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A religião e o seu fundamento irracional

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Hume perdeu o interesse pela religião ainda jovem, ele frequentava a igreja local da Escócia, regida por seu tio. Durante esse período, ele estudou um popular manual religioso calvinista. Com base nesses estudos iniciais, passou a questionar a noção do divino, e ficou inconformado com a religião durante toda a vida. Mas como fato da natureza humana a religião não podia ser deixada de lado. Autor de vários escritos sobre religião, nos quais se opõe, à ideologia religiosa predominante em seu tempo. O mais penetrante, filosófico e substancial de seus trabalhos sobre o tema são os Diálogos Sobre a Religião Natural, escritos entre 1751 e 1755, essa publicação só aconteceu depois de sua morte, em 1779, onde trata todas as crenças religiosas como um mero produto da natureza humana. 
A religião não tem fundamento racional - Hume contradiz e rejeita as provas de existência de Deus, segundo ele Deus é no máximo algo semelhante á uma inteligência no que refere á causa do universo, mas dessa semelhança não se extrai nada de certo.
A religião não possui fundamento moral - Segundo ele não há conexão entre religião e ética, pois o fundamento da ética é o sentimento e não a religião e dificilmente será possível confiar em um dogma religioso.
A religião tem fundamento instintivo - A idéia do divino nasceu do medo da morte e da preocupação com a vida futura. Hume não é ateu mas se mostra claramente ambíguo neste trecho de sua obra “História natural da religião” :
 “A ignorância é a mãe da devoção: essa é uma máxima proverbial, confirmada pela experiência de todos. Entretanto, procurai um povo inteiramente privado de religião: se o encontrardes, podeis estar certos de que ele pouco difere dos animais”
 O porque dessa ambigüidade ou seja, desta incerteza dele é que mesmo ao avaliar negativamente a religião ainda diz que um povo sem religião pouco difere dos animais.

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