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AULA TEÓRICA 3 Professor: Fernando Albuquerque UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE TOPOGRAFIA E TRANSPORTES PROGRAMA DO CURSO 1. Topografia: conceitos fundamentais 2. Planimetria: 2.1. Medidas Angulares 2.2. Medida de Distâncias: Direta e Indireta 2.3. Levantamentos Planimétricos: Métodos das Coordenadas e de Caminhamento 2.4. Cálculo de Área de Polígono 3. Altimetria REVISÃO DA AULA ANTERIOR 1. ÂNGULOS HORIZONTAIS • INTERNOS • EXTERNOS • DEFLEXÕES 2. ÂNGULOS DE ORIENTAÇÃO • RUMOS • AZIMUTES São elas: �Distância Inclinada (DI):é a distância entre dois pontos. �Distância Horizontal (DH): também conhecida como distância reduzida. É a distância entre dois pontos medida em um plano horizontal. Esta distância é a que, por força de lei, consta em escrituras imobiliárias, por isso é também denominada distância legal. �Distância Vertical (DV) ou Diferença de Nível (DN): é a distância entre dois pontos medida ao longo da vertical Grandezas Lineares A medida da distância entre dois pontos, em topografia, corresponde à medida da distância horizontal entre estes dois pontos. E esta medida pode ser determinada pelos processos: 1.Medida Direta de Distâncias: �A medição da distância é obtida percorrendo o alinhamento do início ao fim, medindo diretamente a grandeza procurada. �INSTRUMENTOS utilizados na medida direta de distancias, são conhecidos também por DIASTÍMETROS. �Apesar da qualidade e da grande variedade de diastímetros disponíveis no mercado, toda medida direta de distância só poderá ser realizada se for feito uso de alguns ACESSÓRIOS especiais. Medições de distâncias 1- Fita e Trena de aço: . 2- Trena de fibra de vidro Medida Direta de Distâncias/Instrumentos. 3- Trena de lona: Medida Direta de Distâncias/Instrumentos 1. Piquetes: 2. Estacas: Medida Direta de Distâncias/Acessórios 3. Fichas: 4.Balizas: Medida Direta de Distâncias/Acessórios 5.Nível de Cantoneira: 6. Barômetro de Bolso: Medida Direta de Distâncias/Acessórios 7. Dinamômetro: 8. Termômetro: Medida Direta de Distâncias/Acessórios 9. Nivel de Mangueira: 10. Cadernetas de Campo: Medida Direta de Distâncias/Acessórios A precisão nas medidas diretas de distâncias depende de: � do instrumento de medição utilizado; � dos acessórios; � e dos cuidados tomados durante a operação. Os cuidados que devem ser tomados nas medidas diretas de distâncias: � que os operadores se mantenham no alinhamento a medir, � que se assegurem da horizontalidade do diastímetro, � E que mantenham tensão uniforme nas extremidades. Medida Direta de Distâncias/Precisão e cuidados. Métodos de Medida direta de distancias (com Diastímetros): 1. Lance Único: Os extremos de cada alinhamento devem ser alinhados com auxílio de uma baliza (ou um fio de prumo). Medida Direta de Distâncias/ Métodos 2. Vários Lances: Se o seguimento a ser medido é maior que a trena utilizada ou o terreno é muito íngreme, divide-se o seguimento em seções, alinhadas com os extremos do seguimento Medida Direta de Distâncias/ Métodos 3. Traçado de Perpendiculares: a)Amarração de Detalhes: A amarração de detalhes (feições naturais e artificiais do terreno) é realizada utilizando-se somente diastímetros. Para tanto, é necessário a montagem, no campo, de uma rede de linhas, distribuídas em triângulos principais e secundários, às quais os detalhes serão amarrados. A esta rede de linhas denomina-se triangulação. A figura ilustra uma determinada superfície já triangulada. Medida Direta de Distâncias/ Métodos a.1) Por perpendiculares tomadas a olho; a.2) Por triangulação. Medida Direta de Distâncias/ Métodos b) Alinhamentos Perpendiculares: b.1)Triângulo Retângulo: b.2)Triângulo Equilátero: Medida Direta de Distâncias/ Métodos 4. Transposição de obstáculos: Para que a distância AB possa ser determinada, escolhe-se um ponto C qualquer do terreno de onde possam ser avistados os pontos A e B. Medem-se as distâncias CA e CB e, a meio caminho de CA e de CB são marcados os pontos D e E. A distância DE também deve ser medida. Por semelhança entre os triângulos CAB e CDE, a distância AB será dada por: AB = DE � AB = DE . CA CA CD CD Medida Direta de Distâncias/ Métodos Erros na Medida Direta de Distâncias � Erros de Leitura: � inverter a origem da trena; � misturar leitura no sistema métrico com leitura em polegadas. � Erros devido ao comprimento do diastímetro: � afetado pela tensão aplicada em suas extremidades e também pela temperatura ambiente. A correção depende dos coeficientes de elasticidade e de dilatação do material com que o mesmo é fabricado. A distância horizontal correta (DHc) é dada por: Sendo: � la� comprimento aferido do diastímetro. � l� comprimento nominal � DHm� distancia horizontal medida. Medida Direta de Distâncias/ Erros � Erro devido à falta de horizontalidade da trena: � com a trena inclinada o valor lido será sempre maior que o procurado (VL > VP); Medida Direta de Distâncias/ Erros � Erro devido à falta de horizontalidade da trena:(Cont.) Quando mede-se uma série de linhas inclinadas em vez de medir as projeções destas linhas sobre o plano horizontal, o erro devido ao desvio vertical (Cdv), para um único lance, pode ser encontrado através da relação entre o desnível do terreno (DN) e o comprimento do diastímetro (l): Assim, a distância horizontal correta (DHc): Medida Direta de Distâncias/ Erros � Erro devido à catenária: é a curvatura ou barriga que se forma ao tensionar o diastímetro; que ocorre devido ao seu peso e seu comprimento. O erro devido à catenária, para um único lance, pode ser encontrado através da relação: Medida Direta de Distâncias/ Erros � Erro devido à catenária: (continuação) Para vários lances, este erro é cumulativo. Assim, a distância horizontal correta (DHc) entre dois pontos será encontrada subtraindo-se da distância horizontal medida (DHm), o erro da catenária (Cc) multiplicado pelo número de lances (N l ) dado com o diastímetro: Medida Direta de Distâncias/ Erros � Erro devido à verticalidade da baliza: � Qualquer inclinação na baliza na direção do alinhamento provocará um aumento ou diminuição na distância que está sendo medida, caso esteja incorretamente posicionada para trás ou para frente, respectivamente. � Este tipo de erro só poderá ser evitado se for feito substituindo a baliza por um fio de prumo. Medida Direta de Distâncias/ Erros � Erro devido ao desvio lateral do alinhamento: Ocasionado por um descuido no balizamento intermediário, � Erro de alinhamento das seções: Ocorre quando as seções não estão alinhadas com os pontos extremos. (vista superior) Medida Direta de Distâncias/ Erros � Desvantagens: � Pode ser muito demorado e impreciso se a equipe de trabalho não estiver bem treinada e o relevo for muito acidentado. � Pode ocorrer de haver algum obstáculo (lagos, rios, construções, entre outros) entre os extremos do seguimento a ser medido, isto é: no alinhamento,que impeçam o uso do processo direto. Medida Direta de Distâncias/ Desvantagens. As distâncias podem ser determinadas: Processo direto: � A distância é obtida percorrendo o alinhamento do início ao fim, medindo diretamente a grandeza procurada. � Instrumentos: trenas. Processo indireto: � A distância é obtida a partir de observações que estejam implícita ou explicitamente ligadas à distância procurada. � Instrumentos: por princípio ótico (estadimetria) ou eletrônico (propagaçãode ondas eletromagnéticas). Medida de Distâncias 2. Medida Indireta de Distâncias: A medição da distância entre dois pontos é obtida a partir de observações que estejam implícita ou explicitamente ligadas à distância procurada. Isto é: as distâncias são calculadas em função da medida de outras grandezas. Vantagem: na maioria das vezes, não há necessidade de percorrer o alinhamento. INSTRUMENTOS: Os instrumentos utilizados na medida indireta de distancias são: 1. Taqueômetro (ou teodolito) 2. Estação total 3. Nível Medida Indireta de Distâncias 1. Taqueômetro (ou teodolito): Teodolito transito Teodolito Ótico Teodolito Eletrônico mecânico e de leitura externa prismático e c/ leitura interna leitura digital Medida Indireta de Distâncias/ Instrumentos 1.1- Tripé Fig.1 Fig. 2 Fig.1 - de alumínio para o trânsito; Fig. 2 - de madeira para os teodolitos óticos ou eletrônicos Medida Indireta de Distâncias/ Acessórios 1.2. Mira ou régua graduada: Fig.1 Fig.1: Mostra a parte de uma régua e com as divisões do metro: dm, cm e mm. Medida Indireta de Distâncias/ Acessórios 1.3. Nível de cantoneira 1.4. Baliza Medida Indireta de Distâncias/ Acessórios Ao processo de medida indireta denomina-se ESTADIMETRIA ou TAQUEOMETRIA, pois é através do retículo ou estádia do teodolito que são obtidas as leituras dos ângulos verticais e horizontais e da régua graduada, para o posterior cálculo das distâncias horizontais e verticais. Medida Indireta de Distâncias/ Estadimetria e Taqueometria Fios dos retículos ou fios estadimétricos Medida Indireta de Distâncias/ Estadimetria e Taqueometria A figura mostra os Fios estadimétricos: FS - fio superior, FM - fio médio, FI - fio inferior e FV - fio vertical . Medida Indireta de Distâncias/ Estadimetria e Taqueometria Princípio de funcionamento: 1.Medição com a luneta na horizontal (ângulo zenital = 90º ou ângulo vertical = 0º Medida Indireta de Distâncias/ Estadimetria e Taqueometria A distância horizontal entre os pontos, OB, será deduzida da relação existente entre os triângulos Oac e OAC, que são semelhantes. Logo, temos: Sendo que a razão entre a distância da localização dos fios ao centro do aparelho, distância Ob, e a distância do fio superior ao inferior, distância ac, é conhecida como constante estadimétrica (g). A constante estadimétrica, na maioria dos instrumentos, é igual a 100 (esta informação encontra-se no manual do instrumento), ou seja, ac é cem vezes menor que Ob. Medida Indireta de Distâncias/ Estadimetria e Taqueometria Medida Indireta de Distâncias/ Estadimetria e Taqueometria NIVELAMENTO GEOMÉTRICO • Posicionar o nível equidistante aos dois pontos (aceita-se desvio de 2m). • ( )mFMFIFS 002,0 2 ±≤ + Constante estadimétrica do equipamento Próxima Aula: • Levantamentos Altimétricos. MEDIDAS DE DISTÂNCIAS MEDIDAS DE DISTÂNCIAS Referências: • BORGES, A. C. Topografia aplicada à Engenharia Civil. 3.ed. São Paulo: E. Blücher, 1999, v. 1 e 2. • DOMINGUES, F. A. A. Topografia e astronomia de posição para engenheiros e arquitetos. São Paulo, Ed. McGraw-Hill do Brasil. 1979. • ESPARTEL, L. Curso de topografia. 7. ed. Porto Alegre: Globo, 1987. • ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Execução de levantamento topográfico. NBR 13133. Maio, 1994.
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