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AULA SISTEMAS DE CRIAÇÃO AULA5

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SISTEMAS DE CRIAÇÃOSISTEMAS DE CRIAÇÃO
Profª MSc. Adriana Fernandes de Barros
Disciplina: Piscicultura
Profª MSc. Adriana Fernandes de Barros
Disciplina: Piscicultura
����Sistema extensivo
Modificação mínima do ambiente natural
- Não há controle da produção
- Presença de predadores
- Pesca artesanal
- Ausência: práticas de adubação, 
calagem, arraçoamento e monitoramento 
da qualidade da água
- Produção de 150-1000 kg/ha/ano
Sistema extensivo
Este sistema é
economicamente viável 
quando o valor da terra é
baixo e o custo de 
construção dos viveiros é
barato ou justificado para 
outros usos como irrigação, 
lazer, etc.
����Sistema semi-intensivo
Sistemas de criação
- Ainda é o sistema mais utilizado no Brasil
- Praticado em viveiros → sistema de abastecimento e 
drenagem de água
- Certa tecnologia → berçario
- Calagem, adubação, arraçoamento + alimentação 
suplementar
- Certo controle da qualidade da água → transparência
→ disco de Secchi
- Pode ser caracterizado tbém c/o sistemas integrados
- Produção de 2000 – 6000 kg/ha/ano
Sistema semi-intensivo
Sistema semi-intensivo
Sistema semi-intensivo
Sistema intensivo
Sistemas de criação
- São praticados em tanques ou viveiros 
com controle de abastecimento e 
drenagem
- São realizadas calagens e adubações →
↑ a produtividade natural → pode 
contribuir para melhor CA
- Controle da qualidade da água: O2D, pH, 
transparência e compostos nitrogenados
Sistema intensivo
- Se divide em três fases de produção: 
larvicultura, alevinagem e engorda
- Utilização exclusiva de ração de boa 
qualidade
-Sistema de aeração, contínua, em 
horários críticos e/ou de emergência
- Produção de 10.000 a 100.000 kg/ha/ano
Sistema intensivo
Sistema intensivo
Aeração Contínua
Sistema intensivo
Renovação parcial da água
e aeração de emergência
Sistemas 
super-intensivos
Sistemas de criação
� Raceways
- Geralmente não se pratica aeração
- Unidade de produção é pequena: 50 a 300 m2
- Realizada 1 a 3 troca total de água/h → gde
disponibilidade de água
- Pode ser construído de alvenaria, fibra e 
material sintético flexível
- Facilidade na despesca
- 70 a 200 kg/m3
Sistemas de criação
Raceways
Raceways
Sistemas em Raceways
Sistemas em Raceways
Aeração complementar
Sistemas em Raceways
Moxóto-BA
Sistemas em Raceways
Criação de trutas – Campos do 
Jordão/SP
Criação de Juvenis – Projeto 
pacu/MS
����Recirculação de água
- São realizados em ambientes fechados
- Tanques são circulares
- Controle total das condições ambientais
- Provido de sistemas de filtros naturais e/ou 
mecânico
- Troca mínima de água 
- Altos riscos
- Indicado → pouca disponibilidade de água
→ espécies não adaptadas e de ↑
valor comercial
- Produção de 100 a 200 kg/m3/despesca
Sistema super-intensivo
Tanques circulares com fundo cônico
Sistema de recirculação de água
Substrato para as
bactérias nitrificantes
Filtros naturais
Sistema de recirculação de água
Laboratório de Piscicultura Intensiva 
Recirculação de água (I.P. - Ubatuba, SP)
Painés Elétrico de Controle
Sistemas de recirculação
Painés Elétrico de Controle
Sistemas de recirculação
Laboratório de Piscicultura
Intensiva - CAUNESP
Sistemas de recirculação
Produção intensiva de tilápias
Arizona - USA
Sistemas de recirculação
Israel
“Plantando peixes no deserto”
Sistemas de recirculação
Sistemas de recirculação
- Estruturas flutuantes de vários formatos e 
tamanhos
- Onde peixes são estocados em ↑ densidades
- Renovação contínua de água no interior das 
unidades de cultivo suficiente para manter 
adequada [ ] de O2D e eliminação contínua dos 
resíduos orgânicos
Sistema super-intensivo
����Tanques-rede ou gaiolas
Sistemas de tanque-rede
Oxigênio
Excretas
�Vantagens
- Menor custo de implantação
- Maior aproveitamento dos recursos 
hídricos → possibilitando rápida 
expansão da piscicultura industrial
- Maior constância na qualidade da água
- Criação de diferentes espécies no 
mesmo ambiente
Sistemas de tanque-rede
�Desvantagens
- Necessidade de fluxo constante e 
boa qualidade da água 
- Dependência de rações de alta 
qualidade
- Maior risco de fuga dos peixes 
(intempéries ou rompimento)
- Poluição ambiental (orgânica, 
genética e patológica)
Sistemas de tanque-rede
Tipos de tanques-rede ou gaiolas: 
quanto a produção 
Sistemas super-intensivos
� Pequeno volume e alta densidade (PVAD)
< 6m3 →→→→ >110 kg/m3
Sistema de tanque-rede
�Grande volume e baixa densidade (GVBD)
18m3 < 70 kg/m3
Sistema de tanque-rede
Esquema de troca de água em 
tanques-rede de PVAD e de GVBD
Sistema de tanque-rede
����Local de Instalação
Sistemas de tanque-rede
– Evitar locais de correnteza (10 a 20 cm/s) e 
ventos fortes
– Evitar locais de águas profundas e 
eutrofizadas
– Conhecer variação climáticas e limnológicas dos 
últimos 10 anos;
– Ausência de contaminantes na água
– Profundidade mínima de 1 m abaixo do tanque-
rede
– Fácil acesso para manejo diário
– Ausência de “bloons” de algas
– Fácil visibilidade e vigilância
Sistemas de tanque-rede
Localização 
Hidrelétrica de Xingó - BA
Localização
Ribeirão 
São Jerônimo
Áreas da sociedade
Rio Tietê
Córrego 
ArribadaÁrea arrendada
.
.
Área arrendada
.
.
.
.
����Fatores que afetam a produtividade
1) Qualidade da água
2) Qualidade do alimento utilizado
3) Qualidade dos Juvenis
4) Espécie cultivada
5) Taxa de renovação de água depende:
- Correnteza da água e da movimentação dos peixes
- Tamanho e formato
- Área vazada e espessura da malha
- Incidência de colmatação
Sistemas de tanque-rede
Colmatação
•Colmatação
– Adesão e crescimento de organismos aquáticos 
junto a tela do tanque-rede;
– Restringe a troca de água - deve ser evitada;
– Diretamente proporcional a transparência da 
água;
– Controles:
– Físico = escovação (difícil e estressante 
aos peixes)
– Biológico = 2 a 3 tilápias/m2 de tela
– Químico = deve ser evitado
Sistemas de tanque-rede
�Estrutura dos tanques-rede
• Características gerais:
-Boa resistência → a esforço mecânico e 
corrosão
→ suportar a carga máxima 
dos peixes
- Mínima resistência a passagem de água
- Material não abrasivo → não causar injúrias 
aos peixes
- Fácil manejo e reparos
Sistemas de tanque-rede
• Tipos de estruturas flutuantes
- Latões de metal ou plástico
- Tubos de PVC bem vedados
- Bambu
• Tamanho das malhas
- Quanto > a abertura > a renovação
- Mínimo 13 mm e no máximo 25 mm
Estrutura dos tanques-rede
Sistemas de tanque-rede
• Fixação
- Através de cabos de aço
• Cobertura
-Devem ser opacas → ↓ ação dos 
→ atenua estresse
→ podem ↑ em até 10% a 
produção em áreas c/ transparência > 2, 0 m
-Evita → fulga dos peixes
→ entrada de peixes indesejáveis
→ ataque de pássaros
→ dificulta roubos
Sistemas de tanque-rede
Cobertura 
• Comedouros
– Pelo menos 40 cm para baixo da linha da água, 
e 20 cm acima;
– Ocupar 50-60% da área superficial do tanque-
rede;
– Suas laterais devem estar SEMPRE afastadas, 
permitindo o livre acesso dos peixes;
– Telas de malha fina fixadas nas laterais do 
tanque-rede diminuem a troca da água de 
superfície - devem ser evitadas.
Sistemas de tanque-rede
Tipos de comedouro
Tipos de comedouro
Tipos de comedouro
Perda de raçãoPerda de ração
VoracidadeVoracidade Tipos de comedouro
Tipos de comedouro
Arraçoamento correto
MontagemMontagem
– Manejo e manutenção da qualidade da água
– Fácil acesso para atividade rotineiras diárias 
(alimentação, manutenção e limpeza das telas, 
etc.)
– Permitir renovação do seu volume total ao 
menos uma vez por minuto;
– Evitar correntes com vazão maior que 5 m/min;
– Posicionar afastados de águas estagnadas;
– Espaçamento 3,0 m entre linhas e 1,5 m entre 
tanques.
Posicionamento
Sistemas de tanque-rede
Posicionamento 
ImpróprioImpróprio ApropriadoApropriado
Sistemas de tanque-rede
Posicionamento 
correto 
Posicionamento incorreto 
Fotos: Silvio Romero Coelho
Posicionamento 
incorreto 
Fotos: Silvio Romero Coelho
����Nutrição e Alimentação
Sistemas de tanque-rede
– Alimento deve ser nutricionalmente 
completo, preferencialmente extrusado;
– Representa de 65 a 75% do custo 
operacional;
– Deve ser avaliada pela eficiência econômica e 
não pelo custo somente;
– Toda a alimentação deve ser monitorada, com 
avaliação das sobras diariamente;
– Evitar alimentação em excesso.
Sistemas de tanque-rede
Dicas
Dicas
�Quando os peixes estiverem se alimentando 
ativamente, alimentar a vontade a quantidade a 
ser consumida em 15 a 20 minutos;
� Preferencialmente alimentar durante o dia, 
divididos conforme a espécie;
� Considerar sobra o alimento não consumido 
depois de 25 minutos da oferta;
�Manter estoques para uso no intervalo de 4 a 6 
semanas.
Sistemas de tanque-rede
����Sistema de Despesca
Sistemas de tanque-rede
Sistema de Despesca
Sistema de Despesca
Sistemas de Despesca
Sistema de Despesca
Sistema de Despesca
Sistemas de despesca
Sem 
fornecimento de 
alimento
Fertilização e
Alimento 
Suplementar
Rendimento t/ha/ano
0 - 1 1 - 6 10 - 100 100 - 1000
EXTENSIVO
SEMI-INTENSIVO
SUPER-INTENSIVO
Fertilização
Alimento 
Completo Alimento Completo
Recirculação
Alimento 
Completo
Raceway
Aeração
Tanque-rede
Resumo dos sistemas de produção
INTENSIVO
CHINA E ÍNDIA
- São respectivamente o 1º e o 2º
produtores mundiais de pescado;
- Utilizam principalmente: 
estratégias semi-intensivas, 
sustentáveis de criação; 
- Freqüentemente denominadas como 
criação integrada de peixes em 
viveiros;
- Policultivo complementar com 
espécies onívoras e herbívoras em 
baixa densidade;
- Alimentos de baixo custo: 
(fertilização, consorcio, grãos, 
subprodutos agrícolas, etc).
JAPÃO
- É o 3º produtor mundial e o 1º entre 
os países desenvolvidos;
- Utiliza estratégias intensivas de 
alto custo, baseadas no monocultivo 
de espécies carnívoras de alto valor 
comercial;
- Criação em viveiros, tanques, 
raceways e tanques-rede;
- Sempre em alta densidade com 
recursos de aeração e monitoramento 
da água;
- Alimentação com rações completas 
(alta PB%) ou com alimento natural de 
alta qualidade (peixes fresco ou 
congelado).
Qual a melhor opção para criar peixes?
Com técnicas mais intensivas ou não?
Ambas são viáveis economicamente!!!

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