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Apostila Sistemas Digitais UFSM

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ELETRÔNICA E COMPUTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caderno Didático - Disciplina de Sistemas Digitais “A” 
 
 
 
 
 
 Prof°. Dr. José Renes Pinheiro 
 
 
 
 
 Colaboradores: José Eduardo Baggio 
Everton Correia de Camargo 
Robinson Figueredo de Camargo 
 
 
 
 
 
Ultima Atualização: junho/2000 
 
 
 
 ELC 419 - Sistemas Digitais A 
Prof. José Renes Pinheiro, Dr.Eng. renes@ctlab.ufsm.br 
2 
S U M Á R I O 
 
1. Introdução ................................................................................................................ 03 
2.Flip-Flops ou BI-ESTÁVEIS ................................................................................... 04 
 2.1. Latches ................................................................................................................ 04 
 2.1.1. Latch SR com Portas NOR .............................................................................. 05 
 2.1.2. Latch SR com Portas NAND............................................................................ 05 
 2.1.3. Latch SR com ENABLE ................................................................................. 06 
 2.1.4. Latch D............................................................................................................. 07 
2.2. Flip-Flop ............................................................................................................... 07 
2.2.1 Flip flop SR Mestre Escravo .............................................................................. 08 
2.2.2. Flip flop JK Mestre Escravo ............................................................................. 09 
2.2.3. Flip-Flop Edge-Triggered...................................................................................10 
2.2.4. Flip-Flop JK Sensível a Borda de Subida ..........................................................11 
2.2.5. Flip-Flop T .........................................................................................................11 
2.3. Entradas Assíncronas ............................................................................................12 
2.4. Glossário de Flip-Flops e Registradores ...............................................................12 
2.5.Aplicações e Exercícios ........................................................................................ 13 
2.6. Glossário Considerações práticas para Projetos Digitais ..................................... 15 
2.7. Registradores ........................................................................................................ 16 
 2.7.1. Registradores de Deslocamentos Síncrono ................................................... 16 
3. PROJETO DE CIRCUITOS SEQÜÊNCIAS ..........................................................18 
3.1. Características e Estrutura de Máquinas Seqüências Síncronas ............................18 
3.2. Tipos de Máquinas Seqüências ............................................................................19 
3.2.1. Procedimento para Análise de uma MSS ...........................................................20 
3.3. Procedimento para Projeto para Máquinas de Estado .......................................... 27 
3.4. Tabela de Estado .................................................................................................. 27 
3.5. Exercícios de Diagrama de Estados ..................................................................... 29 
3.6. Seleção das Variáveis de Estado .......................................................................... 34 
3.7. Tabela de Transição ............................................................................................. 34 
3.8. Tabela de Excitação ............................................................................................. 35 
3.8. Equações de Excitação e de Saída ....................................................................... 36 
3.10. Procedimento de Projeto através de Equações de Estado .................................. 37 
3.11. Simplificações na Máquina de Estado ............................................................... 42 
4. MEMÓRIAS ........................................................................................................... 49 
5. CONVEROSRES A/D e D/A ................................................................................. 59 
 5.1. Conversor Analógico/Digital .......................................................................... 59 
 5.2. Conversor Digital/Analógico ...........................................................................67 
7. BIBLIOGRAFIA .................... ............................................................................ 72 
7. BIBLIOGRAFIA 69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 
 
 
CIRCUITOS SEQÜÊNCIAIS 
1. INTRODUÇÃO 
 
Os circuitos digitais até agora conhecidos pela disciplina de Circuitos Digitais 
eram formados por lógica combinacional, onde as saídas em qualquer instante de 
tempo são inteiramente dependentes das entradas presentes neste tempo. 
 Embora todo sistema digital seja constituído por circuitos combinacionais, 
muitos sistemas encontrados na prática também incluem elementos de memória, estes 
requerem que o sistema seja descrito em termos de lógica seqüêncial. 
 Um diagrama de blocos de um circuito seqüêncial é mostrado na figura 1 
abaixo. Este consiste de portas de lógica combinacional que recebem sinais binários 
de entradas externas e de saídas de elementos de memória e geram sinais de saídas 
externas e de entradas de elementos de memória. 
 
 
 
Figura 1 - Diagrama de blocos de um circuito seqüêncial 
 
Um elemento de memória é um dispositivo capaz de armazenar um bit de 
informação. A informação binária armazenada em elementos de memória pode ser 
mudada pelas saídas do circuito combinacional. As saídas dos elementos de memória, 
são ligadas nas entradas dos gatilhos no circuito combinacional. 
 O circuito combinacional, por si mesmo, executa um processo de operação de 
informação específica, parte da qual é usada para determinar o valor binário para ser 
armazenado em elementos de memória. As saídas dos elementos de memória são 
aplicados no circuito combinacional e fixam, em parte, as saídas do circuito. O 
processo claramente demostra que as saídas externas de um circuito são uma função 
não somente das entradas externas, mas também do estado presente de elementos de 
memória. 
O próximo estado dos elementos de memória são uma função das entradas 
externas e estados presentes. Assim, um circuito seqüêncial é especificado por uma 
seqüência de tempo das entradas, e estados internos. 
Os circuitos seqüênciais podem operar síncrona ou assincronamente. 
 
 
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Nos sistemas assíncronos, as saídas dos circuitos lógicos podem mudar de 
nível lógico, sempre que o nível de uma ou mais deste também mude. Nesta disciplina 
serão focalizados os circuitos seqüênciais síncronos. 
 
2. FLIP-FLOPS ou BI-ESTÁVEIS 
 
Os elementos de memória são usados em circuitos de seqüência que usam 
clock e são chamados de flip-flops, onde estes circuitos são células binárias capazes 
de armazenar um bit de informação. Um circuito flip-flop temduas saídas, uma para o 
valor normal e uma para o valor complementar do bit armazenado neste. 
Nos sistemas síncronos, os instantes de tempo nos quais qualquer das saídas 
pode ser alterada, são determinados por um sinal denominado clock. Este sinal, é via 
de regra, um trem de pulsos retangular ou uma onda quadrada. 
 Estes circuitos também são chamados de bi-estáveis, por possuírem duas 
saídas estáveis. 
2.1. LATCHES 
 
São circuitos bi-estáveis capazes de guardar um bit de informação, assim podem ser 
chamados de circuitos básicos de memória. 
 2.1.1. Latch SR com portas NOR 
 
 
 
 Figura 1 - Latch SR com portas NOR 
 
 
 
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5 
 
 
 
 
 
Equação de estado Símbolo 
 
 
 
2.1.2. Latch SR com portas NAND 
 
 
 Figura 2 - Latch SR com portas NAND 
 
.)det.(0
)()1(
inestRS
SnQRnQ
=×
+×=+
 
R Q 
 
S Q 
 
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6 
 
 
 Equação de estado Símbolo 
 
 
 
2.1.3. Latch SR com Enable 
 
 
 Figura 3 - Latch SR com Enable 
 
2.1.4. Latch D 
 
 
 Figura 5 - Latch D 
 
 
 
.)det.(0
)()1(
inestRS
RnQSnQ
=×
+×=+
 
 
Tabela característica 
EN S R Q(n+1) Q(n+1) 
0 X X Q (n) Q (n) 
1 0 0 Q (n) Q(n) 
1 0 1 0 1 
1 1 0 1 0 
1 1 1 ---- ---- 
 
 Símbolo 
 
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 Equação de estado Símbolo 
 
Para implementarmos um latch “ D ” com “enable” basta substituir o lacth “ RS ” 
comum por um com entrada “enable”. 
 
2.2. FLIP-FLOPS 
 
Os sinais de saída de uma latch variam instantaneamente com a combinação de 
suas entradas durante o pulso alto na entrada, já em flip-flops as saídas variam 
somente durante a transição da entrada de controle (clk) esta transição é chamada 
disparo ou “trigger”. 
 
 Figura 6 - Circuito Digital com uso de Flip-flop 
 
O uso de latches em circuitos seqüênciais pode causar sérios problemas, uma 
vez que a entrada enable permaneça em nível alto, a saída é dada pela combinação 
instantânea das entradas que são geradas por uma lógica combinacional das saídas da 
Latch. 
 
Esta realimentação pode ocasionar oscilações no sinal de saída e como 
resultado os sinais de saída do sistema serão indeterminados. 
Um bom exemplo é o circuito da figura 7 abaixo: 
 
DnQ =+ )1( 
 
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8 
 
 
Figura 7 - Circuito Digital com realimentação 
 
 
 
Existem duas maneiras de combinarmos latches para formarmos um flip-flop. 
Uma é combinarmos duas latches fazendo com que o estado das saídas só mude no 
nível alto ou baixo da entrada de clock. Tais circuitos são chamados flip-flops mestre-
escravo. Uma outra maneira é produzir um flip-flop que seja disparado somente a 
transição do sinal de clock (0 para 1) ou (1 para zero). 
 
 
 
2.2.1. Flip-Flop SR Mestre -Escravo 
 
 
 
Figura 8 - Flip-Flop RS Mestre-Escravo 
 
Como mostra a figura 8 este flip-flop consiste de duas latches e um inversor. 
Conforme a figura acima a latch da esquerda é chamada “mestre” e a da direita 
“escravo”. 
 Quando a entrada de clock é 1 o mestre está habilitado, portanto variações na 
entrada produzem variações na variável intermediária Y, o escravo por sua vez está 
desabilitado através do inversor. 
 
 
Tabela característica 
EN K J Q(n+1) 
0 X X Q (n) 
1 0 0 Q (n) 
1 0 1 1 
1 1 0 0 
1 1 1 Indefinido 
 
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Quando a entrada clk é zero o processo se inverte e o mestre é que está 
desabilitado, mantendo Y e Y fixos, que por sua vez produziram as saídas do escravo 
Q e Q . 
 Este tipo de combinação para se produzir um flip-flop é chamado flip-flop 
sensível a nível. 
 
 
 
 
 
2.2.2. Flip-Flop JK Mestre -Escravo 
 
 O flip-flop JK é uma modificação realizada no "RS", visto anteriormente para 
evitar termos o estado proibido fazendo com que esta combinação das entradas tenha 
uma função específica, isto é, o complemento da saída. 
 
 Figura 9 - Flip-Flop JK Mestre-Escravo 
 
 
 
 
 
)()()1( nQKnQJnQ ×+×=+ 
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10 
 
2.2.3. Flip-Flop Eddge-triggered 
 
 Um flip-flop disparado na borda ignora o pulso de sincronismo, enquanto este 
possui um nível constante e dispara somente na transição do sinal de sincronismo. Os 
flip-flops disparados na transição positiva (0 para 1) são ditos sensíveis a borda de 
subida (positive edge), enquanto que os trigados a transição negativa (1 para 0) são 
sensíveis a borda de descida (negative edge). 
A figura abaixo mostra o diagrama lógico de um flip-flop tipo D sensível a 
borda de subida. 
 
 
 
 Figura 10 - Diagrama lógico de um flip-flop tipo D sensível a borda de subida. 
 
 
Como pode-se observar este circuito tem a mesma forma do mestre-escravo 
estudado anteriormente, porém a latch mestre é substituída por uma tipo D e um 
inversor é adicionado. 
Com a latch mestre do tipo D este flip-flop exibe um comportamento de 
disparo sensível a borda ao invés de nível (mestre-escravo). 
 Quando a entrada de clock é igual a zero, a latch mestre é habilitada e transfere 
o valor da entrada D, enquanto que a latch escravo esta desabilitada fazendo com que 
a saída não mude. 
Quando uma transição positiva ocorre, a entrada de clock vai para 1. Isto 
desabilita o mestre e habilita a latch escravo para que esta transfira para a saída do 
flip-flop o valor do mestre. Assim o valor da saída do flip-flop é o valor da entrada 
imediatamente anterior a transição de subida do sinal de clock. Enquanto a entrada de 
clock estiver em nível alto a saída permanece inalterada, pois o mestre está 
desabilitado e finalmente a transição negativa (1 para 0) , o escravo é desabilitado 
mantendo a saída constante. 
 
 
 2.2.4. Flip-Flop JK Sensível a Borda de Subida 
 
 
 Figura 11 - Flip-flop tipo JK sensível a borda de subida. 
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 Equação de Estado 
 
 
 
 
 
2.2.5. Flip-Flop T 
 
 A T (toggle) flip-flop muda de estado a cada pulso de clock , pode ser 
construído a partir de um flip-flop tipo T ou flip-flop JK. 
 
 
 
Figura 12 - Flip-flop tipo T . 
 
 
2.3. Entradas Assíncronas 
 
Flip-flops freqüentemente possuem entradas especiais para preset ou clear da 
saída assincronamente,isto é , independentemente da entrada de clock. 
Também podem ser ativadas em nível alto ou baixo dependendo do dispositivo 
utilizado, comercialmente existem uma grande variedade de flip-flops com entradas 
diretas ativadas em nível alto ou baixo, que podem ser escolhidos convenientemente 
conforme a aplicação. Afigura abaixo demonstra símbolo de um flip-flops JK com 
entradas diretas de preset e clear ativas em nível baixo.(CI 7474). 
 
2.4. Glossário - Flip flops e Registradores 
 
Active-Low (Ativo em baixo): A entrada ou a saída de um terminal deve possuir o 
sinal LOW para estar habilitado ou ativo. 
Asynchronous (Assíncrono): è a condição em que a saída de um dispositivo troca seu 
estado instantaneamente com a mudança da entrada independente do sinal de 
relógio. 
Clock (relógio): Os dispositivos usam um sinal digital periódico, que altera seu estado 
de LOW para HIGH, constantemente. 
Combinational Logic (Lógica Combinacional): É usado por muitos componentes 
básicos (AND, OR, NOR, NAND) para formar funções lógicas mais complexas. 
Complement (Complemento): Estado digital oposto - 0 é o complemento de 1 e vice-
versa. 
Digital State (Estado digital): Nível lógico de um circuito digital. 
 
 
)()( nQKnQJA ×+×= 
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Disabled (Desabilitado): Condição na qual a entrada e a saída de um circuito digital 
não estão aptos a aceitar ou transmitir estados digitais. 
Edge Triggered (Trigado pela borda): O dispositivo digital só estará habilitado a 
aceitar entradas ou alterar saídas somente na borda positiva ou negativa do sinal 
de controle ou de relógio. 
Enabled (Habilitado): A condição na qual o circuito está apto a receber ou transmitir 
estados digitais. 
Flip Flop (Flip flop): Circuito capaz de armazenar nível lógico 0 ou 1 baseado em 
níveis lógicos seqüenciais. 
Function Table (Tabela verdade): Indica as combinações mais importantes de 
entrada e saída dos estados de um dispositivo. 
Latch (latch): Capacidade de armazenar um particular estado digital. O circuito 
armazena o nível lógico mesmo depois de alterada a entrada. 
Level Triggeres (nível trigado): veja Pulse Triggered. 
Master-Slave (Mestre-Escravo): Dispositivo de controle constituído de duas seções: 
seção Mestre, que recebe os dados enquanto o relógio é HIGH, e a seção 
Escravo, que recebe os dados do Mestre quando o relógio vai a LOW. 
Negative Edge (Borda negativa): Quando a borda do relógio ou o pulso do trigger 
transita de HIGH para LOW. 
Noise (Ruído): Qualquer flutuação na tensão geradora momento de chaveamento, 
cargas eletrostáticas podem causam irregularidades nos níveis das tensões: HIGH 
e LOW de um sinal digital. Pode provocar erros nas leituras dos níveis lógicos. 
Octal (Óctuplo): Um grupo de oito. Um flip flop octal é constituído de 8 flip flops em 
um encapsulamento. 
Positive Edge (Borda positiva): Quando a borda do relógio ou pulso de trigger 
transita de LOW para HIGH. 
Pulse Triggered (Pulso trigado): O termo se dá ao dispositivo digital que pode aceitar 
pulsos de entrada durante os sinais de controle ou de relógio. 
Register (Registrador): Grupo de flip flops ou latches que são usados para armazenar 
palavras binárias e são controlados por um relógio ou sinal de controle comum. 
Reset (Reset): A condição que produz o estado digital LOW. 
Sequential Logic (Lógica Seqüencial): Circuito digital que envolve o uso de 
seqüências d pulso de tempo em conjunto com dispositivos de armazenamento 
como flip flops e latches e CIs funcionais como contadores ou registradores de 
deslocamento. 
Set (Seta): A condição que produz o estado digital HIGH. 
Setup Time (Tempo de Setup): Tempo duração da borda ativa do pulso de trigger 
(sinal de controle), necessário para estabilizar o sinal de entrada do dispositivo 
digital. 
Store Register (Registro de armazenamento): Dois ou mais circuitos de 
armazenamento de daos (como flip flops ou latches) usados em conjunto para 
armazenar bits de informações. 
Strobe Gates (Componentes de controle): Um componente de controle usado para 
habilitar ou desabilitar entradas ou saídas de um dispositivo digital particular. 
Synchronous (Síncrono): A condição na qual a saída de um dispositivo operará 
somente em sincronismo com um pulso específico ou sinal de trigger - HIGH ou 
LOW. 
 
 
 
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Toggle (Troca): Em um flip flop, toggle é quando o nível lógico Q muda para Q e Q 
muda para Q. 
Transition (Trânsito): Instante da transição do estado digital HIGH para LOW ou 
LOW para HIGH. 
Transparent Latch (Latch transparente): Dispositivo assíncrono no qual as saídas 
armazenarão os estados mais recentes das entradas. A saída imediatamente segue 
os estados das entradas sem esperar a chegada do pulso de trigger e mantêm os 
estados mesmo depois das entradas serem removidas ou desabilitadas. 
Trigger (Disparo): O sinal de controle de entrada de um dispositivo digital é usado 
para especificar o instante em que o dispositivo aceita as entradas ou muda as 
saídas. 
 
2.5. Aplicações e Exercícios 
2.5.1. Uso do flip flop octal do tipo D em uma aplicação com Microcontrolador 
 
 Muitos dos latches e flip-flops básicos estão disponíveis em CIs octais. Nesta 
configuração, estão oito latches ou flip flops em um simples encapsulamento. 
 Se todos os oitos latches ou flip flops são controlados por um relógio comum, 
isto é chamado de registrador de 8 bits. Um exemplo de registrador de 8 bits a base de 
flip flops é o CMOS 74HCT273 de alta velocidade (disponível nas famílias TTL LS e 
S). O 74273 contêm 8 flip flops do tipo D, todos controlados com por um relógio 
comum (Cp) trigados pela borda. Na borda positiva do Cp, os 8 bits de dados de D0 a 
D7 são controlados nos 8 D flip flops e a saída de Q0 a Q7. O 74273 possui um reset 
mestre ( M r ) ativo em baixo (LOW), o qual proporciona um reset assíncrono para 
todos os flip flops. 
 Uma aplicação do 74273 D flip flop é mostrada abaixo. É usado um 
registrador update e hold. A cada 10s ele recebe um pulso de relógio do 
microcontrolador 68HC11 da Motorola. Os dados estão em D0 - D7 e a cada borda 
positiva do relógio são dirigidos para os registradores e saídas Q0 - Q7. 
 
 
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 O sensor de temperatura analógico é usado para fornecer uma tensão de saída 
proporcional à temperatura em graus centígrados. O microcontrolador 68HC11 tem a 
capacidade de ler valores de tensão analógica e converter em valor digital equivalente. 
O software do microcontrolador converte a palavra digital em código BCD de saída 
para o mostrador. 
 A saída BCD do 68HC11 está em constante atualização de acordo com as 
flutuações da temperatura. Uma maneira de estabilizar essas flutuações dos dados é o 
uso de um registrador controlado, como o 74HCT273. O registrador só envia os dados 
para a saída a cada 10s, facilitando assim a leitura. 
 
 
Exercício 10-2: Usando a ferramenta da Xilinx desenhe a forma de onda da saída Q 
para um S-R flip flop. 
 
G 
 
S 
 
R 
 
 
Q 
 
 
Exercício 10-15: 
 O símbolo lógico de meio flip flop dual tipo D 7474, é apresentado na figura 
abaixo: 
a)Usando a ferramenta da Xilinx, desenhe a saída Q com as entradas 
indicadas no diagrama. 
 
 
 
 
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2.6. Glossário - Considerações Práticas para Projetos Digitais 
 
Duty Cycle: (Razão Cíclica): A razão entre a duração de tempo em que a onda 
periódica é HIGH pelo período total da onda. 
Float (flutuação): A condição na qual a entrada ou a saída em um circuito não é nem 
HIGH nem LOW devido ao fato de não estar conectado diretamente a um nível de 
tensão high ou low. 
Hold Time (Tempo de espera): A duração de tempo, depois da borda do clock estar 
ativa, que deve ser respeitado até que os dados estejam seguros para o seu 
reconhecimento. 
Hystetesis (Histerese): Em digitais, especialmente nos CI´s Schmitt triggers, 
Histerese é a diferença de tensão entre o nível positivo de chaveamento e o nível 
negativo de chaveamento. 
Jitter: Termo usado em eletrônica digital para descrever formas de onda que possuem 
algum grau de ruído eletrônico, causando ruído na subida e queda entre e durante a 
transmissão do nível. 
Power-Up: Termo usado para descrever o evento ou estado inicial quando se “liga” 
um CI ou sistema digital 
Pull_Down Resistor: Resistor com uma terminação ligada a LOW e a outra conectada 
na entrada ou saída de uma linha, tal que, quando a linha está flutuando, a tensão nesta 
linha será instantaneamente colocada no estado LOW. 
Pull_Up Resistor: Resistor com uma terminação ligada a HIGH e a outra conectada 
na entrada ou saída de uma linha, tal que, quando a linha está flutuando, a tensão nesta 
linha será instantaneamente colocada no estado HIGH. 
Race Condition: A condição na qual o nível digital (1 ou 0) está mudando de estado 
no mesmo instante em que a borda de clock de um dispositivo síncrono, faz com que 
o nível do sinal de entrada neste tempo seje indeterminado. 
SPST Switch (Chave SPST): Abreviação de polo simples, polo throw. Uma chave 
SPST é usada para fazer ou interromper o contato com uma linha elétrica simples. 
 
2.6. REGISTRADORES 
 
 Grupo de flip flops que tem por função armazenar bits. 
 1 flip flop armazena 1 bit 
 n flip flops armazenam n bits 
 
2.6.1. Registradores de Deslocamentos Síncronos 
 Função: Deslocamento da informação contida para a esquerda ou para a 
direita. 
 Aplicação: - Transmissão Serial 
 - Conversão série paralela 
- Multiplicação e Divisão por 2 
 Diagrama Lógico de um registrador de deslocamento universal. 
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Função de Entrada dos Flip flops: 
 
 DA0 = ILSL + X0P + A1SR 
 DA1 = A0SL + X1P + A2SR 
 DA2 = A1SL + X2P + A3SR 
 DA3 = A2SL + X3P + IRSR 
 
Pode ser acrescentado algo dos livros. 
 
Introdução: 
 Registradores são necessários em sistemas digitais para armazenar 
temporariamente um grupo de bits. Bits de dados (1´s ou 0´s) necessitam em sistemas 
digitais ser temporariamente copiados, movidos, deslocados para a direita, deslocados 
para a esquerda uma ou mais posições. 
 Um registrador de deslocamento facilita a manipulação desses bits de dados. 
Muitos registradores de deslocamento podem lidar com movimento paralelo de bits, 
assim como movimento serial, e podem ser usados para a conversão paralela e serial 
paralela. 
 
 Tipos de Registradores de Deslocamento: 
 Conversão paralela para serial 
 Registrador Recirculante 
 Conversão serial para paralela 
 Contador em anel e Contador Johnson Shiff 
 
Registrador de deslocamento 74164 8 bits entrada serial, saída paralela. 
O 74164 possue duas entradas seriais (DSa e DSp), lidas em sincronismo com a 
borda positiva do clock (CP). Cada borda do pulso positivo deslocará os bits de dados 
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uma posição para a direita. O MR é ativo em LOW, isto é, ele reseta todos os flip 
flops quando possui pulso LOW. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício: Montar o circuito com a ferramenta Xilinx usando o diagrama 
lógico e desenhe a forma de onda para uma conversão de serial para paralela do 
número binário 11010010 usando o 74161, usando os seguintes sinais. 
 
MR 
 
Clk 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
 
Strobe 
 
Cp 1 2 3 4 5 6 7 8 
 
DSb 1 1 0 1 0 0 1 0 
 
 
3. Análise de Circuitos Seqüênciais 
 
3.1. Características e Estrutura das Máquinas Seqüências 
Síncronas 
 
Um circuito seqüencial caracteriza-se por ter a sua saída, ou uma amostra da 
saída, realimentada para a entrada. 
Q0 Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 
Das 
Dsb 
Cp 
 
MR 
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Figura 1 - Diagrama de blocos de um sistema seqüencial. 
 
Em outras palavras isto quer dizer que a próxima saída de uma máquina 
seqüencial depende das entradas atuais e da saída atual desta máquina seqüencial. A 
figura1 mostra um diagrama característico de um sistema seqüencial. 
Nos circuitos seqüenciais podemos encontrar duas diferenças com relação a 
figura acima: 
 
 1) A lógica de saída pode não existir. Neste caso a saída da máquina 
seqüencial é o “Estado Atual” que corresponde a saídas dos flip-flops ou memória. 
 
 2) A saída também é função das entradas e não função única e exclusiva do 
estado atual. 
A estrutura de uma máquina seqüêncial ( ou de estados) é dividida em blocos 
de lógica combinacional e de elementos de memória (flip-flops). Os blocos 
combinacionais por sua vez geram os sinais de saída e as funções de entrada (ou 
excitação) para os blocos de memória que fornecerão o próximo estado da máquina. 
As máquinas de estado podem ser classificadas em dois tipos, conforme a 
geração das saídas, Máquina de Mealy e Máquina de Moore. 
 
3.2. Tipos de Máquinas Seqüenciais 
 
 Quando a saída de uma máquina seqüencial é função apenas do estado atual 
esta máquina é chamada de Moore, e quando a saída é função das entradas e do 
estado atual a máquina é chamada de Mealy. 
 
 
 
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As máquinas de Moore podem ser representadas por diagramas de estado 
onde um círculo representa o estado atual, e uma seta representa a transição entre dois 
estados (atual e futuro). 
 
 Neste caso, dentro de cada círculo, que representa o estado, coloca-se uma 
letra ou número que identifique o estado e o valor das saídas correspondentes a este 
estado, e em cada flecha que representa uma transição, coloca-se o valor das entradas 
do circuito. 
 
As máquinas de Mealy podem ser representadas por diagramas de estado 
onde um circulo representa o estado atual, e uma seta representa a transição entre dois 
estados (atual e futuro). 
 
 Neste caso dentro de cada círculo, que representa o estado, coloca-se uma 
letra ou número que identifique o estado, e em cada flecha, que representa uma 
transição, coloca-se o valor das entradas e das saídas. 
 
 Comestas máquinas seqüenciais síncronas (MSS) é possível fazer contadores 
de qualquer seqüência, inclusive contadores tipo “up/down”, que contam 
incrementando ou decrementando. Neste tipo de contador uma entrada indica o 
sentido correto de contagem. 
 
 
 
Na figura 2, abaixo podemos ver o diagrama de estados para um contador “up/down” 
de 2 bits. 
 
 Figura 2 - Diagrama de estados para um contador “up/down” 
 
Diagrama de estados de um contador “up/down” de 2 bits. “ud” é uma entrada 
que determina o sentido da contagem. 
 Repare que cada estado da MSS está associado a saída dos flip-flops. Apesar 
disto os nomes dos estados poderiam ser qualquer número ou letra. 
 
 
 
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Neste exemplo, apenas como função mnemônica, o nome dos estados e o 
valor de saída do contador são os mesmos. No caso de contadores os estados 
costumam não ter nomes ficando definido apenas pelas saídas dos flip-flops. 
 Na prática podemos projetar máquinas com conjuntos de saídas Mealy e 
Moore, porém esta distinção é necessária em projetos com dispositivos de lógica 
programável. 
 O bloco de memória de estado pode ser construído com qualquer dos flip-
flops estudados no capítulo 2. 
 
3.2.1. Procedimento para Análise de uma MSS 
 
 Considere a definição formal abaixo 
 
 PE = F (EA,X) 
 Z = G (EA,X) ou Z = G (EA) 
 
Onde: 
 
 PE – próximo estado 
 EA – estado atual 
 X – entradas 
 Z – saídas 
 
 
 
Lembrando que o conceito de estado implica no conhecimento do passado do 
circuito. A análise de máquinas de estado pode ser dividida em três passos básicos. 
 
1) Identificar as funções de próximo estado e saída F e S, respectivamente. 
 
2) Através de F, G e da equação de estado do flip-flop usado no bloco de 
memória, montar a tabela de estado que especifica completamente o 
próximo estado e saídas do circuito para qualquer possível combinação de 
estado atual e entradas. 
 
3) Opcionalmente o diagrama de estado pode ser construído. Este diagrama 
fornece a mesma informação da tabela de estado em uma forma gráfica, 
conforme figura 3. 
 
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Figura 3 - Tabela de estado em forma gráfica 
 
As equações de entrada ou excitação são dadas por: 
 
 
 
 
 
 
 
Para o flip-flop tipo D temos que as equações de estado ou transição são dadas 
por: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim podemos montar a tabela de transição do bloco de memória como: 
 
 EA PE/EN=0 PE/EN=1 
Qo Q1 Qo(n+1) Q1(n+1) Qo(n+1) Q1(n+1) 
 0 0 0 0 0 1 
 0 1 0 1 1 0 
 1 0 1 0 1 1 
 1 1 1 1 0 0 
 
 
ENQoENQoDo ×+×= 
ENQoQENQoQENQD ××+××+×= 1111 
ENnQoENnQoDonQo ×+×==+ )()()1( 
ENnQonQENnQonQENnQDnQ ××+××+×==+ )()(1)()(1)(11)1(1 
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A equação de saída é dada por : MAX = Q1×Qo×EN 
 
E finalmente a tabela de estado que fornecerá o comportamento do sistema 
seqüêncial é obtida convencionalmente chamando os estados atuais por letras como: 
A para Qo(n) +0 e Q1(0) = 0, B para 0 1,C para 1 0 , D para 1 1. 
 
 EA PE Z 
 ----------- EN=0 EN=1 ------------ 
 A A B 0 
 B B C 0 
 C C D 0 
 D D A 1 
 
Para termos uma representação gráfica podemos construir o diagrama de 
estados. A flecha entre um estado e outro representa uma transição do sinal de clock, 
enquanto que os valores das entradas e saídas são representados ao lado de cada 
transição no formato Entrada/Saída. 
Assim o diagrama de estados para o exemplo proposto é dado na figura 4: 
 
 
 Figura 4 - Diagrama de Estados 
 
 
Como podemos observar a máquina de estado proposta foi construída com 
arquitetura Mealy. O diagrama da figura 5 abaixo, mostra a representação de uma 
máquina similar com arquitetura Moore, onde dentro de cada estado temos o fator de 
saída. 
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Figura 5 - Diagrama da Máquina de Moore 
 
Portanto uma análise completa de um sistema seqüêncial engloba os seguintes 
passos: 
 
1) Determinar as equações de excitação para as entradas de controle dos flip-
flops. 
 
2) Substitua as equações de excitação nas equações características (ou de 
estado) dos flip-flops para obter as equações de transição. 
 
3) Construa a tabela de transição com as equações de transição. 
 
4) Determine as equações de saída. 
 
5) Adicionar os valores de saída à tabela de transição, para cada estado 
(Moore) ou estado/entrada (Mealy) criando a tabela de estado. 
Opcionalmente pode-se dar nomes aos estados ao invés do código binário 
das saídas dos flip-flops. 
 
6) Desenhe o diagrama de estado. 
 
 
A figura 6, mostra uma máquina de estados com flip-flops JK. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Figura 6 - Máquina de estados com flip-flops JK. 
 
O procedimento para análise é o mesmo só lembrando que agora a equação 
característica do flip-flop é : 
 
 
 
1) EQUAÇÕES DE EXCITAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) EQUAÇÕES DE TRANSIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
)()()1( nQKnQJnQ ×+×=+ 
YXJo ×= 
1QYYXKo ×+×= 
YQoXJ +×=1 
QoYXQoYK ××+×=1 
QoKoQoJnQo ×+×=+ )1( 
QoQYYXQoYXnQo ××+×+××=+ )1()1( 
QoQYYXQoYXnQo ××××+××=+ )1()1( 
QoQYYXQoYXnQo ×+++××=+ )1)(()1( 
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3) EQUAÇÕES DE SAÍDA 
 
 
 
 
4) TABELA DE TRANSIÇÃO 
 
 EA PE / Saída 
 Entradas X Y 
Q1(n) Qo(n) 0 0 0 1 1 0 1 1 
 0 0 0 0 /0 1 0 /1 0 1 /0 1 0 /1 
 0 1 0 1 /0 1 1 /0 1 0 /0 1 1 /0 
 1 0 1 0 /0 0 0 /0 1 1 /0 0 0 /0 
 1 1 1 1 /0 1 0 /0 0 0 /1 1 0 /1 
 
 
 X Y Q1(n) Qo(n) J1 K1 Jo Ko Q1(n+1) Qo(n+1) 
 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 
 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 
 0 0 1 1 0 0 0 0 1 1 
 0 1 0 0 1 1 0 0 10 
 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 
 0 1 1 0 1 1 0 1 0 0 
 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 
 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 
 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 
 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 
 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 
 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 
 1 1 0 1 1 1 0 0 1 1 
 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 
 1 1 1 1 1 0 0 1 0 (1) 0 
 
 
 
 
 
QoQYQoQXQoYXQoYXnQo ××+××+××+××=+ 11)1( 
QonQYQonQXnQoYXnQoYXnQo ××+××+××+××=+ )(1)(1)()()1( 
11)(11)1(1 QKnQJnQ ×+×=+ 
1))(()(1)()1(1 QQoYXnQoYnQYQoXnQ ×××+×+×+×=+ 
QoQYQoQXQoQYQYXQYQoQXnQ ××+××+××+××+×+××=+ 111111)1(1 
QoQYQoQXZ ××+××= 11 
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QoYXQoYK ××+×=1 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) TABELA DE ESTADO PARA : A= 0 0 ; B= 0 1 ;C= 1 0;D= 1 1 
 
 
 EA PE / Z 
 Entradas X Y 
 0 0 0 1 1 0 1 1 
 A A /0 C /1 B /0 C /1 
 B B /0 D /0 C /0 D /0 
 C C /0 A /0 D /0 A /0 
 D D /0 C /0 A /1 C /1 
 
 
 
 Figura 7 - Diagrama da Máquina de estado 
 
 
 
 
 
 
 
QoQYQoQXQoQYQYXQYQoQXQ ××+××+××+××+×+××= 111111*1 
QoQYQoQXQoYXQoYXQo ××+××+××+××= 11* 
YQoXJ +×=1 
YXJo ×= 
1QYYXKo ×+×= 
J K Q* 
0 0 Q 
0 1 0 
1 0 1 
1 1 Q 
 
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3.3. PROCEDIMENTO PARA PROJETO DE MÁQUINAS DE 
ESTADO 
 
Os passos para projeto de uma MSS tem início em uma descrição ou 
especificação de trabalho e ordem inversa ao procedimento de análise 
estudado no capítulo anterior, como: 
 
1) Construa a tabela e/ou diagrama de estados utilizando a descrição ou 
especificação de trabalho desejada ao sistema digital. 
2) Se possível minimize o número de estados na tabela de estados. 
3) Selecione um conjunto de variáveis de estados [Qx(n),Qx(n+1)] e 
relacionando as combinações destas com os estados da tabela de estados. 
4) Substitua as combinações das variáveis das variáveis de estado na tabela de 
estados para criar a tabela de transição, que mostra a próxima combinação 
desejada para a variável de estado e para cada combinação da entrada. 
5) Escolha um tipo de flip-flop para a memória de estado. 
6) Construa a tabela de excitação que mostra os valores de excitação em 
função das entradas e estados atuais. 
7) Calcule as equações de excitação que satisfazem a tabela de excitação 
(mapas de Karnaught ou outro método de simplificação. 
8) Desenhe o diagrama lógico do circuito 
 
3.4. TABELA DE ESTADO 
 
Existem várias maneiras de descrever uma máquina de estado, como 
mapas ASM(Assembler) e linguagem de descrição de máquina de estados que 
especifica indiretamente a tabela de estado. Porém aqui estudaremos apenas tabelas 
que especificam diretamente o funcionamento da máquina. 
A construção da tabela de estado ou diagrama de estado parte de uma 
especificação ou descrição de trabalho, portanto utilizaremos um exemplo para 
descrever o procedimento. 
 
Exemplo1: Seja uma máquina seqüêncial que receba através de um par de 
fios uma seqüência de pulsos e sinalize com nível lógico "1" sempre que os três 
últimos bits forem 1. (OBS.: O clock da máquina e da transmissão serial são 
iguais) 
 
 
 
 Figura 8 - Máquina Seqüêncial 
 
 
A figura 9, mostra o diagrama de estados a) por Moore e b) por Mealy 
 
 
 
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 Figura 9 - Diagrama de estados a) por Moore e b) por Mealy 
 
Claramente observando os diagramas de estado observamos que por 
Mealy é possível obtermos uma redução no número de estados, porém em alguns 
casos a característica assíncrona das saídas Mealy pode trazer problemas. Nas 
tabelas abaixo são mostrados os estados para ambos os diagramas acima 
representados para o exemplo1. 
 
 
 EA PE / Z Z 
 X = 0 X = 1 
 A A B 0 
 B A C 0 
 C A D 0 
 D A D 1 
 
 (a) Tabela para Moore 
 
 
 EA PE / Z 
 X = 0 X = 1 
 A A /0 B /0 
 B A /0 C /0 
 C A /0 C /1 
 
 (b) Tabela para Mealy 
 
 
 
 
 
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3.5. EXERCÍCIOS DE DIAGRAMA DE ESTADOS 
 
Exercício 1 
 Projete um circuito sequencial observando o diagrama de estados e atribuição. 
Use a tabela de estado reduzida, com atribuição binária - Atribuição 1. Use flip flop 
JK. Apresentar o circuito lógico. 
 
 
Tabela de Excitação do flip flop JK 
 
Q(t) Q(t+1) J K 
0 0 0 X 
0 1 1 X 
1 0 X 1 
1 1 X 0 
 
 
Tabela de Atribuições de Estados Binários reduzido 
 
Estados Atribuição 
1 
Atribuição 
2 
a 001 000 
b 010 010 
c 011 011 
d 100 101 
e 101 111 
 
Diagrama de Estado da Atribuição 1 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela de Excitação - Atribuição 1 
 
 
Est. Atual Ent. Próx.Estado Saída do Circ. Comb. - Ent. FF´s Saíd
a 
A B C X A B C JA KA JB KB JC KC Y 
0 0 1 0 0 0 1 0 X 0 X X 0 0 
0 0 1 1 0 1 0 0 X 1 X X 1 0 
0 1 0 0 0 1 1 0 X X 0 1 X 0 
0 1 0 1 1 0 0 1 X X 1 0 X 0 
0 1 1 0 0 0 1 0 X X 1 X 0 0 
0 1 1 1 1 0 0 1 X X 1 X 1 0 
1 0 0 0 1 0 1 X 0 0 X 1 X 0 
1 0 0 1 1 0 0 X 0 0 X 0 X 1 
1 0 1 0 0 0 1 X 1 0 X X 0 0 
1 0 1 1 1 0 0 X 0 0 X X 1 1 
 
 
Mapas de Karnaught - Funções de entrada e saída 
 
 CX CX CX 
 JA 00 01 11 10 KA 00 01 11 10 JB 00 01 11 10 
 00 X X 00 X X X X 00 X X 1 
AB 01 1 1 AB 01 X X X X AB 01 X X X X 
 11 X X X X 11 X X X X 11 X X X X 
 10 X X X X 10 1 10 
 
JA = BX KA = C X JB = A X 
 
 CX CX CX 
 KB 00 01 11 10 JC 00 01 11 10 KC 00 01 11 10 
 00 X X X X 00 X X X X 00 X X 1 
AB 01 1 1 1 AB 01 1 X X AB 01 X X 1 
 11 X X X X 11 X X X X 11 X X X X 
 10 X X X X 10 1 X X 10 X X 1 
 
KB = C + X JC = x KC = X 
 
 CX 
 Y 00 01 11 10 
 00 X X 
AB 01 
 11 X X X X 
 10 1 1Y = AX 
 
Desenhe o diagrama lógico do circuito 1: 
 
 
 
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Exercício 2 
 
 Repetir o exercício número 1 com Atribuição 2. Apresentar o circuito lógico. 
 
Diagrama de Estado da Atribuição 2 
 
 
 
Tabela de Excitação - Atribuição 2 
 
Est. Atual Ent. Próx.Estado Saída do Circ. Comb. - Ent. FF´s Saída 
A B C X A B C JA KA JB KB JC KC Y 
0 0 0 0 0 0 0 0 X 0 X 0 X 0 
0 0 0 1 0 1 0 0 X 1 X 0 X 0 
0 1 0 0 0 1 1 0 X X 0 1 X 0 
0 1 0 1 1 0 1 1 X X 1 1 X 0 
0 1 1 0 0 0 0 0 X X 1 X 1 0 
0 1 1 1 1 0 1 1 X X 1 X 0 0 
1 0 1 0 1 1 1 X 0 1 X X 0 0 
1 0 1 1 1 0 1 X 0 0 X X 0 1 
1 1 1 0 0 0 0 X 1 X 1 X 1 0 
1 1 1 1 1 0 1 X 0 X 1 X 0 1 
 
Mapas de Karnaught - Funções de entrada e saída 
 
 CX CX CX 
 JA 00 01 11 10 K
A 
00 01 11 10 JB 00 01 11 10 
 00 X X 00 X X X X 00 1 X X 
AB 01 1 1 AB 01 X X X X AB 01 X X X X 
 11 X X 11 X X 1 11 X X X X 
 10 X X X X 10 X X 10 X X 1 
 
JA = B + CX KA = B x JB = C X 
 
 
 
 
 
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 CX CX CX 
 KB 00 01 11 10 JC 00 01 11 10 KC 00 01 11 10 
 00 X X X X 00 X X 00 X X X X 
AB 01 1 1 1 AB 01 1 1 X X AB 01 X X 1 
 11 X X 1 1 11 X X X X 11 X X 1 
 10 X X X X 10 X X X X 10 X X 
 
KB = X + C JC = B KC = x 
 
 
 CX 
 Y 00 01 11 10 
 00 X X 
AB 01 
 11 X X 1 
 10 X X 1 
 
Y = AX 
 
 
 
Desenhe o diagrama lógico do circuito 2: 
 
 
Exemplo 3: 
 Um somador completo, conforme figura abaixo, recebe duas entradas externas 
X e Y, a terceira entrada Z vem de uma saída de um flip flop D. A saída carry (vai-
um) é transferida para o flip flop a cada pulso de clock. A saída externa S resulta da 
soma de X, Y e Z. Assuma que X e Y varie após a transição de descida do pulso de 
clock. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Somador 
 
 Completo 
Q 
 
D 
C 
X 
Y 
Z C
S 
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33 
 
Exemplo 4: 
 Projete um circuito sequencial com dois flip flops e uma entrada. Quando a 
entrada for igual a 1, a saída do flip flop repete a seqüência 00, 01, 10. Quando a 
entrada for igual a zero, eles repetem as seguintes seqüências: 11,10,01. Projete o 
circuito com: 
a) Flip flop tipo T 
b) Flip Flop tipo D 
 
 
Exemplo 5: 
 Projete um circuito com um flip flop e duas entradas conforme mostrado no 
diagrama de temporização abaixo. A saída do flip flop é setada quando A=1 e B=0, e 
é limpada quando A=1 e B=1 e é deixada no mesmo estado nos outros casos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 6: 
 Projete um circuito seqüencial cujo diagrama de estados é dado. Use flip flops 
tipo RS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 0 1 
11/ 0 
00 / 1 
 00 / 0 
 01 / 1 
 10 / 1 
01 / 0 
10 / 0 
11 / 1 
Clock 
A 
B 
Q 
t 
t 
t 
t 
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34 
 
3.6. SELEÇÃO DAS VARIÁVEIS DE ESTADO 
 
 A seleção das variáveis de estado consistem em determinarmos o código 
binário de cada estado que será formado pelas saídas dos flip-flops. Ambos os 
exemplos 1(a) e 1(b) necessitam no mínimo de 2 flip-flops para que possamos 
representar todos os estados, pois temos combinações possíveis ( onde n é o 
número de flipflops). 
 Convenientemente podemos selecionar um outro tipo de código para os 
estados utilizando mais flip-flops, isto resultará em um número menor de portas para 
gerarmos os sinais de excitação dos flip-flops (equação de excitação menor). A tabela 
abaixo mostra alguns códigos usuais onde o projetista deve escolher conforme a 
necessidade e aplicação. 
 
 Estados BCD One-Hot Quase One-Hot 
 A 0 0 0 0 0 1 0 0 0 
 B 0 1 0 0 1 0 0 0 1 
 C 1 0 0 1 0 0 0 1 0 
 D 1 1 1 0 0 0 1 0 0 
 
 Como pode ser observado os códigos da terceira e quarta coluna da tabela 
exigem um número maior que o mínimo expressado na segunda coluna, porém estes 
resultaram em um número menor de portas para construir a equação de excitação. A 
diferença entre os códigos ONE-HOT e QUASE ONE-HOT está no estado inicial 
"A", para nosso circuito, pois a inicialização do sistema é facilmente obtida através 
das entradas diretas de clear (000) e preset (111) dos flip-flops. 
 Em alguns casos o número de estados é menor que o número de combinações 
possíveis das saídas dos flip-flops , com isto existirão estados não usados (ou 
ilegais) como exemplo 1(b) por Mealy. Nestes casos existem duas aproximações: 
 
- Mínimo risco - Esta aproximação assume que o sistema pode ir para um 
estado ilegal por motivo de falha no hardware, ou uma entrada insperada 
ou erro no projeto, Então todas as combinações não usadas são 
identificadas e se caso qualquer destas ocorrerem imediatamente o sistema 
será levado ao estado inicial ou qualquer estado de segurança. 
- Mínimo custo - esta aproximação assume que a máquina de estados jamais 
encontrará um estado ilegal, com isto as combinações não utilizadas 
podem ser indicadas como "tanto faz" (X) na tabela de transição e assim 
resultando em simplificações nas equações de excitação. Por outro lado 
caso um estado ilegal ocorra um comportamento indefinido surgirá. 
 
3.7. TABELA DE TRANSIÇÃO 
 
 Para construirmos a tabela de transição basta substituirmos os nomes dos 
estados pelas combinações escolhidas para as variáveis de estados como mostram as 
tabelas a) e b) para os exemplos 1(a) e 1(b) respectivamente. 
 
 
 
 
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 EA PE / Z Z 
 X = 0 X = 1 
 0 0 0 0 0 1 0 
 0 1 0 0 1 0 0 
 1 0 0 0 1 1 0 
 1 1 0 0 1 1 1 
 
 (a) Máquina de Moore 
 
 EA PE / Z 
 X = 0 X = 1 
 0 0 0 0 /0 0 1 /0 
 0 1 0 0 /0 1 0 /0 
 1 0 0 0 /0 1 1 /1 
 
(a) Máquina de Mealy 
(b) 
3.8. TABELA DE EXCITAÇÃO 
 
 Estando com a tabela de transição concluída o próximo passo é escolher o tipo 
de flip- -flop a ser usado e montar a tabela de excitação que na verdade é a tabela 
de transição acrescida dos sinais de entrada dos flip-flops necessários para que o 
próximo estado seja alcançado no próximo disparo (trigger). 
 As tabelas a) e b) abaixo ilustram o procedimento para nosso exemplo1, 
utilizando flip-flops do tipo JK e D, respectivamente. 
 
X Y Q1(n) Qo(n) J1 K1 Jo Ko Q1(n+1) Qo(n+1) 
 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 
 0 01 0 0 0 0 0 1 0 
 0 0 1 1 0 0 0 0 1 1 
 0 1 0 0 1 1 0 0 1 0 
 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 
 0 1 1 0 1 1 0 1 0 0 
 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 
 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 
 1 0 0 1 1 1 1 1 1 0 
 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 
 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 
 1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 
 1 1 0 1 1 1 0 0 1 1 
 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 
 1 1 1 1 1 0 0 1 0 (1) 0 
 
 
 
 
 
 
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3.9. EQUAÇÕES DE EXCITAÇÃO E DE SAÍDA 
 
 Agora utilizando mapas de Karnaught ou outro método de simplificação 
podemos retirar as equações de excitação através das tabelas de excitação. 
 
 
 
 J1 K1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Jo Ko 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Exemplo 1b 
 
 D1 Do 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.10. Procedimento de Projeto através das Equações de Estado 
 
Uma outra maneira para projeto de um circuito seqüencial, consiste em retirar-
-se as equações de excitação diretamente das equações de estado. Ao contrário do 
método gráfico através da tabela de excitação, vista anteriormente, no método de 
projeto por equações de estado as equações de excitação são obtidas analiticamente 
através da equação característica do flip-flop utilizado no projeto. Portanto neste 
método o ponto inicial para o projeto são as equações de estado que o descrevem, 
estas equações por sua vez contem a mesma informação que a tabela de estado. 
 
Exemplo1 - Projete um circuito seqüencial que tenha um comportamento 
descrito pelas equações de estado abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Como pode-se observar as equações descrevem o comportamento de um 
circuito com quatro flip-flops (A,B,C e D). Este circuito é chamado de registrador de 
deslocamento realimento do (feedback shift-register). Onde, a cada transição do sinal 
de CLK, cada flip-flop desloca seu conteúdo para o próximo flip-flop e o estado de 
determinados flip-flops determinarão o estado do primeiro flip-flop. 
 Neste tipo de procedimento a utilização de flip-flop tipo "D" é conveniente, 
pois a equação característica (1), implica que as equações de excitação são iguais as 
equações de estado. 
 
 Equação característica do flip-flop "D" 
 
 
 Portanto para o exemplo temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DCDCnA QQQQQ ×+×=+1 
AnB QQ =+1 
BnC QQ =+1 
CnD QQ =+1 
DQn =+1 
DCDCDA += 
ADB = 
BDC = 
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 E o circuito fica: 
 
 
 
Exemplo 2 - Projete um circuito seqüencial com flip-flop JK que satisfaça as 
seguintes equações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Agora com um flip-flop tipo JK é necessário a realização de um processo de 
casamento entre as equações de estado acima com a equação característica do flip-
flop "JK" abaixo: 
 
 
 equação do flip-flop JK 
 
 
 
CDD = 
DCAACDCBACDBAAn +++=+1 
CBADCCAB n ++=+1 
BC n =+1 
DD n =+1 
QKQJQ n +=+1 
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O processo de casamento consiste em arranjar e manipular as equações de 
estado para que estas fiquem no formato da equação característica. Assim podemos 
extrair as equações de excitação J e K. Desta forma temos 
 
- Para o flip-flop A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Para o flip-flop B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADCCDACBCDBAn ×++×+=+ )()(1 
)1( +=+= DCBCBCDBJA 
CBJA = 
)()( DCDCDCCDKA +×+=+= 
CDDCKA ×+×= 
CBABBDCCAB n ++×+=+ )()(1 
CBADBCDCBBCACBAB n ++++=+1 
BCADCCABDCCAB n ×+++×+=+ )()(1 
DCCAJB += 
)()()( CADCCACADCCAKB +×+×+=++= 
)( DCAKB +×= 
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- Para o flip-flop C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Para o flip-flop D 
 
 
 
 
Logo: 
 
 
 
 
Exemplo 3 - Resolva o exemplo 1a pelo método de equações de estado. 
 
 
 
 Tabela de Estado 
 X EA PE Z 
 Q1 Q0 Q1(n+1) Q0(n+1) 
 0 0 0 0 0 0 
 0 0 1 0 0 0 
 0 1 0 0 0 0 
 0 1 1 0 0 0 
 1 0 0 0 1 1 
 1 0 1 1 0 1 
 1 1 0 1 1 1 
 1 1 1 1 1 1 
 
 
 
BCCBCCBBC n +=+==+ )(1 
BJC = 
BKC = 
DDDD n ×+×==+ 011 
1== DD KJ 
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 Equações de Estado 
 
 
 
 
X \ Q1Q0 0 0 0 1 1 1 1 0 
 0 0 0 0 0 
 1 0 1 1 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
X \ Q1Q0 0 0 0 1 1 1 1 0 
 0 0 0 0 0 
 1 1 0 1 1 
 
 
 
 
Aplicando o método de casamento para o flip-flop JK, temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
1
+nQ 
10
1
1 QXQXQ n ×+×=+ 
1
0
+nQ 
10
1
0 QXQXQ n ×+×=+ 
10
1
1 QXQXQ n ×+×=+ 
1110
1
1 )( QXQQQXQ n ×++×=+ 
11010
1
1 QXQQXQQXQ n ×+××+××=+ 
1010
1
1 )( QXQXQQXQ n ×+×+××=+ 
01 QXJ ×= 
)1( 001 +=+= QXXXQK 
XK =1 
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3.11. Simplificações na Máquina de Estados 
 
 Na maioria das vezes o diagrama de estados pode ser simplificado, pois 
muitos estados ou são idênticos ou são equivalentes. Um estado é dito idêntico 
quando conduz aos mesmos próximos estados, e produz as mesmas saídas. No 
exemplo 3.1, a simplificação de estados redundantes foi deita pela eliminação direta 
de estados idênticos. 
 
 
 
Exemplo 3.1: Simplifique a tabela 1.1. 
Na tabela 1.1, que representa uma 
MSS, os estados “B” e “D” são 
idênticos. Neste caso, esta tabela pode 
ser reescrita substituindo-se a letra 
“D” pela letra “B”. 
 
 
Tabela 1.1: Tabela da verdade para o 
exemplo 3.1. 
E.A P.E. P.E. 
- X=0 X=1 
A B/0 C/1 
B C/0 A/1 
C D/1 B/0 
D C/0 A/1 
E D/0 C/1 
 
Fazendo-se as substituições 
necessárias na tabela 1.1 (os estados 
“D” são trocados pelo estado “B”) 
ainda existem estados idênticos como 
podemos perceber na tabela 1.2. O 
estados “A” e “E” podem ser 
condensados em um único estado “A”. 
Tabela 1.2: Tabela da verdade já 
simplificada para o exemplo 1.3. 
E.A. P.E. P.E. 
- X=0 X=1 
A B/0 C/1 
B C/0 A/1 
C B/1 B/0 
E B/0 C/1 
10
1
0 QXQXQ n ×+×=+ 
)( 001010 QQQXQXQ n +×+×=+ 
)0101010 QXQQQXQXQ n +×+×=+ 
010
1
0 )1( QQXQXQXQ n ×+×+=+ 
)11(10 ++= = QXXQXJ 
XJ =0 
10 XQK = 
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Finalmente não há mais o que simplificar. A MSS original que possuia cinco estados e 
necessitaria de três flip-flops para ser implementada, ficou com apenas três estados, 
necessitando de apenas dois flip-flops. A tabela 1.3 corresponde a tabela 1.51simplificada ao 
máximo. 
 
Tabela 1.3: Tabela da verdade do exemplo 3.1. simplificada ao máximo. 
 
E.A. P.E. P.E. 
- X=0 X=1 
A B/0 C/1 
B C/0 A/1 
C B/1 B/0 
 
 Note que na tabela 1.1. não foi possível identificar a igualdade entre os estados “A” e 
“E”. Algumas vezes isto acontece de tal forma que não é possível reconhecer estados iguais 
pela simples análise visual das tabelas da verdade. Nestes casos pode ser utilizada a técnica da 
partição para se efetuar a simplificação destas tabelas. 
 
Nesta técnica, todos os estados que conduzem as mesmas saídas são agrupados em 
classes iguais. O nome dos novos estados será formado pelo seu nome original e um número 
que indica a classe a qual pertence este estado. A partir deste ponto, sempre que estados de 
uma mesma classe conduzirem a próximos estados em classes diferentes, estes estados atuais 
serão divididos em outras classes. Este procedimento é repetido até que não existam mais 
classes a serem criadas. 
 
Exemplo 3.1: Simplifique a tabela 1.4 usando partição. 
 
Tabela 1.4: Tabela da verdade de uma MSS hipotética. 
 
E.A. P.E. P.E. Z Z 
- X=0 X=1 X=0 X=1 
A B C 0 0 
B D E 0 0 
C G E 0 0 
D H F 0 0 
E G A 0 0 
F G A 1 0 
G D C 0 0 
H H A 0 0 
 
 A principio todos os estados fazem parte da classe 1. O estado “F”, porém, possui 
saída diferente dos demais, portanto vai formar a classe 2. 
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E.A. P.E. X=0 P.E. X=1 
A1 B1 C1 
B1 D1 E1 
C1 G1 E1 
D1 H1 F2 
E1 G1 A1 
F2 G1 A1 
G1 D1 C1 
H1 H1 A1 
 
 Como “F2” faz parte da classe 2, a classe 2 será formada apenas pelo estado F2 até o 
fim da simplificação. Na classe 1, “D1” conduz a estados de diferentes classes (com relação 
aos demais estados da classe 1) então fará parte da classe 3. 
 
E.A. P.E. P.E. 
- X=0 X=1 
A1 B1 C1 
B1 D3 E1 
C1 G1 E1 
D3 H1 F2 
E1 G1 A1 
F2 G1 A1 
G1 D3 C1 
H1 H1 A1 
 
 Como “D3” é o único elemento da classe 3, a classe 3 será formada apenas por “D3” 
até o fim da simplificação. Mas na classe 1, “B1” e “G1” conduzem a próximos estados da 
classe 3 e 1 nesta ordem ao passo que “A1”, “C1”, “E1” e “H1” conduzem a estados da classe 
1 e 1. Logo “B1” e “G1” farão parte da classe 4. 
 
E.A. P.E. P.E. 
- X=0 X=1 
A1 B4 C1 
B4 D3 E1 
C1 G4 E1 
D3 H1 F2 
E1 G4 A1 
F2 G4 A1 
G4 D3 C1 
H1 H1 A1 
 
 Como “B4” e “G4” formam a classe 4, a classe 4 será formada apenas por “B4” e 
“G4”. Porém nota-se que “A1”, “C1” e “E1” conduz a classes diferentes de “H1” o que 
implica na criação da classe 5 para “A1”, “C1” e “E1”. 
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E.A. P.E. P.E. 
- X=0 X=1 
A5 B4 C5 
B4 D3 E5 
C5 G4 E5 
D3 H1 F2 
E5 G4 A5 
F2 G4 A5 
G4 D3 C5 
H1 H1 A5 
 
 Nesta fase da simplificação não há mais o que mudar. Todos os estados de uma mesma 
classe conduzem a estados de classes iguais. Logo, todos os estados que pertencem a uma 
mesma classe são estados semelhantes e serão agrupados juntos. Então retomaremos a tabela 
1.8 substituindo seus estados por: 
 
Estados A, C e E serão representados por “a” 
Estados B e G serão representados por “b” 
Estado D será representado por “c” 
Estado F será representado por “d” 
Estado H será representado por “e” 
 
 Desta forma obteremos a simplificação da tabela 1.4 (tabela 1.6). 
 
Tabela 1.6: Tabela da verdade 1.4 simplificada ao máximo. 
 
E.A. P.E. P.E. 
- X=0 X=1 
a b/0 a/0 
b c/0 a/0 
c e/0 d/0 
d b/1 a/0 
e e/0 a/0 
 
 Note que todos os estados que pertencem a uma mesma classe conduzem a estados que 
pertencem a mesma classe quando X=0 e quando X=1. Entretanto a classe 2 e a classe 5 
conduzem a classe 4 quando X=0 e a classe 5 quando X=1 mas não são iguais pois suas 
saídas são diferentes! 
 
 Estas inúmeras tabelas de partição poderiam ter sido agrupadas lado a lado conforme 
podemos ver na tabela 1.7. 
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Tabela 1.7: Simplificação da tabela 1.4 colocando todas as tabelas de partição lado a lado. 
C.S. quer dizer classe de saída e P.C.S. quer dizer próxima classe de saída. 
 
E.A
. 
P.E. P.E. Z Z C.S P.C.
S 
P.C.
S 
C.S P.C.
S 
P.C.
S 
C.S P.C.
S 
P.C.
S 
C.S 
- X=
0 
X=
1 
X=
0 
X=
1 
- X=0 X=1 - X=0 X=1 - X=0 X=1 - 
A B C 0 0 1 1 1 1 1 1 1 4 1 5 
B D E 0 0 1 1 1 1 3 1 4 3 1 4 
C G E 0 0 1 1 1 1 1 1 1 4 1 5 
D H F 0 0 1 1 2 3 1 2 3 1 2 3 
E G A 0 0 1 1 1 1 1 1 1 4 1 5 
F G A 1 0 2 1 1 2 1 1 2 4 1 2 
G D C 0 0 1 1 1 1 3 1 4 3 1 4 
H H A 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 
 
 Uma outra forma de fazer a simplificação é por carta de implicação. Nesta carta são 
evidenciadas todas as condições para que dois estados sejam iguais. Para exemplificar vamos 
usar a mesma MSS usada anteriormente. A tabela 1.8 é uma cópia da tabela 1.6. 
 
 Na carta de implicação montamos uma espécie de mapa onde são anotadas todas a 
condições para que um estado seja igual a outro estado. Para isto construímos um mapa onde 
na primeira coluna e na última linha são colocados os estados da MSS. Na interseção de cada 
uma destas linhas e colunas são anotadas as condições para que estes estados sejam iguais. 
Aos poucos surgirão condições que não podem ser satisfeitas o que impede a igualdade de 
vários estados. Estas impossibilidades vãosendo anotadas até que não existam mais. Neste 
momento devemos anotar quais estados tem condição de serem iguais. 
 
Tabela 1.8: Cópia da tabela 1.6. 
 
E.A. P.E. P.E. Z Z 
- X=0 X=1 X=0 X=1 
A B C 0 0 
B D E 0 0 
C G E 0 0 
D H F 0 0 
E G A 0 0 
F G A 1 0 
G D C 0 0 
H H A 0 0 
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Passo 1) 
B BD 
CE 
 
C BG 
CE 
DG 
D BH 
CF 
DH 
EF 
GH 
EF 
 
E BG 
AC 
DG 
AE 
AE GH 
AF 
 
F X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
X 
 
 
G BD CE DG 
CE 
DH 
CF 
DG 
AC 
X 
H BH 
AC 
DH 
AE 
GH 
AE 
AF GH X DH 
AC 
 A B C D E F G 
 
 Para montar esta carta de implicação devemos proceder da seguinte maneira: 
 
-Na interceção da coluna “A” com a linha “B” vamos anotar o que é necessário para 
que o estado “A” seja igual ao estado “B”: O estado “B” deve ser igual ao estado “D” e o 
estado “C” deve ser igual ao estado “E”. Isto vem do fato de que os próximos estados e as 
saídas de “A” e “B” devem ser iguais. 
-Na interseção da coluna “B” com a linha “C” vamos anotar o que é necessário para 
que o estado “B” seja igual ao estado “C”: O estado “D” deve ser igual ao estado “G” e o 
estado “E” deve ser igual ao estado “E”. 
-Na interseção da linha “F” com as outras colunas vamos anotar o que é necessário 
para que o estado “F” seja igual aos demais estados: “F” não pode ser igual a ninguém. Isto se 
deve ao fato de que as saídas do estado “F” são diferentes das saídas de todos os demais 
estados. Desta forma, esta linha é marcada com a impossibilidade de simplificação - X. 
-Devemos continuar preenchendo a carta de implicação desta maneira até que todas as 
possibilidades tenham sido completadas. 
-Todas as impossibilidades são anotadas com um X. Cada quadradinho marcado com 
X é pintado para facilitar a visualização das impossibilidades. 
 
 
Passo 2) 
B BD 
CE 
 
C BG 
CE 
DG 
D BH 
CF X 
DH 
EF X 
GH 
EF X 
 
E BG 
AC 
DG 
AE 
AE GH 
AF X 
 
F X 
 
X X X X 
G BD CE DG 
CE 
DH 
CF X 
DG 
AC 
X 
H BH 
AC 
DH 
AE 
GH 
AE 
AF 
X 
GH X DH 
AC 
 A B C D E F G 
 
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Da primerira para a segunda carta de implicação continuamos marcando todas as 
impossibilidades. Neste caso todos as condições que dependiam do estado “F” são marcadas 
com impossibilidade pois “F” não pode ser simplificado com ninguém. 
 
Passo 3) 
B BD 
CE X 
 
C BG 
CE 
DG 
X 
 
D X X X 
 
 
E BG 
AC 
DG 
AE X 
AE X 
F X 
 
X X X X 
G BD 
X 
CE DG 
CE X 
X DG 
AC X 
X 
H BH 
AC 
DH 
AE X 
GH 
AE 
X GH X DH 
AC X 
 A B C D E F G 
 
 Nesta tabela constata-se que o estado “D” também não pode ser igual a nenhum outro 
estado, todas as possibilidades de igualdade entre estados que dependam do estado “D” 
também ficam impossibilitadas e são marcadas com um “X”. 
 
Passo 4) 
B X 
 
 
C BG 
CE 
X 
D X X X 
 
 
E BG 
AC 
X AE X 
F X 
 
X X X X 
G X CE X X X 
 
X 
H BH 
AC X 
X GH 
AE X 
X GH 
X 
X X 
 A B C D E F G 
 
 Nesta carta nota-se que todas as combinações que dependam da igualdade entre os 
estados “B” e “H” ou entre os estados “G” e “H” ficam impossibilitadas e são marcadas com 
um “X”. 
 
 Não havendo mais nada para simplificar podemos dizer que todas as possibilidades 
representam estados iguais. No nosso caso o estado “A” é igual ao estado “C” e ao estado “E” 
pois a interseção entre a coluna “A” e as linhas “C” e “E” não foram marcadas com “X”. Da 
mesma forma podemos dizer que o estado “C” é igual ao estado “E”, o que já era de se 
esperar pois “A” é igual a estes dois estados. 
 
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Desta forma podemos montar uma tabela simplificada se substituirmos os estados da 
tabela 1.9 por: 
 
Estados A, C e E serão representados por “a” 
Estados B e G serão representados por “b” 
Estado D será representado por “c” 
Estado F será representado por “d” 
Estado H será representado por “e” 
 
Tabela 1.10: Tabela da verdade 1.9 simplificada ao máximo. 
 
E.A. P.E. P.E. 
- X=0 X=1 
a b/0 a/0 
b c/0 a/0 
c e/0 d/0 
d b/1 a/0 
e e/0 a/0 
 
 
 
 
4. MEMÓRIAS 
 
 As memórias são circuitos eletrônicos capazes de reter informações sob a forma digital. 
Elas podem reter “1” bit e neste caso especial podem ser constituidos, por exemplo, de um 
Flip-Flop ou armazenar vários bits formando palavras ou dados. Se este dado possui “8”bits é 
chamada “BYTE”, se possui “16”bits é chamada “WORD” mas também pode conter qualquer 
outra quantidade de bits. 
 
 Uma memória também pode possuir lugar para armazenar vários dados. Estes lugares 
são chamados de “Endereços”. 
 
 As memórias dividem-se em vários grupos a saber: 
 
RAM (Random Access Memory)®® memória de acesso aleatório, permite leitura e escrita de 
dados nos diferentes endereços. 
 
ROM (Read Only Memory)®® memória somente de leitura, permite apenas que seu conteúdo 
seja lido. Estas memórias são programadas de fábrica e não podem ter seus conteúdos 
modificados. 
 
PROM (Programable Rom)®® memória ROM programável. São circuitos de memória que 
podem ser programados apenas uma vez e depois desta programação não é mais possível 
escrever na memória, apenas ler esta memória. 
 
EPROM (Erase Prom)®® memórias ROM que podem ser programados e apagados com luz 
ultra violeta. 
 
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EEPROM (Eletric Eprom)®® memórias EPROM que também podem ser apagadas 
eletricamente. 
 
Obs.: A RAM retém dados na memória enquanto estiver alimentada. As demais retém dados 
mesmo após a falta de energia. 
 
RAM (SRAM) 
 
 Em uma memória do tipo RAM, uma célula básica capaz de armazenar apenas um bit, 
nada mais é do que um Flip-Flop do tipo “D”ou um Latch. 
 
 
 
 
 
Na figura acima tem-se um Latch (FLip-Flop “D”) com clock (gate) sensível ao nível. 
O sinal de clock necessário para escrever na memória, o dado de entrada (D0) e o dado de 
saída (Q0). Para ler e escrever numa memória seriam necessários muitos pinos, porém só é 
possivel “ler”ou “escrever”, nunca “ler” e “escrever” simultaneamente. Pensando nisso é 
possível diminuir pela metade o número de pinos de uma célula de memória com o esquema 
abaixo. 
 
 
 
 No desenho acima, é um buffer tri-state. O pino central é o controle: Se esta ativo 
então o buffer está funcionando, se não está ativo o buffer está em tri-state. 
 
 O pino controla a função do pino “D0”. Se D0 for saída está 
em “1” (Ler - nível alto) se “D0” é entrada está em “0” (Escrever - nível baixo). 
 
 Para fazer memórias de vários bits e vários endereços, duas podem ser as estratégias de 
arranjos dos latchs de memória: Arranjo em linha ou em matriz. 
 
Em linha: 
Memória de duas posições (endereços) por dois bits (dados). 
 
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