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Ideias de Rousseau sobre Liberdade e Igualdade

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ROUSSEAU
CARLA CRISTINA CAMPOS RIBEIRO DE MOURA
Ciência Política
Universo – BH 
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ROUSSEAU
Liberdade e igualdade: Os homens nascem livres e iguais
Rousseau expressa a liberdade de duas formas distintas:
A liberdade natural, que era a ausência de leis, do Estado isento de leis (o homem natural era livre porque não tinha leis)
A liberdade civil, com a submissão somente àquelas leis que cada um dava a si próprio (o homem civil era livre porque obedecia somente às suas leis)
A liberdade era fundamental, entendida como direito e dever (“todos os homens nascem livres e iguais”) – na verdade só se tornam assim através de um processo político (contrato).
O princípio de liberdade se constituía com normas, e não como fato (por acaso) ou imperativo (imposição). Não era apenas uma negação de impedimentos, mas a manifestação da realização das aptidões do espírito humano, que aspira ser livre.
Assim os bens essenciais da condição natural humana eram a liberdade e a igualdade. A igualdade era essencial para, diante da lei, poder ter a liberdade, sem restrições para nenhum homem.
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ROUSSEAU
Sociedade: Estado de natureza
Rousseau considerava o estado de natureza como uma hipótese teórica, operada pelo espírito e formulada pela razão.
Ao se imaginar como seria o estado de natureza, é que descobre-se a natureza real do homem, que salta de dentro de cada um, com íntimo sentimento de vida.
Desde a sua origem, o homem natural estava dotado do livre arbítrio, da livre condição de liberdade para desenvolver suas plenas potencialidades.
A natureza, para Rousseau, significa o completo desenvolvimento das potencialidades do homem, do qual a sociedade contemporânea era apenas uma amostra parcial e incompleta.
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Rousseau
O Nascimento da Propriedade
A sociedade surgia com a propriedade privada, que seria a última fase do estado de natureza e a primeira da desigualdade do estado social.
A desigualdade, estabelecida pelo consentimento dos homens por convenção.
Daí viria a surgir as desigualdades políticas entre os povos e seus chefes, até chegar ao despotismo, onde o gênero humano se entregaria de novo ao Estado natural, que imperaria pela lei do mais forte. 
Este novo estado de natureza, diverso do primeiro que era baseado na pureza dos sentimentos, era fruto de um excesso de corrupção (um falso contrato).
“o primeiro que, tendo cercado um terreno, arriscou-se a dizer: ‘isso é meu’, e encontrou pessoas simples para acreditar nele, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras, mortes, misérias e horrores não teria poupado o gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou tapando os buracos, tivesse gritado aos seus semelhantes: ‘Fugi às palavras desse impostor; estarei perdidos se esquecerdes que os frutos pertencem a todos, e que a terra não é de ninguém’” (Segunda Parte) (Rousseau, Discurso sobre a Origem e os fundamentos da Desigualdade entre os homens)
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ROUSSEAU
Estado: Contrato Social
Rousseau não quer resgatar em seu discurso a história da humanidade, mas sim como a humanidade deve ser. 
Pretende estabelecer no contrato social as condições de possibilidade de um pacto legítimo, através do qual os homens, depois de terem perdido a liberdade natural, ganharem em troca, a liberdade civil, no seio de uma vontade comum, que é a base da liberdade.
Não se tratava de um contrato entre indivíduos, mas do contrato de cada um consigo mesmo e que transformava cada indivíduo num cidadão.
O contrato social era uma livre associação de seres humanos inteligentes que deliberadamente resolviam formar um certo tipo de sociedade, à qual passavam a prestar obediência, de acordo com os pressupostos de liberdade humana.
Aceitando a autoridade da vontade geral, o cidadão não só passava a pertencer a um corpo moral coletivo, como adquiria liberdade obedecendo a uma lei que a prescrevia para si mesmo.
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Exercício da soberania pelo povo como condição primeira de sua libertação
Rousseau afirma que um povo só será livre quando tiver todas as condições de elaborar suas leis num clima de igualdade, (a submissão à vontade geral e não à de um indivíduo ou grupos de indivíduos particulares).
Era a vontade geral que indicava as características gerais da soberania: inalienável, indivisível, infalível e absoluta.
Inalienabilidade: Rousseau se afasta do regime representativo, pois a soberania, não sendo um exercício da vontade geral, jamais poderia alienar-se, já que o soberano só poderia ser representado por si mesmo (o poder poderia ser transmitido, mas não a vontade).
Indivisibilidade: porque a vontade ou era geral ou não era. No primeiro caso essa vontade declarada constituía um ato de soberania e constituía a lei. No segundo não passava de uma vontade particular ou um ato de magistratura, sendo no máximo um decreto.
Infalibilidade: a vontade era sempre justa e tendia à utilidade pública.
Absoluta: o pacto social dava ao corpo político um poder absoluto sobre todos os seus, assim como a natureza dava ao homem o poder total sobre o seu próprio corpo.
A lei era a fonte da vontade geral, sendo ela a sua única expressão. 
A sociedade justa devia constituir-se de modo que seus membros não necessitassem recorrer aos “direitos naturais” contra a iniqüidade da lei positiva. A própria lei devia juntar-se aos ditames da justiça.
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A Função do Estado 
Rousseau concebia a sociedade política como a eliminação total do estado de natureza. O contrato social tratava-se de um ato coletivo de renúncia aos direitos naturais. O problema seria conciliar Estado com liberdade.
O Estado mais perfeito seria aquele que mais coincidisse a sua vontade com a vontade geral → remetia Hobbes no sentido que, entre o estado natural e o civil, optava pelo segundo, não existindo o meio termo. Mas negava que o estado civil fosse incompatível com liberdade. 
Diferente da renúncia de Hobbes, que levava a abandonar a liberdade natural para obter a servidão civil, a renúncia de Rousseau deveria levar a abandonar, sim, a liberdade natural, mas para encontrar uma liberdade mais plena, superior, que era a liberdade civil ou liberdade do Estado.
Pensava poder conciliar o Estado com Liberdade, visando uma liberdade que não era a desordem dos instintos, mas a participação consciente e de acordo com a lei do Estado. 
A função do Estado seria encarnar a vontade geral, agindo em defesa do bem comum. 
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Representação Política
Para permanecer coerente aos seus princípios, sempre na exigência da legitimidade na ação política, Rousseau não admite a representação ao nível de soberania. Seu argumento é que “uma vontade não pode ser representada. O povo que se dá representantes, perde a sua liberdade, pois não há o exercício da vontade geral (ninguém pode querer para o outro).
A soberania não podia ser alienada, nem representada.
Entretanto, reconhece a necessidade de representantes a nível de governo (executivo), e que a vontade geral sem ser representativa, é quase uma utopia. Com isso, o legislativo, quando não representar a vontade popular, poderá ser sempre destituído.

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