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AD3-TEORIA DO CONHECIMENTO

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AD3-Teoria Do Conhecimento 
 
Questão 1 
 
Leia atentamente os fragmentos abaixo. 
 
A - A ideia de que a ciência pode e deve ser governada de acordo com regras fixas e universais é 
simultaneamente não realista e perniciosa. É não realista, pois supõe uma visão por demais simples dos 
talentos do homem e das circunstâncias que encorajam ou causam seu desenvolvimento. E é perniciosa, 
pois a tentativa de fazer valer as regras aumentará forçosamente nossas qualificações profissionais à 
custa de nossa humanidade. Além disso. A ideia é prejudicial à ciência, pois negligencia as complexas 
condições e físicas e históricas que influenciam a mudança científica. Ela torna a ciência menos adaptável 
e mais dogmática... 
B - Nas leis dos fenômenos consiste realmente a ciência, à qual os fatos propriamente ditos, em que pese 
à sua exatidão e o seu número, não fornecem mais que o material indispensável. Ora, considerando a 
destinação constante destas leis, pode-se dizer, sem exagero algum, que a verdadeira ciência, longe de 
ser formada por simples observações, tende sempre a dispensar [...] a observação direta, substituindo-a 
por esta previsão racional que constitui [...] o principal caráter do espírito positivo [...] Assim, o verdadeiro 
espírito positivo consiste sobretudo em ver para prever, em estudar o que é a fim de concluir disso o que 
será, segundo o dogma da invariabilidade das leis naturais. 
Pautando-se nas passagens supracitadas, assinale as alternativas corretas: 
 
➢ Ambos os fragmentos remetem ao falsificabilismo, de Karl Popper, pois “... desvia o foco da 
atenção dos méritos de uma ciência isolada para os méritos relativos de teorias concorrentes." 
(CHALMERS, 1993) 
 
➢ O fragmento A caracteriza o pensamento de Thomas S. Kuhn, a Teoria dos paradigmas, pois, ao 
final, remete para a historicidade e para as mudanças científicas (ciência revolucionária), 
indicando que “... os relatos tradicionais da ciência, fosse indutivista ou falsificabilista, não 
suportam uma comparação com o testemunho histórico.” (CHALMERS, 1993) 
 
➢ O fragmento A reflete as ideias do Anarquismo epistemológico, de Paul Feyerabend, que “critica 
as posições positivistas ao considerar as metodologias normativas não são instrumentos de 
descobertas e defende o pluralismo metodológico.” (ARANHA E MARTINS, 1993) 
 
➢ Ambos os fragmentos refletem ideias da fenomenologia de Edmund Husserl, pois demonstram "... 
que há uma diferença de direito entre a psicologia, ciência empírica dos fatos do conhecimento, e 
as ciências normativas puras, como a teoria do conhecimento e a lógica.” (CHAU, 1988). 
 
➢ O fragmento B reflete as ideias de Augusto Comte, expoente do positivo, pois indica que o 
positivismo se afasta do empirismo ao propor que “quando se conhece os fenômenos por suas 
relações constantes de concomitância e de sucessão — isto é, pelas leis — admitindo daí a 
possibilidade de previsão racional...” (SIMON, 1999) 
 
 
Questão 2 
 
Leia o seguinte excerto de “Contra o método”, de Feyerabend: 
 
A ideia de um método que contenha princípios firmes, imutáveis e absolutamente obrigatórios para 
conduzir os negócios da ciência depara com considerável dificuldade quando confrontada com resultados 
da pesquisa histórica. Descobrimos, então, que não há uma única regra, ainda que plausível e 
solidamente fundada na epistemologia, que não seja violada em algum momento. 
 
Assinale, a partir do texto e de seus estudos, V (verdadeiro) ou F (falso): 
 
➢ Verdadeira 
➢ Feyerabend discorda de Popper quando este diz que hipóteses ad hoc sempre devem ser evitadas 
na ciência. 
 
 
➢ Falsa 
➢ Feyerabend afirma que a ciência ocidental é hoje dominante por uma razão muito simples: seus 
métodos e técnicas de investigação são inegavelmente mais racionais e superiores aos de 
qualquer outro empreendimento humano. 
 
➢ Verdadeira 
➢ Força, propaganda e lavagem cerebral são exemplos de fatores que desempenham um papel 
importante no desenvolvimento do conhecimento científico, de acordo com Feyerabend. 
 
➢ Falsa 
➢ Feyerabend defende que confirmações do método científico são necessárias para o progresso da 
ciência. 
 
 
Questão 3 
 
O modelo de racionalidade científica construído na modernidade atravessa uma profunda crise na 
contemporaneidade. Diversas correntes de pensamento colocam em xeque as possibilidades de defesa de 
um agir racional da forma como os racionalistas, os empiristas e os criticistas propuseram nos séculos XVII 
e XVIII. (QUERIQUELI, LEONEL; MARQUES, 2016). 
 
Leia os recortes e relacione-os com respectivas correntes de pensamento da contemporaneidade: 
 
I. Propõe levar em consideração tanto a experiência empírica do mundo físico quanto as formulações 
lógicas puramente racionais. A ciência é, entre tantos tipos de conhecimento desenvolvidos pelo homem, 
o único conhecimento universalmente válido. Nesse sistema, acreditava-se ser possível “evoluir” no 
conhecimento científico de modo progressivo e linear. 
II. Postula o caráter hipotético do conhecimento científico, substituindo o método indutivo, defendido 
pelos empiristas, pelo método hipotético-dedutivo. Uma teoria que não pode ser refutada [rejeitada], por 
nenhum evento concebível, não é científica. 
III. Propõe que o progresso da ciência se dá por rupturas epistemológicas e não por acumulação de 
conhecimento entre as teorias. A ciência resulta da elaboração de paradigmas que, durante algum tempo 
servem de modelos e/ou referências para explicar os problemas. 
IV. Defende um radical pluralismo metodológico. O progresso da ciência é desigual sem que haja 
necessidade de regras metodológicas. 
A sequência correta das correntes de pensamento é: 
 
➢ I: Falsificabilismo; II: Positivismo; III: Teoria dos paradigmas; IV: Anarquismo epistemológico. 
 
➢ I: Anarquismo epistemológico; II: Falsificabilismo; III: Teoria dos paradigmas; IV: Positivismo. 
 
➢ I: Positivismo; II: Falsificabilismo; III: Teoria dos paradigmas; IV: Anarquismo epistemológico. 
 
➢ I: Falsificabilismo; II: Anarquismo epistemológico; III: Teoria dos paradigmas; IV: Positivismo. 
 
➢ I: Positivismo; II: Teoria dos paradigmas; III: Falsificabilismo; IV: Anarquismo epistemológico. 
 
Questão 4 
 
Assinale V para as proposições verdadeiras e F para as falsas: 
 
➢ Verdadeira 
➢ A posição popperiana defende que a maior preocupação do cientista não é a explicação e 
justificação de sua teoria, mas o levantamento de possíveis possibilidades de refutá-la. 
 
➢ Verdadeira 
➢ O positivismo considera tanto a experiência empírica do mundo real, quando as formulações 
lógicas puramente racionais para o desenvolvimento das investigações científicas. 
 
➢ Falsa 
➢ Feyerabend defende que toda pesquisa científica segue um método padrão e que o 
desenvolvimento da ciência não depende dos interesses dos cientistas, mas de uma lógica 
imanente ao próprio método científico. 
 
➢ Falsa 
➢ Para Popper, a ciência segue, simplesmente, uma perspectiva indutivista no seu desenvolvimento 
e a lógica tem pouca utilidade para refutar os fatos observados. 
 
➢ Verdadeira 
➢ Thomas Kuhn nega que o desenvolvimento seja movido pelo ideal de refutação, criticando 
Popper. 
 
 
Questão 5 
 
No início da "Introdução à edição chinesa", Feyerabend apresenta a tese que defende em "Contra o 
método". Assinale a alternativa que melhor corresponde à tese de Feyerabend: 
 
➢ Existe algo que chamamos de "o método científico", pois procedimentos que funcionaram numa 
situação funcionam em outra, e vice-versa. 
 
➢ Apesar da pluralidade metodológica, há uma lógica comum na investigação científica que é 
expressa na noção de “falsificacionismo”. 
 
➢ A ciência possui um método único, claro e bem definido, que foi empregado em todos os eventos 
bem sucedidos de investigação científica. 
 
➢ A ciência não tem um método único e bem-definido, no entanto todos os eventos bem sucedidos 
de investigação científica apresentamuma estrutura comum. 
 
➢ Não existe algo que se possa chamar de "o método científico", pois procedimentos que 
funcionaram numa situação podem atrapalhar em outra, e vice-versa. 
 
 
 
Questão 6 
 
Leia o que Einstein fala sobre o método científico no seguinte excerto: 
 
A relação entre epistemologia e ciência é digna de atenção. Elas são dependentes uma da outra. A 
epistemologia sem contato com a ciência torna-se um esquema vazio. A ciência sem epistemologia é – 
tanto quanto isso é possível – primitiva e confusa. No entanto, tão logo o epistemólogo, que está 
buscando um sistema claro, encontra um tal sistema, tende a interpretar o conteúdo da ciência no 
sentido do seu sistema e a rejeitar tudo que não se encaixa nele. O cientista, no entanto, não pode se 
permitir a levar a busca por sistematização epistemológica tão longe. Ele aceita de bom grado a análise 
conceitual epistemológica; mas condições externas que são postas diante dele pelos fatos da experiência 
não permitem que ele se restrinja estritamente, na construção de seu mundo conceitual, a um sistema 
epistemológico. Ele, portanto, deve assemelhar-se, para o epistemologista sistemático, a um tipo de 
oportunista inescrupuloso: ele parece-se com um realista quando busca descrever um mundo 
independente dos atos de percepção; com um idealista quando vê os conceitos e teorias como invenções 
livres do espírito humano (logicamente não deriváveis do que é empiricamente dado); como um 
positivista quando considera seus conceitos e teorias justificados somente na medida em que eles 
fornecem uma representação lógica de relações entre experiências sensoriais. Ele pode mesmo parecer-
se a um platonista ou pitagórico quando considera o ponto de vista da simplicidade lógica como 
ferramenta indispensável e efetiva de sua pesquisa. (Einstein, 'Reply to criticisms', 683-4, in SCHILPP, 
PAUL ARTHUR (ed.) (1949), Albert Einstein: Philosopher-Scientist (La Salle,IU.: Open Court).) 
 
 Podemos afirmar que as afirmações de Einstein, nesta passagem, estão mais próximas à tese de qual 
pensador? 
 
➢ À de Popper, pois Einstein defende que, apesar de as aplicações científicas serem plurais, a 
representação lógica que mobiliza a investigação científica implica no contínuo teste de suas 
hipóteses a fim de falsificá-las. 
 
➢ À de Feyerabend, pois Einstein defende uma pluralidade metodológica segundo a qual o 
cientista deve usar os métodos e conceitos que melhor lhe aprouverem para explicar os fatos 
da experiência. 
 
➢ À de Kant, pois Einstein defende que o cientista deve ter uma atitude crítica tendo em vista que a 
epistemologia sem contato com a ciência é vazia e a ciência sem epistemologia é cega (primitiva e 
confusa). 
 
➢ À do Positivismo, pois Einstein defende que o cientista considera seus conceitos e teorias 
verdadeiras somente na medida em que eles fornecem uma representação lógica de relações 
entre experiências sensoriais. 
 
➢ À de Kuhn, pois Einstein defende que cada cientista usará os métodos conforme o momento 
histórico em que vive, isto é, segundo o paradigma vigente.

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