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Inflamação: Conceito e Sinais Clínicos

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INFLAMAÇÃO
Conjunto de fenômenos bioquímicos, morfológicos e fisiológicos, sucessivos, ativos e complexos, pelos quais se exterioriza a reação vascular e tissular dos tecidos vivos a qualquer agressão.
Inflamação é a reação de um tecido e de sua micro-circulação a uma lesão patogênica. Caracteriza-se pela produção de mediadores inflamatórios e movimentação de líquidos e leucócitos dos vasos sanguíneos para os tecidos agredidos. 
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CALOR
RUBOR
EDEMA
DOR
PERDA DE FUNÇÃO
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 Calor: Perceptível nas superfícies corporais. Decorre da hiperemia e do aumento do metabolismo local;
 Rubor: Hiperemia(diminuição de impulsos vasoconstrictores);
 "Tumor": Decorre do aumento da permeabilidade vascular (edema). Pode determinar aumento do volume hídrico local em até 5 ou 7 vezes.
 Dor: Causada pela irritação química nas terminações nervosas e pela compressão mecânica (edema).
OS 4 SINAIS CARDINAIS
Sinais clássicos da Inflamação aguda
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Sinais clínicos da inflamação
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Sinais clínicos da inflamação
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Sinais clínicos da inflamação
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Sinais clínicos da inflamação
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INFLAMAÇÃO
A reação inflamatória visa também cicatrizar e reconstituir o tecido lesado
Esta reparação começa durante as fases iniciais da inflamação, mas se conclui depois que a causa nociva foi neutralizada
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INFLAMAÇÃO
Durante a reparação o tecido lesado é substituído por:
regeneração de células parenquimatosas
e/ou por preenchimento do defeito com tecido fibroso(cicatrização)
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A INFLAMAÇÃO COMO UMA “RESPOSTA BENÉFICA”…
Se não existisse o processo inflamatório, os microrganismos estariam livres para penetrar nas mucosas e feridas, proliferar, disseminar e finalmente comprometer de tal forma o organismo hospedeiro que fatalmente o mataria. Além disso, se não existisse a inflamação, não existiria a cicatrização de feridas nem cura e reparação das lesões.
Dessa maneira o organismo seria como uma máquina sem peças de reposição, que ao primeiro defeito estaria condenada…
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A INFLAMAÇÃO COMO UMA “RESPOSTA MALÉFICA”…
Existem ocasiões em que o processo inflamatório pode interferir seriamente na função do órgão acometido, podendo até mesmo levar a uma condição mais ameaçadora que a agressão inicial que o determinou. Nesses casos, ocorre a perda do controle homeostático na resposta, assumindo a inflamação um papel destrutivo, maléfico ao organismo.
Exemplos:
 Cirrose hepática;
 Glomerulonefrites auto-imunes e por imunocomplexos;
 Artrites reumatóides;
 Ceratites;
 Choque anafilático (hipersensibilidade à penicilina, por exemplo);
 Granuloma contra ovo do Schistosoma mansoni.
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INFLAMAÇÃO: DIVISÃO
AGUDA
CRÔNICA
SUB/AGUDA - SUB/CRÔNICA
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INFLAMAÇÃO: AGUDA
é uma resposta inicial e imediata a um agente agressor.
tem duração curta: minutos, horas ou alguns dias.
característica: EXSUDAÇÃO de líquidos e proteínas plasmáticas e emigração de leucócitos ( neutrófilos).
A Resposta Inflamatória acontece no tecido conjutivo vascularizado 
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INFLAMAÇÃO AGUDA
FASES DA INFLAMAÇÃO AGUDA
1. Alterações vasculares
2. Alterações da permeabilidade vascular.
3. Emigração de leucócitos
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Alterações Vasculares
São alterações do calibre vascular que acarretam um aumento do fluxo sanguíneo no local da inflamação (rubor e calor)
l. VASOCONSTRICÇÃO ARTERIOLAR dura alguns segundos e é seguida da
2. VASODILATAÇÃO: origina a abertura de novos leitos capilares na área inflamada levando a um aumento do fluxo sanguíneo A vasodilatação (hiperemia ativa) é responsável pelo rubor e calor do foco inflamatório.
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Aumento do fluxo sanguíneo
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Permeabilidade Vascular
Alterações estruturais da microvasculatura que permitem que as proteínas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação
Alterações da Permeabilidade 
A vasodilatação leva a uma maior lentidão da corrente circulatória originando um AUMENTO DA PERMEABILIDADE DA MICROCIRCULAÇÃO permitindo a saída de água, eletrólitos, proteínas de baixo e alto peso molecular, fibrina e fibrinogênio para o interstício formando o EXSUDATO. Em consequência da maior concentração de hemácias dentro dos vasos leva a um aumento da VISCOSIDADE SANGUÍNEA (Hiperemia passiva).
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EXSUDATO
O exsudato é a marca da inflamação aguda
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Aumento do fluxo sanguíneo

Vasoconstrição transitória

Aumento da pressão hidrostática

Vasodilatação

Estase

Edema (exsudato, transudato, pus)

Marginação leucocitária
Erisipela
Eventos Vasculares da Inflamação Aguda
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Ativação endotelial
Rolagem
Aderência
Transmigração
Eventos Celulares da Inflamação Aguda
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EMIGRAÇÃO DE LEUCÓCITOS
Consiste na emigração dos leucócitos da microcirculação e seu acúmulo no foco de lesão
Funções dos leucócitos
Ingerir agentes ofensivos
destruição de bactérias
degradação do tecido necrótico
degradação de corpos estranhos
podem prolongar a inflamação
podem induzir lesão tecidual por liberação de enzimas,mediadores químicos e radicais tóxicos de oxigênio
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Fluxo sanguíneo
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Etapas da emigração de leucócitos
Na luz do vaso: marginação, rolagem e aderência
Transmigração através do endotélio (também chamada de diapedese)
Migração nos tecidos intersticiais em direção a um estímulo quimiotático
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EMIGRAÇÃO LEUCOCITÁRIA
A medida que a estase se desenvolve observa-se uma orientação periférica dos leucócitos (principalmente neutrófilos) ao longo do endotélio vascular - MARGINAÇÃO LEUCOCITÁRIA-
Os leucócitos ADEREM ao endotélio e pouco depois MIGRAM através da parede vascular para o interstício.
Após migrarem para fora dos vasos os leucócitos são atraídos para o campo inflamatório por um mecanismo de QUIMIOTAXIA. No campo inflamatório os leucócitos neutrófilos iniciam o processo de FAGOCITOSE, auxiliados pelos macrófagos dos tecidos.
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Marginação leucocitária
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Aderência
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Diapedese
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SÍNTESE DA AGRESSÃO
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SÍNTESE DA AGRESSÃO
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Macrófago alveolar
bactéria
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Macrophage in the process of surrounding tumor cell.
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Células da Inflamação Aguda
LEUCÓCITOS
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 realizam diapedese
 Participam da defesa e inflamação
 não retornam ao sangue ao saírem para os tecidos
Granulócito Neutrófilo
Granulócito Eosinófilo
Granulócito Basófilo
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AS CÉLULAS DA REAÇÃO INFLAMATÓRIA
Leucócitos polimorfonucleares
Monócitos
Linfócitos
Plasmócitos
Células mesenquimais: fibroblastos, endotélios capilares, células do sistema retículo-histiocitário.
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 LEUCÓCITOS GRANULÓCITOS (PMN)
Neutrófilos (95%)  Defesa contra bactérias
 PRIMEIRA LINHA DE DEFESA NOS PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
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Eosinófilos (4%)  Defesa contra parasitos
 Atraído em sítios de reações alérgicas
 Possui receptores para IgE	
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Basófilos (1%)  Processos inflamatórios
 Degranulação de aminas vasoativas
Heparina, histamina
 Possui receptores para IgG
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Linfócitos
 Células de defesa do sistema imune
 Ativação celular
 Tempo de sobrevivência: 
dias ou anos
 Tipos: linfócitos T e B
 Recirculação: sangue  tecidos
 LEUCÓCITOS AGRANULÓCITOS (MN)
surgem tardiamente e podem persistir por meses.
produzem anticorpos (plasmácitos
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Plasmócitos  Originados a partir do Linfócito B ativado
 São células grandes, ovóides, citoplasma basófilo; 
 Produção de anticorpos
 Se concentram em áreas de inflamação crônica e onde partículas estranhas invadiram o organismo.
 Pouco numerosos
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MACRÓFAGOS
 Originam-se de precursores da medula óssea, tendo o monócito como intermediário;
 Comportam-se tanto como células residentes quanto transitórias; 
 São células irregulares  prolongamentos 
de vários tamanhos;
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 Possuem um estado ativado apresentando poder microbicida ainda mais elevado.
	Macrófagos no baço ou fígado fagocitam eritócitos velhos (modificação na estrutura)
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Mediadores Químicos da Inflamação
SUBSTÂNCIAS PRODUZIDAS DURANTE A INFLAMAÇÃO QUE MODULAM OS PROCESSOS VASCULARES E A ATIVAÇÃO LEUCOCITÁRIA
 Originam-se no plasma sanguíneo e nas células
 Atividade biológica → ligação a receptores específicos
 Estimulam a liberação de outros mediadores
 Atuam sobre um ou vários tipos de células-alvo e podem apresentar efeitos diferentes
 Uma vez ativados e liberados → curta duração.
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Resultados da inflamação aguda
Resolução completa
Formação de abscessos
Organização (Cicatriz e abscesso)
Inflamação crônica
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Resolução
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Abcesso
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Inflamação crônica
Inflamação Crônica
Inflamação de duração prolongada na qual a inflamação ativa, destruição tecidual e tentativas de reparação estão ocorrendo simultaneamente
→ Pode seguir da inflamação aguda
→ Pode ocorrer de modo isidioso
Infecções persistentes
Exposição prolongada a agentes tóxicos
Auto-imunidade
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INFLAMAÇÃO CRÔNICA
A progressão para a inflamação crônica ocorre quando:
não é possível resolver a resposta inflamatória aguda por:
 (a) persistência do agente agressor 
 (b) interferência no processo normal de cura
A inflamação crônica segue-se sempre após a fase exsudativa (que pode ser fugaz e não identificada)
A inflamação aguda é basicamente uma
 reação vascular e a inflamação crônica é uma reação celular proliferativa
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Tecido lesado
Inflamação aguda
Céls capazes de dividir
Céls incapazes de dividir
Persistência 
do agente lesivo
Regeneração 
Cicatrização por reparo
Inflamação crônica 
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 Características Morfológicas 
 Infiltrado Mononuclear
Macrófagos
Linfócitos
Plasmócitos
 Destruição tecidual
 Reparo
Angiogênese
Fibrose
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 Classificação da Inflamação Crônica 
Inflamação Crônica Específica
Granulomatosa 
	→ acúmulos nodulares com limites ± precisos
→ macrófagos ativados
→ tecido epitelióide
Infamação Crônica Inespecífica
	→ Exudato celular difuso (mononucleares)
	→ Se organizam sem formar células epitelióides
	→ Caráter evolutivo
	→ Consequência de fenômenos auto-imunes ou persistência do agente inflamatório
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Inflamação Crônica Específica 		
É uma forma, nodular, especial de inflamação crônica na qual predomina a proliferação de um tipo de macrófago ativado com aspecto de célula epitelial modificada (epitelióide)
As células epitelióides podem se fundir e formar células gigantes e estão cercadas por um colar de leucócitos mononucleares, principalmente linfócitos
Granuloma 
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GRANULOMAS
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GRANULOMAS
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CÉLULAS GIGANTES
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Granuloma de Corpo Estranho
Granuloma tipo corpo estranho (fio cirúrgico): após cirurgia, o processo de recuperação induz cicatrização e reação granulomatosa em torno do fio cirúrgico azulado.
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Reação de corpo estranho:
fio cirúrgico
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Inflamação crônica granulomatosa tipo corpo estranho. Áreas de acúmulo de células gigantes
multinucleadas fagocitando fio cirúrgico. Note a disposição aleatória dos núcleos.
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Cisto pilonidal. Processo inflamatório formado em torno de pêlos. Células gigantes
multinucleadas tipo corpo estranho tentam isolar o fragmento de pêlo.
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Granulomas Imunológicos
 Formação do Granuloma 
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Bacterianos
 Tuberculose: Mycobacterium tuberculosis 
 Hanseníase: Mycobacterium leprae
 Sífilis: Treponema pallidum
 BGN (Bacilos Gram-negativos) 
Parasitários
 Leishmaniose: Leishmania braziliensis 
 Esquistossomose: Schistossoma mansoni; Schistossoma haematobium; Schistossoma japonicum
 Agentes indutores do Granuloma Imunológico 
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Micóticos 
 Cryptococcus neoformans
 Coccidioides immitis
 Paracoccidioides braziliensis 
Poeiras minerais 
 Silicose
 Beriliose 
Desconhecida
 Sarcoidose 
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Inflamação crônica
Reparo
O processo de REPARO envolve a Regeneração e a Cicatrização
→ Regeneração:
Substituição por células do mesmo tipo 
Proliferação celular
→ Cicatrização:
Substituição por tecido conjuntivo
Formação de cicatriz
Fibrose
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 Regeneração
Células lábeis
Células estáveis
Células permanentes
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 Cicatrização
Início do reparo  24hs após a lesão
Tecido de granulação
2. Angiogênese
3. Migração e proliferação de fibroblastos
4. Deposição da Matriz extracelular
5. Maturação e organização do tecido Fibroso (Remodelamento)
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Proliferação de fibroblastos e células endoteliais vasculares formando pequenos vasos sanguíneos
Tecido com aspecto granular, rosado, consistência mole que se forma na superfície das feridas
1. Tecido de granulação
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2. Angiogênese
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 Cicatrização de primeira intenção 
Ferida com margens opostas, não infectada, como uma ferida cirúrgica incisional 
As margens estão próximas e o processo de cicatrização evolui diretamente à produção de uma cicatriz 
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 Cicatrização de segunda intenção 
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Quadro Comparativo - Cicatrizações 
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Fatores que influenciam a cicatrização
Fatores sistêmicos
 Nutrição → Deficiência de vitamina C e Zinco
 Estado metabólico → Diabetes mellitus
 Estado circulatório → Suprimento sanguíneo inadequado
 Hormônios → inibem a síntese de colágeno
Fatores locais
 Infecção → retarda a cicatrização, aprofunda as margens da lesão
 Fatores mecânicos → movimentação precoce da ferida
 Tamanho, Local e Tipo de ferida
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Aspectos patológicos do REPARO
Formação deficiente da cicatriz
 Deiscência da ferida ou ruptura → cirurgia de abdômen
 Ulceração → feridas nos MMII
Formação excessiva de componentes do reparo
 Quelóide
Formação de contraturas
 Comum em lesões na palma da mão e planta dos pés e queimaduras graves
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Cicatriz deficiente: Deiscência da ferida ou ruptura 
Wound dehiscence is the disruption of apposed surfaces of a wound (most often abdominal), due to inadequate healing. Many factors, such as infection, inadequate blood supply, diabetes, and mechanical stress can impair healing. 
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Cicatriz deficiente: úlceras
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Cicatriz deficiente: úlceras
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Cicatrização aberrante: quelóide
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Quelóide: Nódulos na derme com deposição colagênica - feixes colagênicos espessos
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Contração da ferida
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Contraturas
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 Fibrose
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Cicatriz Fibrosa no ventriculo esquerdo
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Cicatriz fibrosa originada do tecido de granulação
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Cirrose hepática
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Arquitetura normal do tecido hepático
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Lesão Celular
Resposta vascular/celular
Esxudação Inflamatória aguda
Estímulos destruídos imediata/e
Estímulos não destruídos imediata/e
Necrose celular ausente/mínima
Necrose Celular
Resolução Exsudato
Exsudato organizado
Restauração do tecido
Cicatriz
Células Lábeis 
Células Permanentes
Arcabouço intacto
Arcabouço destruído
Restauração do tecido
Cicatriz
Cicatriz
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http://www.gcarlson.com/images/cellular_macrophage.jpg
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