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Apostila COMPLETA de Tecnologia e extensão rural

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FESO
Medicina Veterinária
Tecnologia e Extensão Rural
Giselle Keller El Kareh de Souza
- Teresópolis, 2005 -
Índice
Qualidade de vida									pág. 03
	Plano diretor municipal							pág. 03
Desenvolvimento com sustentabilidade					pág. 04
	Planejamento sustentável						pág. 05
	Reforma agrária								pág. 06
	Exemplo de projetos							pág. 07
Qualidade de Vida
Para que tenhamos qualidade de vida é necessário, em primeiro lugar, que tenhamos nossas necessidades básicas satisfeitas:
Ar: 10.000l/dia.
Água.
Sólidos (alimentos).
Satisfeitas estas necessidades básicas, outras necessidades fundamentais também devem ser satisfeitas para que tenhamos qualidade de vida:
Alimentos de qualidade;
Moradia;
Educação;
Saúde;
Lazer.
Mas mesmo com todas estas necessidades satisfeitas, se não tivermos segurança, não teremos qualidade de vida.
Cada um de nós tem sua própria definição sobre o que é qualidade de vida, mas obrigatoriamente essa definição envolve estes tópicos.
Plano Diretor Municipal
O Plano Diretor consiste em um projeto que estabelece planos e metas para o futuro do Município. Só receberão verbas federais os municípios que tiverem seu plano diretor pronto em 2006.
Isto significa que vereadores e colaboradores estão se reunindo para traçar projetos e estabelecer metas que definirão como será nosso município no futuro. Isso influi diretamente em nossa qualidade de vida, pois envolve mudanças no lugar onde moramos.
Todos deveriam se envolver e se interar sobre o que está sendo definido no Plano Diretor de sua cidade, defender seus pontos de vista e sugerir idéias para melhoria dos projetos.
O plano diretor se divide em zonas:
1. Zona de Preservação Permanente (santuários ecológicos)	Zona
2. Zona de Preservação (exploração só com autorização)		Agroecológica
3. Zona Agropecuária (produção animal e vegetal)
4. Zona Periurbana (periferia: população carente)
5. Zona Urbana (comércio, educação, melhorias)
6. Zona Industrial (indústrias)
É na zona agroecológica que os Médicos Veterinários devem participar, contribuindo no desenvolvimento do plano diretor de sua região. Mas não é o que tem ocorrido, pois estes planos estão sendo elaborados por engenheiros, arquitetos, etc.
É importante nossa participação, pois o que for decidido neste plano para essa zona agroecológica, irá influir diretamente na extensão rural.
Desenvolvimento com Sustentabilidade
O ensino gera a pesquisa, que descobre novas tecnologias e técnicas que são repassadas a população rural e produtores rurais (extensão rural).
Portanto deve-se priorizar o ensino. O conhecimento é o responsável pela transformação da sociedade. Os que detêm o conhecimento deveriam ser os líderes políticos, mas muitas vezes estes não se envolvem nas decisões políticas nem mesmo de seu município.
A partir da definição de desenvolvimento sustentável pelo Relatório Brundtland, de 1987, “Desenvolvimento sustentável é desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades”, pode-se perceber que tal conceito não diz respeito apenas ao impacto da atividade econômica no meio ambiente. Desenvolvimento sustentável se refere principalmente às conseqüências dessa relação na qualidade de vida e no bem-estar da sociedade, tanto presente quanto futura.
Atividade econômica, meio ambiente e bem-estar da sociedade formam o tripé básico no qual se apóia a idéia de desenvolvimento sustentável. A aplicação do conceito à realidade requer, no entanto, uma série de medidas tanto por parte do poder público como da iniciativa privada, assim como exige um consenso internacional. É preciso frisar ainda a participação de movimentos sociais, constituídos principalmente na forma de ONGs (Organizações Não-Governamentais), na busca por melhores condições de vida associadas à preservação do meio ambiente e a uma condução da economia adequada a tais exigências.
Planejamento Sustentável
Muitas fazendas produtoras não possuem um planejamento anual para sua produção. A fazenda que possui esse planejamento é uma fazenda organizada, que tem controle sobre sua produção, seus gastos e lucros. O planejamento sustentável de uma fazenda deve levar em conta seu perfil:
Econômico: custo por produto, gastos com produção, investimentos, lucro.
Técnico: nível tecnológico da produção.
Ecológico: impacto ambiental do ar, água e solo: desmatamento, resíduos químicos (agrotóxicos, biocidas), destino dos dejetos, erosão.
Social: bem estar individual e coletivo. Tipo de habitação dos funcionários, qualidade de sua água, se tem plano de saúde, se recebe tratamento dentário, treinamento, se trabalham com equipamentos de segurança.
Os agrotóxicos são divididos em 4 classes:
Classe 1: tarja vermelha. É o mais agressivo.
Classe 2: tarja amarela.
Classe 3: tarja azul.
Classe 4: tarja verde.
“Classe 5”: defensivos naturais.
Cada produto tem um período de carência, ou seja, após aplicação deve-se aguardar este período para colher o produto. Alguns têm período de carência de 1 dia, outros de 90 dias. Os que possuem períodos maiores de carência nem sempre tem este tempo respeitado, pois se o produto agrícola estiver no ponto de colher irá estragar se esperar o tempo necessário.
O Lado Social é o grande segredo do sucesso de uma empresa. Tratar bem seus funcionários, proporcionar-lhes boas condições de trabalho e moradia e escolher bem seus funcionários (caráter, competência) são etapas importantes que não devem ser deixados de lado.
Outro fator que não deve ser esquecido é que uma fazenda não está isolada do mundo, mas sim inserida em um contesto, recebendo influência de tudo que está a sua volta e também do que está bem longe, em outro lugar do mundo.
Reforma Agrária
Um assentamento de sem terras envolve demarcação de área (divisão de lotes) que envolve o conceito de módulo rural.
Módulo Rural: é a quantidade mínima de terra necessária para fornecer sustento com dignidade a uma família. Essa quantidade de terra irá depender de topografia, qualidade do solo, qualidade e quantidade de água.
Latifúndio: uma área maior que 600 módulos rurais.
Minifúndio: uma área menor que 1 módulo rural.
Para definir um módulo rural, é muito importante conhecer a qualidade do solo da área.
- Classes de solo (segundo o ponto de vista agronômico):
Os solos se dividem em classes que vão de I a VIII, sendo a classe I de melhor qualidade e a VIII imprópria para cultivo.
Solo de classe 1: deve ter água em quantidade e qualidade; topografia suavemente plana (levemente inclinada) – facilitar a drenagem e irrigação; textura média (equilíbrio do teor de argila e areia); profundidade igual ou acima de 1m (se for para plantas frutíferas – raízes mais longas – deve ser igual ou acima de 1,5m); fertilidade (macro e micronutrientes).
As plantas precisam de 3 elementos para adquirir nutrientes: ar, água e sólido. O ar fica nas raízes (com exceção de algumas, como o arroz, que não precisa de ar), os nutrientes no solo e através da água a planta absorve estes nutrientes. Portanto é necessário que haja boa textura do solo e em profundidade para que as raízes não tenham acesso a água apenas na superfície.
O solo de classe I é um solo de altíssima produtividade, que exige mínimo investimento, o que propicia excelentes resultados econômicos.
Um solo de classe II pode ser transformado em classe I, se providenciar as correções necessárias.
Caso a região a ser dividida em módulos tenha variações de solo, deve-se calcular uma média para que se chegue a conclusão de qual a área necessária para compor um módulo nesta região.
A área de um módulo Rural, portanto, irá variar de acordo com a classificação do solo. Usa-se a classificação abaixo para calcular a área do módulo:
	Solo
	Área do Módulo
	ClasseI
	4 ha
	Classe II
	6 ha
	Classe III
	12 ha
	Classe IV
	25 ha
	Classe V
	50 ha
	Classe VI
	100 ha
	Classe VII
	150 ha
	Classe VIII
	200 ha
Exemplos de Projetos
Projeto de aproveitamento e uso de água: em uma propriedade são várias as opções para aproveitamento de água:
Reservatório;
Prospecção de água subterrânea;
Preservação, manutenção e melhoramento da reserva florestal;
Reaproveitamento das águas servidas (usadas);
Água da CEDAE;
Transferência de água de outra bacia.
A demanda necessária de água para viabilizar o projeto em questão é que irá definir quais serão os meios usados para disponibilizar essa água.
Cultivo de palmito: características:
Econômica: lucratividade: produto de excelente aceitação no mercado.
Técnica: planta rústica, de fácil cultivo.
Ecológica: enriquece o solo com matéria orgânica (folhas e sistema radicular – traz minerais de áreas mais profundas do solo), retém água (aumentando a umidade do solo) e bloqueia o processo erosivo.
Social: proporciona empregos diretos e indiretos.
É uma atividade de excelente recurso para o nordeste do país, pois é uma região que possui solos que já sofrem de grande processo erosivo e inclinação, precisando de um cultivo como este, que proporcione área de cobertura do solo, enriqueça o solo, seja econômica e traga benefícios sociais (retorno social), ou seja, se enquadra perfeitamente no conceito de sustentabilidade.
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