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BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA NO NOVO CPC

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BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA: 
 NO NOVO CPC POR ALLAN FRANCIS DA COSTA SALGADO 
ACESSE NOSSO CANAL: 
https://www.youtube.com/channel/UCaGmsBMAUlZadt0nUFa
aj2g 
Acesse a vídeo aula desta matéria: 
https://www.youtube.com/watch?v=VbH81hNab6 
Pessoal no nosso canal ministramos o curso do novo cpc 
inteiramente gratuito e comentamos leis penais, informativos 
e passamos macetes de concursos. 
 
 
BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA: 
 
Por que o novo CPC veio regular a gratuidade de justiça? 
Porque a Lei 1060/50 do ponto de vista processual era 
totalmente defasada e complexa. 
 Havendo então uma consolidação do instituto em seis 
dispositivos. Foram revogados vários artigos da lei 1060/50. 
a) Corrigiu-se a terminologia, assistência judiciária gratuita que 
quer dizer patrocínio gratuito da causa pelo causídico. 
Gratuidade tem a ver com isenção do adiantamento das 
custas do processo. O que se requer é o benefício da 
gratuidade da justiça, não uma assistência. 
b) Pessoa jurídica tem direito ao benefício. 
Súmula 481 STJ 
Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com 
ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de 
arcar com os encargos processuais. 
 
 
c) O estrangeiro tem direito ao benefício da gratuidade da 
justiça. 
d) Pressuposto para concessão do benefício: Insuficiência dos 
recursos financeiros para o adiantamento das custas 
processuais. 
e) Presume-se verdadeira a alegação da pessoa física, mas a 
pessoa jurídica precisará comprovar que necessita do 
benefício. 
f) Coisas abrangidas pelo benefício da gratuidade de justiça: 
Ex: Perícia, o Estado irá arcar e ao final regredirá contra o 
vencido. 
O CPC 2015 revogou o artigo 2 da lei 1060/50 
Art. 2ºLEI 1060/50. Gozarão dos benefícios desta Lei os 
nacionais ou estrangeiros residentes no país, que 
necessitarem recorrer à Justiça penal, civil, militar ou do 
trabalho. 
 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, 
com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas 
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da 
justiça, na forma da lei. 
§ 1º A gratuidade da justiça compreende: 
I – as taxas ou as custas judiciais; 
II – os selos postais; 
III – as despesas com publicação na imprensa oficial, 
dispensando-se a publicação em outros meios; 
IV – a indenização devida à testemunha que, quando empregada, 
receberá do empregador salário integral, como se em serviço 
estivesse; 
V – as despesas com a realização de exame de código genético 
– DNA e de outros exames considerados essenciais; 
VI – os honorários do advogado e do perito e a remuneração do 
intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em 
português de documento redigido em língua estrangeira; 
VII – o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando 
exigida para instauração da execução; Perícia contábil. 
VIII – os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, 
para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais 
inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório; 
IX – os emolumentos devidos a notários ou registradores em 
decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato 
notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade 
de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido1. Houve 
uma extensão da gratuidade da justiça para fora da justiça, atos 
cartorários ficam abrangidos pela gratuidade, mas não é qualquer um, 
apenas aqueles decorrentes de um processo em que houve a 
concessão do benefício da gratuidade. Diz Didier que estes inciso 
demorou seis meses para entrar no NCPC, ele acrescenta que o § 8 foi 
o resultado de um acordo com os representantes dos cartórios na 
câmara. 
§ 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do 
beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios 
decorrentes de sua sucumbência. A concessão do benefício é não ter 
que adiantar as despesas, mas se no fim das contas ele for vencido, 
ele tem responsabilidade pelas despesas, ele terá que reembolsar as 
 
1 Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do 
perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada 
de ofício ou requerida por ambas as partes. 
§ 3º Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de beneficiário de gratuidade da justiça, ela 
poderá ser: 
I – custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e realizada por servidor do Poder 
Judiciário ou por órgão público conveniado; 
II – paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou do Distrito Federal, no caso de ser 
realizada por particular, hipótese em que o valor será fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou, 
em caso de sua omissão, do Conselho Nacional de Justiça. 
§ 5º Para fins de aplicação do § 3º, é vedada a utilização de recursos do fundo de custeio da Defensoria 
Pública. 
despesas É CONDENADO as verbas de sucumbência. RESPONSÁVEL 
ELE É, porque o benefício apenas lhe garante não ter que adiantar 
despesas, mas se ele é beneficiário o que acontecerá? A resposta esta 
no § 3º 
§ 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua 
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e 
somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes 
ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor 
demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de 
recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, 
passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. Ou seja, o credor 
tem que provar que houve uma condição superveniente demonstrando 
que agora ele pode pagar. 
§ 4º A concessão de gratuidade não afasta o dever de o 
beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam 
impostas. Multas fora da concessão da gratuidade. Como visto não o 
isenta de multa, nesse caso, corresponde ao depósito imediato, este 
ele não terá que fazer como condição para continuar no processo, ele 
irá fazer depois.23 
§ 5º A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou 
a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de 
despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do 
procedimento. Modulação do benefício 
Alternativas a gratuidade de justiça: 
Um ou mais ato ( ex perícia) 
 
2 Artigo 1021. 
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa 
prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o 
pagamento ao final. 
3 Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a 
interposição de recurso. 
§ 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até 
dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada 
ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da 
justiça, que a recolherão ao final. 
Redução parcial 
Parcelamento. 
§ 6º Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao 
parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de 
adiantar no curso do procedimento. Modulação 
§ 7º Aplica-se o disposto no art. 95, §§ 3º a 5º4, ao custeio dos 
emolumentos previstos no § 1º, inciso IX, do presente artigo, 
observada a tabela e as condições da lei estadualou distrital 
respectiva. 
§ 8º Na hipótese do § 1º, inciso IX, havendo dúvida fundada 
quanto ao preenchimento atual dos pressupostos para a concessão de 
gratuidade, o notário ou registrador, após praticar o ato, pode 
requerer, ao juízo competente para decidir questões notariais ou 
registrais, a revogação total ou parcial do benefício ou a sua 
substituição pelo parcelamento de que trata o § 6º deste artigo, caso 
em que o beneficiário será citado para, em 15 (quinze) dias, 
manifestar-se sobre esse requerimento. Este § 8º consagra um 
procedimento de dúvida no que toca a gratuidade, ele pratica o ato 
mas suscita dúvida, ele fala juiz eu queria que o senhor revogasse total 
 
4 Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do 
perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada 
de ofício ou requerida por ambas as partes. 
§ 1º O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito 
deposite em juízo o valor correspondente. 
§ 2º A quantia recolhida em depósito bancário à ordem do juízo será corrigida monetariamente e paga 
de acordo com o art. 465, § 4º. 
§ 3º Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de beneficiário de gratuidade da justiça, 
ela poderá ser: 
I – custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e realizada por servidor do Poder 
Judiciário ou por órgão público conveniado; 
II – paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou do Distrito Federal, no caso de 
ser realizada por particular, hipótese em que o valor será fixado conforme tabela do tribunal respectivo 
ou, em caso de sua omissão, do Conselho Nacional de Justiça. 
§ 4º Na hipótese do § 3º, o juiz, após o trânsito em julgado da decisão final, oficiará a Fazenda Pública 
para que promova, contra quem tiver sido condenado ao pagamento das despesas processuais, a 
execução dos valores gastos com a perícia particular ou com a utilização de servidor público ou da 
estrutura de órgão público, observando-se, caso o responsável pelo pagamento das despesas seja 
beneficiário de gratuidade da justiça, o disposto no art. 98, § 2º. 
§ 5º Para fins de aplicação do § 3º, é vedada a utilização de recursos do fundo de custeio da Defensoria 
Pública. 
ou parcialmente este benefício ou parcele, por que ele tem condições 
de pagar. Por que isso é vantajoso, porque a certidão do cartorário é 
um título executivo extrajudicial, assim mesmo que ele tenha praticado 
o ato e depois o juiz decidir que revoga nestes caso o benefício, ele 
emite uma certidão e vai executar. 
 
g) O que está de fora da gratuidade: Multa, que é punição e a 
responsabilidade do vencido. 
h) Possibilidade de modular a concessão do benefícios: Ele não é 
indivisível, ele pode ser modulado, pode conceder para alguns 
atos e para outros não, pode reduzir, ex 50%, ou pode 
parcelar. 
 
a) Forma de pedir: 
O CPC73 era cheio de exigências sem fundamentos, agora o 
NCPC disse que é feito na petição inicial, ou na contestação, se no meio 
do processo você decidir solicitar basta fazer uma petição simples, que 
será julgada no processo. 
b) A petição tem que ter poderes especiais para o pedido. 
 
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na 
petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no 
processo ou em recurso. 
§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na 
instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos 
autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso. 
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos 
autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para 
a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, 
determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos 
pressupostos. Se há uma presunção a respeito do benefício, mas o juiz 
decide superá-la, com vista do que percebeu nos autos, tem que abrir 
o contraditório para que a parte prove, é uma decorrência do princípio 
da cooperação. 
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida 
exclusivamente por pessoa natural. 
§ 4º A assistência do requerente por advogado particular não 
impede a concessão de gratuidade da justiça. Eu posso advogar para 
uma pessoa carente, advogar pro bono, o fato de ter advogado 
privado, não quer dizer que a pessoa tem condições. 
§ 5º Na hipótese do § 4º, o recurso que verse exclusivamente 
sobre valor de honorários de sucumbência fixados em favor do 
advogado de beneficiário estará sujeito a preparo, salvo se o próprio 
advogado demonstrar que tem direito à gratuidade. Se eu advogo 
gratuitamente para alguém e esta pessoa ganha eu posso recorrer mas 
estará sujeito a preparo, quem tem gratuidade é a parte e não o 
advogado, ele tem que pagar o preparo, não se aproveita da 
gratuidade da parte, claro que ele pode pedir o benefício. 
§ 6º O direito à gratuidade da justiça é pessoal, não se 
estendendo a litisconsorte ou a sucessor do beneficiário, salvo 
requerimento e deferimento expressos. ESPÓLIO não herda 
gratuidade, no caso de litisconsorte, um pode ter benefício e outro não. 
Gratuidade não é indivisível. 
§ 7º Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, 
o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do 
preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, 
se indeferi-lo, fixar prazo para realização do recolhimento. Peço 
gratuidade e não faço preparo, se o relator deferir beleza, se não eu 
recolho o preparo. 
 
c) Impugnação do benefício: 
 
Art. 100. Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer 
impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso 
ou, nos casos de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por 
meio de petição simples, a ser apresentada no prazo de 15 (quinze) 
dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso. A 
ideia é, a impugnação deve ser feita no momento subsequente, no 
prazo de 15 dias em petição avulsa, acabou o pedido de revogação do 
benefício que era feito em processo avulso, autuado separadamente. 
Parágrafo único. Revogado o benefício, a parte arcará com as 
despesas processuais que tiver deixado de adiantar e pagará, em caso 
de má-fé, até o décuplo de seu valor a título de multa, que será 
revertida em benefício da Fazenda Pública estadual ou federal e poderá 
ser inscrita em dívida ativa. 
 
 
 
d) Impugnação das decisões sobre gratuidade 
 
A LEI 1060/50 em seu artigo 17 diz que, cabe apelação das 
decisões que aplicarem esta lei. Concede ou nega a gratuidade, revoga 
e que não revoga a gratuidade, são estes os quatro tipos de decisões 
previstas na lei e nenhuma delas é uma sentença, mas nada obstante 
isso, a lei de gratuidade dizia que elas eram impugnadas por apelação, 
como que a apelação ia subir se os autos estão aqui em baixo, além 
disso, a decisão que concede a gratuidade não é recorrível, porque a 
outra parte tem que impugnar, com o pedido de revogação, caberá 
recurso da decisão que nega a revogação, então veja o que a doutrina 
dizia para dar razoabilidade a este dispositivo, ela dizia que só caberia 
apelação se a decisão fosse proferida em autos apartados e quais era 
estas decisões? A decisão sobre revogação ou concessão superveniente 
da gratuidade. 
O NCPC resolveu todos estes problemas, revogou o artigo 17 e 
organizou o sistema recursal sobre gratuidade da justiça. 
Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que 
acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto 
quandoa questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá 
apelação. A decisão que rejeita o pedido de revogação não é 
impugnável por agravo, mas poderá ser combatida lá na apelação. Se 
deferiu a parte tem que pedir a revogação, então ou se acolhe ou não, 
portanto agravável ou não. 
§ 1º O recorrente estará dispensado do recolhimento de custas 
até decisão do relator sobre a questão, preliminarmente ao julgamento 
do recurso. 
§ 2º Confirmada a denegação ou a revogação da gratuidade, o 
relator ou o órgão colegiado determinará ao recorrente o recolhimento 
das custas processuais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de não 
conhecimento do recurso. 
 
O agravo de instrumento deixou de ser um recurso para qualquer 
decisão interlocutória, para ser um recursos de decisões típicas e os 
casos destes artigo são dois casos. 
O agravo de instrumento ( indeferimento da gratuidade ou 
revogação) tem efeito suspensivo automático é um caso atípico, assim 
não tenho que recolher as custas até que se decida. 
e) Efeitos da decisão de revogação. 
Eficácia retroativa. 
Art. 102. Sobrevindo o trânsito em julgado de decisão que revoga 
a gratuidade, a parte deverá efetuar o recolhimento de todas as 
despesas de cujo adiantamento foi dispensada, inclusive as relativas 
ao recurso interposto, se houver, no prazo fixado pelo juiz, sem 
prejuízo de aplicação das sanções previstas em lei. 
Parágrafo único. Não efetuado o recolhimento, o processo será 
extinto sem resolução de mérito, tratando-se do autor, e, nos demais 
casos, não poderá ser deferida a realização de nenhum ato ou 
diligência requerida pela parte enquanto não efetuado o depósito. 
 
O regulamento sobre o benefício da gratuidade da justiça passou 
por significativas mudanças, agora não é só gratuidade, mas sim uma 
facilitação do acesso a justiça. 
ENUNCIADOS DO FÓRUM PERMANENTE DE PROCESSUALISTAS CIVIS: 
113. (art. 98) Na Justiça do Trabalho, o empregador pode ser 
beneficiário da gratuidade da justiça, na forma do art. 98. (Grupo: 
Impacto do CPC no Processo do Trabalho) 
 245. (art. 99, § 4º, 15). O fato de a parte, pessoa natural ou jurídica, 
estar assistida por advogado particular não impede a concessão da 
justiça gratuita na Justiça do Trabalho. (Grupo: Impacto do CPC no 
processo do trabalho)

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