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Pág. 1 ÍNDICE ÌNDICE DE ILUSTRAÇÕES ........................................ Erro! Marcador não definido. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 1 OBJECTIVOS DE ESTUDO .................................................................................. 4 1.1 Objectivo Geral ................................................................................................ 4 1.2 Objectivos Específicos ..................................................................................... 4 DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS .............................................................................. 6 CAPÍTULO I: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO........................................................... 8 1.COMPONENTES DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO .......................................... 9 1.1 Organizações (Procedimentos) ......................................................................... 9 1.2 Pessoas ............................................................................................................ 9 1.3 Tecnologia ..................................................................................................... 10 2 TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ........................................................ 11 2.1 Sistemas de nível operacional ......................................................................... 12 2.2 Sistemas de nível gerencial ............................................................................ 13 2.3 Sistemas de nível estratégico .......................................................................... 14 CAPÍTULO II: PLANEAMENTO ESTRATEGICO, TÁCTICO E OPERACIONAL . 15 1 TIPOS DE PLANEAMENTO .............................................................................. 16 1.1 Nível Estratégico ............................................................................................ 16 1.2 Planeamento Estratégico ................................................................................ 16 1.3 Nível Gerencial ou Tactico ............................................................................. 17 1.4 Planeamento Tactico ou Gerencial ................................................................. 17 1.5 Nível Operacional .......................................................................................... 18 1.6 Planeamento Operacional ............................................................................... 18 CAPÍTULO III: PLANEAMENTO E CONTROLO DA PRODUÇÃO ....................... 20 1 DESCRIÇÃO DO PLANEAMENTO DE CONTROLO E PRODUÇÃO ............. 21 1.1 Tarefas típicas de PCP.................................................................................... 21 1.2 As Quatro Etapas do PCP ............................................................................... 22 1.3 Custos e benefícios dos sistemas PCP ............................................................ 23 1.4 Estrutura de um sistema PCP .......................................................................... 24 1.5 Actividades de um sistema de Planeamento e Controlo da Produção .............. 24 Pág. 2 1.6 Classificação dos sistemas PCP ...................................................................... 26 1.7 Factores que Levam Perturbações ao PCP ...................................................... 27 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 30 Pág. 3 ÍNDICE DE FIGURAS Ilustração 1 componentes de um sistema de informação ................................................ 9 Ilustração 2 Uso da Tecnologia ................................................................................... 10 Ilustração 3 Níveis Hierárquicos de uma empresa ....................................................... 11 Ilustração 4 Uma visão geral simplificada de um SPT ................................................. 12 Ilustração 5 Pirâmide Organizacional .......................................................................... 16 Ilustração 6 Ciclo Básico dos três tipos de planeamento .............................................. 19 Ilustração 7 Etapas do PCP ......................................................................................... 22 Ilustração 8 Modelo CIM ............................................................................................ 23 Ilustração 9 Enquadramento geral do PCP ................................................................... 24 Ilustração 10 Esquema de classificação de um sistema PCP ........................................ 27 Ilustração 11 Localização do PCP no organograma ..................................................... 28 Pág. 4 INTRODUÇÃO O presente projecto visa dar um grande contributo para a dinamização do processo de interação entre as diferentes partes que compõem uma organização. É notável que no nosso país existe um número elevado de organizações e o intercâmbioentre as diferentes partes ou sectores da mesma, é necessário que haja aperfeiçoamento, bem como uma maneira de associar as diferentes formas de planeamento adotadas nas organizações e o uso da tecnologia como factor de grande importância para as organizações que procuram por esses serviços, isso é visível em várias organizações em Luanda e no mundo inteiro. Neste caso específico buscou-se por ajudar com fundamentos teóricos no que tange a sistemas de informação, planeamentos estratégicos, tacticos e operacionais bem como o planeamento e controle da produção de uma unidade fabril, de modos a permitir e levar aos gestores melhor coordenação das operações, uma vez que é extremamente importante para o bom funcionamento de qualquer organização. O nosso país encontra-se numa fase de transição e reconstrução, o que propicia aos engenheiros e técnicos a oportunidade para aplicar a engenharia ou a técnica para a resolução de diversos problemas seja a nível industrial ou não. Neste caso específico buscou-se modernizar uma tarefa de nível digamos quotidiana e extremamente importante para o bom funcionamento de uma organização sem no entanto recorrer a técnicas muito complexas de modos a não dificultar os utilizadores. 1 OBJECTIVOS DE ESTUDO 1.1 Objectivo Geral Compreender como as organizações podem utilizar sistemasde informação e as técnicas de planeamento para resolver problemas organizacionais e criar Vantagem competitiva. 1.2 Objectivos Específicos (1) Compreender o que é um sistema de informações e o seu papel nas organizações; Pág. 5 (2) Identificar e analisar as principais aplicações de sistemas de informação; (3) Como é aplicado os diferentes tipos de planeamento e entender a sua funcionalidade; (4) Compreender o conceito planeamento ligado a produção e Estudar o planeamento de controlo. Pág. 6 DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS Informação Segundo O’ Brien (2000, Pag.6) «é um conjunto de dados organizados ou não que concorrem para fornecer conhecimento a um público-alvo ou uma pessoa singular». Sistemas De acordo com Ludwig (2004, Pag.12) «é um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem formandoum todo unitário e Complexo». Sistema de Informação Segundo O’ Brien (2000, Pag.11) «Sistema de informação é um conjunto formado por pessoas, software, Hardware, procedimentos e dados. O sistema de informação é responsável por difundir as informações através da organização». De acordo com Araújo (2006 Pag.8) «um SI deve ser flexível, fácil de usar,Responsivo, comunicativo e rentável». Planeamento De acordo com Marília (2014, Pag.9) «é um processo desenvolvido com o objetivo de alcançar uma determinada situação almejada, de modo mais eficiente e eficaz, otimizando esforços e recursos existentes na organização». Plano Director de Produção (PDP) De acordo com Dalvio (2007, Pág. 13) «É a ponte entre o Plano Industrial e Comercial com o cálculo das Necessidades. É, pois, o contrato que define de forma precisa a calendarizarão das quantidades a produzir para cada produto acabado». Planeamento das Necessidades «Consiste na programação da produção de forma a que esta tenha lugar à medida das Necessidades. Ou seja, transforma o Plano Director de Produção em necessidades em termos de recursos, matérias-primas e Pág. 7 componentes. Para o planeamento ser concretizado é necessário, além do PDP, a estrutura dos produtos (BOM) e o inventário dos materiais em stock». (Dalvio, 2007 Pag.18) Controlo da Produção «Pretende avaliar o cumprimento dos planos de produção, nomeadamente o controlo dos fluxos produtivos nas várias secções da planta fabril. Associado aos sistemas de controlo da produção estão os mecanismos de aviso antecipado de desvios em relação ao plano. Os mecanismos de aviso antecipado estão associados ao planeamento reactivo que ocorre quando é necessário reparar determinado plano de fabrico». (Gallagher, 2000 Pag.22) Recurso Para Gallagher (2002, Pag.15) «Consiste no conjunto de meios necessários à realização da transformação, movimentação, teste e avaliação de um produto». Capacidade De acordo com Dalvio (2007, Pag.11) «É a medida de aptidão que determinado recurso dispõe para tratar um fluxo produtivo». Carga Para João (2000, Pag.12) «Mede a quantidade de fluxo produtivo requerido para satisfazer a procura. É uma medida de débito requisitado ou encomendado». Pág. 8 CAPÍTULO I: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Pág. 9 1.COMPONENTES DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO Ilustração 1 componentes de um sistema de informação fonte: SARAIVA, 2004 Pag.15 1.1 Organizações (Procedimentos) «As organizações podem ser vistas como uma grande coleção de processos operacionais e administrativos. Os processos operacionais são aqueles que criam, produzem e entregam os bens e serviços que são consumidos pelo mercado, enquanto os processos administrativos são responsáveis pelo planeamento e controle da condução dos negócios» (SARAIVA, 2004) 1.2 Pessoas As pessoas são os usuáriosefetivos, que utilizam as informações de um sistema para executar seu trabalho. São as pessoas que possibilitam as entradas e saídas no sistema, enfim tornam o sistema produtivo. Nesse contexto, esses indivíduos devem ser preparados para realizar suas tarefas e usar eficientemente os sistemas de informação. A atitude das pessoas perante as organizações podem afetar profundamente o seu desempenho no uso dos sistemas de informação. Indivíduos desmotivados, sem capacitação ou ainda inseridos em um ambiente em que não Pág. 10 têm clareza sobre o que se espera de seu trabalho provavelmente não serão usuários produtivos de um sistema de informações (BEAL, A 2004). 1.3 Tecnologia «A tecnologia é o meio pelo qual os sistemas de informação podem ser implementados. Deve ser vista como ferramenta e não ter um fim em simesma. A tecnologia envolve o computador propriamente dito e demais equipamentos (hardware), os programas de computadores (software), as tecnologias de armazenamento para organizar e armazenar os dados (bancos dedados) e os recursos de telecomunicações que interconectam os computadores em rede» (SARAIVA, 2004) Ilustração 2 Uso da Tecnologia fonte: BEAL, A 2004 Pag.22 Pág. 11 2 TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Organizações têm especial interesse em sistematizar todo oprocesso de geração e manipulação das informações para melhorar a qualidade de suas decisões. As empresas coordenam o trabalho desenvolvido pelas áreasfuncionais através de uma hierarquia. Assim elas podem servistas sob o prisma de três diferentes partes ou níveis hierárquicos: operacional, gerencial e estratégico, conforme ilustrado na Figura 1.2. O nível estratégico constitui o nível mais elevado e envolve aspessoas e os órgãos que definem os objetivos empresariais e asestratégias globais necessárias para atingi-los adequadamente. Onível gerencial, também conhecido por nível tático, é responsável por transformar as estratégias elaboradas para atingir os objetivos empresariais em programas de ação. No níveloperacional acontece a execução cotidiana e eficiente das tarefas e operações da empresa (MAKRON, BOOKS 2000). Ilustração 3 Níveis Hierárquicos de uma empresa fonte: MAKRON, BOOKS 2000 pag.30 Pág. 12 Para atender as necessidades de informação nos vários níveis, encontramos nas organizações: Sistemas de informação de nível operacional (SIO); Sistemas de informação de nível gerencial (SIG); Sistemas de informação de nível estratégico; e, Sistemas de informação de nível de conhecimento (comercial). 2.1 Sistemas de nível operacional No nível operacional, os sistemas de informação dão suporte no processamento e acompanhamento das atividades cotidianas e transações rotineiras de uma empresa, tais como: entrada de pedidos de venda, emissão de notas fiscais, requisições de materiais, lançamentos de produção, registro de pessoal. Esses sistemas empresariais básicos são comumente denominados sistemas de processamento de transação(SPT). Os SPT têm uma estrutura relativamente padrão. A Figura1.3 Ilustra, muito simplificadamente, um típico sistema de processamento de transação encontrado em qualquer empresa. Primeiramente, os dados são obtidos por pessoas ou coletores e inseridos no computador. Em seguida, o sistema processa os dados, gerando as saídas predefinidas e mantendo registrado em arquivos os dados processados para uso posterior (BIO, S 2005). Ilustração 4 Uma visão geral simplificada de um SPT fonte: Adaptado de STAIR 1996 Pág. 13 2.2 Sistemas de nível gerencial No nível gerencial das empresas estão as atividades relacionadas com a monitoração e o controle das atividades rotineiras. Os sistemas de nível gerencial são projetados para servir de suporte a essas atividades. Podem, também, dar apoio a tomadas de decisões não-rotineiras, por meio desimulações e análise de cenários. Dois tipos de sistemas de informação se apresentam para dar suporte a essas atividades: os sistemas de informaçãogerenciais (SIG) e os sistemas de apoio à decisão (SAD). 2.2.1 Sistemas de informações gerenciais (SIG) Os sistemas de informação gerenciais proporcionam aos gerentes relatórios e consultas sobre o desempenho atual e registros históricos da empresa, de forma a apoiar as atividades de planeamento, controle e tomada de decisão. Os SIG, de modo geral, fornecem resumos sobre as operações básicas (transações operacionais) da empresa. Osdados de transações básicas, arquivados pelos SPT, sãoagrupados (ou sintetizados) e apresentados num formatopreestabelecido (O’BRIEN, 2004). 2.2.2 Sistemas de apoio à decisão (SAD) Os sistemas de apoio à decisão, diferentemente dos SIG, têm por objetivo dar suporte a decisões menos rotineiras eestruturadas, e não facilmente especificadas com antecipação.Os SAD fornecem suporte computacional interativo duranteo processo de tomada de decisão. Os usuários podem trocarsuposições, fazer novas perguntas e incluir novos dados. Como cita O´Brien (2004 Pag.289) «Isso é diferente das respostas por demanda de sistemas de relatórios de informações, uma vezque os gerentes não estão solicitando informaçõespré-especificadas, mas explorando alternativas possíveis». Por isso eles não precisam especificar antecipadamente suasnecessidades de informações. Em vez disso, utilizam os SADpara encontrar as informações que precisam para ajudá-los atomar uma decisão. Essa é a essência do conceito de sistemasde apoio à decisão. Usar um sistema de apoio à decisão envolve quatro tiposbásicos de atividades de modelagem analítica: análise do tipoÉ-se (what if), análise de sensibilidade, análise de busca de metas (goalseeking) e análise de otimização. O Quadro 1Resume esses tipos de modelagem analítica que podem serutilizadas para apoio à decisão. Pág. 14 Tabela 1 Actividades e exemplos dos principais tipos de modelagem analitica 2.3 Sistemas de nível estratégico A alta administração usa uma categoria de sistema deInformação chamada de sistemas de informação executiva,ou, como são mais comumente conhecidos, EIS, sigla eminglês que significa executive informative system. Os EIS fornecem acesso rápido a informações atualizadas, deforma bastante amigável, fazendo uso intensivo de recursosgráficos (cores, símbolos, ícones, botões, imagens e gráficos), ecapacidade de multivisão (manuseio de diversas mídias,mostrando numa mesma tela, gráficos, textos e tabelas) (BIO, S 2005). Pág. 15 CAPÍTULO II: PLANEAMENTO ESTRATEGICO, TÁCTICO E OPERACIONAL Pág. 16 1 TIPOS DE PLANEAMENTO O planeamento é um processo gerencial, ou seja, pensar em planeamento significa, portanto, pensar em gerenciamento, nesta senda de ideias a figura 1.4 nos mostra a relação entre os diferentes níveis hierárquicos com os diferentes tipos de planeamento. Ilustração 5 Pirâmide Organizacional fonte: MARILIA 2014 1.1 Nível Estratégico De acordo com Marilia (2014,Pag.26) «Constitui o nível mais elevado e envolve as pessoas e os órgãos que definem os objetivos empresariais e as estratégias globais necessárias para atingi-los adequadamente». 1.2 Planeamento Estratégico O planeamento estratégico é considerado uma excelente ferramenta, que auxilia o administrador a estabelecer a direção a ser seguida pela empresa, visando obter resultados positivos na relação da entidade com o seu ambiente interno e externo. «planeamento estratégico é uma técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma organização, cria a consciência das suas oportunidades e ameaças dos seus pontos fortes e fracos para o cumprimento da sua missão e, através desta consciência, estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar riscos» Fischmann Almeida (1991 Pag.15) Considera-se planeamento mais amplo e abrange toda a organização. E é projetado para longo prazo e seus efeitos e consequências são estendidos para vários anos. Pág. 17 No entanto, o planeamento desenvolvido dentro das organizações é considerado uma nova ferramenta de gestão, que visa facilitar a administração dos negócios, pois através dele o gestor traça suas metas, objetivando um melhor desempenho nos processos, como também um maior aproveitamento no tempo, e recursos da empresa. «o planeamento estratégico, é de responsabilidade dos executivos dos níveis mais altos da organização e estáassociado às tomadas de decisões sobre produtos e serviços que a organização pretende oferecer, como também os clientes e mercados que pretende atingir». Maximiano (2000,Pag.40) Assim, planeamento estratégico pode ser considerado como a melhor forma de transmitir para a organização, mais segurança e uma maior capacidade de enfrentar futuras situações que possam surgir, como também, auxiliar no alcance de metas e objetivos desejados pela organização. 1.3 Nível Gerencial ou Tactico Segundo Maximiano (2000, Pag.43) «É o nível responsável por transformar as estratégias elaboradas para atingir os objetivos empresariais em programas de acção». 1.4 Planeamento Tactico ou Gerencial Segundo Chiavenato (2000, Pag.30), «planeamento tático abrange determinados Sectores da organização é definido no nível intermediário, geralmente é projetado para o médio prazo, e apresenta uma grande preocupação em atingir os objetivos departamentais». O planeamento tático é desenvolvido em níveis organizacionais inferiores, tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução dos objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada, bem como as políticas orientativas para o processo decisório da empresa. Portanto, pode-se observar que planeamento tático é desenvolvido em níveis intermediários da organização, e sua principal finalidade é a utilização eficiente de recursos disponíveis para alcançar os objetivos fixados, bem como as políticas determinadas para o processo decisório da empresa. Questões essenciais: O quê fazer? Dá para fazer? Vale a pena fazer? Quem faz? Como fazer bem? Funciona? Pág. 18 Quando fazer? 1.5 Nível Operacional É onde acontece a execução cotidiana e eficiência das tarefas e operações da empresa. Cada nível requer diferentes graus de detalhe. De um modo geral, quanto mais operacional o nível, mais detalhadas e frequentes são as informações necessárias, refletindo cada transação ocorrida. Já nos níveis mais altos da hierarquia, as informações tendem a ser mais resumidas e abrangentes, integrando diversas informações. Veja as setas ilustradas na Figura 1 para facilitar o seu entendimento (O’BRIEN 2000). 1.6 Planeamento Operacional O planeamento operacional apresenta uma formulação por meio de documentos escritos, metodologias e implantação. Representa a união de algumas partes do planeamento tático, com um detalhamento maior, em um menor prazo de acontecimento (OLIVEIRA, 2001). Para Fernandes Berton, (2005 Pag.26) «as decisões operacionais, são decisões do cotidiano das organizações, que estabelece uma ligação entre decisões táticas e estratégicas e seu impacto se dá no curto prazo, afetando apenasdeterminados setores ou áreas específicas». Conforme Chiavenato (2000 Pag.24), «planeamento operacional abrange tarefas ou atividades específicas, projetadas no curto prazo, a fim de alcançar as metas impostas pela organização». O planeamento operacional geralmente é desenvolvido no curto prazo pelos níveis organizacional inferior, com foco básico nas atividades do dia-a-dia da empresa. Os planeamentos operacionais correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planeamento tático. Segundo Oliveira (2003), cada um dos planeamentos operacionais deve conter com detalhes: • Os recursos necessários para seu desenvolvimento e implantação; • Os procedimentos básicos serem adotados; • Os produtos ou resultados finais esperados; • Os prazos estabelecidos; e • Os responsáveis por sua execução e implantação. Pág. 19 Ilustração 6 Ciclo Básico dos três tipos de planeamento fonte: OLIVEIRA 2003,Pag. 40 Pág. 20 CAPÍTULO III: PLANEAMENTO E CONTROLO DA PRODUÇÃO Pág. 21 1 DESCRIÇÃO DO PLANEAMENTO DE CONTROLO E PRODUÇÃO O PCP como é mais comumente referenciado, é o departamento da empresa que determina: O que vai ser produzido Quanto vai ser produzido Onde vai ser produzido Como vai ser produzido Quando vai ser produzir O PCP recebe outras denominações que conceitualmente muito pouca coisa muda, tais como: SIG – Sistema Integrado de Gestão PPS – Sistema de Planeamento de Produção TPS – Sistema Total de Produção (Total Production System), dentre outros (BIO, S 2005). 1.1 Tarefas típicas de PCP As actividades típicas de gestão suportadas por um sistema de PCP segundo João Augusto (2000) podem incluir: (1) Planeamento de necessidade de recursos, de capacidade e correspondente disponibilidade para satisfazer a procura; (2) Planeamento de chegada de materiais no momento certo e nas quantidades certas para a produção dos produtos; (3) Assegurar a utilização do equipamento e instalações; (4) Manter existências apropriadas de matérias-primas, dos em curso e produtos acabados - nos lugares correctos; (5) Programar (calendarizar, escalonar) as actividades de produção para que pessoas e equipamentos operem correctamente; (6) Ter rastreio de material, pessoas, ordens dos clientes, equipamentos, sistemas de fixação, ferramentas, sistemas de transporte e outros recursos na fábrica; (7) Comunicar com os clientes e fornecedores; (8) Ir de encontro às necessidades dos clientes num ambiente dinâmico que pode ser difícil de antever; (9) Ter capacidade de resposta rápida quando algo vai mal e problemas inesperados acontecem; (10) Fornecer informação para outras funções em implicações físicas e financeiras das actividades de produção. Pág. 22 1.2 As Quatro Etapas do PCP (1) Planeamento Os planos são elaborados determinando-se o que deverá acontecer. Os planos devem procurar oferecer respostas às todas as questões que possam ser formuladas (Vollmann 2003). (2) Acompanhamento da execução do plano para levantamento, medição e registro de dados da execução. (3) Controle Determina-se: O que foi produzido Quanto foi produzido Onde foi produzido Como foi produzido Quando foi produzido (4)Análise de dados Ilustração 7 Etapas do PCP fonte: VOLLMANN 2003 Pag.19 O PCP se baseia nas previsões de vendas para definir o tipo de produto, quando e as quantidades a fabricar. A partir daí são planejados: (1) Onde cada operação será realizada, (2) Os tempos unitários e totais de produção, (3) Qual a sequência e o deslocamento dos componentes na linha de produção, (4) Qual a periodicidade das entregas de matérias-primas e dos lotes de intermediários de produção, e os planos de compras, de inspeção, de manutenção, de expedição, dentre outros. Pág. 23 O PCP acompanha a produção, medindo e levantando dados para análise e comparações com o planejado, executando correções de rumos e catalogando informações para um banco de dados visando futuros procedimentos. Com experiências comprovadamente bem sucedidas, são elaborados padronizações, manuais de procedimentos para diversas operações e ações, com a finalidade de eliminar desperdícios e simplificar planeamentos futuros (Gallagher, 2002). 1.3 Custos e benefícios dos sistemas PCP Investir em sistemas eficazes de PPC traz naturalmente grandes benefícios para as empresas. A título de exemplo, a empresa Kumera OY implementou um sistema PPC em seis meses durante um período de grande pressão competitiva e: triplicou a sua margem de lucro bruto, aumentou a rotação de existências de 2.5 para 10 vezes por ano, eliminou penalizações de atrasos e usou fundos gerados por todas essas melhorias para instalar novo equipamento que proporcionou grandes vantagens competitivas (Dalvio,2007). Ilustração 8 Modelo CIM fonte: SHEER 2001 Pag.60 Pág. 24 1.4 Estrutura de um sistema PCP As empresas levam a cabo actividades de Planeamento e Controlo da Produção em variadas formas e em variados graus de detalhe. O sistema de planeamento e controlo da produção deve ir de encontro às necessidade da empresa e não o contrário. Umas empresas necessitarão de dar mais ênfase a um determinado aspecto do planeamento e controlo da produção enquanto outras empresas darão mais ênfase a outros. Num determinado caso o planeamento das necessidades de materiais pode ser de extrema importância e complexidade enquanto que noutro caso o maior problema pode-se encontrar no controlo fabril. Daí que cada empresa deva encontrar o sistema que melhor responde às suas necessidades (Sheer, 2001). 1.5 Actividades de um sistema de Planeamento e Controlo da Produção Uma classificação um pouco diferente da representada na figura 2.1 para o PPC é apresentada por Vollmann (2003). Segundo este autor poder-se-á dizer, em termos gerais, que o planeamento e controlo da produção engloba quatro níveis típicos (ver figura 1.8) Ilustração 9 Enquadramento geral do PCP Pág. 25 O primeiro nível diz respeito ao Planeamento da Produção. Esta função, é responsável pela geração do Plano de Produção, plano este que reflecte a estratégia de produção da empresa e apresenta intenção de produção, normalmente para o período de um ano (VOLLMANN, 2003 Pag.61). No segundo nível temos o planeamento director de produção (PDP), normalmente designado em inglês por “Master Production Scheduling” ou MPS. Desta actividade de planeamento resulta um plano director de produção para cada produto a produzir pela empresa. Enquanto no nível anterior se referia a um longo prazo sobre o qual ainda não há conhecimento da procura dos artigos específicos a produzir, neste nível já há conhecimento da procura para cada um dos artigos.Neste nível já tem um carácter mais operacional pois já existem encomendas e é neste nível que há a transformação das encomendas em ordens de produção dos produtos finais. Esta transformação é função das encomendas, das existências, da disponibilidade de capacidade, dos prazos de entrega acordados com os clientes e também da política de produção(VOLLMANN, 2003 Pag.65). No terceiro nível temos o grupo de sistemas para levar a cabo o planeamentodetalhado quer de materiais quer de capacidade. O programa director de produção fornece informação directamente para o módulo de planeamento detalhado de materiais. Empresas com variedades limitadas de produtos pode especificar taxas de produção para criar esses planos. Contudo, para empresas com elevadas variedades de produtos com vários componentes por produto, o planeamento detalhado de materiais pode envolver necessidades de cálculo para milhares de componentes usando uma lógica formal chamada MRP (Material Requirements Planning) que em português se poderá traduzir pelo planeamento das necessidades de materiais(VOLLMANN, 2003 Pag.70). No último nível temos o controlo da execução dos planos referidos no nível 3, quer em termos de compras quer em termos da produção na fábrica. Neste nível são tomadas decisões do tipo: qual o próximo componente a serprocessado numa determinada máquina. Trata-se da programação da produção e do controlo da produção de mais baixo nível e muitas vezes em tempo real. Aqui também, a configuração do sistema depende das necessidades do processo. Por exemplo, empresas produzindo grande variedade de produtos com milhares de componentes, muitas vezes agrupam todos os equipamentos do mesmo tipo num centro de trabalho (implantação por processo, implantação em oficina, Job Shop. O sistema de controlo fabril estabelece prioridades para todas as ordens de produção em cada centro de trabalho(VOLLMANN, 2003 Pag.73). Pág. 26 1.6 Classificação dos sistemas PCP A figura 1.4 (Bjorke 2005) mostra a relação entre as diferentes abordagens a sistemas de PCP relativamente à complexidade dos produtos produzidos expressos no número de componentes e a natureza repetitiva da produção, expressa em termos do tempo entre unidades sucessivas do produto. É importante notar uma certa sobreposição das áreas definidas de diferentes abordagens. As diferentes abordagens são: Fluxo - «Tipicamente utilizada nas indústrias química, alimentação e petrolíferas, em que os artigos são produzidos continuamente e sem qualquer intervalo entre unidades consecutivas. O facto de que os produtos são produzidos continuamente em vez de em lotes discretos, faz com que não haja nenhum lapso de tempo entre unidades sucessivas» (BJORKE, 2005 Pag.26) Processos repetitivos - «Encontram-se tipicamente em empresas que montam produtos semelhantes, por ex., Automóveis, computadores, electrodomésticos, etc..., Para tais produtos, é necessário uma gestão de componentes, mas tudo é coordenado com as taxas de produção ou de montagem dos produtos finais» (BJORKE, 2005 Pag.26). Just-In-Time - «Muitas empresas tentam deslocar-se da direita para a esquerda da figura. Isto é, tentam fazer que os processos sejam mais repetitivos e tentam que as condições de operação do sistema planeamento e controlo da produção sejam o mais próximo possível da produção repetitiva (ciclos curtos, baixos prazos de entrega, baixos níveis de existências, etc.). JIT aparece a cobrir uma grande variedade de produtos e processos» (BJORKE, 2005 Pag.26). MRP - «MRP é a chave para qualquer sistema de planeamento e controlo da produção que envolva a gestão de uma situação complicada de componentes. Uma grande quantidade de empresas tem este tipo de complexidade e sistemas MRP continuam a ter uma larga aplicação. Para muitas empresas, o uso do MRP com sucesso representa um passo importante no desenvolvimento das suas abordagens para o planeamento e controlo da produção. Uma vez que o sistema MRP está implementado com sucesso na empresa e se torna um rotina, partes do produto ou do processo que podem ser executadas por JIT podem ser selecionadas» (BJORKE, 2005 Pag.26). Pág. 27 Ilustração 10 Esquema de classificação de um sistema PCP fonte: BJORKE 2005 Pag.26 1.7 Factores que Levam Perturbações ao PCP Diversos fatores de ordem interna ou externa da empresa podem provocar desvios e necessidade de correções no planeamento e controle da produção, tais como: Falta ou atraso de material e de mão-de-obra, Quebra não prevista de máquinas, Falta de energia elétrica, combustíveis, água, vapor, ar comprimido e outros suprimentos, Atraso da manutenção na liberação de máquinas Atraso nos tempos de fabricação devido à ineficiência do homem e/ou da máquina, Pág. 28 Greves, feriado e outros eventos não previstos. Ilustração 11 Localização do PCP no organograma fonte: SHEER, 2001 Pag.15) Pág. 29 CONCLUSÃO Em jeito de conclusão o operador, a direção, a gerência e a sociedade em geral poderão ter facilidade na compreensão de organigramas e as suas actividades as quais poderam ajudar também na compreensão das decisões tomadas pelos superiores hierárquicos. A gerência poderá também ter facilidade na compreensão das formas de controlar a produção; Um dos principais benefícios do sistema de informaçãoesta ligado a redução do esforço humano durante o processo de comunicação com os demais sectores da organização, visto que a redução do esforço humano, porém trará a diminuição do tempo perdido isto é, comparativamente ao processo tradicional. No qual exige-se tanto esforço e consequentemente levará um tempo significativo que se perde durante a produção. Com todas estás facilidades, diminuirá assim o tempo de espera (na tomada de decisões) e aumentando desta forma a produtividade tendo assim o maior controle do sistema funcional da organização dos gestores uma vez que terão informações a tempo e hora. Pág. 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LIVROS: ARAUJO M. “ Sistemas de Informação na tomada de decisões” SP editora em 2006 BEAL A. “Gestão estratégica da informação” São Paulo, Atlas editora 2004 BATISTA E. 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Petrópolis, editora Vozes em 2014 MAXIMIANO R. “Teoria Geral de Administração” São Paulo, Atlas editora 2000 O’BRIEN J. “ Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet” SP em 2000 vol. 1 O’BRIEN J. “ Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet” SP em 2004 vol. 2 OLIVEIRA T. “ Planeamento Estratégico: fundamentos e aplicação” São Paulo, editora Atlas em 2001 OLIVEIRA T. “Estratégia Empresarial e Vantagem Competitiva” São Paulo, editora Atlas em 2003 SARAIVA P. “ Sistemas de Informação” São Paulo, editora Atlas em 2004 SEMOLA M. “ Gestão da segurança da informação” Rio de Janeiro Editora 2003 Pág. 31 SHEER R. “CONTROLO DE PRODUCAO” SP 2001 STAIR, RALPH “Princípiosde Sistemas de Informação” SP Editora 1996
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