre a natureza causou profundas alterações no equilíbrio biológico. Destruiu muitas espécies vegetais e animais e favoreceu a proliferação de outras, que se tornaram devastadoras (pragas) ou parasitas de outras culturas.
Pragas
Principalmente insetos.
Possuem alta fecundidade, alto poder de destruição, alguns tem papel essencial como vetores de doenças que afetam homem/animais domésticos.
Química orgânica
DDT – dicloro difenil tricloetano (1942).
O uso de pesticidas sintéticos deve ser considerado como um progresso em defesa da humanidade e de seus meios de subsistência.
Abusos: seu uso excessivo e incontrolável provou ser nefasto a outros animais, além dos insetos. É tóxico para o homem. Portanto há o envenenamento das biocenoses naturais e artificiais.
O assunto é de difícil discussão, pois há inúmeros interesses econômicos e materiais envolvidos (indústria química, produção agrícola).
Principais inseticidas utilizados (pesticidas ( inseticidas)
Inorgânicos – a base de arsênico e a base de flúor.
Origem vegetal – nicotina, piretro e motenona.
Compostos clorados (HCH) – lindan, chlordane, DDT.
Carbamatos e organofosforados.
Modo de ação
Inseticida de contato – penetram pela quitina: DDT;
Ingestão – via digestiva;
Inalação – vias respiratórias: Aldrin (contato, ingestão, inalação), Toxagene (contato e ingestão).
Os organoclorados são os mais nocivos. São liberados na indústria (queima de matéria plástica).
Todos os insetos são mais ou menos sensíveis a estes produtos. Seu uso destrói, também, insetos úteis.
O uso descontrolado de inseticidas pode causar desequilíbrios ecológicos, como o que ocorreu em 1969 no Reno, quando houve uma mortalidade brutal de peixes. Outro exemplo ocorreu no Canadá/EUA, onde o tratamento de larvas de insetos ocasionou grande mortalidade de trutas e salmões.
Para aves é grave, pois concentram-se nas glândulas sexuais das aves (causando esterilidade parcial/total, afetando a casca do ovo).
Diminui o ritmo de crescimento de vegetais e age no mecanismo hereditário.
Na microfauna: promovem esterilidade do solo, dificultando a filtração do nitrogênio.
O DDT pode passar para ovos, leite e envenenar filhotes.
Ocorre concentração tóxica ao longo da cadeia alimentar.
Resistência
Os insetos acabam desenvolvendo resistência (os resistentes sobrevivem e passam a frente sua capacidade genética). Seleção natural.
Luta química contra vegetais indesejáveis – herbicidas totais e seletivos (fito-hormônios).
Utilização racional
Luta biológica – controle biológico. Uso de inimigos naturais das pragas.
Introdução de doenças de insetos – vírus, bactérias, fungos, que ataquem apenas os insetos.
Inseticidas sistêmicos– absorvidos pela planta, tornam sua seiva tóxica para os insetos.
Pesticidas – contra pestes. Entre eles:
Inseticidas – contra insetos;
Fungicidas – contra fungos (composta de cobre, enxofre e derivados de mercúrio);
Herbicidas – contra plantas indesejáveis. Agente laranja.
Acaricidas – contra ácaros (carrapatos). Amitraz, benzoato de benzila.
Moluscicidas – contra moluscos (lavouras).
Rodenticidas – contra roedores (leptospirose).
Ação e efeitos no ecossistema
Entram no ambiente por: aplicação intencional, pelo vento, esgoto urbano, lançamento acidental (transporte), chuva, efluentes industriais.
Podem afetar a biota:
Organofosforados – solúveis em água.
Organoclorados – solúveis em gordura.
Os organofosforados permanecem por muito mais tempo no ambiente que os organoclorados.
DDT – 10 anos;
Dieldim – 8 anos;
Lindane – 6,5 anos;
Chlordane – 4 anos;
Desequilíbrios ecológicos
Seleção natural favorecendo o desenvolvimento de resistência (genes favoráveis).
As pragas, que apresentam alta capacidade reprodutiva, quando em baixos níveis populacionais.
Quebra das cadeias alimentares – redução dos inimigos naturais.
Efeitos tóxicos de sua permanência no ambiente.
As pragas têm uma dinâmica populacional que flutua com o desequilíbrio dos agroecossistemas: introdução de novas espécies, uso inadequado de defensivos, desmatamento, adubação desequilibrada, poluição, monocultura, erosão, práticas agrícolas inadequadas, fogo, inundação, secas. Estes fatores podem promover o crescimento populacional de pragas (espécies que estavam em equilíbrio podem se tornar pragas, por se adaptarem as modificações causadas, que criam um desequilíbrio ecológico).
Organoclorados - convulsões, dificuldades respiratórias. Trata-se com barbitúricos, anticonvulsivantes, hidratação.
Organofosforados e carbamatos – inibem a colinesterase nas sinapses. Superestimulação do SN parassimpático. Causa gastrenterites hemorrágicas, edema pulmonar, etc.
Rodenticidas – depressor do SNC (coma profundo), ou agressividade, hiperexcitabilidade.
Detritos da poluição industrial
	Atualmente, o problema se agravou, pois a indústria espalhou produtos mais resistentes, como os hidrocarbonatos (que só são degradados por bactérias altamente especializadas, de forma muito lenta).
	A situação começou a se agravar com o desenvolvimento industrial e com o crescimento demográfico, que aumentou o volume dos resíduos. Até a revolução industrial, os detritos eram essencialmente orgânicos, fáceis de serem degradados por bactérias e fungos.
Os resíduos que permanecem na natureza, sem serem degradados, poluem o ar, a água, o solo, envenenando nosso ambiente, nossa atmosfera.
Os hidrocarbonetos se espalham na água, criando um filme superficial, que impede a difusão de oxigênio.
Os detergentes sintéticos diminuem a capacidade de reoxigenação das águas, modificam a tensão superficial e fazem papel de emulsionantes (espumantes, solventes).
A poluição pode ser química, biológica ou física. A química é a industrial. A biológica são os detritos orgânicos fermentescíveis, esgotos da coletividade urbana, indústrias de celulose (serrarias, fábricas de papel), cooperativas têxteis, alimentares. A física é a radioativa, mecânica (estaleiros de construção, estradas) e térmica (água de refrigeração).
Enguias e carpas sobrevivem com baixas taxas de oxigênio, mas os salmonídeos não, morrendo a menor variação causada (necessitam de altas taxas de oxigênio).
Os sais metais pesados se acumulam em peixes, tornando-os tóxicos para o consumo.
A poluição dos mares modifica o equilíbrio “organismo marinhos + plâncton”. Causa aumento de algas verdes (diatomáceas), que com sua morte deixam as águas pútritas. Tudo isso afeta a pesca, pois diminui a quantidade de cardumes.
Grandes petroleiros – podem causar grandes desastres biológicos. Os frutos do mar absorvem substâncias cancerígenas dos produtos petrolíferos (benzopireno – em camarões, mexilhões, ostras).
As aves se intoxicam com a ingestão de óleo, que ingerem ao tentar limpar suas penas, ou ao mergulhar. Muitas morrem afogadas por não conseguirem sair da água, já que ficam pesadas com o óleo grudado, não conseguindo mais voar.
Poluição da atmosfera – indústrias lançam quantidades de gases e detritos sólidos, que permanecem em suspensão. Camadas de poluição do ar impedem a passagem dos raios solares.
Alguns compostos sulfurados são muito tóxicos e se transformam em chuvas ácidas. A combustão parcial ou completa produz amônia, enxofre, flúor.
Poluição radioativa – explosões atômicas, utilização das águas para resfriamento de usinas atômicas, detritos atômicos de usinas que utilizam ou transformam produtos radioativos.
Duração:
Iodo 129 – 20 milhões de anos;
Césio 135 – 3 milhões de anos;
Urânio 235 e plutônio 239 são os mais usados.
O lixo atômico normalmente é depositado em reservatórios no fundo do mar. É seguro?
A energia nuclear é usada, beneficamente, na preservação de alimentos, em equipamentos médicos, etc.
Resgate da Fauna em Hidrelétricas
Mesmo que se resgate muitos ou todos os animais, ao reloca-los, causa-se um desequilíbrio ecológico (onde haverá competição por alimentos, disputa por territórios, transmissão de doenças) e origina muitas mortes.
Para promover o resgate, é necessário uma preparação prévia: planejamento, formação da equipe (deve ser coesa e bem entrosada), metodologia (inventário e resgate). O inventário (feito antes de represar o rio) é o levantamento da fauna do local e o planejamento de como será feito o resgate. Envolve o relacionamento social com os habitantes da área que será inundada. O resgate é o resgate propriamente dito, que segue o planejamento do inventário.
Os objetivos são estudos e pesquisas da fauna local, a relocação dos animais e o envio de espécies para instituições.
O planejamento é que será o responsável pelo resultado final do resgate. Para o resgate dos animais, usam-se redes, armadilhas, etc.
Animais peçonhentos e venenos
O animal peçonhento possui um aparato de inoculação do veneno (que é uma química produzida em seu organismo), e inocula de forma ativa. Ex: serpentes peçonhentas, arraias, aranhas, escorpiões, lacraias, abelhas, etc.
O animal venenoso não possui este aparato, portanto não é capaz de inocular o veneno de forma ativa. O envenenamento ocorre de forma passiva. Ex: sapos, baiacu, lagartas.
O antídoto usado é a atropina (um deles).
O veneno destes animais é usado para alimentação e defesa.
OBS: Envenenamento ou empeçonhamento.
Mamíferos peçonhentos
Ordem MONOTREMA – Austrália
Ornithorhynchus anatinus – ornitorrinco (só o macho). A peçonha é inoculada através de um esporão.
Zaglossus sp. e Tachyglossus aculeatus – équidnas (semelhantes ao ouriço), só o macho.
Ordem INSETÍVORA – EUA e América Central
Neomys fodiens – mussaranho (saliva tóxica). Machos e fêmeas.
Solenodon paradoxus – almiqui. Machos e fêmeas.
Aves venenosas
Ordem PASSARIFORME – Nova Guiné
Pitohui kirhocephalus – pituí. Seu veneno está nas penas e na pele.
Répteis peçonhentos
Ordem SQUAMATA – Mundial (exceto nos pólos)
Subordem Ofídia:
Bothrops, Crotalus, Lachesis, Micrurus, Naja, Ophiophagus (cobra rei – maior serpente peçonhenta do mundo), Dendroaspis (mambas – africanas, são as mais perigosas do mundo), Bitis e Vipera (víboras), Pelamis e Hydrophis (serpentes marinhas).
Subordem Lacertídia – México e sul dos EUA:
Heloderma suspectum (EUA) e Heloderma horridum (México) – monstro Gila.
Anfíbios venenosos
Mundial (exceto nos pólos)
Subordem Anura
Bufo (sapos), Dendrobates (rãs).
Subordem Caudata
Taricha torosa (tritão), Salamandra salamandra (salamandra).
Peixes venenosos e peçonhentos
Mundial.
Synanceja verrucosa (peixe pedra - venenoso), Pterois volitans (peixe dragão ou peixe leão - venenoso), Actobatus narinari (raiapintada – peçonhenta), Paratrygon motoro (arraia grande – peçonhenta). As raias e arraias possuem aguilão, por onde inoculam a peçonha.
Invertebrados
Insetos – mundial
Ordem HIMENOPTERA – formigas, vespas, abelhas, marimbondos. Peçonhentos.
Apis mellifera (abelha européia), Apis capensis (abelha africana), Polistes (marimbondo), Pepsis (marimbondo caçador), Paraponera clavata (tocandira – formiga), Vespula (vespas).
Ordem LEPIDOPTERA – borboletas, mariposas, bruxas. Venenosos
Podalia orsilochus (sassurana), Premolis semirufa (pararama), Lonomia achelous (taturana).
Aracnídeos
Mundial - peçonhentos.
Aranhas
Latrodectus (viúva negra), Loxosceles (aranha marrom), Phoneutria (armadeira), Lycosa (aranha de grama), Lasiodora (caranguejeira).
Escorpiões
Androctonus australis e Androctonus crassicauda (escorpiões do deserto), Tityus serrulatus (escorpião amarelo), Tityus bahiensis (escorpião preto).
Quilópodes
Mundial – peçonhentos – lacraias.
Scolopendra viridicornis e Scolopendra falapagoensis.
Moluscos
Oceanos pacífico e Índico, Mar Mediterrâneo. Peçonhentos.
Conus striatus (cono estriado – peçonha mais forte do mundo), Conus textile (cono têxtil), Hapalochaena lunulata (polvo de manchas azuis).
Celenterados
Mundial – venenosos.
Physalia physalis (caravela – água-viva), Chrironex fleckeri (medusa), Carybdea rastoni (vespa do mar), Anemonia sulcata (anêmona).
A prevenção de acidentes com animais venenosos e peçonhentos se dá a partir do conhecimento destes animais.
Os primeiros socorros são: calma, identificação correta do animal agressor ou captura do animal causador do acidente, dirigiu-se ao centro médico.
O tratamento é variável, dependendo do animal agressor, e soroterapia.
Neonatos
Protocolo
O ideal é que os filhotes não sejam aleitados artificialmente, e sim pela mãe. Os criatórios devem cuidar para que o ambiente, a dieta e as condições sociais sejam ótimas para a fêmea gestante, e proporcionar boas possibilidades para que o animal jovem receba todos os cuidados da própria mãe.
O aleitamento artificial só deve ser utilizado em situações emergenciais. Deve-se avaliar se o espaço e o tempo tomados pelo animal são compensadores (custo x benefício). É necessário quando a espécie está ameaçada de extinção.
Deve haver um plano de controle de nascimento visando: reprodução; comportamento social; registros médicos.
Apesar das precauções, pode-se haver necessidade de cuidados especiais quando primíparas (primeiro parto da fêmea), pois são inexperientes.
Comportamento da fêmea
Pode ocorrer: rejeição materna, agressão a cria, doença, disfunção social. Mais freqüentes quando primíparas.
Exibição e fatores ambientais
Alguns recintos são ruins para reprodução. Se não permitir adaptações, deve-se transferir a fêmea, ou o grupo, para outro local.
Quando o nascimento se dá em época de chuvas (tempestades) ou frio (neves, geadas, temperaturas muito baixas) é muito ruim para o neonato. Pode haver deficiência do leite da mãe e haver necessidade do aleitamento artificial.
Comportamento do macho
Pode ocorrer:
Em eqüídeos e primatas – machos matam os filhotes que não são seus – em natureza e cativeiro (é aumentado em cativeiro).
Em zebras – matam filhotes de outras espécies, quando exibidos juntos.
Cão caçador – fêmea dominante – mata filhotes de fêmeas subordinadas.
Deve-se conhecer o histórico comportamental das espécies para se evitar esses problemas.
Doenças mais comuns
Pneumonia (clima); enterite (higiene), septicemia (via umbilical).
Mãe normal x filhote ferido
Tratar o filhote e devolvê-lo a mãe o mais rápido possível. 48 a 72h é o tempo máximo de separação mãe x filhote.
Imunodeficiência
Muitos não recebem imunidade transplacentária:
Artiodactilos, perissodáctilos, alguns carnívoros – através do colostro.
Primatas e roedores – transplacentária.
Após o aleitamento artificial, deve-se estimular o neonato a urinar e defecar, pois seu SN ainda não está totalmente desenvolvido.
Preservação de espécies ameaçadas
Primeiro faz-se um inventário do número de indivíduos existentes e sua localização. Monta-se um planejamento para definir o número de espécies que se deseja chegar, em quanto tempo, quantos técnicos e profissionais serão precisos trabalhando neste projeto, etc.
Deve-se evitar a consangüinidade, promovendo corredores ecológicos. Se não for possível, fazer uso de reintrodução de indivíduos (provindo de outros cativeiros), ou de translocação de indivíduos (remover de um grupo e inserir em outro de local diferente).
Deve-se conscientizar a população quanto a importância de se preservar a espécie em questão (e todas as outras).
Deve-se aprimorar o treinamento de pessoal em biologia e conservação, dando preferência a brasileiros.
Procurar integrar as atividades com outros programas de conservação com métodos e objetivos semelhantes. Com isso, desenvolvem-se estratégias de conservação de longo prazo (troca de informação), melhora-se a cooperação e o apoio do governo brasileiro e de instituições não governamentais aos programas integrados.
OBS: Introdução – solta de animais em habitats onde nunca ocorreram naturalmente.
Reintrodução – solta de animais selvagens ou nascidos em cativeiro em área onde sua população entrou em declínio ou desapareceu.
Translocação – transferência de animais selvagens de uma parte de sua região de ocorrência natural para outra da mesma região, com menor tempo possível mantendo esses animais em cativeiro.
Soltura significa diarréia. Não se usa esse termo para se referir a solta de animas.
Possíveis problemas na transferência de indivíduos ou material genético de uma subpopulação para outra
Homogeinização; perda irreparável de informação genética; ameaça de destruição de adaptações locais; criação de dificuldades reprodutivas; rompimento da estrutura social; expansão das formas introduzidas; introdução de doenças e criação de um falso senso de solução.
Riscos de doenças infecciosas em criações de cativeiro e programas de reintrodução
Um dos principais problemas em criações em cativeiro é o aparecimento de doenças. Estas doenças são perigosas, pois podem contaminar todo o grupo e levá-los a morte. É especialmente perigoso quando o grupo em questão é de animais ameaçados de extinção.
O problema também merece atenção quando os animais serão reintroduzidos no ambiente selvagem. Devem passar por um período de quarentena para que se verifique a presença de doenças. Estes animais passam por alguns exames e apenas quando se atesta sua boa saúde é que se procede sua reintrodução na natureza.
A completa eliminação dos riscos de doenças não é o objetivo procurado. Inclusive porque as doenças são um importante fator na seleção natural e para a evolução da espécie.
Além disso, é impossível eliminar por completo o risco de doenças. O que deve-se fazer é cuidar para que o aparecimento de uma doença não se torne uma epidemia e venha a exterminar todo o grupo.
Questionário
Diferencie morcego hematófago de não hematófago de não hematófago, cite exemplos e quais as famílias mais importantes no Brasil?
R:Os hematófagos possuem o incisivo superior em forma de cunha, fissura no lábio inferior, polegar longo com 3 calosidades, narina em forma de ferradura, uropatágio pouco desenvolvido. Espécies: Desmodus rotundus, Diaemus youngi, Diphylla ecaudata. A maioria das espécies brasileira é da família PHYLLOSTOMIDAE, inclusive os hematófagos. Um exemplo é o Arthoeus lituratus, que é o morcego das frutas.
Qual a importância biológica e médico veterinária na saúde pública, dos quirópteros?
R: A importância biológica é que são, alguns, controladores biológicos de insetos, e outras espécies são polinizadores noturnos. A importância médico-veterinária é que são transmissores de raiva ehistoplasmose. Além disso, possuem uma substância anticoagulante na saliva, que está sendo pesquisada.
Diferencie uma serpente peçonhenta de outra não peçonhenta, cite exemplos e os 4 gêneros.
R: A peçonhenta possui aparelho inoculador da peçonha, glândulas salivares modificadas que produzem saliva tóxica (peçonha), fosseta loreal (com exceção da coral verdadeira, que não possui). Existem características secundárias, mas não são confiáveis, pois há muitas exceções: cabeça triangular, movimentos lentos, pupilas verticais, etc.
Qual a importância biológica, na saúde pública, das serpentes?
R:São controladoras biológicas de pequenos roedores e pragas. Seu veneno é usado em pesquisas, na fabricação de remédios e soro antiofídico. São responsáveis por acidentes com envenenamento de pessoas e animais, causando inclusive a morte, principalmente no meio rural.
Caracterize um animal peçonhento e um venenoso e cite 3 exemplos de cada.
R: O peçonhento possui aparato inoculador do veneno e o faz de forma ativa. Ex: serpentes (peçonhentas), escorpiões, aranhas. O venenoso não possui esse aparato, portanto não são capazes de inocular o veneno de forma ativa, apenas passivamente, ao serem tocados. Ex: sapos, baiacu, lagartas.
Quais os problemas mais comuns que podem ocorrer na reprodução de animais em cativeiro?
R: Incompatibilidade, cópulas por estresse, homossexualismo, canibalismo, complicações no parto e no pós parto, inexperiência dos pais, etc.
Quais os principais grupos de zoonoses relacionadas a animais selvagens? O que é zoonose? Cite 3 exemplos de cada grupo.
R: Zoonoses são doenças de origem virótica, bacteriana, parasitária ou fúngica, que são transmitidas dos animais ao homem e do homem aos animais.
Bacterianas: salmonelose, leptospirose, tuberculose.
Fúngicas: dermatomicose, criptococose, histoplasmose.
Parasitárias: toxoplasmose, sarnas, miíases.
Virais: raiva, hepatite, febre amarela.
Quais são os tipos de poluição?
R; Química, física e biológica.
Existe algum aspecto positivo na energia atômica relacionada a humanos, e que possa favorecer os animais?
R: É usada na preservação de alimentos e em equipamentos médicos e médico-veterinários.
Qual a importância da manutenção das florestas?
R: Biodiversidade, proteção dos mananciais, influenciam o clima, produção e pesquisa de novos medicamentos, etc.
Em neonatologia, que cuidados devemos ter com primíparas?
R: Por sua inexperiência, podem ocorrer diversos problemas, portanto devem ser constantemente observadas/monitoradas.
Ao se projetar recintos para animais, devemos ter alguns cuidados. Cite 5 deste cuidados.
R: Características próximas ao habitat de origem, ponto de fuga, distração, fácil acesso a limpeza, a alimentação, etc.
Quais são os critérios da IUCN com os animais ameaçados?
R: Em termos de números de indivíduos, qualidade do habitat, condições genéticas da população, etc. Classifica-se em criticamente ameaçado, vulnerável, ameaçado, presumivelmente ameaçado.
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