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Resumo Daniel Assumpção - GRATUIDADE DE JUSTIÇA

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Gratuidade de Justiça 
- Resumo Cap. VI- 
Beneficiários da assistência judiciária 
➢ Art. 98, CPC 
➢ Pessoa física ou jurídica, estrangeiras ou nacionais com insuficiência de recursos. 
➢ Não há necessidade de ter residência fixa no Brasil 
➢ A pessoa jurídica tem direito à gratuidade, desde que efetivamente comprovasse a 
impossibilidade de arcar com as custas, NÃO HAVENDO PRESUNÇÃO (§3º, 99, CPC) 
➢ É um direito pessoal, não se estende a litisconsortes ou sucessores do beneficiário 
➢ Não beneficia também o recorrente adesivo quando o recorrente principal for 
beneficiário da gratuidade de justiça 
Benefício da gratuidade 
➢ Entende-se que a insuficiência de recursos prevista pelo dispositivo ora analisado se 
associa ao sacrifício para manutenção da própria parte ou de sua família na hipótese 
de serem exigidos tais adiantamentos. 
➢ Art. 98, §1º dispõe os objetos protegidos pela gratuidade, sendo este um rol ampliativo 
➢ Compreende custas e taxas judiciais, selos postais, as despesas com a publicação na 
imprensa oficial, a indenização divida à testemunha (mesmo a parte não sendo 
beneficiária da gratuidade, estará isenta do pagamento de diária em razão do múnus 
público da testemunha, de forma que a isenção deve ser compreendida quanto as 
despesas da testemunha para comparecer a audiência), e as despesas com a 
realização de exames essenciais, entre outras. (OLHAR ART. 98, CPC) 
➢ A gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas 
processuais que lhe sejam impostas. 
➢ Havendo duvida fundada quanto ao preenchimento atual dos pressupostos para 
concessão da gratuidade, o notário ou registrado, após praticar os atos, pode 
requerer ao juízo decidir questões notariais ou registrais, a revogação total ou parcial 
do beneficio ou seu parcelamento (o pedido deve ser dirigido ao juízo competente 
para decidir questões notariais e registrais e não o que concedeu a gratuidade) 
➢ O pedido notarial só o afeta, não podendo ter revogação da gratuidade em outros 
atos pelo juiz que o processo tramita 
 
Gratuidade e adiantamento de honorários periciais 
➢ Como os honorários periciais tem natureza de despesa processual é indiscutível a 
isenção do beneficiário da gratuidade da justiça de seu pagamento., de modo que a 
jurisprudência indicou a Fazenda pública como responsável pelo adiantamento e 
pagamento dos honorários periciais porque é a ele conferida obrigação de prestação 
de assistência aos necessitados. (art. 95, CPC) 
➢ §3º, 95, CPC, apesar de prever regra somente para o pagamento da verba pericial, 
portanto um dever do vencido, a regra ali se aplica também para o adiantamento 
quando a pericia for pedida pelo beneficiário da gratuidade. 
➢ Se o beneficiário for o vencedor da demanda, cabe ao vencido ressarcir o Estado 
pelas despesas arcadas por ele na realização da perícia. 
➢ É VEDADO a utilização de recursos do fundo de custeio da DP para fins do §3º 
Concessão parcial de gratuidade e parcelamento 
➢ Art. 98, §5º CPC 
➢ A concessão da gratuidade pode ser parcial 
➢ Possibilidade de concessão para ato especifico ou redução do percentual de despesas 
➢ §6º, o juiz pode conceder parcelamento de despesas que o beneficiário tiver que 
adiantar no curso do procedimento. 
➢ STJ→ Essas formas de concessão de gratuidade parcial buscam prevenir a utilização 
indiscriminada da prerrogativa 
➢ A concessão será sempre pessoal 
➢ Há previsão de que se o recurso, mesmo interposto pela parte, versar sobre 
exclusivamente honorários advocatícios, o preparo deverá ser recolhido, salvo se o 
advogado também demonstrar direito a gratuidade (99, §5º CPC) 
Condenação do beneficiário da gratuidade 
➢ A parte beneficiaria continua a ser condenada a pagar as verbas de sucumbência, 
art. 98, §2º CPC. 
➢ Suspenção de exigibilidade pelo prazo de cinco anos contados do trânsito em julgado, 
período em que a cobrança se legitimará se o exequente demostrar que a situação 
de insuficiência deixou de existir, o que pode ser feito no próprio cumprimento de 
sentença, sem ação autônoma. (ao fim desse prazo, a obrigação será extinta) 
➢ Não está incluída no rol do dispositivo a isenção do pagamento de multas processuais 
aplicadas ao beneficiário da assistência. (art. 98§4º) 
Procedimento 
1.1 Forma do pedido de concessão da gratuidade 
▪ Petição inicial 
▪ Contestação 
▪ Petição para ingresso de terceiro 
▪ Recurso 
▪ Por petição simples, nos autos do próprio processo. 
▪ Art. 99,§7º → Sendo requerido a gratuidade em recurso, o recorrente será 
dispensado de comprovar o recolhimento do preparo, no caso de indeferido, 
deve conceder prazo para o deposito. 
▪ O procedimento a cima já vem sendo adotado nos Juizados Especiais, 
quando a parte requer a gratuidade em recurso inominado. 
▪ A decisão do relator pelo indeferimento da gratuidade, se impugnada por 
agravo interno, o prazo não será suspenso ou interrompido, salvo quando 
previsto em lei ou proferida decisão nesse sentido, e para o relator 
suspender efeito não previsto em lei, é necessário provar grave lesão e 
probabilidade de provimento do recurso. 
▪ Não há previsão para pedido de forma oral, mas com o principio da oralidade, 
seja possível ao juiz aceitar o pedido oral elaborado em audiência. 
 
1.2 Indeferimento do pedido 
▪ Art. 99§2º → O juiz só poderá indeferir se houver nos autos elementos que 
evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão da gratuidade. 
▪ Presunção de veracidade da alegação de insuficiência 
▪ Sempre dependerá do caso concreto a evidencia da falta de pressupostos, 
porém o §4º do Art. 99 CPC prevê que a assistência do requerente por 
advogado particular não impede a concessão de gratuidade. E mesmo o 
renome do advogado afasta essa realidade, pois a concessão pode ter se 
dado exclusivamente ad exitum 
1.3 Deferimento do pedido 
▪ Art. 100 CPC 
1.4 Impugnação à decisão concessiva do beneficio 
▪ A parte contraria poderá oferecer impugnação em contestação, replica, 
contrarrazoes de recurso ou nos casos de pedido superveniente ou 
formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser apresentada no 
prazo de 15 dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão. 
1.5 Instrução probatória 
▪ Embora sem previsão, sendo necessária a produção de prova todos os 
meios serão admitidos, respeitando os princípios do contraditório e ampla 
defesa 
1.6 Revogação do beneficio 
▪ Revogado, a parte arcará com as despesas processuais que deixou de 
adiantar em razão da gratuidade. 
▪ Havendo má-fé, sofrerá sanção de multa de até o décuplo do valor de tais 
despesas, no caso em que a Fazenda pública Estadual ou Federal a credora, 
poderá inscrever o valor da multa em divida ativa e sem pagamento, 
ingressar com execução fiscal. (art. 100, parágrafo único) 
1.7 Recorribilidade 
▪ Cabe agravo de instrumento contra decisão interlocutória que indeferir a 
gratuidade ou acolher a revogação. 
▪ Se a decisão sobre gratuidade for em sentença, o recurso cabível será 
apelação. 
▪ Havendo recurso contra decisão que acolhe impugnação, a parte beneficiaria 
da gratuidade está dispensada do recolhimento até decisão do relator. 
▪ Sendo confirmada a denegação, determinará o recolhimento das custas no 
prazo de 5 dias. 
Trânsito em julgado da decisão que revoga a gratuidade 
➢ As consequências da revogação estão previstas no art. 100, parágrafo único e 102 
CPC 
➢ Caso não haja pagamento, o processo será extinto sem resolução de mérito, 
tratando-se de autor.