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Resumo ordem Crocodilia - crocodilianos

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Características biológicas: 
· Os crocodilianos são Répteis, da Ordem Crocodylia (Crocodilos e Jacarés). Pertencente a subclasse Archeosauria. 
· São predadores de grande porte, e podem chegar de 1,5 a 7 m de comprimento total quando adultos. 
· São animais carnívoros, que se alimentam de vários tipos de presas
· Os crocodilianos possuem uma pele considerada de grande resistência, possuindo escamas córneas retangulares na maior parte do tronco e cauda, geralmente dispostas em fileiras transversais e longitudinais. 
· O sistema digestório consiste em língua achatada, presa ao assoalho da cavidade bucal, não protrátil, que pode realizar o isolamento da nasofaringe. Esse processo faz com que o animal respire normalmente, mesmo com a boca repleta de água, desde que a narina esteja em contato com o ar.
· Os dentes têm formatos cilíndricos, estando situados sobre os alvéolos, servindo basicamente para apreensão e não para corte. 
· Os crocodilianos não apresentam movimento de mastigação, pois a mandíbula não tem mobilidade lateral. A deglutição é realizada com a elevação da cabeça, sendo o alimento ingerido por força da gravidade
· Os crocodilianos possuem órgãos sensitivos desenvolvidos, tendo os olhos excelente visão binocular sobreposta e ótima visão noturna. 
· Estes animais ouvem muito bem, tanto em terra quanto submersos. Possuem ouvidos localizados próximos aos olhos, em formato de fenda, protegidos por uma membrana muscular responsável pelo fechamento da cavidade auditiva quando submersos
· Fazem termo regulação, influenciados diretamente pela temperatura ambiente, esses indivíduos sofrem mudanças consideráveis que afetam a morfologia, fisiologia e comportamento nas mais diferentes fases de vida.
· São animais semiaquáticos e vivem em locais com presença de agua doce, (rios, lagos, lagoas) e salgada (mangues principalmente)
· São animais ovíparos, ou seja, a reprodução inclui deposito de ovos no meio externo, local onde os animais se desenvolvem antes da eclosão dos ovos.
Diferença entre crocodilos, jacarés e Gavias:
Crocodilos: Se diferenciam pelo focinho mais estreito, e a visualização dos dentes da mandíbula e da maxila que ficam expostos quando o animal está com a boca fechada, essa visualização não ocorre nos jacarés, pois os mesmos ficam escondidos. Encontrados principalmente na África, América Central, e Sul da Ásia. 
Jacarés: Possuem focinho mais largo. São repteis de agua doce que habitam principalmente margem de lagos e rios. Aqui no Brasil são muito comuns na região do Pantanal Mato-grossense. Vivem em regiões da América do sul e México.
Gavias: São crocodilianos encontrados nas áreas de rios e lagos do território Indiano e Nepalês, esses repteis possuem focinho alongado e estreito.
Infelizmente, são animais que correm grande risco de extinção, existem apenas cerca de 300 animais vivendo em habitat natural.
Nutrição 
 - Os crocodilianos são generalistas, consomem uma grande variedade de itens na natureza. Tal consumo depende da disponibilidade de alimentos no ambiente e da facilidade de captura das presas. São carnívoros e se alimentam, principalmente, de peixes, anfíbios, répteis, aves aquáticas, mamíferos de pequeno e médio porte e humanos. Usam a força da mandíbula e dos dentes para despedaçar as presas.
 - A dieta varia com a idade, hábitat, estação e região geográfica. Os indivíduos adultos são oportunistas e versáteis, e sua dieta pode ser mais variada do que a dieta dos mais jovens, que é limitada em função do tamanho da presa. A dieta natural constitui-se principalmente de proteína animal, utilizada também como fonte de energia para manutenção e crescimento
- Em cativeiros requer o conhecimento das necessidades biológicas básicas que incluem: temperatura, umidade, espaço, luz, nutrição, higiene, patologia, comportamento social e ambiental. Uma dieta de boa qualidade deve ser balanceada de acordo com os requerimentos nutricionais do animal, de preferência constituída por uma variedade de alimentos, de forma semelhante ao que ocorre na natureza. O uso prolongado de monodietas não é aconselhável, pois estas tendem a produzir deficiências nutricionais.
- Os alimentos no cativeiro para os adultos são distribuídos em montes, uns distantes dos outros, geralmente na margem da água. Os filhotes são atraídos pela movimentação de pequenas presas, que podem ser fornecidos vivos em bandeja com 2 ou 3 cm de profundidade de água, uma vez ao dia. Assim que os filhotes exibam comportamento de procura pelo alimento pode-se diminuir até cessar o fornecimento de presas vivas.
- Em criadouros, onde ocorre o fornecimento de alimentos congelados para os jacarés, os alimentos devem ser descongelados naturalmente ou através de ventiladores, e deve-se procurar nunca fornecer alimentos semicongelados
- Durante os meses mais quentes, a alimentação deve ser efetuada à tarde, de modo que o alimento não fique exposto ao calor do dia, pois crocodilianos têm mostrado preferência por alimento fresco.
Legislação
O primeiro ponto onde quem deseja se tornar criador de crocodilianos esbarra é na legislação, para manter animais silvestres ou exóticos em cativeiro, seja para recreação, produção ou fins científicos é necessária autorização prévia do IBAMA.
Para iniciar um criadouro de jacarés em cativeiro, é necessário a presença de um profissional de formação superior em áreas como: zootecnia, biologia, medicina veterinária ou agronomia, para servir como responsável técnico perante o IBAMA
Segundo a legislação do IBAMA:
" O ministério do meio ambiente, dos recursos hídricos e da Amazônia legal, por meio do instituto brasileiro do meio ambiente e dos recursos naturais renováveis-IBAMA, estabelece a portaria n°118-N, de 15 de outubro de 1997 que resolve:
- Normalizar o funcionamento de criadouros da fauna silvestre, desde que, as instalações sejam capazes de possibilitar o manejo, reprodução, cria e recria de animais pertencentes a fauna silvestre brasileira.
- O IBAMA também estabelece que cada animal deve ter marcação individual, para a identificação de cada espécime.
- Tanto a caça quanto o tráfico de jacarés de espécie nativa brasileira é digna de ações judiciais assim como em qualquer outra espécie, independente de fase do desenvolvimento.
Recinto Ideal
Segundo o IBAMA, se fazem necessárias algumas exigências: 
· É necessária uma área com uma cerca de tela de 1,5m de altura e 30 cm abaixo da terra, para evitar o ataque de predadores e a fuga dos jacarés. 
· Deve ser construído um muro de 30cm na parte inferior da cerca. 
· O local tem que oferecer um espaço de 40m2 por animal, sendo que cerca de 10m2 deve haver água, o ideal é que seja em um lago de 60 cm de profundidade (deve ter essa profundidade para que haja a cópula, pois, os animais realizam essa pratica na água) 
· A temperatura mais adequada para criação é de 30°C, em alguns lugares frios, os responsáveis pelos criadouros, optam por aquecedores para a água do tanque. Para manter a qualidade d’água pode-se ter criação de tilápias, carpas e tartarugas que se alimentam dos restos de carne (ARURÁ, [200-?]).
· Tanques com formatos arredondados parecem diminuir o número de brigas entre animais em relação a tanques com formato quadrado ou retangular
· As laterais do lago devem ter uma inclinação de 45 graus para facilitar a entrada e saída dos animais. 
· Nas margens e regiões secas tem que haver arbustos e capim para confecção de ninhos e também dispor de sombra para se protegerem do sol forte. (Observar qual tipo de árvore para que a raiz das mesmas não comprometa os tanques). 
· A qualidade da agua dos lagos deve ser verificada periodicamente.
Enriquecimento ambiental:
· Mais de 85 milhões de animais que vivem em cativeiro sejam eles de produção, laboratório ou zoológico, apresentam algum tipo de estereotipia (transtorno) comportamental.
· Ambientes enriquecidos contribuem para a diminuição do estresse, e promoção do bem-estar. Animais criados em ambientes enriquecidos, tem menores chances de desenvolvercomportamentos anormais, isso inclui comportamentos relacionados a sexualidade e reprodução. 
Segundo com McPhee and Carlstead (2010) existem cinco tipos de EA – Enriquecimento Ambiental, sendo eles: 
- Físico: Tem como objetivo deixar o ambiente semelhante ao natural da espécie, consiste na introdução de aparatos. 
- Sensorial: Visa estimular os cinco sentidos do animal: visual, auditivo, olfativo, tátil e gustativo. Exemplos deste tipo de enriquecimento é o uso de sons com vocalizações, odores de fezes e urina. 
- Cognitivo: Consiste em estimular a capacidade mental do animal, e ocorre com dispositivos mecânicos a serem manipulados;
- Social: Caracterizado pela interação entre seres vivos da mesma espécie ou espécies diferentes, que pode ser criada no ambiente.
- Alimentar: Oferta de comida o mais próximo possível do que seria no seu ambiente natural, comedouros e bebedouros de acordo com cada espécie. Exemplo: alimentos vivos e/ou escondidos, estimulando a caça. 
· As instalações dos crocodilianos em cativeiro podem variar de acordo com o objetivo, existem cinco tipos básicos de recintos, são eles: De reprodução, de crescimento, de exposição, misto e outros. 
· Estes abrigos parecem também auxiliar na introdução de novos animais em um grupo já estabelecido. Conforme observações feitas, os animais introduzidos permanecem de poucos minutos a alguns dias isolados em seu interior antes de serem vistos próximos aos outros.
· ( aqui você pode falar; como o ruan falou em outro slide, os tanques precisam de vegetação e......) Seria ideal também que estes tanques contenham “ilhas” e a região seca deve contem arbustos e capim para a confecção dos ninhos; alguns lugares como a CIZBAS/ESALQ/USP são construídos abrigos de nidificação de alvenaria ou madeira, esses compartimentos tem 2 x 2 metros com paredes de 1,5 metro de altura e uma única entrada de 0,5 metro de largura, onde as fêmeas costumam construir seus ninhos. 
· Sobre a incubadora, pode ser feita com uma caixa de isopor de 60 ou 80 litros, contendo um termostato ligado a uma fonte de calor de 25 a 40 w (por exemplo quatro lâmpadas ligadas em linha na tampa da caixa) e com uma lâmina d'água no fundo com 3 a 5 cm de profundidade. Os ovos devem ser acondicionados dentro de uma bandeja plástica, de modo a ficarem inseridos na vermiculita usada como substrato, ficando o conjunto sobre a lâmina d'água.
Enfermidades em crocodilianos 
A maioria dos estudos pesquisados destacaram disfunções nutricionais em função do erro de manejo alimentar em animais de cativeiro, além de infecções que podem vir a acometer os animais tanto pelo ambiente, quanto pela própria alimentação.
A seguir, algumas enfermidades;
· Hipoproteinemia: decorre de alimentação pobre em proteínas, causando anemia, palidez, anorexia, apatia e depressão, além de suscetibilidade a infecções secundárias. Deve-se melhorar a alimentação, sendo que há casos em que é necessária a alimentação por sonda.
· Hiperparatireoidismo secundário: A causa mais comum é a alimentação feita unicamente com carne bovina, na qual a relação de Ca:P é 1:16, havendo como consequência a fragilidade óssea (osteomalácia) e o aumento do dorso, resultando em paralisia e escoliose (DOM). A prevenção é realizada com a dose adequada da relação Ca:P e a exposição adequada ao sol ou luz UV – em lugares privados de insolação, deve-se administrar vitamina D nas rações como suplemento. 
· Choque hipoglicêmico: ocorre geralmente onde há superpopulação, frequente manejo (captura, manipulação, uso de fármacos), sobretudo no final do inverno. Os níveis de açúcar estão baixos no sangue, e as reservas de glicogênio do animal demoram mais para ser ativadas do que em outras épocas do ano. Observa-se midríase, tremores musculares, natação em círculos, hipocalcemia e redução de taxa metabólica. O diagnóstico é difícil de ser feito e o tratamento consiste em reposição fluída (solução salina com glicose).
· Gota úrica: observada em todas as Ordens de répteis; hiperuricemia. Caracterizada como presença de altos níveis de ácido úrico no sangue, a gota normalmente é causada pela associação de altos níveis de proteína e desidratação. O tratamento depende de um diagnóstico realizado a tempo, com hidratação adequada do animal; em outros casos, pode ser irreversível. 
Há, ainda, enfermidades relacionadas ao erro de manejo e/ou infecções por patógenos: 
· Onfalite: inflamação do umbigo ao nascimento – há aumento de volume abdominal e suscetibilidade a infecções por esta via. Deve-se realizar a septicemia do umbigo com iodopovidine tópico logo após o nascimento. O tratamento é realizado com antibioticoterapia e isolamento de doentes. 
· Ferimentos de pele – “soluções de continuidade”: A microbiota destes animais é repleta de microorganismos, os quais são inoculados no momento da lesão. Deve-se realizar a antissepsia do local com iodopovidine assim que observada e a aplicação de antibiótico tópico oleoso. 
· Dermatite viral: causado pelo Poxvirus, manifesta-se em animais em períodos de estresse. Mais comum em animais jovens, sendo que a mesma causa ulcerações acinzentadas ou branco-acinzentadas localizadas na boca, rosto e pele. O vírus causa degeneração hídrica (balonosa), acantose e hiperqueratose da epiderme. Em boas condições, a recuperação é espontânea, uma vez que não há tratamento específico. A prevenção baseia-se em higienização rigorosa e ambiente livre de estresse. 
· Salmonelose: Os animais apresentam apatia, anorexia e diarreia, sendo que pode ocorrer septicemia, atingindo o fígado com focos necróticos. Deve ser realizado o isolamento do animal, bem como a higienização de materiais utilizando-se sulfato de neomicina (200mg/L). O tratamento é feito com drogas de eleição às salmoneloses intestinais e sistêmicas. 
· Coccidiose: causa enterite, normalmente acompanhado de diarreia hemorrágica, anorexia e apatia. Pode ser uma doença auto-limitante ou pode evoluir para a necessidade de um tratamento clínico. 
· Doenças aviárias (Influenza aviária e Doença de Newcastle): muitas vezes, os animais são alimentados com carcaças de frangos ou galinhas mortas, ou mesmo com suas farinhas de pena e ossos. É possível, desta maneira, também transmitir Mycoplasma , Salmonella , entre outros microorganismos.
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