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 OAB XVII EXAME – 1ª FASE 
 Direito Tributário 
Josiane Minardi 
1 
IMUNIDADES RECÍPROCAS 
 
A imunidade tributária recíproca, prevista no 
art. 150, VI, “a” da CF, consequência do 
modelo Federal de Estado, cujas bases 
repousam na necessária igualdade política-
jurídica entre as unidades que compõe O 
Estado Federal, veda a União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios instituírem 
impostos sobre o patrimônio, renda e serviços 
um dos outros. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
(...) 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos 
outros; 
 
De acordo com o § 2º, § 3º do art. 150 da CF a 
imunidade recíproca é extensiva às 
AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
desde que cumpram 4 requisitos: 
 
 
Cumpram suas finalidades essenciais ou 
qualquer uma delas decorrentes; 
Sejam instituídas e mantidas pelo Poder 
Público; 
Não cobrar preços e nem tarifas; 
não entrar na concorrência privada. 
 
 
 
O Supremo Tribunal Federal tem entendido 
que algumas empresas públicas, bem como 
algumas sociedades de economia mista são 
merecedoras da regra imunizante, quando 
prestam serviço público de caráter 
obrigatório e de forma exclusiva. 
 
 
 
IMUNIDADES DOS TEMPLOS DE 
QUALQUER CULTO 
 
O art. 150, VI, “b” da CF veda aos Entes 
Federativos instituírem IMPOSTOS sobre os 
templos de qualquer culto. 
A imunidade dos templos de qualquer culto 
visa tutelar a liberdade religiosa, e por essa 
razão tudo, exatamente tudo, que estiver em 
nome da instituição religiosa e cumprir sua 
finalidade essencial terá imunidade. 
 
 
IMUNIDADE SUBJETIVA - DO ART.150, VI, 
c, CF/88: 
 
São 04 imunidades: 
 
a) Imunidade das Entidades de 
Assistência Social Sem Fins Lucrativos; 
 
Conceito de “Assistência Social” está no art. 
203, CF/88. 
Importante: Além de não pagar imposto, 
também não pagam Contribuição Social, nos 
termos do art. 195, §7º, CF/88). 
 
b) Imunidades das Entidades de Educação 
Sem Fins Lucrativos; 
 
Educação é em sentido lato, quer dizer, 
qualquer tipo de educação. 
Exemplos: Pré-escolas, Faculdades, Cursos 
de Capacitação, etc. 
Importante: somente aquelas que não visem 
lucro, ou seja, se enquadrem no CTN, art. 14. 
 
c) Imunidade dos Partidos Políticos e de 
suas Fundações; 
 
A jurisprudência entende que devem 
preencher 02 requisitos para ser imune a 
cobrança de impostos. São eles: a) estar 
registrado perante ao TSE; e, b) não atentar 
contra os princípios e bons costumes do 
Estado brasileiro. 
 
d) Imunidade dos Sindicatos de 
Trabalhadores; 
 
Só não paga imposto. 
As pessoas do art. 150, VI, “c” da CF para 
gozarem da imunidade tributária devem 
cumprir os requisitos do art. 14 do CTN: 
 
Não distribuir lucro entre seus associados; 
Não remeter valores para o Exterior; 
Manter a escrituração contábil em dia. 
 
IMUNIDADE OBJETIVA: DOS LIVROS, 
JORNAIS, PERIÓDICOS e DO PAPEL 
 
 
 
 
 
 
 
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 OAB XVII EXAME – 1ª FASE 
 Direito Tributário 
Josiane Minardi 
2 
DESTINADO A SUA IMPRESSÃO. Art. 150, 
VI, d, CF/88 
 
Só não paga imposto. 
O Supremo Tribunal Federal afirma que: 
“Livro” é em qualquer formato com conteúdo 
de livro. 
Jornais e Periódicos são imunes se, e somente 
se, não forem eminentemente publicitários os 
encartes. 
Revistas de qualquer gênero; 
Histórias em quadrinhos, mesmo que 
pornográficas; 
 
Catálogos não possuem imunidade. Exceção: 
Listas telefônicas, pois, tem caráter 
informativo. 
Cuidado: A imunidade se refere tão somente 
ao papel utilizado para impressão, a tinta não 
está imune. Do mesmo jeito, Editora e Gráfica 
não são imunes, mas sim o próprio papel 
utilizado 
 
 
Súmula 657 do STF: Os filmes e papéis 
fotográficos gozam da imunidade do Art. 150, 
VI, “d” da CF. 
 
 
Imunidade da EC nº 75/13 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
(...) 
VI - instituir impostos sobre: 
e) fonogramas e videofonogramas 
musicais produzidos no Brasil contendo 
obras musicais ou literomusicais de 
autores brasileiros e/ou obras em geral 
interpretadas por artistas brasileiros bem 
como os suportes materiais ou arquivos 
digitais que os contenham, salvo na etapa 
de replicação industrial de mídias ópticas 
de leitura a laser. (Incluída pela EC nº 75) 
 
Classificação Tributária 
 
1) Tributo Real – Leva em consideração os 
tributos da coisa. Exemplo: IPTU, IPVA, etc.. 
Tributo Pessoal – Lei va em consideração os 
atributos da pessoa. Exemplo: IR 
 
2) Tributo Fiscal – Tem por finalidade a 
arrecadação. 
Tributo Extrafiscal – Visa estimular ou 
desestimular condutas. Exemplo: Tributo 
regulatório de mercado (II, IE, IOF e IPI) 
Tributo Parafiscal – Quando a pessoa que 
detém a competência tributária é distinta 
daquela que detém a capacidade ativa 
tributária. 
 
3) Tributo Direto – Entre a ocorrência do 
fato gerador e a obrigação de pagar tributo não 
existe intercalação de sujeitos. 
Tributo Indireto - Entre a ocorrência do fato 
gerador e a obrigação de pagar tributo existe 
intercalação de sujeitos. Exemplo: (IPI, ICMS) 
 
4) Tributo Progressivo: A alíquota do 
tributo irá aumentar de acordo com o aumento 
da base de cálculo do tributo. (IR, ITR, IPTU e 
ITCMD) 
Tributo Proporcional: A alíquota é invariável 
ainda que a base de cálculo do tributo 
aumente. 
 
 
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: Art. 113 a 138, 
CTN. 
 
A obrigação tributária pode ser Principal ou 
Acessória. 
 
Principal: tem por objeto o PAGAMENTO de 
tributo ou penalidade. Pagar Imposto de 
Renda. Importante: para a OAB é pagar tributo 
ou penalidade. (art. 113, § 1º CTN). 
Acessória: São deveres formais que o sujeito 
passivo está obrigado a fim de facilitar a 
arrecadação e a fiscalização. Exemplo: Emitir 
nota fiscal, declarar tributo, escriturar livros 
contábeis. (art. 113, § 2º CTN). 
 
Cuidado: Art. 113, § 3º, prevê que a 
inobservância do cumprimento da obrigação 
acessória converte-a em obrigação principal 
referente à penalidade tributária.

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