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Resumo Fisiologia (Sistema DIgestório)

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Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 1 
 
Sistema Digestório 
O Sistema Gastrointestinal (formado pelo trato gastrointestinal e órgãos 
anexos) faz a transformação de macromoléculas em micromoléculas, de 
maneira que ocorra absorção desses alimentos, ou seja, ocorre a passagem dos 
nutrientes do tubo intestinal para a corrente sanguínea. Para fazer essa 
transformação de macromoléculas em micromoléculas é necessário a liberação 
de secreções por glândulas exócrinas acessórias que contêm enzimas. Nas 
secreções tem enzimas, muco e bicarbonato (na maioria). O tubo intestinal está 
em contato com o meio externo, possui uma barreira contra microorganismos e 
vai da boca até o ânus. 
A função primordial do trato alimentar é prover o organismo de nutrientes e 
água, para isso são necessários vários processos: movimento do alimento pelo 
trato digestório, secreções de substâncias que quebrarão as macromoléculas 
em substâncias que podem ser absorvidas, absorção dos produtos dessa 
quebra, distribuição dos nutrientes pelo sangue e controle nervoso e endócrino 
de todos esses processos. O sentido do bolo alimentar é oro-anal. 
 
 
 Presença de vários esfíncteres: 
 esofagiano superior: impede entrada de ar. 
 esofagiano inferior: impede refluxo do conteúdo gástrico. 
 esfíncter pilórico: estômago/intestino delgado. 
 esfíncter íleo-cecal: intestino delgado/intestino grosso. 
 esfíncter anal externo: controle fecal. 
 esfíncter anal interno: controle fecal. 
 
 Funções do sistema digestivo: 
 Motilidade 
 Secreção 
Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 2 
 
 Digestão 
 Absorção 
 Excreção 
 
A motilidade do sistema digestório é feito pelo sistema nervoso local chamado 
de entérico, e pelo SNC por meio do sistema nervoso autônomo. Existem 
também hormônios que controlam o trânsito e a liberação de secreções. 
 
Componentes do eixo principal: boca, esôfago, estômago, intestino delgado 
(duodeno, jejuno e íleo) e intestino grosso. 
 Acessórios: glândulas salivares, pâncreas, fígado/ vesícula biliar, 
glândulas gástricas na parede do estômago e glândulas que estão na 
parede intestinal. 
 
 
 
Composto na sua maioria por músculo liso (exceto orofaringe, esôfago, 
esfíncter anal externo). 
 
A parede do trato gastrointestinal tem duas superfícies, mucosa e serosa. A 
superfície mucosa é voltada para o lúmen, e a superfície serosa é voltada para o 
sangue: a camada mucosa consiste da camada de células epiteliais, a lâmina 
própria, e a muscular da mucosa. As células epiteliais são especializadas em 
executar funções absortivas e secretórias. A lâmina própria consiste, 
primariamente, de tecido conjuntivo, mas também inclui vasos sanguíneos e os 
linfáticos. A muscular da mucosa consiste em células musculares lisas: a 
Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 3 
 
contração da muscular da mucosa altera a forma e a área da superfície da 
camada de células epiteliais. Por fora da camada mucosa fica a camada 
submucosa, que consiste em colágeno, elastina, glândulas e vasos sanguíneos 
do TGI. A motilidade do trato é dada pelas camadas musculares lisas: músculo 
circular e músculo longitudinal, que se interpõem entre a submucosa e a serosa. 
Dois plexos, o plexo submucoso (plexo de Meissner) está entre a submucosa e o 
músculo circular. O plexo mioentérico fica entre o músculo circular e o músculo 
longitudinal. 
 
Camadas: 
 Muscular externa (serosa) 
 Muscular longitudinal 
 Muscular circular (plexo nervoso mioentérico – Auerbach - motilidade) 
 Submucosa (plexo nervoso submucoso – Meissner – controle das 
secreções das glândulas) 
 Muscular da mucosa 
 Lâmina própria 
 Epitélio 
 
Princípios Gerais da Motilidade Gastrointestinal 
Músculo Liso do Tratogastrointestinal 
 É miogênico: capaz de gerar estímulos. 
 Organização: sincício. Comunicação entre as células através de junções 
GAP (comunicação elétrica)  livre transporte de íons. 
 Não apresenta estriações: actina e miosina não estão organizadas no 
sarcômero. 
 Os corpos densos ancoram os filamentos de actina. 
 Não possui o retículo sarcoplasmático igual o músculo esquelético 
(depende do cálcio de fora). 
 Possui canais de cálcio voltagem dependente. 
 Possui canais de cálcio ligante dependente (não precisa de PA) (ex. 
hormônio/neurotransmissor). 
 Proteína G  inusitoltrifosfato  abertura do canal de cálcio do retículo 
sarcoplasmático. 
 
As funções motoras do aparelho digestório são desempenhadas por tecido 
muscular em diversas camadas. As células das camadas musculares estão 
Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 4 
 
conectadas por junções gap - tem livre transito de íons: o potencial de ação se 
propaga por toda a camada (sincício). 
 
 Portanto os estímulos que podem provocar liberação CA: 
 Potencial de ação (canais de cálcio voltagem dependente) 
 Hormônios /neurotransmissor (canal de cálcio ligante dependente) 
 Proteína G. 
 
Contração do músculo liso 
1. Calmodulinas se liga a cálcio ativa a enzima miosina cinase de cadeia 
leve  fosforila a miosina  formação da ponte cruzada (actina se liga a 
miosina)  tensão 
 
2. A diminuição de cálcio  diminui a interação A/M (desfosforila)  
formação ponte com tranca  tensão tônica. 
 Economiza ATP. 
 Ainda possui tensão. 
 
3. Quando o cálcio acaba. 
 Diminui cálcio  aumenta enzima miosina cinase. 
 
Inervação 
O trato gastrointestinal é regulado, em parte, pelo sistema nervoso autônomo, 
que tem o componente extrínseco e o componente intrínseco. O componente 
extrínseco é a inervação simpática e parassimpática do TGI. O componente 
intrínseco é chamado sistema nervoso entérico. O sistema nervoso entérico 
está, inteiramente, contido nos plexos submucoso e mioentérico na parede do 
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TGI, ele se comunica, extensivamente com os sistemas nervosos simpáticos e 
parassimpáticos. 
 Extrínseca: SNA (simpático e parassimpático) 
 Intrínseca: Plexos mioentérico e submucoso (sistema nervoso entérico) 
 
Obs: Fibras pós-ganglionar simpática e pós-ganglionar parassimpática fazem 
conexões com os plexos. 
 
Fibras nervosas sensitivas (aferentes) 
 Fazem conexões direta com os plexos. 
 Fazem conexões com gânglios pré vertebrais, medula e tronco. 
 
Sistema Nervoso Entérico 
Pode dirigir todas as funções do TGI, mesmo na ausência de inervação 
extrínseca. O sistema nervoso entérico fica localizado nos gânglios e nos plexos 
mioentérico e submucoso e controla as funções contráteis, secretórias e 
endócrinas do TGI. Ele recebe informação aferente pelos sistemas simpáticos e 
parassimpáticos que modulam sua atividade. Também recebe informação 
sensorial direto dos mecanorreceptores e quimorreceptores da mucosa e 
mandam informação, também direta, para as células musculares, secretórias e 
endócrinas. 
 
Estimulação: 
1. Mecânica/química  neurônio sensitivo  via oral (ascendente)  
neurônio motor excitatório (acetilcolina, substância P). Contração. 
2. Mecânica/química  neurônio sensitivo  via anal (descendente)  
neurônio motor inibitório (VIP, NO). Relaxamento. 
 
A diferença de pressão provoca deslocamento do alimento. 
 
 Parassimpático: ação excitatória (estimulante), aumenta motilidade e 
aumenta secreção, relaxa esfíncter (VIP, NO), aumenta força de 
contração. 
 Simpático: diminui motilidade e secreção, contrai os esfíncteres, diminui 
forção de contração. 
 
 
 
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Inervação Parassimpática 
Suprida pelo nervo vago e pelo nervo pélvico. O nervo vago inerva o TGI 
superior, incluindo músculo estriado do terço superior do esôfago, parede do 
estômago, o intestino delgado e o colo ascendente. O nervo pélvico inerva TGI 
inferior, incluindo músculo estriado do canal anal externo e as paredes dos 
cólons transverso, descendentes e sigmoide. Contém fibras pré-ganglionares 
longas que fazem sinapse nos gânglios dentro ou próximos dos órgãos alvo. No 
TGI, esses gânglios estão localizados nas paredes dos órgãos nos plexos 
mioentérico e submucoso. A informação transmitida pelo sistema nervoso 
parassimpático é coordenada nesses plexos e, então, é retransmitida para as 
células musculares lisas, endócrinas e secretórias. Os neurônios pós- 
ganglionares do sistema parassimpático são classificados como colinérgicos ou 
peptidérgicos. Os colinérgicos liberam acetilcolina (ACh) como 
neurotransmissor. Os peptidérgicos liberam vários peptídeos, incluindo a 
substância P e o peptídeo inibitório vasoativo (VIP). 
 
Inervação Simpática 
As fibras pré-ganglionares do sistema nervoso simpático são relativamente 
curtas e fazem sinapses com glânglios externos ao TGI. Quatro glânglios 
simpáticos inervam o TGI: celíaco, mesentérico superior e inferior e 
hipogástrico. As fibras nervosas pós-ganglionares que são adrenérgicas (liberam 
norepinefrina), deixam esses glânglios simpáticos e fazem sinapses nos glânglios 
dos plexos mioentérico e submucoso, ou inervam, diretamente, as células do 
músculo liso, endócrino ou secretórias. 
 
 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
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Peptídeos Gastrointestinais 
São hormônios, neurócrinos e parácrinos que regulam funções do TGI. Essas 
funções incluem a contração e relaxamento da parede de musculatura lisa e os 
esfíncteres, secreção de enzimas para digestão, secreção de líquidos e 
eletrólito, e efeitos tróficos (crescimento) nos tecidos gastrointestinais. Além 
disso, alguns peptídeos gastrointestinais, como por exemplo, a somatostatina 
inibe a secreção de todos os hormônios gastrointestinais. 
 
Hormônios  são peptídeos liberados por células endócrinas. Eles são 
secretados para a circulação porta, passam pelo fígado e chegam a circulação 
sistêmica. Esta, então, os entrega às células alvo com receptores para estes 
hormônios. As células endócrinas da mucosa gastrointestinal não estão 
concentradas em glândulas, mas são células isoladas ou grupos de células 
dispersas por grandes áreas. Quatro peptídeos são classificados como 
hormônios: gastrina, colecistocinina (CCK), secretina e peptídeo insulinotrópico 
dependente de glicose (ou peptídeo inibitório gástrico, GIP). 
 
Parácrinos  secretados pelas células endócrinas do TGI. Só atuam localmente 
no mesmo tecido que as secreta. Atingem a célula alvo por difusão por curta 
distância. Assim para que haja ação parácrina o sítio de ação deve estar a curta 
distância do local da sua ação. Ex: somatostatina 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
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Neurócrino  Sintetizados no TGI e liberados após um potencial de ação. Após 
liberação, os neuropeptídios se difundem pelas sinapses e atuam nas células 
alvo. 
 
Hormônios Gastrointestinais 
Gastrina 
Suas funções são as de coordenar e promover a secreção de íon hidrogênio (H+) 
pelas células parietais gástricas. A gastrina, um peptídeo de cadeia linear de 17 
aminoácidos é secretado pelas células G no antro do estômago. A secreção da 
gastrina ocorre em resposta a alimentação. Os estímulos fisiológicos que iniciam 
a secreção de gastrina estão todos relacionados à ingestão de comida. Incluem 
os produtos da digestão proteíca e distenção do estômago pelo alimento. 
Reflexos vagais locais também estimulam a secreção de gastrina. Nesses 
reflexos locais, o neurócrino liberado pelas terminações nervosas vagais nas 
células G é o peptídeo liberador de gastrina (GRP), ou bombesina. Além desses 
estímulos positivos, a secreção de gastrina é inibida pelo baixo ph do conteúdo 
gástrico e pela somatostatina. As suas ações são estimular a secreção de H+ 
pelas células parietais gástricas e estimular o crescimento da mucosa gástrica 
(efeito trófico). Suas ações são demonstradas em condições de excesso ou 
deficiência desse hormônio. 
 
Colecistocinina 
São coordenadas as funções para promover a digestão e absorção de lipídeos. A 
CCK é peptídeo com 33 aminoácidos que é estruturalmente relacionado à 
gastrina, fazendo parte da família gastrina-CCK. É secretada pelas células I da 
mucosa do duodeno e do jejuno, em resposta a dois tipos de estímulos 
fisiológicos: (1) monoglicerídeos e ácidos graxos (mas não triglicerídeos) e (2) 
pequenos peptídeos e aminoácidos. Esses estímulos alertam as células I da 
presença de alimento contendo gordura e proteína que devem ser digeridos e 
absorvidos. A CCK vai, então, assegurar que as enzimas pancreáticas e os sais 
biliares sejam secretados, para auxiliar nessa digestão e absorção. Existem cinco 
principais ações da CCK, e cada uma contribui para o processo geral da digestão 
e absorção de lipídeos, proteínas e carboidratos. 
 Contração da vesícula biliar com simultâneo relaxamento do esfíncter de 
Oddi ejeta bile para o lúmen do intestino delgado. A bile é necessária 
para emulsificação e solubilização dos lipídeos da dieta. 
 Secreção de enzimas pancreáticas. As lipases pancreáticas digerem os 
lipídeos ingeridos em ácidos graxos, monoglicerídeos e colesterol, todos 
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os quais podem ser absorvidos. A amilase pancreática digere os 
carboidratos e as proteases as proteínas. 
 Crescimento do pâncreas exócrino e da vesícula biliar. Isto ocorre, pois 
esses são os principais órgãos de ação. 
 Inibição do esvaziamento gástrico. A CCK inibe, ou retarda o 
esvaziamento gástrico e aumenta o tempo de esvaziamento gástrico. 
Essa ação é crítica para o processo da digestão e da absorção das 
gorduras, que necessita de considerável quantidade de tempo. A CCK 
lentifica a entrega do quimo do estômago para o intestino delgado. 
 
Secretina 
Possui 27 aminoácidos, é estruturalmente homóloga ao glucagon e é membro 
da família secretina-glucagon. É liberada pelas células S do duodeno, em 
resposta ao H+ e ácidos graxos no lúmen do intestino delgado. Assim, a 
secreção da secretina é iniciada quando o conteúdo gástrico ácido (ph < 4,5) 
chega ao intestino delgado. A função da secretina é a de promover a secreção 
de HCO3- (bicarbonato) pancreático e biliar que, então, neutraliza o H+ no 
lúmen do intestino delgado. A neutralização do H+ é essencial para a digestão 
das gorduras: as lipases têm ph ótimo entre 6 e 8. A secretina inibe os efeitos da 
gastrina sobre as células parietais (secreção de H+ e crescimento). 
 
Peptídeo insulinotrópico glicose-dependente (GIP) 
Peptídeo com 42 aminoácidos é também membro da família secretina-glucacon. 
É secretado pelas células K da mucosa do duodeno e jejuno. Ele é o único 
hormônio gastrointestinal que é secretado em resposta a todos os três 
principais nutrientes: glicose, aminoácido e ácido graxo. Sua principal ação é 
estimular a secreção de insulina pelas células beta do pâncreas. Essa ação 
explica a observação de que dose oral de glicose é utilizada por células mais 
rapidamente que doses intravenosas equivalentes. Outra ação do GIP é inibição 
da secreção de H+ (gastrina). 
 
Obs: um candidato a hormônio é o enteroglucagon e é liberado pelas células 
intestinais em resposta a redução a concentração de glicose. Entãodireciona o 
fígado a aumentar a glicogenólise e a gliconeogênese. 
 
 
 
 
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Parácrinos 
 A somatostatina é secretada pelas células D da mucosa gastrointestinal, 
em resposta a redução de ph luminais. A somatostatina inibe a secreção 
de outros hormônios gastrointestinais e inibe a secreção gástrica de H+. 
Somada a essas funções no TGI, a somatostatina é secretada pelo 
hipotálamo e pelas células delta do pâncreas endócrino. 
 A histamina é secretada por células endócrinas da mucosa 
gastrointestinal, particularmente pela região secretora de H+. A 
histamina junto com a gastrina e ACh, estimula a secreção de H+ pelas 
células parietais gástricas. 
 
Neurócrinos 
São sintetizados nos corpos celulares dos neurônios gastrointestinais. Sendo 
que o potencial de ação causa a sua liberação. 
 
 
 
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Motilida de 
Termo geral que se re fere à contração e rela xa mento das pare des e dos esfí ncteres do T GI. A motilidade tritura, mistura e frag menta o alime nto ingerido, para prepara-l o para a dige stão e a absor ção, e, e ntão, a pr opele a o long o do TGI. A musculatura lisa do TGI é do ti po unidade simples, na qual as células sã o eletrica mente a copla das por vias de baixa re sistência cha mada s de j unções comunicante s. Os músculos circulares e longitudinai s exer ce m funções difere ntes. Quando o músculo circular se contrai, isso r esulta no encurtamento de anel de musculatura lisa, que reduz o diâmetro de sse seg mento. Quando o músculo longitudinal se contrai, isso r esulta no encurtamento na direçã o longitudinal, que di minui o compri mento desse segmento. As contraçõe s da musculatura lisa ga strointestinal pode m ser tanto fá sicas quant o tôni cas. As contra ções fási cas sã o contrações peri ódica s, seg uidas pel o relaxa mento. Essas são e ncontradas no esôfag o, antro gástrico e no intestino delga do, todos te cidos envolvidos na mistur a e propulsão. As 
contra ções tônicas mantê m nível de contração constante, ou tônus, se m períodos regulare s de rela xame nto. Essa s são e ncontradas mais na região oral (superior ) do e stômag o e nos es fínctere s esofágico inferi or, ileocecal e anal inter no 
 
Reflexos 
 Vias curtas e longas dos reflexos neuronais 
 
As funções motoras do intestino se dão por dois tipos de ondas (atividade 
elétrica do músculo liso) 
O aparelho digestivo possui atividade elétrica intrínseca, ou seja seu potencial 
de ação é gerado por si próprio. 
 
1. Onda lenta (ritmo elétrico básico) (despolarização e repolarização 
oscilatória da membrana das células musculares lisas). 
2. Potencial em ponta 
 
As ondas lentas não se tratam de potencial de ação, mas sim de alterações 
ondulantes no potencial de repouso da membrana. As ondas em ponta são 
verdadeiros potenciais de ação, que se dá pela abertura de canais lentos de 
cálcio-sódio, o que explica a longa duração dos potenciais de ação. Para que 
haja a contração, é necessário que aconteça alteração mínima na voltagem do 
potencial de repouso da membrana, como uma distensão muscular (chegada do 
Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 12 
 
alimento) ou estímulos parassimpáticos (acetilcolina) e simpáticos 
(noepinefrina). 
 
A contração do músculo liso ocorre em resposta à entrada de cálcio na fibra 
muscular. Os íons cálcio, ao atuarem através do mecanismo de controle da 
calmodulina, ativam os filamentos de miosina na fibra, gerando forças de 
atração que se desenvolvem entre os filamentos de miosina e os de actina, 
causando, assim, a contração muscular. As ondas lentas não são responsáveis 
pela entrada de cálcio na fibra muscular lisa (apenas a entrada de íons sódio). 
Em contrapartida, é durante os potencias de ponta nos picos das ondas lentas, 
que grandes quantidades de íons cálcios penetram nas fibras, causando maior 
parte da sua contração. 
 
Resumo Linda: O ritmo intrínseco, ou frequência, das ondas lentas varia ao 
longo do TGI, de 3 a 12 ondas lentas por minuto. A frequência das ondas lentas 
ajusta à frequência dos potenciais de ações, assim, a frequência das contrações. 
Acredita-se que as ondas lentas se originem das células intersticiais de Cajal, 
abundantes no plexo mioentérico. As despolarizações e repolarizações cíclicas 
ocorrem, espontaneamente, para as células adjacentes pelas junções de baixa 
resistência elétrica, as junções comunicantes (gap). O mecanismo na fase de 
despolarização é causado pela abertura cíclica de canais de cálcio, isto produz 
dores de correntes de cálcio para o interior da célula. Durante o platô das ondas 
lentas, os canais de cálcio se abrem, produzindo correntes de íon para o interior 
que mantém a membrana em certo nível de despolarização. A fase de 
repolarização da onda lenta é causada pela abertura de canais de potássio, que 
produzem correntes de potássio para fora da célula e repolariza a membrana. 
 
Tipos Funcionais de Movimento do Trato Gastrointestinal 
 Durante e Após as Refeições: 
Apresenta dois tipos de movimentos: propulsivo (movimentos peristálticos 
propriamente ditos, movimenta o alimento para frente) e mistura (ajudam os 
peristaltismos, mas tem função de misturar e homogeneizar o bolo alimentar, 
possibilita aumento de contato do bolo alimentar com as células do epitélio e 
presença de enzimas). 
 Entre as refeições: 
Complexo Migratório 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
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Obs: Retropropulsão: quando a onda peristáltica chega em um esfíncter , o bolo 
encontra uma barreira, então, parte do bolo volta e o peristaltismo faz a mistura 
 
Boca 
Possui a secreção salivar que é mucosa e serosa, que tem água, íons, muco e 
enzimas. A boca é responsável por fazer a trituração dos alimentos, mistura e 
lubrificação destes, fazer um tamponamento e dar início a digestão. Essa 
secreção tem a enzima amilase salivar que inicia a degradação dos carboidratos. 
E tem também a lipase salivar que vai agir no estômago devido ao pH. 
 
Mastigação: 
 Os dentes anteriores (incisivos) cortam e os posteriores (molares) 
trituram, 
 Os músculos se contraem pelo reflexo da mastigação, 
 São controlados pelo tronco cerebral e devido à presença do alimento na 
boca, 
 O alimento sofre ação das enzimas, dependente da área de superfície 
exposta, partículas (diminui o tamanho das partículas), 
 Mistura com saliva = lubrificação = protege esôfago, 
 Reflexo: bolo alimentar  inibição reflexa dos músculos da mandíbula. 
Reflexo mentoneano. 
 
 
 
Deglutição: 
Apresenta três estágios um voluntário (oral) e dois involuntários (faríngeo e 
esofágico) 
 
 Estágio voluntário (fase oral): o alimento é comprimido e empurrado pela 
língua até a faringe. Língua comprime contra o palato. 
Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 14 
 
 Estágio involuntário: 
1. Estágio faríngeo: Passagem do alimento da faringe para o esôfago  
(controlado pelo sistema nervoso. Quem leva o estímulo até o bulbo e a 
ponte inferior, no centro da deglutição, são os nervos trigêmeo e 
glossofaríngeo a resposta motora vem pelos nervos vago, hipoglosso e 
trigêmeo). 
2. Estágio esofágico: Transporta o alimento para o estômago. Uma vez que 
o alimento tenha passado pelo esfíncter superior esofágico, na fase 
faríngea, o reflexo da deglutição fecha este esfíncter para que o alimento 
não possa refluir para a faringe. Onda peristáltica primária, também 
coordenada pelo reflexo de deglutição, cursa para parte inferior do 
esôfago,propelindo o alimento. Se a onda peristáltica primária não 
retirar toda a comida do esôfago, onda peristáltica secundária é iniciada 
pela distensão continuada do esôfago. A onda secundária é mediada pelo 
sistema nervoso entérico, se inicia no local da distensão e se desloca para 
baixo. 
 
Quando o bolo alimentar chega até a faringe ele estimula os receptores que 
levam um sinal ao tronco cerebral e a resposta deste estímulo é uma série de 
contrações automáticas do músculo faríngeo: palato mole sobe para fechar a 
passagem para a cavidade nasal impedindo refluxo, pregas palatofaríngeas 
formam uma fenda que impede a passagem de objetos grandes para a faringe 
posterior, cordas vocais se aproximam, laringe sobe e epiglote fecha o ádito da 
laringe de modo a impedir que alimento vá para o trato respiratório, esfíncter 
superior do esôfago relaxa de modo a permitir a passagem do alimento da 
faringe para o esôfago. A respiração é interrompida na fase faríngea da 
deglutição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Esôfago 
 
 
Apenas um tubo que conduz o bolo alimentar até o estômago. Ele tem apenas 
secreção de muco e o movimento é apenas o peristáltico, que é um movimento 
de propulsão. São ondas peristálticas fortes para que o alimento não permaneça 
no esôfago, evitando assim lesões da parede. 
 
O esôfago exibe dois tipos de peristaltismo: 
 
 Peristaltismo primário: continuação da onda rápida que começa na 
faringe e se propaga para o esôfago (estágio faríngeo da deglutição). 
 Peristaltismo secundário: é resultante da distensão do esôfago quando a 
onda peristáltica primária não consegue mover o alimento para o 
estômago. Essa onda é iniciada no sistema nervoso mioentérico e por 
reflexos: esôfago  bulbo  fibras vagais  esôfago. Esvazia o esôfago 
de qualquer conteúdo alimentar remanescente. 
 
A medida que uma onda esofágica vai em direção ao estômago, este fica 
relaxado e preparado para receber o alimento. O duodeno também relaxa, 
porém em menor grau. Antes da onda peristáltica, o esfíncter inferior do 
esôfago relaxa, isso permite a fácil propulsão do alimento deglutido para o 
estômago. 
Quando a onda peristáltica e o bolo alimentar se aproximam do esfíncter 
esofágico inferior, este se abre. A abertura do esfíncter esofágico inferior é 
mediada por fibras peptidérgicas do nervo vago que liberam o VIP como 
neurotransmissor. O VIP promove o relaxamento da musculatura lisa do 
Resumo Sistema Digestório 
 
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esfíncter esofágico inferior. Ao mesmo tempo em que o esfíncter esofágico 
inferior se relaxa, a região oral do estômago também se relaxa, fenômeno 
chamado de relaxamento receptivo. Esse relaxamento reduz a pressão, na 
região oral do estômago, e facilita o movimento do bolo alimentar para o seu 
interior. 
 
Esfíncteres esofágicos: 
 Esfíncter esofágico superior (UES): 
-músculo estriado 
-maior pressão de todos do TGI 
-controle: centro da deglutição (bulbo) 
- (V, IX, X, XII). 
 
 Esfíncter esofágico inferior (LES): 
- músculo liso especializado 
-controle: tônus miogênico (VIP e NO) 
 
Estômago: 
 
 
A secreção entérica é constituída de HCl, pepsinogênio e muco. O pepsinogênio 
é a forma inativa da pepsina, que será ativada pelo HCl, e começa a fazer a 
degradação de proteínas. Possui dois esfíncteres que tem tração muito forte, já 
que seu conteúdo é muito ácido (pH=2 a 3), assim não pode passar esse 
conteúdo para o esôfago porque se não o lesa. E a passagem desse conteúdo 
para o duodeno tem que ser controlado, evitando úlceras duodenais. Tem 
Resumo Sistema Digestório 
 
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muito músculo, porque faz um movimento de retropropulsão, que ocorre 
quando a cardia fecha-se empurrando o alimento para baixo, e depois o piloro 
se fecha empurrando o alimento para cima. É chamado de "liquidificador 
biológico", enquanto as partículas não forem totalmente digeridas a pequenas 
porções ocorrerá o movimento de retropropulsão. O estômago também é um 
local de armazenamento, e a liberação do alimento que ali se encontra 
dependendo da sua composição química. É no estômago que o alimento se 
transforma no quimo (bolo semissólido). 
No estômago ainda tem glândulas gástricas que produzem: HCl (ativa o 
pepsinogênio em pepsina), pepsinogênio, gastrina, histamina e o Fator 
Intrínseco. O fator intrínseco é essencial para a absorção de vitamina B12. 
OBS: Por este motivo que diz que o único fator essencial do estômago é o fator 
intrínseco. Já que se ele for retirado, a digestão de proteína ainda pode ser feita 
por outras enzimas, mas a absorção de vit. B12 que será comprometida. 
Nas glândulas tem as células principais (zimogênicas) que produzem o 
pepsinogênio e tem as células parietais (oxínticas) que produzem o HCl. 
 
Funções Motoras do Estômago: 
 Ocorre dilatação para não aumentar a pressão no órgão 
 No corpo: há um marcapasso 
 Armazenamento do alimento até que ele seja processado no duodeno. 
 Mistura do bolo alimentar com secreções gástricas  formação do 
quimo. 
 Esvaziamento do estômago com velocidade adequada para a digestão e 
absorção eficientes pelo intestino delgado (o esvaziamento demora de 3 
a 5 horas). 
 
Quando o alimento chega ao estômago vai haver um reflexo vasovagal: 
estômago  tronco cerebral  estômago reduz o tônus da parede muscular. 
 
A retropropulsão é um mecanismo importante de mistura do estômago. Cada 
vez que acontece uma onda peristáltica no estômago a área do piloro se contrai 
isso faz que o conteúdo estomacal que está perto do antro volte para trás, 
promovendo a mistura do conteúdo do estômago. 
O esfíncter pilórico é extremamente importante no controle do esvaziamento 
do estômago, ele é quem faz o controle do que passa para o intestino. O 
esvaziamento estomacal é inibido pelos reflexos enterogástricos do duodeno, 
quando o quimo chega ao duodeno ele faz com que o grau de distensão do 
Resumo Sistema Digestório 
 
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duodeno fique maior, assim como o grau de acidez aumenta, esses estímulos 
promovem esses reflexos enterogástricos que inibem o esvaziamento 
estomacal. A colecistocinina também inibe o esvaziamento do estômago, ela é 
uma substância liberada pelo jejuno pela presença de gordura no quimo. 
 
Controle: É regulado pela distensão gástrica. 
 
 Efeito da gastrina (é um hormônio, liberado pelas células G do antro do 
estômago, que atua no próprio estômago nas células parietais para que 
ocorra a liberação de ácido clorídrico. Sua liberação é controlada pelo 
sistema nervoso parassimpático), que acelera a secreção de suco gástrico 
e a motilidade. 
 Controle pelo duodeno através da inibição de reflexos, mediados pela 
distensão, irritação, acidez, osmolalidade e co-produtos da digestão; 
hormonal, gordura-colecistocinina. 
 
O esvaziamento é controlado por: 
 Estômago (estimula esvaziamento) 
 Hormônio Gastrina que acelera a secreção de suco gástrico e a 
motilidade 
 Neuronal: SNA 
 Duodeno (inibe o esvaziamento, reflexos enterogástrios) 
 Neural: reflexo enterogástrico 
 Hormonal: colescistocinina (gordura), secretina (acidez). 
 
Resumo Linda: O estômago é dividido na região oral (contém o fundo e a 
porção proximal do corpo) que apresenta paredes finas e a região caudal 
(contém a porção distal do corpo e o antro) e tem paredes espessas para gerar 
forças de contrações mais fortes. 
 
Resumo Sistema DigestórioGabriela Carvalho Abreu Página 19 
 
 
 
 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
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Intestino Delgado (Duodeno, Jejuno e Íleo): 
 
 
 
O intestino é banhado pela circulação mesentérica, que faz com que a maioria 
de tudo que foi absorvido pelo intestino passa pelo fígado o qual vai degradar e 
metabolizar. A absorção de lipídeo não acontece dessa forma, eles caem na 
circulação linfática e não na mesentérica, de maneira que não passa pelo fígado 
primeiramente, passa diretamente para a circulação sistêmica. 
É aonde se finaliza o processo de digestão, e tem a grande maioria de toda a 
absorção. Tem a presença de vilosidades que garantem o aumento da superfície 
de contato, e em cada uma delas tem um capilar que garante uma absorção 
mais rápida. 
 
Motilidade do delgado 
 
O principal padrão de motilidade do delgado é a segmentação (que é provocada 
pela distensão do intestino), já que é necessário a mistura do alimento com as 
secreções, e é necessário o contato do alimento com a parede para que a 
absorção ocorra. Além disso, essas contrações fragmentam o quimo em forma 
oval, de modo que essa mistura seja feita de modo mais eficiente, assim 
otimizam a digestão, promovendo a mistura do quimo com as secreções do 
intestino delgado (secreções pancreáticas e biliares). E ainda, Facilitam a 
absorção de alimentos, circulam o quimo, promovendo maior contato com a 
mucosa intestinal. 
Resumo Sistema Digestório 
 
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Peristaltismo  ondas peristálticas curtas. Limite de esvaziamento dele é o 
esfíncter íleocecal que é controlado por fatores locais. 
 
 
O quimo é propelido pelo intestino delgado por ondas peristálticas, essas ondas 
são controladas por sinais nervosos (causados pela entrada do quimo no 
duodeno- reflexogastroentérico) e hormonais (gastrina, colecistocinina, insulina 
contribuem para a motilidade intestinal. Secretina e glucagon contribuem para a 
mobilidade do intestino delgado). 
A descarga peristáltica que é um peristaltismo muito forte e rápido é causada 
por intensa irritação da mucosa intestinal. Ela percorre uma grande distância no 
intestino e faz com que o alimento seja empurrado para o cólon, aliviando, 
dessa forma, o delgado do quimo irritativo ou da distensão excessiva. 
A válvula ileocecal impede o refluxo do conteúdo fecal do cólon para o intestino 
delgado, através dos lábios dessa válvula que fazem protrusão para o lúmen do 
ceco e são fechados quando a pressão aumenta no ceco. 
 
Características da motilidade no intestino delgado: Peristalses curtas: 
 A inervação vagal colinérgica estimula as contrações e a simpática 
noradrenérgica as inibe. 
 A regulação da motilidade do esfíncter íleo-cecal é efetuada 
principalmente pelo SNE. 
 O aumento da motilidade e a secreção gástrica elevam a motilidade do 
íleo – reflexo gastroileal. 
 Gastrina, CCK e a motilina aumentam a motilidade e a secretina inibe. 
 
 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
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Intestino Grosso (Cólon ascendente, transverso, descendente, sigmoide, reto) 
 
 
 
O cólon absorve água e eletrólitos do quimo. Armazenam a matéria fecal até ser 
expelida pelos movimentos de mistura (haustrações/tênias cólicas). Produzem 
movimentos propulsivos (os movimentos de massa) comandados por reflexos 
gastro e duodenocólicos. As contrações dos músculos circular e longitudinal do 
intestino grosso causam o desenvolvimento das haustrações que promovem a 
mistura do conteúdo fecal e sua total exposição à parede do cólon e a sua 
propulsão em direção ao ânus. A defecação depende de reflexos do plexo 
mioentérico que emitem ondas inibitórias sobre os esfíncteres funcionais do 
reto e interno e externo do ânus, o reflexo parassimpático de defecação. 
 
 
Movimentos de massa: ocorrem 3 vezes ao dia, em resposta aos reflexos 
gastrocólico e gastroileal. Percorrem grandes extensões do cólon, propelindo as 
fezes ao reto. 
Resumo Sistema Digestório 
 
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A distensão do reto desencadeia o reflexo da defecação, consistindo no 
relaxamento do esfíncter anal interno e contração do esfíncter anal externo. 
Coordenado pela medula sacral. Na evacuação ocorrem também contração da 
musculatura respiratória e abdominal, aumentando as pressões torácicas e 
abdominais, auxiliando na expulsão das fezes. A estimulação parassimpática 
colinérgica aumenta a motilidade do cólon e a simpática noradrenérgica 
diminui, causando constipação. 
 Esfíncter anal interno: músculo liso e controle involuntário 
 Esfíncter anal externo: músculo estriado e controle involuntário e 
voluntário (controla quando ocorre o momento certo em defecar) 
A absorção de água ocorre no cólon distal, tornando o conteúdo fecal do 
intestino grosso semissólido e progressivamente mais difícil de se mover. O 
movimento de massa final propele o conteúdo fecal para o reto, onde ficará 
armazenado até a defecação. 
 
Reflexo da defecação: 
1. Aumento da pressão retal 
2. Relaxamento do esfíncter anal interno 
 Defecação indesejada: contração do e. anal externo (n. pélvicos) 
 Defecação desejada/possível: 
3. Relaxamento do esfíncter anal externo 
4. Contração dos músculos abdominais 
5. Relaxamento dos músculos pélvicos 
6. Flexão das pernas e abaixamento do assoalho pélvico: minimizam o 
ângulo entre reto e ânus 
 
Secreções Gastrointestinais 
Secreção: adição de líquidos, enzimas e muco ao lúmen do TGI. 
 
As secreções são produzidas por: 
 Células da parede do TGI 
 Glândulas anexas 
 
 Glândulas secretoras: boca/íleo  enzimas digestivas. 
 Glândulas mucosas: boca/ânus  produção de muco, lubrificação e 
proteção. 
 Glândulas acessórias  glândulas salivares, pâncreas e fígado. 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
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Tipos de secreções do TGI 
 Neurócrina: neurotransmissor e nervo moduladores. 
 Endócrina: hormônio. 
 Exócrina: mucosa/serosa ou hidroeletrolíticas. 
 
Secreção Salivar 
A Saliva é um liquido que contem eletrólitos e solutos orgânicos secretados 
pelas glândulas salivares maiores: 
 Parótidas (secreção serosa), 
 Submandibulares (secreção mista) 
 Sublinguais (secreção predominantemente mucosa). 
 
A saliva é essencial na higiene, saúde e conforto da cavidade oral, e a sua 
ausência causa a Xerostomia (boca seca), ocasionando lesões nas mucosas oral 
e esofágica e incidência de cáries. 
As glândulas salivares maiores (descritas acima) são túbulo-acinares. 
 
Essas 3 glândulas produzem aproximadamente 90% da secreção salivar total. 
 As glândulas submandibulares e sublinguais são responsáveis por cerca 
de 70% do fluxo salivar basal, não estimulado, enquanto as parótidas 
respondem por 15 a 20% e as glândulas salivares menores , por 5 a 8%. 
 As parótidas e as submandibulares são responsáveis por 45 a 50% do 
fluxo salivar estimulado pela presença de alimento na cavidade oral, 
enquanto a contribuição das outras glândulas é menor. 
 
A saliva contém dois tipos principais de secreção de proteína: 
 Secreção serosa (que contém PTIALINA, uma α-amilase) que é uma 
enzima para a digestão de amido. 
 Secreção mucosa (que contém MUCINA, glicoproteína responsável pela 
produção de muco) para lubrificar e proteger as superfícies, da boca até 
o ânus. 
 
Os ácinos são as unidades secretoras, contendo entre 15 a 100 células. A 
secreção da saliva é uma operação em dois estágios: o primeiro envolve os 
ácinos e o segundo envolve os ductos salivares. Os ácinos produzem uma 
secreção primária (saliva primária) que contém ptialinae\ou mucina em uma 
solução de íons. 
 
Composição da Saliva 
 Composição Inorgânica: Na⁺, K⁺, HCO₃⁻, Ca⁺⁺, Mg⁺⁺ e Cl⁻ 
Resumo Sistema Digestório 
 
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 Composição Orgânica: Proteínas e Glicoproteínas, tendo como produtos 
a AMILASE (enzima que inicia a digestão do amido); LIPASE (importante 
para a digestão lipídica); MUCINA (glicoproteína que forma muco quando 
hidratada); e LISOZIMA (um antibiótico biológico, que ataca a parede das 
células bacterianas, para limitar a colonização bacteriana na boca). 
 
Células serosas: secreção serosa 
 Alfa-amilase salivar: enzima que faz a hidrolise do amido. pH = entre 7 e 
8. Esta enzima tem pouco tempo para agir, pois o bolo alimentar não 
demora a chegar ao estomago onde o pH decresce drasticamente e 
então ocorre a desnaturação desta enzima. Importante para remover 
restos alimentares que permanecem na boca. 
 Calicreina: hidrolise de proteínas, pH 7,8. 
 Lisozima: é uma proteína que tem função bactericida. 
 
Células mucosas: secreção mucosa. 
 A secreção mucosa contém mucina (muco) para a lubrificação e proteção 
das superfícies. 
 Muco: constituído de glicoproteínas com propriedades lubrificantes e 
adesivas + H₂O e eletrólitos. 
 
Células acinosas: 
 Promovem uma filtração do sangue que a irriga, ou seja retira o plasma 
(H₂O, Na⁺, Cl⁻, iodo e etc...) para promover um meio aquoso de 
transporte para as proteínas. 
 Os Ácinos secretam uma secreção primaria contendo ptialina e muco. 
 Durante o trajeto pelos ductos, as células tubulares fazem o transporte 
iônico com os íons do plasma: 
1. Íons sódio são ativamente absorvidos enquanto íons potássio são 
ativamente secretados. 
2. Secreção de HCO₃⁻ e reabsorção passiva de Cl⁻. 
3. A saliva passa a ter grande quantidade de potássio e bicarbonato que o 
que eleva o pH. 
 
Funções da Saliva 
1. Preparação do bolo alimentar – Função Adesiva (lubrifica a mucosa bucal) 
2. Umidade oral 
3. Ação solvente e de limpeza 
Resumo Sistema Digestório 
 
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4. Função Protetora – Ação bacteriana  Lisozima 
5. Função Digestiva (Lipase salivar, Amilase Salivar-Ptialina, Ligante SalivarB12) 
6. Função amortecedora de pH 
7. Função Excretora - Secreção de materiais orgânicos e inorgânicos. 
 
Controle da Secreção Salivar 
 Estimulação Simpática: provoca um leve aumento da secreção salivar, 
mas em contrapartida causa a vasoconstrição dos vasos que irrigam a 
glândula o que consequentemente diminui o fluxo de sangue pela 
glândula e consequente filtração de sangue, com isso tem-se menos 
liquido extracelular com conseguinte diminuição da secreção salivar 
(boca seca-Xerostomia). 
 Estimulação parassimpática: (Núcleo Glossofaríngeo e Facial): Inervam 
predominantemente a glândula parótida, aumenta o fluxo sanguíneo 
para ela. Libera acetilcolina sobre a glândula onde existem receptores 
muscarínicos, o que ativa a glândula causando aumento da secreção 
salivar através da vasodilatação. 
1. Quando se pensa em comida, aumenta-se um pouco a produção de 
saliva, o ato de sentir o cheiro da comida aumenta mais um pouco e 
continua a aumentar até o momento da alimentação quando se atinge o 
ápice da secreção salivar. 
2. A taxa máxima de secreção salivar é de 4ml/seg, com isso o fluxo nos 
ductos é maior e com maior velocidade o que diminui as trocas e por 
final diminui a secreção de HCO₃⁻ e K⁺. 
3. Aldosterona estimula a bomba de Na+/K-, o que aumenta a concentração 
de bicarbonato e potássio na saliva. 
4. O SNE também aumenta a secreção de saliva. 
 
Resumo Secreção Salivar: 
 Funções: 
 Lubrificação do alimento. 
 Proteção, diluição e tamponamento dos alimentos. 
 Digestão inicial do amido e dos lipídeos (amilase, ptialina, lipase). 
 
Histologia das glândulas salivares 
 Células acinares (serosa, mucosa, sero-mucosas). Apresentam 
composição isotônica similar ao plasma. Secretam a saliva inicial. 
Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 27 
 
 Células ductais (intercalar, estriado e excretor). Saliva fica hipotônica e 
vai haver modificação da saliva inicial 
 Células mioepiteliais (localizadas entre a membrana basal e o ácino). 
Função: células contráteis  ejetar saliva 
 Parótida (glândulas paratireoides): serosa 
 Sublingual: principalmente mucosa 
 Submandibular: mista 
 
Componentes: 
 H2O: solubilização e eletrólitos. 
 Muco: lubrificação, deglutição e fala. 
 Enzima ptialina: alfa-amilase. 
 Enzima lisozima: bactericida. 
 
Ph: 6-7 
Secreção Salivar Basal: 0,5ml/min 
 
Estímulos 
Cheiro/sabor  nervo glossofaríngeo/facial  núcleos salivatórios  nervo 
parassimpático  salivação 
 
 Estímulo Parassimpático: acetilcolina  IP3 
 Estímulo Simpático: AMPc 
 
Secreção do Estômago 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 28 
 
Fossetas gástricas: 
 Invaginação do epitélio. 
 Contém glândulas. 
 Em cada parte do estômago as fossetas possuem células diferentes. 
 
 Células enterocromafins: histamina. 
 Célula D: somatostatina. 
 
Componentes da secreção: 
1. HCl: elemento mais típico, secretado pelas células parietais. 
2. Pepsinogênio: secretado pelas células principais. 
3. Muco: protege o estômago da ação corrosiva do HCl e lubrifica o 
conteúdo gástico. 
4. Fator Intrínseco: secretado pelas células parietais. 
5. Gastrina: secretadas na corrente sanguínea no antro do estômago que 
contém as glândulas parietais. 
6. Ph: 1,8 – 3,5 
7. Pepsinogênio  (HCl)  Pepsina 
 
Mecanismo de secreção do HCl (célula parietal) 
 
1. No líquido intracelular, o dióxido de carbono produzido pelo 
metabolismo aeróbico se combina com H2O para formar H2CO3, 
catalisado pela anidrase carbônica. O H2CO3 se dissocia em H+ e HCO3-. 
O H+ é secretado com CL- para o interior do lúmen do estômago, e o 
HCO3- é absorvido para a corrente sanguínea. 
2. Na membrana apical o H+ é secretado para o lúmen do estômago, pela 
H+/K+ ATPase. Essa é um processo primário ativo que transporta H+ e K+ 
contra seus gradientes eletroquímicos. A H+/K+ ATPase é inibida pelo 
omeprazol. O Cl- segue o H+ para o lúmen por difusão por canais de Cl- 
na membrana apical. 
3. Na membrana basolateral, HCO3- é absorvido da célula para a corrente 
sanguínea por meio de trocador Cl-/HCO3-. O HCO3- absorvido é 
responsável pela onda alcalina (elevado ph) que pode ser observado, no 
sangue gástrico, após a refeição. Eventualmente, esse HCO3-, será 
secretado de volta para o TGI nas secreções pancreáticas. 
Resumo Sistema Digestório 
 
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4. Em combinação, os eventos que ocorrem nas membranas apical e 
basolateral das células gástricas parietais resultam na secreção de HCl e 
na absorção de HCO3-. 
 
 
 
Substâncias que alteram a secreção de HCl 
 Acetilcolina: liberada pelo nervo vago que inerva a mucosa gástrica e se 
liga aos receptores muscarínicos (M3) sobre as células parietais. O 
segundo mensageiro para acetilcolina é IP3/Ca+2. Quando a ACh se liga a 
receptores muscarínicos, a fosfolipase C é ativada. Essa fosfolipase libera 
diacilglicerol e IP3, que então libera Ca+2. O cálcio e o diacilglicerol 
ativam proteinocinases que produzem ação fisiológica final: a secreção 
do H+ pelas células parietais. A atropina bloqueia os receptores e assim a 
ação da ACh. 
 Histamina: se difunde via mecanismo parácrino para as células parietais, 
nas proximidades, onde se liga a receptores H2. O segundo mensageiro é 
o AMPc. Os receptores H2 estão acoplados a adenilil ciclase e proteínaGs. Quando a adenilil ciclase é ativada ocorre produção aumentada de 
AMPc, esse por sua vez ativa proteinocinases A, levando à secreção de 
H+ pelas células parietais. A cimetidina bloqueia os receptores H2 e 
também, a ação da histamina sobre as células parietais. 
 A gastrina utiliza como segundo mensageiro o IP3/Ca+2 
 
 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
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A secreção gástrica de HCl é dividida em três fases: cefálica, gástrica e intestinal. 
 
 A fase cefálica: os estímulos para secreção do HCl nesta fase são o cheiro 
e o sabor, a mastigação, a deglutição e os reflexos condicionados em 
antecipação do aumento. Dois mecanismos promovem a secreção de HCl 
nesta fase. O primeiro é a estimulação direta das células parietais pelo 
nervo vago, que libera ACh. O segundo é a estimulação indireta das 
células parietais pela gastrina. Na via indireta, o nervo vago libera GRP 
nas células G, estimulando a secreção de gastrina; esta cai na circulação e 
estimula as células parietais a secretar HCl. 
 A fase gástrica: os estímulos para secreção de HCl nesta fase são a 
distensão do estômago e a presença de produtos da degradação das 
proteínas, dos aminoácidos e dos pequenos peptídeos. Quatro 
mecanismos básicos estão envolvidos nesta fase. Os dois primeiros 
iniciados pela distensão do estômago, são semelhantes aos utilizados na 
fase cefálica: a distensão causa estimulação vagal direta e estimulação 
vagal indireta das células parietais pela liberação de gastrina. O terceiro é 
iniciado pela distensão do antro e envolve reflexos locais que estimulam 
a liberação de gastrina. O quarto é efeito direto dos aminoácidos e dos 
pequenos peptídeos sobre as células G, para estimular a secreção de 
gastrina. Em adição, a esses mecanismos fisiológicos, o álcool e a cafeína 
também estimulam a secreção gástrica de HCl. 
 A fase intestinal responde por apenas 10% da secreção de HCl e é 
mediada pelos produtos da digestão proteica. 
 
Controle: Hormonal ou Neuronal 
A célula parietal possui vários receptores 
 Gastrina 
 Histamina 
 Acetilcolina 
 
Estímulo Simpático 
Célula G  gastrina  parietal 
Gastrina  célula enterocromafins  histamina  parietal 
 
Estímulo Parassimpático 
Célula enterocromafins  histamina  parietal 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
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Célula Delta  Somatostina 
(Inibe a liberação de gastrina (indiretamente inibe a produção de HCl). Inibe 
tanto pela via direta quanto pela via indireta. Na via direta se liga a receptores 
acoplados a adenilil ciclase via proteína Gi, assim os níveis de AMPc são 
reduzidos , desta maneira antagonizando a ação estimulatória da histamina. Nas 
vias indiretas inibe tanto liberação de histamina a partir das células ECL quanto 
a liberação da gastrina a partir das células G; o efeito resultante dessas ações 
diretas é a redução das ações estimulatórias da histamina e da gastrina. De 
modo similar à somatostatina, as prostaglandinas também antagonizam a 
secreção de H+ pela ativação de proteína Gi e inibindo a adenilil ciclase. 
 
Omeprazol 
Inibe uma bomba de H+/K+ ATPase 
 
Proteção Mucosa 
Estímulo 
 Parassimpático e Sistema Nervoso Entérico 
 Prostaglandinas 
 
HCO3- (bicarbonato): neutraliza H+ (tamponamento)  barreira, ph: 7 (neutro) 
 
Obs: o fator intrínseco é necessário para absorção da vitamina B12 no jejuno. 
 
Secreção do pepsinogênio 
 Estímulo vagal (parassimpático) 
 Gastrina 
 Muito H+  baixo PH 
 Histamina 
 
Secreção exócrina pancreática e hepática 
As enzimas digestivas pancreáticas são secretadas pelos ácinos pancreáticos, e 
grandes volumes de solução de bicarbonato de sódio são secretados pelos 
ductos pequenos e maiores que começam nos ácinos. O produto combinado de 
enzimas e Bicarbonato (HCO₃⁻) flui então através de um longo ducto 
pancreático que normalmente encontra o ducto hepático imediatamente antes 
de esvaziar-se no duodeno através da papila de Vater, envolta pelo esfíncter de 
Oddi. 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
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A secreção exócrina tem função digestiva. Considera-se esta secreção em 2 
componentes, que são secretados simultaneamente durante o processo 
digestivo, e são sintetizados por populações celulares distintas (dos ácinos e 
ductos): 
 
 Componente Protéico ou Enzimático (secreção Primária ou Acinar): 
possui cerca de 20 precursores de enzimas digestivas, os zimogênios. É 
secretado pelas células acinares, tem pequeno volume e possui 
concentrações iônicas e tonicidade semelhante às plasmáticas. 
O principal estímulo para a secreção enzimática é a CCK (Colecistocinina), 
liberada da mucosa do intestino delgado, em reposta á produtos da hidrólise 
lipídica e protéica. 
 
 Componente Aquoso: sua composição eletrolítica é determinada pelas 
células epiteliais dos ductos. Este componente é o que fornece o volume 
da secreção de cerca de 1L por dia. É um fluido alcalino, com 
concentração de HCO₃⁻ superior à plasmática, que no duodeno neutraliza 
o quimo ácido proveniente do estômago. 
O principal estímulo para a secreção aquosa é a secretina, liberada da mucosa 
do intestino delgado pela chegada do quimo ácido proveniente do estômago. O 
HCO₃⁻ da secreção pancreática neutraliza o HCl e gera o ambiente alcalino para 
a ação das enzimas pancreáticas, que agem nessa faixa de pH. 
 
Inervação Pós-Ganglionar: 
 Fibras Vagais: alcançam o pâncreas através da região antral do estômago. 
Efetuam sinapses no interior do parênquima pancreático, de onde 
partem as fibras pós-sinápticas colinérgicas para os ácinos, ductos e 
ilhotas. A inervação vagal colinérgica estimula a secreção principalmente 
de células acinares (secreção enzimática). 
 Fibras Simpáticas para o pâncreas partem dos gânglios celíaco e 
mesentérico superior e correm ao longo das artérias. São fibras 
noradrenérgicas que provocam vasoconstrição e diminuição secundária 
da secreção. 
 
Ou seja: 
 Colinérgicas (Parassimpática) 
 Noradrenérgicas (Simpática) 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 33 
 
O Sistema Parassimpático controla a secreção endócrina do pâncreas Fibras 
Vagais  ↑secreção pancreática. 
 
Regulação da Secreção Pancreática 
Três estímulos básicos são importantes na secreção pancreática: 
 Acetilcolina: liberada pelas terminações do nervo vago parassimpático. 
 Colecistocinina: secretada pela mucosa duodenal e do jejuno superior 
quando o alimento entra no intestino delgado. 
 Secretina: também secretada pelas mucosas duodenal e jejunal quando 
alimentos muito ácidos entram no intestino delgado 
 
A Acetilcolina e CCK estimulam as células acinares do pâncreas, levando a 
produção de grandes quantidades de enzimas pancreáticas, mas quantidades 
relativamente pequenas de água e eletrólitos. A Secretina, em contrapartida, 
estimula a secreção de grandes volumes de solução aquosa de bicarbonato de 
sódio pelo epitélio do ducto pancreático. 
 
A secreção pancreática também ocorre em 3 fases: 
 Fase cefálica: desde o ato de pensar no alimento até o ápice quando se 
coloca o alimento na boca. O sistema parassimpático é ativado através da 
inervação vagal que estimula a liberação de acetilcolina 
(neurotransmissor) o que provoca a secreção enzimática. 
Aproximadamente 20% da secreção total. 
 Fase gástrica: ocorre quando o hormônio gastrina é secretado na mucosa 
antral o que estimula a secreção pancreática enzimática. 5 a 10% do 
total. 
 Fase intestinal: secreções pancreáticas efetivas. 70 a 75% da secreçãototal. 
 
Resumo Secreção Pancreática: 
O pâncreas é uma glândula mista e sua parte exócrina é responsável pela 
liberação de enzimas digestivas no intestino delgado. 
O pâncreas exócrino é similar à glândula salivar, ou seja, possui um ácino 
(substância serosa) e um ducto (substância rica em HCO3-). 
 
 Importância da secreção hidroeletrolítica pancreática ser rica em HCO3-, 
Na+ e H2O. 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 34 
 
 Inativa a pepsina 
 Previne danos à mucosa 
 Otimiza o ph para a ação das enzimas pancreáticas 
 Ph: 7/8 
 Solubilização de ácidos graxos 
 
 NaHCO3 + HCl  NaCl + H2CO3 
 
Classe das enzimas presentes 
 Amilase  alfa-amilase  açucares 
 Nuclease 
 Protease 
 Lipase 
 
As secreções serosas pancreáticas 
A ativação das pró-proteases pancreáticas no intestino delgado pela 
enteroquinase (da borda em escova). 
 
 Tripsinogênio (forma inativa)  (enteroquinase)  tripsina  
quimiotripsina 
 Quimiotripsinogênio (pro-carboxipeptidases A e B)  quimiotripsina 
(carboxipeptidases). 
 
Regulação 
 Hormonal 
 Secretina (células S) 
 Colecistocinina (células I) 
 
 Neuronal 
 Nervo vago 
 
Estímulo para célula S 
 Acidez 
 Ação: age no pâncreas  liberação de bicarbonato 
 
Estímulo para célula I 
 Peptídeos, aminoácidos, ácidos graxos. 
Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 35 
 
 Age no pâncreas  liberação enzimática. 
 
Secreção Biliar 
O fígado localiza-se estrategicamente no sistema circulatório, recebendo sangue 
da veia porta que drena o estômago, o delgado, o cólon e o baço. Nesta 
posição, o fígado recebe os produtos absorvidos no intestino, transformando 
alguns, armazenando outros, e liberando-os para a circulação sistêmica. A bile é 
sintetizada continuamente nos hepatócitos, a partir do colesterol da dieta, e 
conduzido pelos quilomícrons remanescentes que chegam ao fígado pela 
circulação, e é concentrada na vesícula biliar. Os sais biliares, os fosfolipídios, e 
o colesterol, componentes da bile, formam micelas que interagem com as 
gorduras em suspensão no fluido luminal do delgado, diminuindo a sua tensão 
superficial e rompendo-as em gotículas, processo esse denominado 
EMULSIFICAÇÃO. 
A bile desempenha duas importantes funções: 
Papel importante para a digestão e absorção das gorduras, mas não devido à 
presença de qualquer enzima, mas sim a presença dos ácidos biliares que estão 
presentes na bile, exercendo duas importantes funções: 
 Ajudam a emulsificar grandes partículas de gordura provenientes da 
alimentação em numerosas partículas pequenas que podem agora ser 
hidrolisadas pela lípase pancreática. 
 Os sais biliares ajudam na absorção de ácidos graxos, monoglicerídeos, 
colesterol e outros lipídios mais. Exercem esta função ao formarem 
diminutos complexos com estes lipídios chamados micelas que são 
solúveis ao quimo em virtude das cargas elétricas dos sais biliares, desta 
maneira os lipídios são transportados até a mucosa onde serão 
absorvidos. 
A bile serve como um meio de excreção de produtos importantes de 
degradação no sangue, por exemplo: Bilirrubina (produto da destruição da 
hemoglobina e excesso de colesterol). 
Durante o seu trajeto pelos ductos biliares a bile inicialmente recebe uma 2° 
secreção que consiste em solução aquosa de íons sódio e bicarbonato (H2O e 
NaHCO3), esta 2° secreção algumas vezes aumenta o volume da bile em 100%. 
A função desta 2° secreção é neutralizar o pH acido intestinal, sendo estimulada 
pela secretina. 
Resumo Sistema Digestório 
 
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Armazenamento e concentração da bile na vesícula 
A bile é continuamente secretada pelas células hepáticas, entretanto a maior 
parte é armazenada na vesícula biliar até que sua presença seja necessária no 
duodeno. 
 A vesícula biliar suporta armazenar até 12 horas de secreção biliar. 
 H2O, Na+, Cl- e a maioria dos outros eletrólitos tem uma absorção 
continua pela mucosa da parede da vesícula interna, isso concentra a bile 
incluindo sais biliares, colesterol, lectina e a bilirrubina. 
 Normalmente a bile é concentrada por cerca de 5 vezes, mas pode 
chegar a um máximo de 20 vezes. 
 
Esvaziamento da vesícula biliar 
 Quando o alimento começa a ser digerido na porção superior do trato 
gastrointestinal, ao mesmo tempo a vesícula biliar começa a se esvaziar 
principalmente quando alimentos gordurosos chegam ao duodeno 
aproximadamente 30 minutos após a refeição. 
 A vesícula esvazia, pois sua parede que é constituída de músculo liso 
apresentam contrações rítmicas, entretanto para o seu esvaziamento 
tem de ocorrer o relaxamento do esfíncter de Oddi. 
 O hormônio colecistocinina é o estimulo mais potente para o 
esvaziamento da vesícula. SNE e vagal são estímulos mais fracos. 
 Hormônio secretina também aumenta a secreção da bile, mas 
geralmente algumas horas após a refeição. 
Componentes dos Ácidos Biliares 
 Eletrólitos: sódio, potássio, magnésio, cálcio, cloreto e bicarbonato. 
 Componentes orgânicos: sais biliares, bilirrubina, colesterol, fosfolipídeos 
(lecitina, o principal fosfolipídeo da bile, cefalina, esfingomielina, 
lisolecitina), baixa concentração de ácidos graxos, mucina, aminoácidos 
(tirosina), proteínas, além de substâncias exógenas. 
Resumo Secreção Biliar: 
A função digestiva do fígado é a síntese da bile, importante no processo 
digestivo de gorduras. 
 Bile: produzida no fígado e armazenado na vesícula biliar 
Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 37 
 
 Composição: sais biliares, bilirrubina, colesterol, fosfolipídeos, NaHCO3, 
cloro, potássio, cálcio e H2O. 
Regulação da Secreção Biliar 
Gordura  célula I  CCK  bile, relaxa esfíncter de Oddi 
Peristaltismo  também inibe a musculatura do esfíncter de Oddi 
 
 
 
Funções do Sistema Digestivo 
Digestão e Absorção 
A digestão começa na boca e termina no intestino delgado. O movimento de 
segmentação é importantíssimo para este processo. No intestino delgado os 
enterócitos possuem microvilosidades que aumentam em 20% a capacidade 
absortiva, já as vilosidades aumentam em 10% a capacidade. 
Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 38 
 
 
 
 
Digestão 
Enzimas: 
 Boca: amilase salivar, lipase lingual 
 Estômago: pepsina, lipase gástrica 
 Pâncreas: amilase, tripsina, quimiotripsina, carboxipeptidases, lipase, 
fosfolipases A2, colesterol-esterase, elastase, ribonucleases, 
desoribonucleases 
 Borda em escova (intestino delgado): endopeptidases, dissacarídeos 
(maltase, sacarose, lactase). 
 
Digestão dos Carboidratos 
Boca: enzima alfa-amilase 
Obs: hoje em dia mastigamos muito pouco, então a digestão na boca é 
pequena. 
 Ph ideal: 6 a7 
 Ela é inativada com o ph ácido do estômago 
 Amido  dissacarídeos 
 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
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Intestino 
 Enzima amilase produzida no pâncreas (dissacarídeos  
monossacarídeos) 
 Obs: algumas moléculas precisam de enzimas específicas que são 
produzidas pelos enterócitos. 
 Enzimas: lactase, maltase e etc. 
 Absorção da glicose e outros monossacarídeos 
 Cotransporte (sódio e glicose) 
 Glicose e galactose utilizam a mesma bomba 
 Independente de insulina absorção máxima: 170g/hora 
 
Digestão e Absorção de Proteína 
 Proteínas Exógenas 
 A digestão começa no estômago  pepsina 
 Intestino delgado  tripsina (oligopeptídeos) 
 Quimiotripsina, elastase, carboxipeptidase(age na carboxila) 
 
 
 
 
 
Resumo Sistema Digestório 
 
Gabriela Carvalho Abreu Página 40 
 
Digestão e absorção de lipídeos 
Fontes: 
 Triglicerídeos 
 Fosfolipídeos 
 Colesterol (ésteres de colesterol) 
 
Função: 
 Reserva energética 
 Isolante térmico 
 Constituinte de membranas biológicas 
 
 Gordura Saturada: ex: ácido palmítico 
 Gordura Insaturada: ácido retinóico 
 
Enzimas Digestivas: 
 Cavidade Oral: lipase lingual 
 Estômago: lipase gástrica (tributirase) 
 Intestino Delgado: lipase pancreática, lipase entérica (pouco estudada) 
 
Etapas da digestão 
1. Emulsificação das gorduras (feito pela bile – solubiliza) – formação da 
micela 
2. A formação da micela favorece a ação de outras enzimas. O sal biliar 
envolve a micela para evitar que as moléculas se reagrupem. Além disto 
ele faz o transporte da micela até o enterócito (absorção da gordura, sal 
biliar retorna para ser reutilizado) 
3. Os monoglicerideos (lipídeos) são difundidos para dentro junto com os 
ácidos graxos. São conduzidos para retículo endoplasmático onde serão 
ressintetizados em triglicerídeos que são encaminhados para o complexo 
de golgi onde serão agrupados no vacúolo e então, se funde a membrana 
e é exocitado, passando a se chamar quilomicrons. 
4. O quilomicron cai no sistema linfático (ductos lactíferos)  cai no ducto 
torácico  desemboca no ângulo venoso  circulação  fígado 
 
Transporte de Lipídeos na Circulação 
 Albumina 
 Quilomicron 
Resumo Sistema Digestório 
 
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 VLDL (triglicerídeo sintetizado no fígado) 
 LDL (colesterol sintetizado no fígado) 
 HDL (colesterol de morte celular) 
 
Vitaminas 
 K,A,D,E : lipossolúveis 
 C, B: hidrossolúveis 
 B12: depende do fator intrínseco 
 
Absorção de água (H2O) 
Nosso sistema digestório produz secreções com altas concentrações de água 
Ex: 
150ml/dia: saliva 
2000ml/dia: estômago 
Obs: boa parte dessa água produzida é absorvida no intestino

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