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O Empirismo

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O Empirismo, Positivismo e a Ciência Econômica
As bases epistemológicas para o Positivismo Lógico em Economia
I - O EMPIRISMO
 (século XVII e XVIII)
Principal pensador: Francis Bacon (Inglaterra - 1561 a 1626).
Idéia: todo conhecimento provém da experiência, mediada pelos sentidos:
“Nada existe no intelecto que antes não tenha estado nos sentidos” 
(Oliveira, 1997 apud Apolinário, 2004; p. 67).
Tenta superar a especulação teórica trabalhada por Aristóteles, pela observação empírica.
1.1. Princípios metodológicos de Francis Bacon:
Substitui a revelação mística da verdade pelo controle metódico da observação.
Procura não partir de elementos subjetivos. Diferente do racionalismo (séc. XVII), acredita que a mente é vazia de conteúdo quando não se vive uma experiência. 
A descoberta dos fatos depende da observação, regulada pelo raciocínio indutivo (observações ( hipóteses ( leis ( generalização).
Crença: o método indutivo evitaria o viés ideológico, subjetivo e tendencioso da ciência.
Exemplo aplicado à Teoria Econômica: Adam Smith e sua exposição acerca da produção de alfinetes para explicar a importância da divisão do trabalho para o crescimento econômico.
1.2. Da crítica ao empirismo e ao método indutivo à metodologia positivista
Críticas ao empirismo:
Acredita no observável
Substitui a explicação pela descrição
Subdimensiona a teoria 
Críticas ao método indutivo:
Indução no pensamento científico ( riscos
	
Com base nos fatos ( mudanças nos fatos levam a elaboração de teorias modificáveis e passíveis de várias conclusões. 
2. POSITIVISMO
Auguste Comte (séc. XIX) e contribuições de Stuart Mill
Comum ao empirismo: desconfiança da filosofia dogmática e não aceitação da explicação da realidade que não venha dos fatos.
Comte acreditava que a vida era governada por leis e princípios que poderiam ser descobertos pelo uso de métodos associados às ciências exatas.
Crença na objetividade, neutralidade e real progresso científico.
Positivismo Lógico (séc. XX)
Decorrências do Positivismo:
Desenvolvido no Círculo de Viena (Áustria – 1922)
Separação do que é e o que não é científico: VERIFICACIONISMO
POSITIVISMO LÓGICO
Representa um grupo de intelectuais do chamado Círculo de Viena (Rudolf Carnap, Otto Nemath, Honh e Karl Mayers).
Relevância da ciência e impropriedade da filosofia para explicação dos fenômenos. Considera as contribuições da física e da matemática.
Ciência seguindo dois princípios:
Empirismo: cada conceito adquire relevância se puder ser testado empiricamente.
Logicismo: enunciado de cunho científico deve ser formulado em linguagem estritamente lógica. Contribuições da matemática e da física.
Critério de demarcação científica: o verificacionismo.
Não deve ser confundida com as posições de Popper, apesar deste ter, de certa forma, participado do Círculo de Viena.
Verdade científica - valor em si mesmo. Alcançável através de rigor lógico dos sistemas teóricos e comprovada pelos testes empíricos. 
Se referem ao princípio da VERIFICABILIDADE:
Princípio segundo o qual o status de verdade de um enunciado é dado pela possibilidade de verificação empírica. Uma vez verificada ( enunciado válido ou conteúdo verdadeiro. 
Metodologia defensiva e apontada como presente em escritos clássicos da Economia (Blaug, 1999)
Crítica ao positivismo lógico: 
Na indução pura não é possível uma total isenção dos sentidos
Como diz Pedro Demo (1985), um dado não fala por si mesmo, sem que haja um conceito ou uma teoria embasando.
A RAZÃO POSITIVA E SUA FACE ECONÔMICA
No séc. XVIII, teorias econômicas aparecem embebidas em noções positivistas (fala-se em ordem, progresso científico, no uso da matemática e metodologias da física).
Aplicado às ciências sociais
(combinando a contemplação e a observação dos fenômenos ( extraem leis e critérios de cientificidade). 
Com a matemática transformada em lógica de investigação, a ciência econômica vem tentando sobrepor-se às divergências entre empiristas e racionalistas, construindo um simulacro de um saber objetivo e neutro.
Adam Smith, também dogmático, trouxe a idéia da economia explicada como uma máquina organizada, independente da vontade do sujeito, com leis que pudessem ser descritas matematicamente.
Na teoria marginalista, o cálculo maximizador fornece conteúdo rigoroso do ponto de vista lógico, consubstanciando determinada racionalidade - ideal positivista da ciência:
A economia, separada da arte, associada à física, distante da normatividade e, portanto, da política e dos valores ( Ciência Positiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APPOLINÁRIO, F. Dicionário de metodologia científica: um guia para a produção do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2004.
BLAUG, M. Metodologia da economia. São Paulo: Edusp, 1991.
DEMO, P. Introdução à metodologia científica. – 2 ed. – São Paulo: Atlas, 1987.
FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência: Aplicação na Teoria Social e Estudo de Caso. São Paulo: Atlas, 2003. 
GANEM, A. Teoria neoclássica: a face econômica da razão positiva. In CORAZZA, G. (org.) Métodos da Ciência Econômica. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.
MARQUES JÚNIOR, L. dos S. e PÔRTO JÚNIOR, S. da S. O método da teoria neoclássica: a economia neoclássica é uma teoria refutável? In CORAZZA, G. (org.) Métodos da Ciência Econômica. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003
SMITH, A. Riqueza das Nações. Varias edições.
A abordagem indutivista nunca foi totalmente abandonada.
Séc. XIX, Stuart MILL e Auguste COMTE, buscaram contornar os problemas da indução propondo o POSITIVISMO.
Preocupação em tornar as sentenças do conhecimento mais claras =
Lógica Matemática + empirismo
≠ Popper, que:
 Não defende a comprovação das teorias, mas sua refutação ou falseabilidade via testes empíricos. 
 Derruba o apelo indutivista do positivismo lógico.

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