Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LEUCEMIAS PROF. Ms. ALIPIO O CARMO Farmacêutico e Bioquímico carmoao@terra.com.br LEUCEMIA • O termo leucemia refere-se a um grupo de doenças complexas e diferentes entre si que afetam a produção dos glóbulos brancos também chamados leucócitos células responsáveis pela defesa do organismo. “ Eles crescem de forma anormal e maligna. Tipos de leucemia • Leucemia mielóide aguda (LMA) • Leucemia mielóide crônica (LMC) • Leucemia linfóide aguda (LLA) • Leucemia linfóide crônica (LLC) CÉLULA MÃE PLURIPOTENTE CÉLULA PROGENITORA MIELÓIDE CÉLULA PROGENITORA LINFÓIDE CFU-G MONÓCITO MONOBLASTO MIELOBLASTO LEUCÓTICO PMN CFU-M EOSINOFILOBLASTO BASOFILOBLASTO EOSINÓFILOS BASÓFILO BFU- E CFU- E ERITRÓCITO CFU-MEGA MEGACARIOBLASTO MEGACARIÓCITO ERITROCÍTICO/ MEGACARIOCÍTICO CFU- EoCFU-G/M CFU- BA PRÉ -B NK/ PRÉ - T PLASMÓCITO LINFÓCITO LINFÓCITO T CÉLULA NK Tipo Caracteríticas M0 Blastos muito indiferenciados, citologia e imunocitoquímica não definem dados específicos, mas CD13 e CD33 +. M1 Blastos indiferenciados em alta % (> 30%). Pouca maturação para mieloblasto. Bastonetes de Auer às vezes. M2 Blastos indiferenciados (> 30%) e diferenciação até promielócito (< 20%). Bastonetes de Auer frequentes. M3 Grande porcentagem de promielócitos hipergranulares. Bastonetes de Auer comuns. M4 > de 20% de cels. monocíticas e > 20% de Pmc e MB na medula óssea e/ou sangue. Diferenciar de M2 e M5. M5a morfologia monoblástica (> 80%), porém com diferenciação até monocítica. M5b morfologia promonocítica (> 80% são promonócitos ou monócitos no sangue; mais indiferenciado na medula). M6 > 50% são eritroblastos e > 30% são mieloblastos ou promonócitos (associação com blastos M1, M2 ou M4). M7 pequenas céls. indiferenciadas (> 30%) "tipo linfoblastos" no sangue. Polimorfismo. Necessita biópsia medular. Classificação: • LMA-M0 - leucemia mielóide de blastos muito indiferenciados. • LMA-M3 - leucemia aguda promielocítica. • LMA-M4 - leucemia mielomonocítica aguda. • LMA-M5 - leucemia monocítica aguda. • LMA-M6 - eritroleucemia. • LMA-M7 - leucemia aguda megacarioblástica. • Leucemia bifenotípica - apresenta marcadores imunológicos para as linhagens mielóide e linfóide. • Leucemia M2 baso - foi recentemente reconhecida, é oriunda de precursores basófilos. • LMA tipo mielomonocítica: anti-MPO, CD13, CD33, CDw65 e/ou CD117. • LMA tipo eritróide: glicoforina A+. • LMA tipo megacariocitária: CD41 e/ou CD61. Tipo: Características: LLA tipo L1 blastos pequenos e homogêneos, difícil observar nucléolos. LLA tipo L2 blastos de tamanho variável, heterogêneo, nucléolos grandes visíveis. Diagnóstico diferencial com LMA-M7. LLA tipo L3 blastos grandes, citoplasma basófilo e vacuolizado. Forma de pior prognóstico. CÉLULA MÉDIA % VALORES DE REFERÊNCIA % Mieloblasto 3 0,5 – 5,5 Pró-Mielócito 5 1,5 – 8,0 Mielócito Neutrófilo 12 4,5 – 18,0 Mielócito Eosinófilo 2 0,0 – 3,0 Mielócito Basófilo 0,5 0,0 – 1,0 Metamielócito Neutrófilo 27 12,0 – 42,0 Metamielócito Eosinófilo 2 0,5 – 3,5 Metamielócito Basófilo 0 0,0 – 0,1 Bastão Neutrófilo 24 15,0 – 33,0 Bastão Eosinófilo 1 0,0 – 2,0 Bastão Basófilo 0,2 0,0 – 0,5 Segmentado Neutrófilo 25 14,0 – 35,0 Segmentado Eosinófilo 4 1,0 – 7,0 Segmentado Basófilo 0,2 0,0 – 0,5 Linfócito 22 7,0 – 38,0 Monócito 3 0,0 – 5,0 Pró-Eritroblasto 3 0,0 – 6,0 Eritroblasto Basófilo 3 1,0 – 6,0 Eritroblasto Policromatófilo 15 5,0 – 26,0 Eritroblasto Acidófilo 11 2,0 – 21,0 Célula Reticular 1 0,0 – 2,0 Célula Plasmática 1 0,0 – 3,0 Megacariócito 0,5 0,0 – 1,0 Relação M / E 3 / 1 2 / 1 – 4 / 1 Mitoses Raras Raras MORFOLOGIA DAS CÉLULAS DA MEDULA ÓSSEA CÉLULA DIÂMETRO MÉDIO - micra - NÚCLEO CITOPLASMA Pró-Eritroblasto 12 (10 – 14) Cromatina delicada e homogênea Nucléolos 1 a 2 Intensamente basofílico Ausência de grânulos Eritroblasto Basófilo 11 (10 – 12) Cromatina mais densa Ausência de nucléolos Intensamente basofílico Ausência de grânulos Eritroblasto Policromatófilo 9 (8 – 10) Condensado, Grumado Azul / Marrom Eritroblasto Acidófilo 7 (6 – 8) Picnótico Cor da hemácia Mieloblasto 17 (15 – 20) Cromatina delicada Nucléolos 2 a 6 Basofílico Grânulos azurófilos: raros / nenhum Pró-Mielócito 16 (14 – 18) Cromatina mais condensada 1 Nucléolo Granulações azurófilas: numerosas Mielócito 15 (12 – 18) Redondo ou oval Granulações azurófilas e específicas Metamielócito 14 (10 – 18) Riniforme, Invaginado Granulações azurófilas e específicas Plasmócito 11 (8 – 15) Pequeno, Excêntrico e Cromatina em raios de roda de carroça Intensamente basofílico Vacuolizado Megacarioblasto 21 (18 – 25) Sem lóbulos Sem nucléolos Azul claro Pró-Megacariócito 18 Início da lobulação Irregular, sem grânulos Megacariócito Granuloso 35 Lobulado Cromatina grumada Granulações azurófilas Megacariócito Trombocitógeno 70 (35 – 100) Muito lobulado Vermelho granuloso Plaquetas na periferia PATOLOGIAS DA MEDULA ÓSSEA PATOLOGIA MIELOFIBROSE AGRANULOCITOSE PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA Celularidade Reduzida Reduzida Aumentada Célula Predominante Megacariócito Linfócitos Plasmócitos Eritroblastos Série Eritróide Número reduzido de Eritroblastos Eritroblasto Policromatófilo Eritroblasto Acidófilo Pró-Eritroblasto Eritroblasto Basófilo Eritroblasto Policromatófilo Eritroblasto Acidófilo Série Mielóide Número reduzido de Granulócitos Número reduzido de Mieloblastos e Mielócitos Todo o escalonamento Mielóide Outras Séries Número reduzido de Mononucleares, Linfócitos, Monócitos e Plasmócitos Presença de numerosos Fibroblastos Linfocitose Monocitose Células Reticulares Megacariócitos aumentados Número reduzido de Mononucleares Relação M / E ___________________ 10 / 1 a 50 / 1 1 / 1 a 4 / 1 BLASTOS SUDAN BLACK / ESTEARASE SUDAN BLACK CITOMETRIA LINFOBLASTO PAS LLA LMA – BASTONETE AUER SUDAN BLACK LMA – M1 ESTEARASE M5 LMA – M5 ESTEARASE NÃO ESPECÍFICA ERITROLEUCEMIA ERITROLEUCEMIA - PAS MEGACARIOBLÁSTICA Imunofluorescência CD 41a citoquímica fator VIII MEGACARIOBLÁSTICA IMUNOPEROXIDASE CD 31 BLASTO BASÓFILO LLA LLA LLC - T LLC ou LINFOMA IMUNOFENOTIPAGEM CD34 LLA LLC - B LLC PROLINFOCITICA - B KAPPA M3 - PROMIELÓTICA CITOGENÉTICA BURKITTS LLA LLC - B FILADELFIA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA DOENÇA DA MEDULA ÓSSEA • CARACATERIZADA INICIALMENTE POR PROLIFERAÇÃO MIELÓIDE SEM PERDA DA CAPACIDADE DE DIFERENCIAÇÃO • DOENÇA CLONAL CÉLULA MÃE PLURIPOTENTE CÉLULA PROGENITORA MIELÓIDE CÉLULA PROGENITORA LINFÓIDE CFU-G MONÓCITO MONOBLASTO MIELOBLASTO LEUCÓTICO PMN CFU-M EOSINOFILOBLASTO BASOFILOBLASTO EOSINÓFILOS BASÓFILO BFU- E CFU- E ERITRÓCITO CFU-MEGA MEGACARIOBLASTO MEGACARIÓCITO ERITROCÍTICO/ MEGACARIOCÍTICO CFU- EoCFU-G/M CFU- BA PRÉ -B NK/ PRÉ - T PLASMÓCITO LINFÓCITO LINFÓCITO T CÉLULA NK CÉLULA MÃE PLURIPOTENTE CÉLULA PROGENITORA MIELÓIDE CÉLULA PROGENITORA LINFÓIDE CFU-G MONÓCITO MONOBLASTO MIELOBLASTO LEUCÓTICO PMN CFU-M EOSINOFILOBLASTO BASOFILOBLASTO EOSINÓFILOS BASÓFILO BFU- E CFU- E ERITRÓCITO CFU-MEGA MEGACARIOBLASTO MEGACARIÓCITO ERITROCÍTICO/ MEGACARIOCÍTICO CFU- EoCFU-G/M CFU- BA PRÉ -B NK/ PRÉ - T PLASMÓCITO LINFÓCITOLINFÓCITO T CÉLULA NK 9 22 LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA 9 22 t(9;22)(q34;q11) LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA 9 22 t(9;22)(q34;q11) LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA ABL BCR BCR/ ABL 9 22 t(9;22)(q34;q11) LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA • PROTEÍNA TIROSINO-QUINASE – TEM FUNÇÃO NA LEUCEMOGÊNESE – A CÉLULA NÃO RESPONDE AOS CONTROLES NORMAIS – LIBERA AS CÉLULAS DA AÇÃO DE CITOCINAS PARA CRESCIMENTO – ALTERA A ADESÃO CELULAR LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA ABL ABL É RIGIDAMENTE REGULADO LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA ABL ABL SE MOVE ENTRE O NÚCLEO E O CITOPLASMA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA BCR/ABL ENZIMA COM ATIVIDADE AUMENTADA VÁRIOS SINAIS DE TRANSDUÇÃO SÃO ATIVADOS LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA BCR/ABL DIFERENTES EFEITOS NO CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA • DIAGNÓSTICO CITOGENÉTICO • DIAGNÓSTICO MOLECULAR: – FISH – RT-PCR LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA • O QUE É O FISH? – HIBRIDAÇÃO IN SITU POR FLUORESCÊNCIA – MÉTODO CITOGENÉTICO-MOLECULAR CITOGENÉTICA MOLECULAR FISH CITOGENÉTICA MOLECULAR FISH CITOGENÉTICA MOLECULAR FISH centromérica pintura gênica telomérica CITOGENÉTICA MOLECULAR ABL BCR CITOGENÉTICA MOLECULAR ABL BCR BCR/ABL BCR/ABL ES BCR/ABL DF BCR/ABL E ABL/BCR • MENOR TAXA FALSO POSITIVO • MAIOR SENSIBILIDADE QUAL A UTILIDADE DISSO? – MONITORAR O TRATAMENTO LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA: FASE CRÔNICA FASE ACELERADA FASE BLÁSTICA 0 50 100 150 200 250 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 GB LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA 0 50 100 150 200 250 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 GB, Hb LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA 0 50 100 150 200 250 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 GB, Hb,Plq 0 50 100 150 200 250 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 GB, Hb,Plq,Eo/Ba LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA 0 50 100 150 200 250 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 GB, Hb,Plq,Eo/Ba,blastos LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA 0 50 100 150 200 250 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 GB, Hb,Plq,Eo/Ba,blastos FA CB LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA 0 50 100 150 200 250 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 GB, Hb,Plq,Eo/Ba,blastos FA CB 4anos LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA CÉLULA MÃE PLURIPOTENTE CÉLULA PROGENITORA MIELÓIDE CÉLULA PROGENITORA LINFÓIDE CFU-G MONÓCITO MONOBLASTO MIELOBLASTO LEUCÓTICO PMN CFU-M EOSINOFILOBLASTO BASOFILOBLASTO EOSINÓFILOS BASÓFILO BFU- E CFU- E ERITRÓCITO CFU-MEGA MEGACARIOBLASTO MEGACARIÓCITO ERITROCÍTICO/ MEGACARIOCÍTICO CFU- EoCFU-G/M CFU- BA PRÉ -B NK/ PRÉ - T PLASMÓCITO LINFÓCITO LINFÓCITO T CÉLULA NK CÉLULA MÃE PLURIPOTENTE CÉLULA PROGENITORA MIELÓIDE CÉLULA PROGENITORA LINFÓIDE CFU-G MONÓCITO MONOBLASTO MIELOBLASTO LEUCÓTICO PMN CFU-M EOSINOFILOBLASTO BASOFILOBLASTO EOSINÓFILOS BASÓFILO BFU- E CFU- E ERITRÓCITO CFU-MEGA MEGACARIOBLASTO MEGACARIÓCITO ERITROCÍTICO/ MEGACARIOCÍTICO CFU- EoCFU-G/M CFU- BA PRÉ -B NK/ PRÉ - T PLASMÓCITO LINFÓCITO LINFÓCITO T CÉLULA NK LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA • CRISE BLÁSTICA • Ph + Ph • +19 • +8 • i(17)q CITOGENÉTICA MOLECULAR b3a2 b2a2 LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA REARRANJO BCR/ABL BCR/ABL LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA ATP LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA TERAPIA MOLECULAR COM INIBIDOR DA TRANSDUÇÃO DO SINAL BCR/ABL ATP LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA TERAPIA MOLECULAR COM INIBIDOR DA TRANSDUÇÃO DO SINAL BCR/ABL ATP Tirosino-quinase LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA TERAPIA MOLECULAR COM INIBIDOR DA TRANSDUÇÃO DO SINAL BCR/ABL Tirosino-quinase LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA BCR/ABL TERAPIA MOLECULAR COM INIBIDOR DA TRANSDUÇÃO DO SINAL Mesilato de imatinibe LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA COMPETIDOR COM O SÍTIO DE LIGAÇÃO BCR/ABL BCR/ABL BLOQUEIO O CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA ABL DETECÇÃO DE DOENÇA RESIDUAL ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE: – CITOGENÉTICA MOLECULAR LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA OUTROS MÉTODOS MOLECULARES: • M-FISH OU CARIOTIPAGEM ESPECTRAL (SKY) – SONDAS DE DNA GENÔMICO CITOGENÉTICA MOLECULAR OUTROS MÉTODOS MOLECULARES: • HIBRIDAÇÃO GENÔMICA COMPARATIVA – FAZ-SE DA AMOSTRA SOB ESTUDO UMA SONDA CITOGENÉTICA MOLECULAR APLICAÇÃO DE MÉTODOS MOLECULARES: • FISH: DIAGNÓSTICO, DRM, MONITORAMENTO DE TRATAMENTO • M-FISH: COMPLEMENTAR À CITOGENÉTICA PARA ESCLARECIMENTO DE ALTERAÇÕES COMPLEXAS • CGH: DIAGNÓSTICO DE DESEQUILÍBRIO GENÔMICO CITOGENÉTICA MOLECULAR LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA • APLICAÇÃO DE MÉTODOS MOLECULARES NA PRÁTICA: – CITOGENÉTICA MOLECULAR • UTILIDADE NO DIAGNÓSTICO E NO MONITORAMENTO DO TRATAMENTO MPO M5 - MONOCÍTICA M4 -EOSINOFILICA ERITROLEUCEMIA MEGACARIOCÍTICA BASTONETE AUER LMA LLA ou LMA CLOROMA LLA – MEDULA ÓSSEA LLA LLC LLC CARDIOMEGALIA - LMA LMA LMA - ME SARCOMAS LMA – M1 LMA - EOS LMA - EOS LMA – M1 LLA LLC LMA – M5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Cremer,T et al: Detection of chromosome aberration in the human interphase nuclei by visualization of specific target DNA with radioactive and nonradioactive in situ hybridization techniques-diagnosis of trisomy 18 with probe L184. Hum Genet 74: 346, 1986. Poddighe, P.J. et al. : Interphase cytogenetics of Hematological Cancer. Comperison of classical karyotyping and in situ hybridization using a panel of eleven chromosome specific DNA probes. Cancer Res 51: 1959-67, 1991. Escudier, S. et al: Fish and cytogenetic studies of trisomy 12 in chronic lymphocytic leukemia. Blood 81(10): 2702-7, 1993. Polka, G et al.: Fish detection of mixed quimerism in 33 patients submitted to BMT. Bone Mar Transpl 17: 231-6,1996. LMA – M0 LMA-M1 LMA – M2 LMA-M3 LMA-M4 LMA-M5a LMA – 5b LMA-M6 LLA-L1 LLA-L2 LMC MIELOMA MÚLTIPLO É uma proliferação neoplásica de um clone único de plasmócitos, na maioria das vezes produzindo uma imunoglobulina monoclonal. Este clone prolifera na medula óssea, e com grande frequência resulta em destruição extensa do esqueleto, com lesões osteolíticas, osteoporose e fraturas. Anemia, insuficiência renal e hipercalcemia também são comuns. MIELOMA MÚLTIPLO Etiologia Exposição ao benzeno, inseticidas, herbicidas ou radiação podem estar envolvidos na etiologia desta doença. Fatores genéticos são descritos, com aparecimento da doença em irmãos gêmeos. Há um consenso em que anormalidades cromossômicas têm importância na patogênese do mieloma. A translocação mais comumente encontrada envolve os cromossomas 11 e 14. Epidemiologia O mieloma múltiplo é responsável por 1% de todas as neoplasias e 10% das neoplasias hematológicas. Sua incidência anual, nos EUA, é de quatro casos em 100.000 habitantes ao ano, existindo suspeitas de que esteja aumentando. A idade média ao diagnóstico é 65 anos, 18% dos pacientes têm menos de 50 anos e apenas 3% estão abaixo dos 40 anos. Doença Óssea Mais de 2/3 dospacientes têm dor óssea nas costas ou no tórax, geralmente relacionada aos movimentos e melhorando com o repouso. As lesões ósseas ocorrem devido à hiperfunção dos osteoclastos, que são estimulados por aumento de IL-6, IL-1, FNT, fatores estimulantes de colônias, proteína inflamatória dos macrófagos e fator de crescimento dos hepatócitos. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS As interações que resultam no aumento da reabsorção óssea produzem um microambiente excelente para a proliferação e sobrevida das células do mieloma, inclusive aumentando sua resistência aos tratamentos quimioterápicos. Assim, bloquear a ação dos osteoclastos, inibir a reabsorção óssea e a habilidade das células do mieloma de permanecerem aderidas a este microambiente da medula óssea pode contribuir para reduzir a progressão da doença óssea, mas não necessariamente melhorar as lesões osteolíticas. Doença Renal O “rim do mieloma” caracteriza-se pela obstrução dos túbulos distais, proximais e coletores, provocada pela deposição de um aglomerado de proteína monoclonal, albumina, células epiteliais gigantes e mucoproteína de Tamm-Horsfall(sintetizada pelas células tubulares na alça ascendente de Henle). Na sequência, há dilatação e atrofia dos túbulos renais, com distorção e perda de função dos néfrons, eventualmente associadas à nefrocalcinose e fibrose intersticial. A presença de proteína de cadeia leve na urina está sempre presente nos casos de acentuada perda de função renal e necessidade de hemodiálise. O risco de insuficiência renal está ligado a dois importantes fatores: •Massa tumoral •Quantidade de cadeia leve na urina Outros fatores de importância na precipitação de insuficiência renal são a hipercalcemia, desidratação e uso de antiinflamatórios não hormonais. Pacientes que desenvolvem insuficiência renal têm uma sobrevida média de 9 meses, comparada aos 33 meses dos que têm função renal normal. Doença Neurológica Radiculopatia é a complicação neurológica mais comum em pacientes com mieloma. Resulta da compressão nervosa provocada pelo colapso de uma vértebra destruída, e em 10% dos casos, a compressão é causada por uma massa extramedular. Dor mais intensa, fraqueza ou parestesias das extremidades inferiores, alterações funcionais da bexiga ou intestino são sintomas. Neuropatia periférica é pouco frequente, e quando presente geralmente está associada à amiloidose ou ao mieloma com lesões escleróticas. Não existe manifestação específica do mieloma múltiplo no exame de sangue periférico. Anemia normocrômica e normocítica ocorre em 2/3 dos pacientes ao diagnóstico, e 50% têm rolleaux eritrocitário, que é consequência do excesso de gamaglobulinas. Proteinúria ocorre em 90%, e 80% dos pacientes com mieloma múltiplo têm proteína de Bence Jones na urina. Alterações da função renal são comuns, 48% a 77% dos pacientes têm creatinina acima do normal, mas a ocorrência de disfunção renal significativa não é muito frequente(18% a 25% dos casos). QUADRO LABORATORIAL O achado mais importante é a demonstração de proteína monoclonal no soro, na urina ou ambos, o que ocorre em cerca de 95% dos pacientes. A eletroforese de proteínas no soro mostra um pico monoclonal em 80% dos casos. Aumento de IgG é encontrado em 52%, IgA em 21%, apenas proteína de Bence Jones em 16% dos casos. O exame de medula óssea classicamente confirma o diagnóstico. O envolvimento pode ser mais focal do que difuso, e alguns pacientes necessitam aspirado e biópsia em vários sítios para a confirmação do diagnóstico. Os plamócitos geralmente constituem mais de 10% das células mononucleadas da medula. Os achados radiológicos mostram lesões líticas (saca-bocado), osteoporose e fraturas em até 80% dos casos ao diagnóstico. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são exames superiores aos exames radiológicos comuns para detecção destas lesões. Hipercalcemia está presente em 25% dos pacientes. O nível de beta-2-microglobulina é dos mais importantes fatores prognósticos em pacientes com mieloma múltiplo. Pacientes com beta-2-microglobulina acima de 4ug/dl ao diagnóstico têm sobrevida média de 48 meses, enquanto os que têm valores inferiores, têm sobrevida média de 12 meses. Níveis elevados de LD ao diagnóstico, encontrados em 12% dos pacientes, estão relacionados com doença agressiva, grande massa tumoral e pior resposta a terapia.
Compartilhar