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Estado Conceito e Elementos Essenciais [1ª Parte]

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O ESTADO: CONCEITO E ELEMENTOS ESSENCIAIS 
[1ª PARTE]
	SUMÁRIO
	1. O Estado: Conceito e Elementos. 2. O Vínculo Jurídico-político: A Nacionalidade. 2.1. A nacionalidade Primária, Originária ou de Origem: Critérios e Situações. 2.2. A Nacionalidade Secundária ou Adquirida: Espécies. 3. A Situação dos Portugueses. 4. Distinção entre os Nacionais. 5. Perda e Reaquisição da Nacionalidade. 6. Idioma Oficial da República e Símbolos Oficiais.
1. O ESTADO: Conceito e elementos.
O Estado é a ordem jurídica soberana instituída com o propósito de proporcionar o bem comum a um povo situado em um determinado território. Em termos gerais, constitui uma sociedade política dotada de características próprias ou elementos essenciais que o tornam distinto das demais sociedades, a saber: POVO, TERRITÓRIO, SOBERANIA (PODER ou GOVERNO, para alguns) e FINALIDADE.
Obs.:
É importante salientar que não se deve fazer confusão entre as seguintes conceituações:
Povo. É o conjunto de pessoas que fazem parte do Estado através de um vínculo jurídico-político firmado com Este (leia-se Nacionalidade). É considerado o ELEMENTO HUMANO DO ESTADO;
População. É o conjunto de pessoas residentes em um determinado território, sejam nacionais, estrangeiros ou apátridas (apólidos ou heimatlos) - CONCEITO NUMÉRICO;
Nação. É o conjunto de pessoas nascidas no território do Estado, unidas por uma mesma língua, cultura, costumes e tradições, criando, assim, uma unidade sociocultural. São os nacionais (no caso da República Federativa do Brasil, os brasileiros natos e os brasileiros naturalizados) - REALIDADE SOCIOLÓGICA. 
2. O VÍNCULO JURÍDICO-POLÍTICO: A Nacionalidade.
Segundo a Constituição Federal de 1988, a nacionalidade é considerada como o vínculo jurídico firmado entre o indivíduo e o Estado, razão pela qual as pessoas passam a ser consideradas como parte integrante do Estado. Aliás, a nacionalidade pode ser considerada como pressuposto para a aquisição da cidadania (vínculo político), uma vez que o cidadão nada mais é do que o nacional (brasileiro) em exercício dos direitos políticos (leia-se o eleitor).
De um modo geral, a aquisição da nacionalidade ocorrerá da seguinte maneira:
Aquisição Primária, Originária ou de Origem (art. 12, I da CF). A concessão da condição de nacional se dá através de ato unilateral do Estado, mediante um fator natural, a saber: o nascimento (AQUISIÇÃO INVOLUNTÁRIA). Através desse método, o indivíduo passará, no caso do Brasil, a ser denominado BRASILEIRO NATO (ou NACIONAL ORIGINÁRIO);
Aquisição Secundária ou Adquirida (art. 12, II da CF). A concessão da condição de nacional do Estado se dará mediante um requerimento formulado junto ao órgão competente (art. 115 da Lei nº 6.815/80 – Ministério da Justiça) (AQUISIÇÃO VOLUNTÁRIA). Através desse método, o indivíduo passará, no caso do Brasil, a ser denominado BRASILEIRO NATURALIZADO (ou NACIONAL SECUNDÁRIO). 
Obs.:
O Brasil não mais admite a chamada “naturalização tácita, presumida ou grande naturalização” (art. 69, §4º da Constituição de 1891), isto é, os apátridas ou estrangeiros que simplesmente estiverem no Brasil e preencherem as condições legais exigidas para a naturalização NÃO SERÃO AUTOMATICAMENTE BRASILEIROS NATURALIZADOS, dependendo de um requerimento, de uma solicitação, a ser confirmada discricionariamente pelo Estado.
2.1. A NACIONALIDADE PRIMÁRIA, ORIGINÁRIA OU DE ORIGEM: Critérios e Situações.
Existem dois critérios para a aquisição de uma nacionalidade originária, a saber:
	CRITÉRIO�
	DEFINIÇÃO
	Ius Solis 
(Critério do Solo ou da Territorialidade)
	São nacionais do Estado os nascidos em seu território (na República Federativa do Brasil). Utilizado, normalmente, em países de imigração, a exemplo dos EUA. 
	Ius Sanguinis
(Critério do Sangue ou da Filiação)
	São nacionais do Estado os descendentes de nacionais, pouco importando o local de nascimento (filhos de pai ou mãe brasileiro). Utilizado, geralmente, em países de emigração, a exemplo dos países europeus.
Com base nesses critérios, define a Constituição que serão brasileiros natos:
	LOCALIZAÇÃO
	DEFINIÇÃO
	Art. 12, I, a
(Ius Solis)
	“Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país”.
Se a pessoa nasceu no Brasil e um de seus pais é de origem brasileira, desde já será considerado brasileiro nato. Por exemplo:
PAI [Brasileiro] e MÃE [Italiana] – NATO.
Se a pessoa nasceu no Brasil e ambos os pais são estrangeiros, para que seja brasileiro nato será necessário que eles não estejam à serviço de seu país (natureza pública + país de origem). Por exemplo:
PAI e MÃE [Alemães] turistas – NATO;
PAI e MÃE [Belgas] à serviço de uma construtora civil belga – NATO;
PAI e MÃE [Franceses] à serviço da Embaixada Francesa – ESTRANGEIRO;
PAI e MÃE [Holandeses] à serviço da Embaixada Francesa – NATO;
PAI [Alemão] e MÃE [Francesa] à serviço do Embaixada Alemã – ESTRANGEIRO. 
	Art. 12, I, b
(Ius Sanguinis + Serviço do Brasil)
	“Os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiro, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil”.
Se a pessoa nasceu no estrangeiro, tendo um dos pais de origem brasileira, será preciso que qualquer um deles esteja à serviço do Brasil (Administração Pública Direta ou Indireta de Qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios). Por exemplo:
PAI e MÃE [brasileiros] turistas – NÃO SERÁ BRASILEIRO NATO;
PAI e MÃE [brasileiros] ambos à serviço da SSP/SE – NATO;
PAI e MÃE [brasileiros] estando apenas o pai à serviço da SSP/SE – NATO;
PAI [brasileiro] à serviço da SSP/SE e MÃE [alemã] – NATO. 
	Art. 12, I, c, 1ª Parte
(Ius Sanguinis + Registro no Exterior)
	“Os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiro, sem que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil”. Caso seus pais não queiram retornar ao Brasil, deverão procurar a repartição brasileira competente no exterior (Consulados ou Seções Consulares das Embaixadas) para registrar a pessoa.
	Art. 12, I, c, 2ª Parte
(Ius Sanguinis + Opção Confirmativa)
	“Os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiro, sem que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil”. Desejando retornar ao país, deverão fixar residência no Brasil (registro provisório sujeito ao implemento de uma condição), sendo imprescindível a opção, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade�, pela nacionalidade brasileira perante a Justiça Federal (art. 109, X da CF). É chamada de NACIONALIDADE POTESTATIVA (depende da exclusiva vontade da pessoa nascida no exterior).
	Art. 95 do ADCT
(Ius Sanguinis + Registro no Exterior ou no Brasil)
	Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 (data de promulgação da ECR nº 03/94) e 20 de setembro de 2007 (data de promulgação da EC nº 54/2007), filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, que não estivessem à serviço do Brasil, poderão ser registrados em repartição diplomática ou consular brasileira competente no estrangeiro ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil.
2.2. A NACIONALIDADE SECUNDÁRIA OU ADQUIRIDA: Espécies.
A atual Constituição, expressamente, admite duas espécies de naturalização, a saber:
	ESPÉCIE
	DEFINIÇÃO
	Art. 12, II, a
(Naturalização Ordinária)
	“os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral”.
Estrangeiros não originários de países de língua portuguesa (ex.: alemão, italiano, japonês...) e apátridas (não têm nacionalidade definida): Irão se tornar brasileiros naturalizados através dos critérios definidos em lei, a saber: arts. 112 a 114 da Lei nº 6.815/1980 – Estatuto dos Estrangeiros. Segundo a referida lei, são condições para a naturalização:
I - capacidadecivil, segundo a lei brasileira;
II - ser registrado como permanente no Brasil;
III - residência contínua no território nacional, pelo prazo mínimo de quatro anos, imediatamente anteriores ao pedido de naturalização, que poderá ser reduzido ou dispensado se o naturalizado preencher alguma das seguintes condições:
REDUÇÃO PARA 1 (UM) ANO
a) ter filho ou cônjuge brasileiro;
b) ser filho de brasileiro; ou
c) haver prestado ou poder prestar serviços relevantes ao Brasil, a juízo do Ministro da Justiça;
REDUÇÃO PARA 2 (DOIS) ANOS
a) recomendar-se por sua capacidade profissional, científica ou artística; 
REDUÇÃO PARA 3 (TRÊS) ANOS
a) ser proprietário, no Brasil, de bem imóvel, cujo valor seja igual, pelo menos, a mil vezes o Maior Valor de Referência; ou ser industrial que disponha de fundos de igual valor; ou possuir cota ou ações integralizadas de montante, no mínimo, idêntico, em sociedade comercial ou civil, destinada, principal e permanentemente, à exploração de atividade industrial ou agrícola.
DISPENSA, COM A EXIGÊNCIA APENAS DE 30 DIAS DE ESTADA NO BRASIL
a) de cônjuge estrangeiro casado há mais de cinco anos com diplomata brasileiro em atividade; ou
b) de estrangeiro que, empregado em Missão Diplomática ou em Repartição Consular do Brasil, contar mais de 10 (dez) anos de serviços ininterruptos
IV - ler e escrever a língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando;
V - exercício de profissão ou posse de bens suficientes à manutenção própria e da família;
VI - bom procedimento;
VII - inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou no exterior por crime doloso a que seja cominada pena mínima de prisão, abstratamente considerada, superior a 1 (um) ano; e
VIII - boa saúde, somente para os estrangeiros que não residirem no Brasil há mais de 2 (dois) anos.
Estrangeiros originários de países de língua portuguesa (ex.: Portugal, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Açores, Cabo Verde...): Apenas precisam comprovar a residência por um ano ininterrupto (e não, a permanência) e a idoneidade moral.
Obs.:
O STF já definiu que a ausência temporária do País não significa que a residência não foi contínua. 
	Art. 12, II, b
(Naturalização Extraordinária ou Quinzenária)
	“os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira” (Originariamente eram exigidos mais de 30 anos).
Obs.:
A simples instauração de processo contra a pessoa não impedirá o requerimento;
A culpa só surge a partir do trânsito em julgado da condenação penal (art. 5º, LVII) – Princípio da não-culpabilidade ou presunção de inocência;
A condenação penal em Estado estrangeiro precisa ser executada pela Justiça Federal (art. 109, X da CF), após a homologação do STJ (art. 105, I, i da CF), para produzir efeitos no Brasil. 
Obs.: 
Arts. 115 e 116 da Lei nº 6.815/80. Embora a Constituição atual não faça, a exemplo das anteriores, expressa menção a duas formas de aquisição de nacionalidade, quais sejam, a radicação precoce e a conclusão de curso de ensino superior (art. 140, II, b, 1 e 2 da Constituição de 1967, e art. 145, II, b, 1 e 2 da EC n.º 01, de 17.10.1969 – Constituição de 1969), nada impede que continuem a existir como hipóteses legais de aquisição de naturalização secundária recepcionadas pela CF. Respectivamente, significam:
Radicação Precoce. “Todo estrangeiro admitido no Brasil até a idade de 5 (cinco) anos, radicado definitivamente no território nacional, desde que requeira a naturalização até 2 (dois) anos após atingir a maioridade”;
Conclusão de Curso de Ensino Superior. “Todo estrangeiro que tenha vindo residir no Brasil antes de atingida a maioridade e haja feito curso superior em estabelecimento nacional de ensino, se requerida a naturalização até 1 (um) ano depois da formatura”. 
3. A SITUAÇÃO DOS PORTUGUESES.
O art. 12, §1.º da CF, estabelece hipótese de quase nacionalidade (ou equiparação), pois, nessa situação, o estrangeiro não deseja a aquisição da nacionalidade brasileira, mas apenas usufruir dos direitos civis e políticos inerentes aos brasileiros naturalizados. 
O benefício em questão alcança somente aos originários de Portugal que, residindo permanentemente no Brasil comprovem a reciprocidade em favor de Brasileiros que se encontrem no Estado português. É o chamado português equiparado. A regra não incide junto aos originários de países de língua portuguesa, tais como os originários de Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Açores, Cabo Verde, Príncipe, Goa, Gamão, Dio, Macau e Timor.Tudo, desde já, assegurado pelo Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa, celebrado em Porto Seguro em 22.04.2000 (Decreto nº 3.927/2001).
O português equiparado tem os mesmos direitos do brasileiro naturalizado, assim poderá, por exemplo, ser extraditado nas hipóteses descritas no art. 5.º, LI da CF. Porém, em virtude de tratado bilateral assinado com Portugal, convertido no Decreto Legislativo n.º 70.391/72 pelo Congresso Nacional, somente poderá ser extraditado para Portugal.
Do exposto, conclui-se o seguinte:
	PESSOA
	SOLUÇÃO
	CONCLUSÃO
	ORIGINÁRIOS DE PORTUGAL
(Portugueses)
	Processo de Naturalização:
Ordinária – art. 12, II, a, 2ª Parte da CF; ou
Extraordinária (ou Quinzenária) – art. 12, II, b da CF.
	
Tornar-se-á Brasileiro Naturalizado.
	
	Equiparação (ou Quase Nacionalidade): 
art. 12, §1º da CF. 
	Apenas adquirirá os direitos inerentes aos Brasileiros Naturalizados.
	ORIGINÁRIOS DE PAÍS DE LÍNGUA PORTUGUESA
(Ex.: Angolano)
	Processo de Naturalização:
Ordinária – art. 12, II, a, 2ª Parte da CF; ou
Extraordinária (ou Quinzenária) – art. 12, II, b da CF.
	Tornar-se-á Brasileiro Naturalizado.
4. DISTINÇÕES ENTRE OS NACIONAIS.
Segundo o art. 12, §2º da CF, a lei (considerada no sentido mais amplo possível) jamais poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos na Constituição. Portanto, as hipóteses taxativamente previstas no texto constitucional seriam as seguintes:
	LOCALIZAÇÃO
	DISTINÇÕES
	DEFINIÇÃO
	Somente na
Constituição Federal
	Art. 5.º, LI
	“Extradição”
Existem diferenças básicas entre os seguintes atos:
Extradição. Ato pelo qual um Estado (Brasil) um indivíduo, acusado de um delito ou já condenado como criminoso, à justiça de outro, que o reclama, e que é competente para julgá-lo e puni-lo. O delito foi praticado fora do território nacional. Quem processa e julga originariamente os pedidos de extradição solicitados por Estados estrangeiros é o STF (art. 102, I, g da CF). Segundo a CF, ocorrerá da seguinte forma:
Brasileiros Natos. Nunca poderá ser extraditado;
Brasileiros Naturalizados. Somente serão extraditados se praticaram crime comum antes da naturalização ou tiverem o comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, praticado antes ou depois da naturalização;
Estrangeiros. Só não serão extraditados se estiverem no Brasil pela prática de crime político ou de opinião (art. 5º, LII da CF).
Expulsão. Será expulso do Estado (Brasil) o estrangeiro que, de qualquer forma, atentar contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranqüilidade ou moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais. O delito foi praticado dentro do território nacional. Caberá exclusivamente ao Presidente da República decidir sobre a expulsão do estrangeiro (brasileiros jamais serão expulsos, devido à inadmissibilidade da pena de banimento – art. 5º, XLVII, d da CF).
Deportação (ou Retirada Compulsória). Ocorrerá diante da entrada ou permanência irregular do estrangeiro em território nacional. Caberá à Justiça Federal resolver sobre a deportação (art. 109, X da CF). Brasileirosjamais serão deportados. 
	
	Art. 12, §3.º
	“Relação de cargos públicos privativos dos natos”
São cargos privativos dos brasileiros natos os: de Presidente e Vice-Presidente da República; de Presidente da Câmara dos Deputados; de Presidente do Senado Federal; de Ministro do Supremo Tribunal Federal; da carreira diplomática; de oficial das Forças Armadas; e de Ministro de Estado da Defesa.
A relação do art. 12, §3.º não impede a existência de cargos fora dela que sejam privativos dos natos (Presidente do Congresso Nacional – art. 57, §5.º; Presidente do Conselho Nacional de Justiça – art. 103-B, §1.º) e Presidente e Vice-Presidente do TSE (art. 119, parágrafo único).
	
	Art. 12, §4.º, I
	“Perda da nacionalidade brasileira”
Somente o brasileiro naturalizado perderá sua nacionalidade em virtude de atividade nociva ao interesse nacional. O nato, mesmo condenado, conservará sua condição de nacional do Estado brasileiro.
	
	Art. 89, VII
	“Relação de membros do Conselho da República”
Dentre inúmeras pessoas, participam desse órgão superior de consulta da Presidência da República seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
	
	Art. 222, caput
	“Propriedade de empresa jornalística, de radiodifusão sonora e de sons e imagens”
A propriedade dos meios de comunicação é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
5. Perda e reaquisição da nacionalidade brasileira.
	PERDA DA NACIONALIDADE
(art. 12, §4.º)
	REAQUISIÇÃO DA NACIONALIDADE
(Lei n.º 818/1949)
	
(I)
“PERDA-PUNIÇÃO”
O brasileiro naturalizado que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional�.
	Através do ajuizamento de AÇÃO RESCISÓRIA.
	(II)
“PERDA-MUDANÇA”
O brasileiro (nato ou naturalizado) que voluntariamente adquirir outra nacionalidade. Será declarada em decreto presidencial, após a instauração de procedimento administrativo, onde seja assegurada a ampla defesa, perante o Ministério da Justiça.
	Através da edição de um DECRETO PRESIDENCIAL, se o ex-brasileiro estiver domiciliado no Brasil.
Obs:
Conflito Positivo de Nacionalidade. O art. 12, §4.º, II, a e b da CF determina que, excepcionalmente, aqueles que se tornaram estrangeiros não perderão a nacionalidade brasileira. Ao contrário, terão dupla ou múltipla nacionalidade passando a serem reconhecidos como polipátridas. São os seguintes casos:
de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira (em virtude da descendência – ius sanguinis);
de imposição de naturalização, pela forma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis (desenvolvimento profissional ou fruição de herança, por exemplo).
6. Idioma oficial e símbolos nacionais.
A língua portuguesa é o idioma oficial do Brasil, porém se asseguram às comunidades indígenas o direito de utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem (arts. 13, caput e 210, §2.º da CF).
Apesar dos símbolos nacionais serem quatro (bandeira, o hino, as armas e o selo – art. 13, §1.º da CF) nada impede, face à autonomia das entidades federativas, que os Estados, Municípios e o Distrito Federal tenham símbolos próprios (art. 13, §2.º da CF). Apenas uma observação: as armas nacionais aqui referidas nada tema ver com a Marinha, Exército e Aeronáutica. Na verdade, trata-se do Brasão da República, ostentado, normalmente, nos prédios públicos federais, carteira de identidade funcional de servidores da União etc.
� A nacionalidade mista resultará da combinação dos critérios do solo e do sangue.
� Os emancipados (art. 5º do Código Civil) possuem legitimidade para requerer a naturalização.
� Também será considerada como causa de perda dos direitos políticos (art. 15, I da Constituição Federal).
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