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Carin Maria Schmitt TCC: DICAS E REGRAS DE COMO ENFRENTAR ESSE DESAFIO Porto Alegre janeiro 2016 PREFÁCIO Nos últimos dez anos me dediquei ao trabalho de auxiliar alunos que estavam fazendo seu TCC o curso de Engenharia Civil da UFRGS na sua formatação (ENG01039 - Trabalho de Diplomação Engenharia Civil I e ENG01040 - Trabalho de Diplomação Engenharia Civil II). Na verdade, a atividade iniciou um pouco antes quando trabalhava com alunos de pós- graduação que estavam iniciando sua dissertação. Em qualquer uma dessas fases, o objetivo era dar apoio ao aluno que chegava à porta de uma monografia e não tinha ideia de como deveria fazer o seu trabalho. Cada um dos cerca de 1000 alunos, com os quais trabalhei intensamente durante dois semestres, me ensinaram muita coisa, pois cada um era diferente do outro. As angústias, as dificuldades, os medos de desenvolver um TCC foram alvo da minha preocupação, mas também, motivo para cobranças para incentivar que cada um desse o melhor de si para que, no final, conhecesse o seu alto potencial de trabalho, sua capacidade de comunicação, escrita e oral, que muitas vezes estava sufocada por alguma experiência negativa do passado. Uma ex-aluna escreveu para mim: você ensina a trilhar os caminhos com nossas próprias pernas e sem rodeios. Acho que isso traduz a minha intenção com os alunos. Mas não foram só sucessos alcançados, alguns não viam no TCC uma possibilidade de crescimento e o realizaram da forma mais pobre possível, mostrando que sem ter vontade de fazer alguma coisa, ter potencialidade não resolve. Assim conduzindo o TCC desses alunos, todos amparados nos dois semestres por seus orientadores, se criou uma sistemática de trabalho que acredito deu certo. Os TCC, na sua grande maioria, superavam a expectativa dos avaliadores e deixavam o aluno com o sentimento de realização. Por isso, na medida que não mais se fará este trabalho com os alunos que deverão fazer o TCC na Engenharia Civil da UFRGS, acredito que esses “manual” poderá ajudar os alunos e, quem sabe, seus orientadores. Citando os orientadores, cabe a eles uma mensagem: os alunos de graduação são bastante diferentes dos alunos de pós-graduação e isso requer do professor orientador uma abordagem diferenciada. Poucos dominam o tema do TCC e se a cobrança sobre aquisição de conhecimento para poder realizar o trabalho de forma adequada não for cobrada insistentemente, eles farão um trabalho sem noções básicas do assunto, dando a impressão que pularam etapas. O aluno nessa situação tende a copiar as coisas e não fazer um trabalho com personalidade. E quanto a cópias, grande perigo dos trabalhos acadêmicos atuais: sem um acompanhamento e cobranças sobre o desenvolvimento do trabalho ao longo de todo o seu período de desenvolvimento, pode-se facilmente ter um trabalho que não passa de cópia de um ou a simples compilação de alguns trabalhos. Deve-se saber que um trabalho não surge do nada, o aluno não melhora sua habilidade de escrever em algumas poucas semanas, por exemplo. Em resumo, não há mágica no desenvolvimento de um TCC, o aluno não vai ter tomado por uma inspiração instantânea e, portanto, desenvolver todo o TCC, por exemplo, numa semana. Carin janeiro 2016 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Esquema básico de uma pesquisa 151 Figura 2 – Objetivos da pesquisa: produto 153 Figura 3 – Hipótese da pesquisa: possível resposta 154 Figura 4 – Exemplo de diagrama que apresenta etapas de uma pesquisa 158 Figura 5 – Exemplos de cronograma de pesquisa 159 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Abreviaturas dos números ordinais em português e inglês 127 Quadro 2 – Abreviaturas dos nomes dos meses nos vários idiomas 131 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 11 1.1 A ESCOLHADO TEMA ........................................................................................... 12 1.2 A ESCOLHADO ORIENTADOR ............................................................................. 13 1.3 ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TCC ...................................................... 14 1.3.1 O Projeto de Pesquisa do TCC ............................................................................. 15 1.3.2 O Relatório Final do TCC .................................................................................... 16 1.4 INICIANDO O TCC .................................................................................................. 19 2 FORMATAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA E DO TCC: VERSÃO ESCRITA ................................................................................................................... 21 2.1 ARQUIVOS WORD DE ESTILOS PARA O TCC .................................................. 21 2.2 FORMATAÇÃO E ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: NO PROJETO DE PESQUISA E NO RELATÓRIO FINAL ..................... 23 2.2.1 Papel, impressão e margens .................................................................................. 23 2.2.2 Elementos Pré-Textuais dos Trabalhos de Conclusão e Curso ......................... 24 2.2.2.1 Capa (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ....................................................... 26 2.2.2.2 Folha de rosto (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ........................................ 26 2.2.2.3 Folha de aprovação (só no Relatório Final) ......................................................... 27 2.2.2.4 Dedicatória (só no Relatório Final) ...................................................................... 28 2.2.2.5 Agradecimentos (só no Relatório Final) .............................................................. 29 2.2.2.6 Epígrafe (só no Relatório Final) ........................................................................... 29 2.2.2.7 Resumo em português (só no Relatório Final) ..................................................... 29 2.2.2.8 Resumo em idioma estrangeiro (só no Relatório Final) ...................................... 30 2.2.2.9 Listas de Ilustrações e de Tabelas (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ......... 31 2.2.2.10 Listas de Siglas e Símbolos (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ................. 32 2.2.2.11 Sumário (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ............................................... 33 2.2.3 Elementos Textuais dos Trabalhos de Conclusão de Curso .............................. 33 2.2.3.1 Numeração das páginas ........................................................................................ 34 2.2.3.2 Identificação do trabalho no rodapé ..................................................................... 35 2.2.3.3 Divisão dos trabalhos em seções .......................................................................... 35 2.2.3.4 Formatação do texto do Projeto de Pesquisa ........................................................ 36 2.2.3.4.1 Texto: geral e citações diretas .......................................................................... 36 2.2.3.4.2 Alíneas e subalíneas .......................................................................................... 37 2.2.3.4.3 Notas de rodapé ................................................................................................ 39 2.2.3.4.4 Ilustrações e tabelas .......................................................................................... 39 2.2.3.4.5 Equações e fórmulas ......................................................................................... 40 2.2.3.5 Conteúdo dos componentes da parte textualdo Projeto de Pesquisa ................... 41 2.2.3.5.1 Introdução do Projeto de Pesquisa ................................................................... 42 2.2.3.5.2 Diretrizes da pesquisa no Projeto de Pesquisa ................................................. 43 2.2.3.5.3 Procedimentos Metodológicos da pesquisa no Projeto de Pesquisa ................ 43 2.2.3.5.4 Capítulo/s fruto de revisão bibliográfica no Projeto de Pesquisa .................... 45 2.2.3.5.5 Considerações Finais no Projeto de Pesquisa .................................................. 46 2.2.3.6 Conteúdo dos componentes da parte textual do Relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso ..................................................................................................... 46 2.2.3.6.1 Introdução no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso ............... 47 2.2.3.6.2 Diretrizes da pesquisa no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso ........................................................................................................................... 48 2.2.3.6.3 Capítulo/s fruto de revisão bibliográfica no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso .................................................................................................... 49 2.2.3.6.4 Procedimentos Metodológicos e descrição do desenvolvimento da pesquisa no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso ............................................ 49 2.2.3.6.5 Apresentação dos resultados no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso ...................................................................................................................... 50 2.2.3.6.6 Análise dos resultados no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso ........................................................................................................................... 51 2.2.3.6.7 Considerações Finais ou Conclusões no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso .................................................................................................... 51 2.2.4 Elementos Pós-Textuais no Trabalho de Conclusão de Curso ......................... 52 2.2.4.1 Referências .......................................................................................................... 52 2.2.4.2 Glossário .............................................................................................................. 52 2.2.4.3 Apêndices ............................................................................................................. 53 2.2.4.4 Anexos .................................................................................................................. 53 3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 55 3.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 55 3.2 OBJETIVOS DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA .................................................... 56 3.3 IDENTIFICAÇÃO DE FONTES ............................................................................... 58 3.4 SELEÇÃO DE MATERIAL ...................................................................................... 60 3.5 LEITURA E FICHAMENTO DA BIBLIOGRAFIA ............................................... 61 3.5.1 Leitura e seleção do material ............................................................................... 61 3.5.2 Fichas de leitura .................................................................................................... 63 3.5.2.1 Tipo de material consultado e identificação das obras consultadas .................... 64 3.5.2.1.1 Dados para composição de referências de livros ............................................. 65 3.5.2.1.2 Dados para composição de referências de trabalhos acadêmicos ................... 67 3.5.2.1.3 Dados para composição de referências de artigos em periódicos ................... 67 3.5.2.1.4 Dados para composição de referências de artigos publicados em eventos ...... 68 3.5.2.1.5 Dados para composição de referências de normas técnicas ............................ 68 3.5.2.1.6 Dados para composição de referências de boletins ou cadernos técnicos ....... 68 3.5.2.1.7 Dados para composição de referências de legislação ...................................... 69 3.5.2.1.8 Dados para composição de referências de mensagens pessoais ...................... 69 3.5.2.1.9 Dados para composição de referências de documentos disponíveis na internet ........................................................................................................................ 69 3.5.2.2 Lista de palavras-chave ....................................................................................... 70 3.5.2.3 Registro do conteúdo da obra na ficha de leitura ................................................. 71 3.5.2.3.1 Citação direta na ficha de leitura .................................................................... 74 3.5.2.3.2 Citação indireta na ficha de leitura .................................................................. 84 3.5.2.3.3 Citação direta de citação na ficha de leitura .................................................... 84 3.5.2.3.4 Citação indireta de citação na ficha de leitura ................................................. 86 3.5.2.4 Registro de comentários sobre a obra na ficha de leitura ..................................... 87 3.5.2.5 Organização do material consultado .................................................................... 87 3.6 TIPOS DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A SEREM EVITADOS ......................... 88 3.6.1 Summa ................................................................................................................. .. 88 3.6.2 Arqueológico .......................................................................................................... 88 3.6.3 Patchwork .............................................................................................................. 88 3.6.4 Suspense ................................................................................................................. 89 3.6.5 Rococó ................................................................................................................ .... 89 3.6.6 Caderno B .............................................................................................................. 89 3.6.7 Coquetel teórico ..................................................................................................... 89 3.6.8 Apêndice inútil ....................................................................................................... 89 3.6.9 Monástico ............................................................................................................. .. 90 3.6.10 Cronista social ..................................................................................................... 90 3.6.11Colonizado x Xenófobo ........................................................................................ 90 3.6.12 Off records ............................................................................................................ 90 3.6.13 Ventríloquo .......................................................................................................... 91 4 CITAÇÕES EM DOCUMENTOS NA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................. 93 4.1 ASPECTOS GERAIS DAS CITAÇÕES ................................................................... 94 4.1.1 Indicação da fonte quando informação oral .......................................................95 4.1.2 Indicação da fonte quando trabalho em fase de elaboração ............................. 95 4.2 REGRAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO DAS CITAÇÕES ............................... 96 4.2.1 Sistema numérico .................................................................................................. 97 4.2.2 Sistema autor-data ................................................................................................ 98 4.3 TIPOS DE CITAÇÕES E SUAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO NOS TEXTOS ...................................................................................................................... 100 4.3.1 Citação direta ......................................................................................................... 100 4.3.2 Citação indireta ..................................................................................................... 103 4.3.3 Citação de citação - direta ou indireta ................................................................ 103 4.4 REGRAS PARA INDICAÇÃO DOS AUTORES NAS CITAÇÕES ....................... 105 4.4.1 Autor é pessoa física .............................................................................................. 105 4.4.1.1 Formato das citações quando a obra tem um único autor - pessoa física ............ 105 4.4.1.2 Formato das citações quando a obra tem dois autores - pessoa física ................. 106 4.4.1.3 Formato das citações quando a obra tem mais de dois autores - pessoa física .... 107 4.4.2 Autor é empresa ou instituição não vinculada a alguma instância governamental ........................................................................................................... 108 4.4.2.1 Formato das citações quando a obra tem um único autor - empresa ou instituição não vinculada a alguma instância governamental ..................................... 108 4.4.2.2 Formato das citações quando a obra tem dois autores - empresa ou instituição não vinculada a alguma instância governamental ....................................................... 109 4.4.2.3 Formato das citações quando a obra tem mais de dois autores - empresa ou instituição não vinculada a alguma instância governamental ...................................... 110 4.4.3 Autor é entidade vinculada a alguma instância governamental ....................... 111 4.4.3.1 Formato das citações quando a obra tem um único autor que é entidade vinculada a alguma instância governamental e tem denominação genérica ............... 111 4.4.3.2 Formato das citações quando a obra é de autoria de entidade vinculada a alguma instância governamental e tem denominação genérica sendo mais de um autor ....................................................................................................................... ...... 113 4.4.3.3 Formato das citações quando a obra tem um único autor que é entidade vinculada a alguma instância governamental e tem denominação específica que o identifica individualmente ........................................................................................... 113 4.4.3.4 Formato das citações quando a obra é de autoria de entidade vinculada a alguma instância governamental e tem denominação específica que o identifica individualmente sendo mais de um autor .................................................................... 113 4.4.4 Casos especiais ....................................................................................................... 114 4.4.4.1 Obras com autores com mesmo sobrenome - iniciais diferentes dos pré-nomes . 114 4.4.4.2 Obras com autores com mesmo sobrenome - iniciais dos pré-nomes iguais ....... 114 4.4.4.3 Obras do mesmo autor publicadas numa mesma data .......................................... 115 4.4.4.4 Documentos de mesma autoria mencionados simultaneamente .......................... 115 4.4.4.5 Documentos de vários autores mencionados simultaneamente ........................... 115 4.4.5 Texto sem indicação de autoria ou responsabilidade ......................................... 116 5 REFERÊNCIAS DE DOCUMENTOS CITADOS .................................................. 117 5.1 ASPECTOS GERAIS ................................................................................................ 117 5.2 REGRAS GERAIS PARA CRIAÇÃO DE REFERÊNCIAS .................................... 119 5.3 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS COMPONENTES DE UMA REFERÊNCIA DE UM DOCUMENTO .................................................................... 120 5.3.1 Autoria ............................................................................................................... ..... 120 5.3.1.1 Autor pessoa física ............................................................................................... 122 5.3.1.2 Autor entidade ...................................................................................................... 124 5.3.2 Título e subtítulo .................................................................................................... 126 5.3.3 Edição ..................................................................................................................... 127 5.3.4 Local ....................................................................................................................... 127 5.3.5 Editora ............................................................................................................... ..... 128 5.3.6 Data ......................................................................................................................... 129 5.3.7 Descrição física ...................................................................................................... 131 5.3.7.1 Paginação ............................................................................................................. 131 5.3.7.2 Volume ................................................................................................................. 132 5.4 REGRAS PARA CRIAÇÃO DE REFERÊNCIAS EM FUNÇÃO DO TIPO DE DOCUMENTO CONSULTADO ............................................................................... 133 5.4.1 Monografia como um todo ................................................................................... 133 5.4.1.1 Livro ..................................................................................................................... 134 5.4.1.2 Tese de doutorado ................................................................................................ 134 5.4.1.3 Dissertação de mestrado ....................................................................................... 135 5.4.1.4 Trabalho de diplomação ....................................................................................... 136 5.4.2 Parte de uma monografia ..................................................................................... 137 5.4.3 Monografia como um todo ou parte de uma monografia acessada em meio eletrônico .................................................................................................................... 138 5.4.4 Publicação periódica ............................................................................................. 139 5.4.5 Boletim ou Caderno Técnico ................................................................................ 140 5.4.6 Trabalho apresentado em evento ......................................................................... 141 5.4.6.1 Resumo de trabalho em evento quando disponível em publicação impressa ....... 141 5.4.6.2 Trabalho em anais de evento quandodisponível em publicação impressa .......... 141 5.4.6.3 Trabalho em anais de evento quando disponível em site eletrônico .................... 142 5.4.6.4 Trabalho em anais de evento quando disponível em CD ..................................... 142 5.4.7 Documento de acesso exclusivamente por meio eletrônico ............................... 143 5.4.8 Legislação ............................................................................................................ ... 144 5.4.8.1 Legislação publicada num site ............................................................................. 144 5.4.8.2 Legislação publicada num livro com pessoa física responsável pela obra ........... 145 5.4.9 Norma técnica ........................................................................................................ 145 5.4.10 Documento publicado por entidade vinculada a uma órgão superior ........... 146 5.4.10.1 Documento publicado por entidade com denominação genérica vinculada a um órgão superior ........................................................................................................ 146 5.4.10.2 Documento publicado por entidade com denominação específica vinculada a um órgão superior ........................................................................................................ 146 6 DIRETRIZES DE PESQUISA ................................................................................... 149 6.1 PESQUISA EXPLORATÓRIA ................................................................................. 150 6.2 QUESTÃO DE PESQUISA ....................................................................................... 151 6.3 OBJETIVOS DA PESQUISA .................................................................................... 153 6.4 HIPÓTESES ............................................................................................................... 154 6.5 PRESSUPOSTOS ...................................................................................................... 157 6.6 PREMISSAS .............................................................................................................. 157 6.7 DELIMITAÇÕES ...................................................................................................... 157 6.8 LIMITAÇÕES ........................................................................................................... 158 6.9 DELINEAMENTO .................................................................................................... 158 REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 161 APÊNDICE A .................................................................................................................. 163 APÊNDICE B .................................................................................................................. 197 APÊNDICE C .................................................................................................................. 249 11 1 INTRODUÇÃO O aluno, ao chegar no final do curso de graduação, deve desenvolver um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) ou o, também chamado, Trabalho de Diplomação. Existem várias formas para esses trabalhos, dependendo do curso, mas sempre é um grande desafio para o aluno. As recomendações que aqui são apresentadas são para trabalhos que terão como resultado uma monografia, ainda que para outras formas de trabalho, como artigos, podem ser valiosas. A obrigatoriedade deste tipo de trabalho é ditada por Legislação Federal. No caso das Engenharias, pela Resolução n. 11 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, de 11 de março de 2002, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia. No seu art. 3. está indicado (BRASIL, 2002): O Curso de Graduação em Engenharia tem como perfil do formando egresso/profissional o engenheiro, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade. E no seu art. 7. (BRASIL, 2002, grifo nosso): A formação do engenheiro incluirá, como etapa integrante da graduação, estágios curriculares obrigatórios sob supervisão direta da instituição de ensino, através de relatórios técnicos e acompanhamento individualizado durante o período de realização da atividade. [...]. Parágrafo único. É obrigatório o trabalho final de curso como atividade de síntese e integração de conhecimento. Como a maior parte dos trabalhos faz um vínculo entre a teoria e a prática, o TCC pode abrir várias perspectivas para o aluno. O bom TCC nasce fruto de duas escolhas fundamentais: o tema e o orientador. Assim, a adequada escolha do tema é fundamental, mas uma boa orientação também é muito importante. Boas escolhas são o primeiro passo para o sucesso do TCC. Muitas vezes, se isso não acontece, o aluno se sente desmotivado em pouco tempo e desiste de dar continuidade ao trabalho já iniciado. Isso não significa que o aluno não possa trocar de tema ou orientador, ou ambos, frente a dificuldades que venham a surgir, mas, boas e conscientes escolhas iniciais, 12 são a receita para minimizar a ocorrência dessas trocas. Nos próximos itens, aprofunda-se essa análise. 1.1 A ESCOLHA DO TEMA A escolha do tema é o princípio de tudo, pois a aluno passará um ano ou mais envolvido com esse trabalho. Como cada curso de graduação tem inúmeras formas de aplicação dos conhecimentos adquiridos no mercado de trabalho, é interessante que o aluno selecione quais mais lhe interessam e, entre essas, aquela que poderá ser tema para seu TCC. Medeiros (1999, p. 35) salienta que “Ao selecionar um assunto, o estudioso leva em consideração seu gosto pessoal [...]” e complementa “O assunto deverá estar em acordo com a formação intelectual do pesquisador, que deverá verificar a existência de material de pesquisa (bibliografia) suficiente [...]”. Selecionados os temas, comece a ler trabalhos que versam sobre eles. É importante saber o status quo do conhecimento sobre esses assuntos para não propor para o TCC um questionamento que está respondido. O aluno de graduação muitas vezes acha, por ter pouco conhecimento, que sua proposta é inédita: ninguém foi capaz de pensar nisso antes! Mas, na maior parte das vezes, sobre a primeira proposta muitas alterações serão necessárias para particularizar o estudo, ainda que um TCC não precisa ter, e normalmente não é, um tema inédito como numa tese de doutorado. Assim, é importante desde o início lembrar que se trata de um TCC e este tem um âmbito restrito: não é uma dissertação de mestrado, nem tese de doutorado. As primeiras propostas dos alunos são, normalmente, muito abrangentes: a ideia é resolver os problemas do mundo. Isso não vai ser assim, mas para iniciar não é ruim. Se for desde o início muito focado, pouco se poderá fazer caso o tema já tenha sido muito pesquisado. Assim, parte-se do tema amplo para o mais específico ao longo da trajetória. Outra coisa importante é a possibilidade de aplicar num caso prático o conhecimento adquirido e não só (com raras e importantes exceções) trabalhar um tema essencialmente teórico. Essas exceções dizem respeito a temas muito novos, cuja produção de conhecimento no País ainda seja ínfima e o TCC se apresenta como uma oportunidade de elaboração de um trabalho, em português, compilando o que já foi estudado.13 Deve ficar o registro que, desde o início do processo, deve existir um tema, ainda que é muito provável que esse seja alterado várias vezes até a definição final. O aluno que não sabe o que quer não vai a lugar nenhum. Se não houver um tema predileto, busque ver qual seria o que mais lhe agrada para o TCC e inicie por aí. Desta forma, será necessário tomar algumas decisões: a) o que vai estudar; b) que tipo de abordagem irá fazer; c) como imagina desenvolver o trabalho. 1.2 A ESCOLHA DO ORIENTADOR Com a escolha do tema realizada, inicia a busca pelo orientador. É fundamental que o aluno tenha um bom orientador. Ao se afirmar isso, um bom orientador, não se quer dizer que existem orientadores que não sejam bons, mas, muitas vezes, não são os melhores para determinado aluno. Assim, além de se escolher o orientador entre aqueles que tem interesse e conhecimento sobre o tema escolhido, este deve ter um perfil compatível com as necessidades do aluno. Acontece algumas vezes que o aluno, ao não ter um tema definido, escolhe primeiro o orientador e busca ajustar o foco do trabalho aos assuntos que o professor possa orientar. Normalmente não é a melhor prática, mas, se para o aluno, é importante a segurança de ter esse orientador no qual ele confia como parceiro para essa jornada, não se deve descartar essa possibilidade. O que é frequente é que o tema muitas vezes não é o melhor nem para o aluno, pelos seus interesses, nem para o professor, que tenta sugerir algo que, ainda que esteja ao seu alcance como orientador, considera ser o melhor para o aluno com suas particularidades. Os alunos são muito diferentes entre si e, por isso, nem todo professor é o melhor orientador para determinado trabalho. Há os alunos que têm grande autonomia e desenvolvem o TCC, ou outra tarefa qualquer, sem grandes problemas, necessitando que o orientador realize a sua tarefa especialmente nos pontos chave do trabalho: é o aluno que não precisa e nem sente a necessidade de ter, passo a passo, a aceitação do orientador em relação ao que está sendo desenvolvido. Esse aluno precisa de um orientador que tenha um bom conhecimento sobre o tema abordado no TCC e, se sua disponibilidade para encontros não for muito grande, isso não representa grande prejuízo para o trabalho. 14 Por outro lado, existem os alunos extremamente ansiosos e preocupados com a qualidade das tarefas realizadas para o desenvolvimento do TCC. Esses precisam de um acompanhamento mais próximo, o que significa uma maior disponibilidade do professor. Esse aluno quer, por exemplo, semanalmente ter contato com o orientador para receber o aval sobre o encaminhamento dado, pois, caso contrário, se sente inseguro. Esse orientador pode ser aquele que, mesmo não sendo especialista no assunto, tem interesse no tema foco do TCC e, principalmente, gosta de acompanhar passo a passo o aluno no desenvolvimento do mesmo. Em relação ao orientador, o aluno que inicia o TCC deve buscar informações, com colegas que estão ou foram orientados pelos professores candidatos a orientador, sobre como está funcionando ou funcionou a orientação. Além disso, deve-se conhecer o perfil do colega e compará-lo ao seu perfil, pois as necessidades, como dito anteriormente, são diferentes entre os alunos. Assim, deve-se ter uma ideia inicial sobre: a) interesse e envolvimento do professor com os assuntos de interesse do aluno; b) disponibilidade de tempo para atendimentos; c) tipo de acompanhamento realizado quanto a cobrança de tarefas indicadas para desenvolvimento do TCC, indicação de bibliografia, leitura do trabalho em seus vários estágios, comportamento na defesa do TCC. O aluno deve saber, também, exatamente qual o papel do orientador: orientar e não fazer ou se preocupar com o TCC no lugar do aluno. Quem busca contato é o aluno: o professor tem, entre outras muitas tarefas, a de orientar esse aluno. Assim, não espere que o orientador seja quem dá ritmo ao trabalho com suas cobranças. A iniciativa deve ser sempre do aluno. 1.3 ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TCC O TCC tem uma característica muito importante: deve ser continuamente desenvolvido. A tarefa não se assemelha aquelas disciplinas nas quais a cobrança de conteúdo é feita por provas, ou mesmo trabalhos, isto é, cobranças pontuais. O TCC exige um cronograma de trabalho para que a cada momento uma de suas partes esteja concluída. Cada etapa exige, além de horas de leitura e de escrita, momentos de discussão com o orientador e reflexão sobre tudo que foi escrito, lido e conversado. Além disso, é de grande ajuda para a elaboração do trabalho que o processo seja bem organizado. Normalmente o aluno tem dois semestres para desenvolver o trabalho. No primeiro dos semestres, o aluno se preocupa-se com o 15 preparo do Projeto de Pesquisa (PP) e, no segundo, com o desenvolvimento propriamente do TCC. Essas etapas são detalhadas a seguir. 1.3.1 O Projeto de Pesquisa do TCC Os alunos que, pela primeira vez, estejam se deparando com o desafio de descobrir coisas pelo caminho da Ciência, não têm noções básicas, lhes falta clareza sobre a organização dos tópicos de um PP. Não havendo familiaridade com a linguagem própria do campo da Ciência, têm dificuldades com manuais sobre como o elaborar. Também os alunos de muitas áreas de conhecimento, como a Engenharia, por exemplo, têm apresentado grande dificuldade de expressar suas ideias de forma oral e escrita. No PP, o aluno deve apresentar em que área o seu TCC será desenvolvido, indicando, após a apresentação mais abrangente, qual o foco do seu trabalho. Além disso deve mostrar a sua importância e a justificativa da escolha do tema. O aspecto mais importante do PP está na apresentação, clara e precisa, do trabalho através das diretrizes deste. As diretrizes apresentam, em capítulo separado ou incorporado à introdução, a questão e objetivos do TCC e todos os demais itens que se fizerem necessários para bem caracterizar o trabalho (hipóteses, pressupostos, premissas, delimitações, limitações). Também, de forma mais ou menos aprofundada, descreve qual é o plano para o seu desenvolvimento, ou seja, qual o delineamento do trabalho. Todos esses itens serão abordados neste manual. A outra parte fundamental do PP são os capítulos fruto de revisão bibliográfica. É fundamental que, numa monografia, seja apresentada uma consistente revisão bibliográfica dos temas abordados no trabalho. Esses capítulos devem ser resultado de uma vasta busca e leitura de textos, confecção de fichas de leitura e, finalmente, a escrita propriamente dita desses capítulos. Uma sugestão de como enfrentar esses desafios está nesse manual. 16 1.3.2 O Relatório Final do TCC O TCC será uma continuidade do PP se esse foi elaborado de forma criteriosa. Os itens incluídos no PP serão mantidos, ajustando sempre a descrição feita inicialmente, o que foi proposto, para aquilo que efetivamente foi possível fazer. O TCC será um relatório do que foi realizado, descrevendo a forma como o trabalho foi desenvolvido e, no final, quais os achados frente aos objetivos do trabalho. Assim, em função do tipo de objetivo do trabalho desenvolvido, deve-se acrescentar os capítulos compatíveis com o esse. Para os TCC na área da Engenharia Civil, normalmente se pode classificar os mesmos em: a) pesquisa aplicada: quando para um problema prático proposto busca-se uma solução. São exemplos, - a elaboração de projetos: quando para determinadas condições de contorno, o objetivo do trabalho é o de sugerir uma solução projetual; - desenvolvimento de programa computacional: quando para determinado problema proposto, o objetivo dotrabalho é o de desenvolver um programa computacional que “automatize” a execução de tal tarefa; b) caso estudado ou estudo de caso: quando o trabalho tem por objetivo fazer uma descrição de uma situação ou processo específico que gera conhecimento sobre como este ocorre na realidade. Difere-se o caso estudado do estudo de caso por ser, esse último, um método que exige uma série de condições de levantamento e análise de informações que muitas vezes não são possíveis na elaboração de um TCC; c) experimento: quando o trabalho tem por objetivo o desenvolvimento de um experimento, normalmente em laboratório, podendo ser em campo também. Nesse caso, há a interferência intencional numa situação para verificação de qual o resultado alcançado; d) levantamento (ou survey): quando o objetivo é de consultar uma população (ou amostra dessa) com a finalidade de revelar como esses se posicionam em relação ao que é questionado; e) pesquisa bibliográfica: em todo o trabalho acadêmico há etapa de pesquisa bibliográfica, mas aqui se trata do caso no qual o trabalho realiza, exclusivamente, a compilação de informações disponíveis sobre determinado tema proposto, para geração de um documento que proporcione a facilidade de apresentar de forma integrada o que há disponível sobre o assunto tratado. Deve-se salientar que nem sempre o trabalho se classifica numa única dessas modalidades, podendo ser uma combinação dessas. Frente a essa classificação, pode-se indicar como composição para o TCC final os seguintes tópicos: 17 a) pesquisa aplicada, quando elaboração de projeto, - introdução; - diretrizes da pesquisa; - capítulo/s de embasamento teórico (fruto de pesquisa bibliográfica); - descrição do desenvolvimento do projeto: iniciando com a descrição detalhada das condições de contorno, segue-se a descrição de princípios empregados para solução do problema (apresentando ou não as alternativas possíveis, justificando as escolhas realizadas) e as soluções adotadas. Quando muito longas essas descrições, pode-se gerar mais de um capítulo; - considerações finais; b) pesquisa aplicada, quando desenvolvimento de programa computacional, - introdução; - diretrizes da pesquisa; - capítulo/s de embasamento teórico (fruto de pesquisa bibliográfica); - descrição do desenvolvimento do programa computacional: iniciando com a descrição detalhada do/s problema/s a ser/em resolvido/s através do programa computacional, segue-se a indicação dos passos desenvolvidos e implementados no programa para a “automatização” das soluções e descrição detalhada da forma de uso e das limitações do emprego do mesmo. Caso essas descrições sejam muito longas, pode-se gerar mais de um capítulo; - considerações finais; c) caso estudado ou estudo de caso, - introdução; - diretrizes da pesquisa; - capítulo/s de embasamento teórico (fruto de pesquisa bibliográfica); - descrição do desenvolvimento do caso estudado ou estudo de caso: iniciando com a descrição detalhada do/s problema/s a ser/em estudados, descrições do planejamento do levantamento de dados, da realização do levantamento (relacionando sempre a informação obtida com a forma como foi adquirida), segue-se apresentação detalhado do que foi obtido no estudo, visando sempre os objetivos do estudo realizado. Se essas descrições forem muito longas, pode-se gerar mais de um capítulo; - considerações finais; d) experimento, - introdução; - diretrizes da pesquisa; - capítulo/s de embasamento teórico (fruto de pesquisa bibliográfica); - descrição do plano experimental: todo experimento deve ser detalhadamente descrito, incluindo aí: ensaios a serem realizados (a descrição pode ser necessária quando não são ensaios normatizados, pois quando normatizados, pode-se somente indicar as normas e respectivos itens que descrever esses 18 ensaios), tipos de corpos de prova, número de corpos de prova necessários por tipo e para cada ensaio, forma de aquisição desses corpos de prova, quando for o caso, ou dos meios para confecção dessas unidades de teste; - descrição da realização dos ensaios e seus resultados: descrição detalhada das particularidades dos ensaios, destacando particularidades observadas ou ocorridas durante os procedimentos. Obtidos os resultados, apresentar da forma mais adequada (tabelas ou gráficos) e comentar o seu significado; - conclusões; e) pesquisa aplicada, - introdução; - diretrizes da pesquisa; - capítulo/s de embasamento teórico (fruto de pesquisa bibliográfica); - descrição do desenvolvimento da solução: iniciando com o detalhamento do problema proposto a ser resolvido destacando, por exemplo, as condições de contorno. A seguir, deve-se apresentar a descrição da solução do problema (apresentando ou não as alternativas possíveis, justificando as escolhas realizadas) e os resultados alcançados. Se muito longas essas descrições, pode-se dividir esses tópicos em mais de um capítulo; - considerações finais; f) levantamento (ou survey), - introdução; - diretrizes da pesquisa; - capítulo/s de embasamento teórico (fruto de pesquisa bibliográfica); - descrição do público alvo, do desenvolvimento do instrumento para realização do levantamento e como os dados serão tratados: é necessário esclarecer no trabalho qual o público alvo da pesquisa, como os indivíduos serão selecionados para compor a população (ou amostra) que serão inquiridos. Conhecido as características dos respondentes, descrever o tipo de instrumento escolhido (questionário, entrevista ou formulário), detalhes da sua elaboração (quando for o caso, pois, algumas vezes, os instrumentos empregados em outras pesquisas são novamente adotados) e forma como o instrumento foi testado. Além disso, desde o início deve ser conhecida a forma como os dados serão analisados, para confirmar se a forma deste é adequada para as análises desejadas. Essa forma de análise pode ser aqui descrita; - descrição da coleta de dados e de seu tratamento: é importante salientar detalhes, particularidades da aplicação do instrumento, e, tendo em mãos os resultados e aplicando a forma de análise planejada, apresentar os resultados de forma adequada (tabelas e gráficos) e a análise do significado desses. Se muito longas essas descrições, pode-se dividir esses tópicos em mais de um capítulo; - conclusões (normalmente quando se faz a análise estatística de um censo ou de uma amostra estatisticamente válida) e considerações finais nos demais casos. 19 g) pesquisa bibliográfica, - introdução; - diretrizes da pesquisa; - capítulo/s fruto de pesquisa bibliográfica: este tipo de trabalho tem como resultado somente capítulos descritivos sobre o tema estudado que dão continuidade aos capítulos resultantes da pesquisa bibliográfica que já foram apresentados no Projeto de Pesquisa; - considerações finais. 1.4 INICIANDO O TCC Muitos são os aspectos que o aluno deve tomar conhecimento para dar início ao seu TCC. Desta maneira este manual traz, primeiramente, no seu capítulo 2, os aspectos referentes a formatação por escrito do TCC, seja na fase inicial de Projeto de Pesquisa, seja, na fase posterior, de Relatório Final. No final deste capítulo o aluno, lá chamado de autor, terá o conhecimento não só do conteúdo e da forma de organização destes documentos, mas terá acesso a templates que lhe apoiarão na tarefa de geração dos documentos. Sabe-se da dependência do TCC à pesquisa bibliográfica, num primeiro momento com maior intensidade e, posteriormente, apoiando seu desenvolvimento em determinados pontos específicos. Assim, o capítulo 3, sugere uma forma defichamento do material lido para que esse já esteja, não só selecionado, mas também digitado para a posterior composição dos capítulos fruto de revisão bibliográfica. Para gerar os capítulos fruto de revisão bibliográfica, a partir das fichas de leitura ou diretamente das obras selecionadas, deve-se ter conhecimento das regras apresentadas pela NBR 10520 – Informação e Documentação – Citações em Documentos – Apresentação (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a). Desta forma, verificadas as informações que deverão estar nos capítulos fruto de revisão bibliográfica, no capítulo 4 deste manual, estão disponíveis os cuidados que se deve ter para corretamente as citar. Por sua vez, feitas as citações no TCC, as correspondentes referências deverão ser elaboradas. A referência de uma obra é uma forma padronizada de apresentar seus dados para que qualquer pessoa possa buscá-la, se for de seu interesse. As regras para confecção das referências dos vários tipos de obras está na NBR 6.023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 20 NORMAS TÉCNICAS, 2002b). Por esse motivo, o capítulo 5 deste livro, apresenta a forma normatizada de elaboração de referências. O que deve ser apresentado para detalhar o que vai ser realizado no trabalho, e como, está descrito no capítulo 6 – Diretrizes da Pesquisa –. Mas esses itens são melhor compreendidos se você buscar um TCC da Engenharia Civil da UFRGS, desenvolvido até o semestre 2014/2, e, pelo exemplo, verificar o significado de cada item. 21 2 FORMATAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA E DO TCC: VERSÃO ESCRITA Para guiar a formatação de trabalhos acadêmicos existe a NBR 14.724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a), intitulada Informação e Documentação – Trabalhos Acadêmicos – Apresentação, incluindo aí o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e, particularmente para a Elaboração do Projeto de Pesquisa, há a NBR 15.287 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011b), intitulada Projeto de Pesquisa – Apresentação. Baseando-se nestas Normas, e em outras que complementam as instruções e que serão citadas no momento oportuno, as regras para apresentação por escrito do Projeto de Pesquisa (PP) e do relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso serão detalhadas. 2.1. ARQUIVOS WORD DE ESTILOS PARA O TCC As regras para formatação dos trabalhos acadêmicos são muitas e, apesar do aluno precisar saber que elas existem em particular para cada item do TCC e como devem ser aplicadas, não há grande mérito no desenvolvimento, por cada aluno, de uma maneira de otimizar a aplicação delas, ou seja, gerar um arquivo próprio com função de template. Assim, para facilitar a formatação do trabalho, para cada parte do texto, foi criado um estilo no processador de texto Microsoft Word®, nos arquivos, em anexo, com função de template, denominados, genericamente, Word®_ESTILOS_TCC. Um estilo no Microsoft Word®, é um conjunto de formatações que recebe um nome. Criados os estilos, esses podem ser aplicados a um bloco de texto com um único comando. Para serem mais específicos os arquivos disponibilizados são: a) Word®_ESTILOS_TCC_PP_1_LADO_FOLHA: para elaboração do Projeto de Pesquisa (PP) quando a opção é a de impressão de um único lado da folha. O modelo de PP impresso num único lado da folha, com a indicação da denominação dos estilos empregados, está no apêndice A; b) Word®_ ESTILOS _TCC_PP_2_LADOS_FOLHA: para elaboração do Projeto de Pesquisa (PP) quando a opção é a de impressão nos dois lados da folha. Embora ocorram diferenças no arquivo, a estrutura do PP é a mesma 22 apresentada no apêndice A, assim como a denominação dos estilos empregados; c) Word®_ ESTILOS _TCC_FINAL_1_LADO_FOLHA: para elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso quando a opção é a de impressão de um único lado da folha. O modelo de TCC Final impresso num único lado da folha, com a indicação da denominação dos estilos empregados, está no apêndice B; c) Word®_ ESTILOS _TCC_FINAL_2_LADOS_FOLHA: para elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso quando a opção é a de impressão nos dois lados da folha. Assim como para o PP, há diferenças no arquivo por ser esse para impressão dos dois lados da folha, mas a estrutura do TCC Final é a mesma da apresentada no apêndice B, assim como a denominação dos estilos. É necessário que haja o claro entendimento de como se trabalha com estilos do Microsoft Word® para usar corretamente o arquivo padrão (template) Word®_ESTILOS_TCC adequado para a situação, além de ter noção das várias regras ali incorporadas. Recomenda- se trabalhar desde o início sobre o arquivo template e não ter o trabalho de formatar posteriormente todo o texto elaborado. Desta forma, pode-se, digitar qualquer parte do texto sem preocupação com sua formatação, e, verificado qual o estilo a ser aplicado, marcar o bloco e acessar <página inicial> do Word®, selecionar <estilo> e, na lista que ficará visível, o estilo adequado para o bloco selecionado. Pode-se verificar o estilo adequado nos apêndices A e B, que apresentam, respectivamente, a forma impressa dos arquivos Word®_ESTILOS_ TCC_PP_1_LADO_FOLHA e Word®_ESTILOS_TCC_FINAL_1_LADO_FOLHA. É extremamente importante que o aluno verifique como usar os arquivos template Word®_ESTILOS_TCC, pois isso vai facilitar muito a edição dos vários trabalhos durante os semestres. Deve-se, também, ter o cuidado de deixar as marcações do texto visíveis para que não se apague, inadvertidamente, uma marcação que pode comprometer toda a formatação do trabalho ou que linhas em branco impróprias sejam deixadas no texto. A função a ser utilizada é comandada por <Crtl+*>, usando o <shift> para acionar o <*> no teclado quando for o caso. Os estilos utilizados, citados nominalmente nos apêndices A e B, tem sua formatação detalhada no apêndice C. Cada estilo tem, neste apêndice C, descrita qual a fonte empregada, assim, como, o alinhamento, os recuos, os espaçamentos e o entre linhas. 23 2.2 FORMATAÇÃO E ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: NO PROJETO DE PESQUISA E NO RELATÓRIO FINAL A formatação e estrutura dos Projetos de Pesquisa e dos relatórios finais de um Trabalho de Conclusão de Curso são um pouco diferentes entre si, ainda que as regras em geral sejam as mesmas. Assim, são apresentados, nos próximos itens, os aspectos gerais da formatação e da estrutura (elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais) e, quando necessário, a forma específica para o Projeto de Pesquisa e para o relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso. 2.2.1 Papel, impressão e margens Seja qual for a versão do Trabalho de Conclusão de Curso, o papel deverá ser do tamanho A4 (210 x 297 mm), na cor branca ou ecograph (não tratado quimicamente, não clorado, isento de dioxinas) e recomenda-se uma gramatura mínima de 75 g/m 2 . Nos trabalhos acadêmicos, é tradicional o uso de impressão em um único lado da folha, mas a NBR 14.724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a) recomenda a impressão nos dois lados (anverso e verso), muito provavelmente como uma medida de cunho ambiental, pois isso leva a uma grande economia de papel. Existe assim, a necessidade de se fazer a escolha da forma como se pretende apresentar, não só o Projeto de Pesquisa, mas o relatório final do trabalho, o Trabalho de Conclusão de Curso propriamente dito: impressão num único lado da folha ou nos dois lados. Após a escolha ser feita, passe a usar o arquivo Word®_ESTILOS_TCC adequado para essa decisão. Quando se opta por imprimir nos dois lados, deve-se ter o cuidado de iniciar cada um dos elementos pré-textuais e todos os capítulos (seções primárias) no anverso dafolha. Para isso ocorrer, nos arquivos de estilos Word®_ESTILOS_TCC_PP_2_LADOS_FOLHA e Word®_ESTILOS_TCC_2_LADOS_FOLHA, após cada elemento pré-textual, foram colocadas páginas em branco (isso possibilita a impressão frente e verso na opção de impressão manual do Word). Essas páginas em branco devem ser excluídas quando, para um determinado elemento pré-textual, além do anverso, o verso de uma ou mais folhas foram utilizadas. 24 As margens, em todas as páginas devem ser: a) superior: 3 cm; b) inferior: 2 cm; c) interna: 3 cm – que corresponde a margem esquerda quando a impressão é de um lado só da página; d) externa: 2 cm – que corresponde a margem direita quando a impressão é de um lado só da página. O cabeçalho deverá estar a 2 cm do limite superior do papel e o rodapé a 1,5 cm da borda inferior do papel. A NBR 14.724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a) indica que a impressão do texto deve ser sempre em tinta preta e nas ilustrações e tabelas podem ser usadas cores. Deve-se ter cuidado com a inclusão de grande número de elementos para impressão a cores, pois, ao se imprimir o trabalho, para avaliação, por exemplo, a impressão das cópias deve ser colorida e isto pode ter alto custo (por ser colorida, exige qualidade mais alta de impressão) e, para a banca, o número de cópias impressas é, normalmente, grande. Assim, sugere-se como forma de diminuir esse problema, o uso em gráficos, por exemplo, de hachuras ou da escala cinza ao invés de cores para poder fazer impressão mais econômica sempre que possível. 2.2.2 Elementos Pré-Textuais dos Trabalhos de Conclusão de Curso Os elementos pré-textuais devem seguir algumas regras para a sua apresentação e os existentes no Projeto de Pesquisa diferem dos do relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso. De maneira geral, nenhum dos elementos pré-textuais é numerado, isto é, ao se apresentar um título, este não é acompanhado por um número e é grafado com todas as letras maiúsculas, centralizado na folha, como, por exemplo, SUMÁRIO. Caso se opte por impressão no anverso e verso das folhas, todos os elementos pré-textuais iniciam num anverso de folha. Cada item inicia numa nova página (com exceção das várias listas dos diversos tipos de ilustrações que podem ficar todas numa mesma página, se cada uma delas contiver um número pequeno de itens e se as duas ou mais listas consecutivas ficarem de forma completa nesta página). A lista de tabelas deve ficar sempre numa página em separado. 25 A página da capa não é contada e as demais páginas pré-textuais são contadas, mas não são numeradas. Quando a opção for por impressão dos dois lados da folha, na contagem das páginas, cada folha tem duas páginas, desde a folha de rosto. A identificação do trabalho em rodapé também não é usada nos elementos pré-textuais. Desta maneira, é preciso ter uma quebra de seção entre os elementos pré-textuais e textuais para garantir a diferença entre cabeçalhos e rodapés. Pela NBR 15.287 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011b), os elementos pré-textuais no projeto de pesquisa são: a) capa; b) folha de rosto; c) lista de ilustrações (figuras, quadros, gráficos, etc.); d) lista de tabelas; e) lista de siglas; f) lista de símbolos; g) sumário. Pela NBR 14.724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a), os elementos pré-textuais no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso são: a) capa; b) folha de rosto; c) folha de aprovação; d) dedicatória; e) agradecimentos; f) epígrafe; g) resumo em português; h) lista de ilustrações (figuras, quadros, gráficos, etc.); i) lista de tabelas; j) lista de siglas; k) lista de símbolos; l) sumário. A seguir serão descritos os elementos pré-textuais, tendo-se o cuidado de detalhar, novamente, se cada um está ou não presente no Projeto de Pesquisa, pois todos estão no 26 relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso. Destaca-se, também quais suas particularidades em cada um desses documentos 2.2.2.1 Capa (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) A capa é item obrigatório, sendo a parte externa do trabalho, usada para proteção física (quando impresso em material resistente ou ao receber uma proteção tal que permite a visualização do seu conteúdo). Tem mesma formatação no Projeto de Pesquisa e no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso. Deve conter os elementos mais representativos para tal identificação (ver detalhes gráficos apêndices A e B): a) instituição, por extenso, indicando, na sequência hierárquica (do maior para o menor nível), as várias instâncias da instituição envolvidas na elaboração e publicação do TCC. Escrever com todas as letras maiúsculas; b) autor: nome completo do autor, mas digitar somente com letras maiúsculas no início dos nomes próprios; c) título do trabalho: indicar título e, se houver, subtítulo. Usar todas as letras maiúsculas e separar título de subtítulo por dois-pontos; d) local: indicar aquele que corresponde a localização da Universidade, por exemplo, Porto Alegre. A indicação de local deve ficar na penúltima linha junto a margem inferior da capa; e) data: na capa a data a ser indicada vai variar em função do tipo de documento, No Projeto de Pesquisa, a data deve ser sempre aquela que corresponde à versão do Projeto de Pesquisa gerada para uma revisão ou avaliação. No relatório final, versões preliminares a da banca, data da entrega desta versão, mas, na versão para a banca e, posteriormente, à defesa, sempre a data da defesa deve ser indicada. Ao se indicar a data, indica-se mês e ano (por exemplo, março 2016): cuidado que é somente mês e ano, sem uso de qualquer conetivo, e o mês grafado em minúsculas (que é a regra na ortografia da língua portuguesa). A data fica indicada na última linha da capa antes da sua margem. 2.2.2.2 Folha de rosto (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) A folha de rosto é item obrigatório em todos os níveis e apresentação do TCC, embora tenha diferenças entre o que é apresentado no Projeto de Pesquisa e no relatório final. Indica-se: a) identificação do autor: o nome completo do autor deve ser digitado com todas as letras maiúsculas; b) título do trabalho: o título do trabalho e, se houver, o subtítulo, deve ser escrito todo em letras maiúsculas e, entre título e subtítulo, usar dois-pontos; 27 c) a finalidade do documento: uma das principais funções da folha de rosto no trabalho acadêmico é a apresentação de qual é a função do documento. Desta forma, isso se diferencia entre o Projeto de Pesquisa e o relatório final. Ou seja, - No Projeto de Pesquisa, consta a frase (ver formato gráfico no apêndice A): Projeto de Pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado ao incluir nomes, em ordem hierárquica, dos órgãos da instituição responsável pela elaboração do projeto de pesquisa (por exemplo: Departamento de Engenharia Civil da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), como parte dos requisitos para obtenção do título de indicar a titulação obtida (por exemplo, Engenheiro Civil); - No relatório final, a frase é (ver forma gráfica no apêndice B): Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao incluir nomes, em ordem hierárquica, dos órgãos da instituição responsável pela elaboração do trabalho de conclusão de curso (por exemplo: Departamento de Engenharia Civil da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), como parte dos requisitos para obtenção do título de indicar a titulação obtida (por exemplo, Engenheiro Civil); d) o nome do orientador: indica-se o nome completo do orientadore, caso exista, o do coorientador na linha seguinte (não usar <enter> após o nome do orientador para posicionar o nome do coorientador na linha seguinte, mas <shift>+<enter>); e) local: como na capa, indica-se o local, que corresponde à localização da Universidade, e esta informação ocupa a penúltima linha da página reservada para a folha de rosto; f) data: a indicação, como na capa, é de mês e ano. no Projeto de Pesquisa, a data deve ser sempre aquela que corresponde à versão do Projeto de Pesquisa gerada para uma revisão ou avaliação. No relatório final, versões preliminares a da banca, data da entrega desta versão, mas, na versão para a banca e, posteriormente, à defesa, sempre a data da defesa deve ser indicada. Ao se indicar a data, indica-se mês e ano (por exemplo, março 2016): cuidado que é somente mês e ano, sem uso de qualquer conetivo, e o mês grafado em minúsculas (que é a regra na ortografia da língua portuguesa). A data fica indicada na última linha da capa antes da sua margem.. Todo esse conjunto de informações aparece, para o Projeto de Pesquisa, no apêndice A e, para o relatório final, está no apêndice B. 2.2.2.3 Folha de aprovação (só no Relatório Final) A folha de aprovação é um elemento obrigatório do relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso (não consta no Projeto de Pesquisa), constituído por página que apresenta: a) nome do autor do trabalho: digitar todo ele em maiúsculas; 28 b) título do trabalho e subtítulo (se houver): em letras maiúsculas usando dois- pontos para separá-los; c) frase de aprovação do trabalho: essa frase deve aparecer só na versão final, gerada após a aprovação pela banca. Para que, na versão final, a frase não seja esquecida de ser incluída, sugere-se deixar a frase na página, mas a colocando com letras na cor branca para não imprimir nas versões preliminares. Um exemplo de frase de aprovação é: “Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado como pré-requisito para a obtenção do título de indicar a titulação obtida (por exemplo, Engenheiro Civil) e aprovada pela banca e, em sua forma final, pelo/a Professor/a Orientador/a.”; d) local e data: numa mesma linha separados por vírgula. O local corresponde à localização da Universidade, a data deve conter dia, mês (por extenso) e ano e deve ser: na versão para a banca, a data da defesa; na versão após à banca, a data da homologação do trabalho (corresponde a data na qual o trabalho é definitivamente considerado concluído, pois se correções forem possíveis na versão após a banca, estas já foram realizadas e aprovadas por quem tem este encargo). Por exemplo: Porto Alegre, 15 de julho de 2016; e) segue uma série de nomes de pessoas que tem alguma participação no trabalho, ou seja, - orientador e coorientador do trabalho, indicando sua titulação e sua função na orientação (orientador/a, coorientador/a, inclusive tirando essa barra e fixando a denominação em função do gênero da pessoa); - componentes da banca examinadora: acompanhado da sua titulação de mais alto grau já obtida e da instituição ou empresa com a qual mantêm vínculo empregatício. Isto quer dizer que se um aluno de mestrado ou doutorado fizer parte da banca e se ele não tiver vínculo empregatício com uma universidade ou outra instituição, só bolsa de estudos, por exemplo, nada é indicado após o seu título de maior grau. Essas informações sobre a banca, muito provavelmente, estarão disponíveis somente na versão que será apresentada para avaliação pela banca. Assim, em versões preliminares do relatório final, deixe o espaço reservado indicando o que vai ser ali indicado e, posteriormente, indique as informações. A formatação da folha de aprovação pode ser observada no apêndice B. 2.2.2.4 Dedicatória (só no Relatório Final) A dedicatória é elemento opcional, presente somente no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso, na qual o autor pode dedicar o seu trabalho a alguém, prestando, assim, homenagem a quem desejar. É sempre de bom tom incluir tal dedicatória visto que cada autor, na sua trajetória, recebeu o apoio de várias pessoas e, assim, poderá as homenagear. No apêndice B, pode-se ver um exemplo de dedicatória. 29 2.2.2.5 Agradecimentos (só no Relatório Final) A página de agradecimentos é opcional e figura somente no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso. Nesta página, serão registrados os agradecimentos a todas as pessoas físicas e jurídicas que contribuíram direta ou indiretamente para a realização do trabalho (orientadores, coorientadores, empresas que abriram suas portas ou doaram recursos para realização do Trabalho de Conclusão de Curso, familiares, etc.). Os agradecimentos devem ser registrados numa única página. Como, raramente, alguém consegue fazer o seu trabalho sem contar com a ajuda de alguém, não é polido excluir essa página que cita aqueles a quem se deve algum agradecimento. Preferencialmente, ser bastante objetivo, pois, mesmo sendo muitos os agradecimentos, todos, como destacado acima, devem ficar numa única página. Veja, no apêndice B, a frase padrão que se sugere para fazer os agradecimentos. 2.2.2.6 Epígrafe (só no Relatório Final) Epígrafe é uma sentença, considerada significativa para o autor pessoalmente (sobre sua trajetória, por exemplo) ou sobre o tema do trabalho, posta nesta página que resume seus sentimentos ou destaca a importância do tema tratado. A página reservada para a epígrafe é página opcional, existindo somente no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso, na qual o autor apresenta a sentença escolhida, seguida da indicação de autoria. A inclusão da epígrafe deve ser feita conforme se vê no exemplo no apêndice B, destacando-se que se digita a frase com letra normal (não itálica) e o nome do autor em itálico numa linha em separado. Hoje é bastante fácil obter uma frase interessante para o Trabalho visto que na internet existem vários sites que disponibilizam frases com a indicação de sua autoria. Sugere-se sempre confirmar, seja em material impresso ou em outros sites se a frase é realmente de autoria da pessoa indicada. 2.2.2.7 Resumo em português (só no Relatório Final) O resumo em português, é elemento obrigatório no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso que consiste na apresentação dos pontos relevantes do trabalho (introdução, diretrizes, método, desenvolvimento, resultados e considerações finais ou conclusões). Deve ser elaborado segundo os requisitos apresentados na NBR 6.028, que recomenda que “O 30 resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de um único parágrafo.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003c, p. 2). No caso dos trabalhos acadêmicos, deve ter no máximo 500 palavras (fazer contagem utilizando <revisão> e <contar palavras>) e empregando voz ativa e a conjugação verbal na terceira pessoa do singular. É sucedido por palavras-chave que bem representam o seu conteúdo. Na elaboração de palavras-chave, deve-se ter o cuidado de não usar palavras genéricas demais, pois as buscas hoje, normalmente, são por meios eletrônicos e uma palavra genérica gera um número impraticável (e inútil) de indicações. Então, se fossem indicadas as seguintes palavras-chave: Concreto Armado, Pontes, Pré-Fabricação e Seção Caixão a busca de cada uma delas de forma isolada leva a muitos resultados inapropriados para localizar seu trabalho. Portanto a busca eletrônica deveria ser feita considerando o conjunto de palavras-chave, mas nem sempre isso é feito. Portanto, sugere-se empregar palavras-chave mais específicas, mesmo que haja certasobreposição entre elas. Para o exemplo: Pontes de Concreto Armado, Pontes de Concreto Pré-Fabricado, Pontes em Seção Caixão, Seção Caixão de Concreto Pré- Fabricado. As palavras-chave são incluídas, após a indicação de que se tratam de palavras-chave, e escritas com iniciais maiúsculas e separadas entre si por ponto-e-vírgula, usando alinhamento centralizado. Veja o exemplo no apêndice B. 2.2.2.8 Resumo em idioma estrangeiro (só no Relatório Final) A NBR 14.724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a), indica a necessidade de resumo no idioma estrangeiro que seja o mais importante para divulgação internacional do trabalho realizado. Normalmente, usa-se o idioma inglês, gerando um abstract, mas nada impede que seja outro o idioma. Pode-se, também, ainda que a Norma não indique explicitamente essa possibilidade, colocar resumos em vários idiomas estrangeiros se isso for importante para a divulgação do mesmo. Este resumo em idioma estrangeiro é elemento obrigatório no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso. Deve ser uma versão do resumo em português e segue todas as demais regras deste resumo em nossa língua vernácula. Veja o exemplo no apêndice B. 31 2.2.2.9 Listas de ilustrações e de tabelas (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) As listas de ilustrações e tabelas, tanto no Projeto de Pesquisa quanto no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso, são de presença usual, ainda que não obrigatória. Têm a função de indicar a presença de ilustrações e tabelas através do seu título, indicando em qual página aparecem no trabalho. Como as ilustrações são, habitualmente, caracterizadas como, por exemplo, figuras, quadros e gráficos, pode haver um grande número de listas, pois, se houver essa especificação de denominação, haverá uma lista para cada tipo. Assim, surgem as listas de: a) figuras b) quadros; c) gráficos; d) tabelas. As listas são compostas pela identificação, por exemplo, de uma figura (Figura 1) e, após travessão (com espaço antes e depois desse travessão), a indicação da legenda que a identifica, iniciando com letra maiúscula. Isto é feito sem a indicação da fonte daquela informação (isto é, sem a indicação da citação correspondente). Esta citação deve estar indicada, obrigatoriamente, junto às ilustrações e tabelas no texto. Para configurar com maior facilidade essas listas, faz-se a sugestão de utilizar uma tabela do Microsoft Word®, com as linhas invisíveis, formada por duas colunas: uma coluna bastante larga (por exemplo, 15 cm), à esquerda, abriga a identificação da ilustração ou tabela e, numa coluna estreita (por exemplo, 1,2 cm), à direita, indica-se a página do trabalho na qual a ilustração ou tabela se encontra no texto. O Microsoft Word® disponibiliza a possibilidade de criação automática de listas. Pelos resultados, nem sempre positivos com o uso deste tipo de automatização, não se recomenda o seu uso. O que se observa é que, em arquivos muito grandes e que são continuamente modificados ao longo do tempo, em determinado momento é perdida a referência da página correspondente a cada item. A digitação na tabela do Microsoft Word® sugerida descarta a possibilidade desta falha. Veja no apêndice A os exemplos de listas. Cabe salientar qual a diferença entre as nomenclaturas tabela e quadro. Uma tabela é uma “Forma não discursiva de apresentar informações, das quais o dado numérico se destaca como informação central.” (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1993, p. 9). Desta forma, se diferenciam dos quadros (que é um tipo de ilustração), pois, nesses últimos, apesar de também não serem discursivos, não é a informação numérica, mas a 32 qualitativa que é a principal. Assim, deve-se analisar a relevância de cada tipo de informação, numérica ou qualitativa, pois a tabela pode apresentar algum tipo de informação qualitativa, assim como o quadro alguma informação numérica, para ponderar sobre a importância de cada um delas e, então, classificar a matriz corretamente em tabela ou quadro e a representar de forma adequada (como se dará destaque, posteriormente, as tabelas, na sua representação gráfica, são abertas lateralmente, ao contrário dos quadros que tem todo o seu contorno traçado). 2.2.2.10 Listas de siglas e símbolos (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) As listas de siglas e símbolos são, como as anteriores, opcionais no Projeto de Pesquisa e no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso. Ainda assim, raramente essas listas não são apresentadas. Para as listas de siglas ou símbolos, que não tem a indicação da correspondente paginação, não se usa tabela invisível. Indica-se a sigla ou símbolo a cada linha, no estilo adequado (ver apêndice A ou B) e, após travessão (que deve ter espaço antes e depois em relação aos termos), o seu significado, por extenso. São apresentadas listas de siglas quando esses não são de conhecimento geral e em número significativo (>3). Os símbolos que devem constar da lista são aqueles que usados nas equações e fórmulas e, símbolos correspondentes as unidades de medida, só devem aparecer se não fizerem parte do Sistema Internacional de medidas, ainda que sejam indicados como a unidade de medida de determinado símbolo de equação é fórmula incluídos no trabalho. Os símbolos, segundo Ledur (2006), não abreviados sem ponto: g (grama), kg (quilograma), km (quilômetro). A forma do plural é igual a do singular, sendo sempre errado acrescentar S. Para composição das siglas, Ledur (2006) indica que há ampla liberdade na sua formação, podendo ser usadas: a) todas as iniciais das palavras que compõem o nome da entidade: UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), sendo chamadas de siglas próprias ou puras. Todas as letras serão em maiúsculas; b) letras iniciais e outras não iniciais, não sendo necessário que todas as palavras façam parte da composição da sigla do nome da entidade: Copesul (Companhia Petroquímica do Sul); Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul); mas RS (Rio Grande do Sul). Essas são as siglas impróprias ou impuras. Neste caso deve-se usar letra maiúscula apenas na primeira letra da sigla, a não ser que seja formada por menos de quatro letras, quando se prefere usar letras maiúsculas. 33 Quando usadas num meio em que são conhecidas, pode-se usar as siglas diretamente, sem necessidade de identificar o nome da entidade por extenso. Caso contrário, deve-se identificá- las, entre parentes ou travessões, na primeira vez em que aparecem. 2.2.2.11 Sumário (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) O sumário é o item seguinte, sendo sempre obrigatório, e é o que fecha o conjunto de elementos pré-textuais. Trata-se da enumeração das divisões de um trabalho. Estas divisões são apresentadas, segundo a NBR 6.027 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003a), na mesma ordem na qual se encontram no trabalho e a subordinação dos itens no sumário deve ser destacada pelo uso da fonte definida para cada seção e que caracteriza a hierarquia dos itens no corpo do trabalho. Ainda segundo essa Norma, os elementos pré-textuais não aparecem no sumário. Para diminuir o espaço ocupado pelo sumário, nos arquivos Word®_ESTILOS_TCC, usa-se a letra TNR 12 em todos os itens e espaços reduzidos entre eles. Deve-se manter a grafia com letras maiúsculas ou minúsculas como se faz no texto e o uso de negrito, itálico ou grifo, quando for o caso. Por Norma, os elementos pré-textuais não são incluídos no sumário, e esta não se refere especificamente a inclusão dos elementos pós-textuais. Como não há indicação para não os incluir, esses são indicados na sequência aos capítulos e itens do trabalho. Veja
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