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02/03/2016 1 Nutrição Experimental: Normas de Biossegurança Profa.: Luana Padilha Biossegurança Conceitos Biossegurança Um campo de conhecimentos e um conjunto de práticas e ações técnicas, com preocupações sociais e ambientais, destinados a conhecer e controlar os riscos que o trabalho científico pode oferecer ao ambiente e à vida. Conjunto de normas que buscam prevenir, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, buscando eficiência sem comprometimento da saúde humana, de populações não-alvo e do equilíbrio do meio ambiente. Biossegurança: um enfoque histórico através da história oral. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 7, n. 1, June 2000 . ARAUJO, Enilma Marques; VASCONCELOS, Simão Dias. Biossegurança em laboratórios universitários: um estudo de caso na Universidade Federal de Pernambuco. Rev. bras. saúde ocup., São Paulo , v. 29, n. 110, 2004 . Conceitos Biossegurança Princípios e práticas empregadas para a redução e/ou eliminação dos riscos potenciais de exposição ou infecção pessoal e ambiental a organismos, materiais ou agentes biológicos. “Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção; minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.” 02/03/2016 2 Conceitos Biossegurança no Brasil Estruturou-se, como área específica, nas décadas de 1970 e 1980. Desde o século XIX pelas escolas médicas e de ciência experimental, vêm sendo elaboradas noções sobre os benefícios e riscos inerentes à realização do trabalho científico, em especial nos ambientes laboratoriais. Biossegurança: um enfoque histórico através da história oral. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 7, n. 1, June 2000 . Conceitos Biossegurança no Brasil Legal Trata das questões envolvendo a manipulação de DNA e pesquisas com células-tronco embrionárias Lei de Biossegurança (nº 11.105, de 24 de março de 2005) Praticada Desenvolvida nas instituições de saúde Envolve os riscos por agentes químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais COSTA, Marco Antonio Ferreira da; COSTA, Maria de Fátima Barrozo da. Educação em biossegurança: contribuições pedagógicas para a formação profissional em saúde.Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 15, supl. 1, June 2010 . PEREIRA, Maria Eveline de Castro et al . A importância da abordagem contextual no ensino de biossegurança. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 17, n. 6, June 2012 Conceitos Biossegurança no Brasil No Brasil, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), criada em 1995, estabelece a política nacional de biossegurança através de instruções normativas que devem ser cumpridas em todos os níveis O cumprimento dos parâmetros de biossegurança é particularmente crítico em laboratórios de pesquisa e ensino devido à alta rotatividade de usuários - professores, pesquisadores, estagiários, alunos de graduação e pós- graduação e funcionários de manutenção Níveis de biossegurança (NB) Relacionados aos requisitos crescentes de segurança para o manuseio dos agentes biológicos, terminando no maior grau de contenção e complexidade do nível de proteção O nível de Biossegurança exigido para um ensaio será determinado pelo agente biológico de maior classe de risco envolvido no ensaio Quando não se conhece o potencial patogênico do agente biológico, deverá ser realizada uma análise de risco prévia para estimar o nível de contenção 02/03/2016 3 Níveis de biossegurança (NB) NB-1 O risco individual e para a comunidade é baixo. Aplica-se a agentes biológicos bem caracterizados, que têm probabilidade nula ou baixa de provocar infecções no homem ou em animais sadios e de risco potencial mínimo para o profissional do laboratório e para o ambiente. Exemplo: Lactobacillus. Níveis de biossegurança (NB) NB-2 O risco individual é moderado e para a comunidade é limitado. Aplica-se a agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo risco de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, não constituindo em sério risco a quem os manipula em condições de contenção, pois existem medidas terapêuticas e profiláticas eficientes. Exemplo: Schistosoma mansoni. Níveis de biossegurança (NB) NB-3 O risco individual é alto e para a comunidade é limitado. Aplica-se a agentes biológicos que provocam infecções graves ou potencialmente letais, no homem e nos animais e representa um sério risco a quem os manipulam. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de indivíduo para indivíduo, mas usualmente existem medidas de tratamento e/ou de prevenção. Exemplo: Bacillus anthracis. Níveis de biossegurança (NB) NB-4 O risco individual e para a comunidade é elevado. Aplica-se a agentes biológicos de fácil propagação, altamente patogênicos para o homem, animais e meio ambiente, representando grande risco a quem os manipula, com grande poder de transmissibilidade via aerossol ou com risco de transmissão desconhecido, não existindo medidas profiláticas ou terapêuticas. Exemplo: Vírus Ebola. 02/03/2016 4 Organização Mundial da Saúde Manual de segurança biológica em laboratório – 3a edição Nível de biossegurança Práticas e técnicas Equipamentos de segurança Instalações 1. Baixo risco individual e comunitário. Manejo padrão para colônias convencionais _______ Básicas 2. Moderado risco individual e comunitário podendo causar patologias ao homem ou ao animal. Uso obrigatório de jaleco e luvas, descontaminação dos dejetos infectados e das gaiolas dos animais antes da higienização, acesso limitado e sinalização para alerta de riscos. Barreira parcial (guichê de desinfecção), uso de EPIs (máscara, óculos protetor, etc.) para a manipulação de agentes ou animais infectados que produzem aerossóis. Básicas 3. Risco individual elevado, risco comunitário baixo Práticas do nível 2, mais: uniforme especial e acesso controlado Os do nível 2, porém, devem ser usados para todos os tipos de manipulações com animais infectados. Alta segurança 4. Elevado risco individual e comunitário Prática do nível 3, mais: troca de roupa de rua por uniforme especial em vestiário, ducha na saída, descontaminação de todos os dejetos antes de sua retirada do infectório. Barreiras máximas, isto é, classe III de segurança biológica ou barreira parcial em combinação com: Proteção total do corpo com uma peça única dotada de ventilação e pressão positiva, gaiolas dotadas de filtros, estantes com fluxo laminar, etc Segurança máxima Nutrição Experimental: Normas de Biossegurança Profa.: Luana Padilha
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