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MARCELA DE SOUZA SILVA FICHAMENTO Março de 2016 REFERÊNCIA PARCIAL SOBRE OBRA INTRODUÇÃO WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Tradução de M. Irene de Q. F. 13ºed. São Paulo: Pioneira, 1999. Trata-se de um livro que aborda a questão da ascensão do capitalismo através do aspecto da religião protestante correspondente ao período dos séculos XVI e XVII. Porém, na obra ele também faz abordagens aos séculos XIX e XX. Segundo Wolfgang Schluchter, a obra Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (EPEC) é uma objetivação metodológica de Weber que percorreu através de suas análises sobre a economia política, pois era assim que a incipiente ciência social se desenvolvia como campo de abordagem. Weber entendia a economia política como uma ciência de abordagem cultural, isto é, de cunho individual, ao contrário das ciências naturais (como pode-se sugerir a economia, matemática). Para se estudar a economia política e as ciências sociais, acreditava Weber que, era preciso entender a cultura, e como esta é oriunda de várias relações causais (causas internas e externas). Por isso, ele realiza uma investigação histórica, por ser somente através desta que se pode revelar as relações causais. Dito isso, Weber percebe que as causas internas correspondem as ideias filosóficas presente nos ideais cristãos, como a moralidade, etc. E que ao que tange as causas externas percebemos ser de características ideológicas econômicas decorrentes do modo de vida burguês. E que por fim acabam se fundamentando em dois aspectos básicos para entendermos a relação da ascensão capitalista com a filosofia cristã protestante: ideia de Deus e o sucesso. Primeiro, na ideia de Deus temos a ideia de destino. Assim Deus tem o poder de determinar quem é salvo, bem-sucedido e quem não é. Segundo, o sucesso é equivalente a salvação de Deus e ele é entendido quando se há riqueza, êxito. Questão lógica. Cabe ressaltar que em EPEC Weber vai principalmente pesquisar as causas internas. A referência deste resumo encontra-se em: SCHLUCHTER, Wolfgang. A origem do modo de vida burguês. Tradução de Jessé Souza. In; SOUZA, Jessé (org.). O malandro e o protestante: a tese weberiana e a singularidade cultural brasileira. Brasília: Editora UnB, 1999 (p. 121-136). CONTEXTO DE ESCRITA DA OBRA WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Tradução de M. Irene de Q. F. 13ºed. São Paulo: Pioneira, 1999. É uma obra escrita entre os anos de 1904-1905, quando Weber (1864-1920) possuía 41 anos. Depois a obra foi revisada em 1920 – não sei se foi antes ou depois de sua morte. Inicialmente foi publicada em duas partes inconclusas, completadas nos anos seguintes aos seus estudos sobre judaísmo primitivo e religiões asiáticas. Introdução do Autor (p. 1-15*). WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Tradução de M. Irene de Q. F. 13ºed. São Paulo: Pioneira, 1999. Por método, ele se utiliza da introdução para explicar três¹ coisas que pretende abordar na obra: Seu objeto: o capitalismo (p. 24-29); REFERÊNCIA PARCIAL SOBRE OBRA 2 Restrição do seu objeto: o capitalismo no Ocidente – e daí ele tem que fazer uma defesa do porque o capitalismo do Ocidente e não outro (p. 21-24 e 29). Aí ele vai elencar 5 razões para isso: 1) Sistema de pensamento racional, como por exemplo, a jurisprudência, as artes, a arquitetura (p. 25). 2) Instituições de educação superior, a qual ele entende gerar o funcionário público (p. 23). 3) Organização de grupos políticos e sociais (p. 23). 4) Ação econômica capitalista (p. 24-29). Que daqui se desencadeiam mais seis aspectos ocidentais propriamente capitalistas que, segundo Weber, fortalecem o capitalismo: 1) a troca – “aquisição sem ser pela força” (p. 24). Trata-se de uma questão racional que está ligada a um ajuste de cálculo, isto é, uma relação que estabelece mediante acertos de recursos ou de serviços acertados com início e fim segundo aquisições singulares; 2) a racionalização do cálculo: a contabilidade (p. 25). E promovem valores com pesos e medidas; 3) a organização do trabalho livre (p. 26 e 28); 4) organização racional da indústria que separou os negócios da moradia e constituiu a fixação da contabilidade (p. 27); 5) organização da comercialização (p. 27) – “o desenvolvimento de títulos negociáveis e a racionalização da especulação, das trocas”; 6) ciência moderna (p. 29) a qual possibilitou o desenvolvimento das tecnologias favorecendo as aplicações práticas do capitalismo. 5) Estruturas racionais de leis e administração (p. 29). Ethos: o conjunto de ética que se baseia na religião protestante que motiva a ascensão do capitalismo (p. 30-33). [CONCLUSÃO] Esta introdução destina-se a esclarecer o leitor do que o autor entende por Ocidente e mais especificamente elencar as razões pelas quais ele se utiliza para explicar tal fenômeno. Quanto ao conjunto de ética é o que ele mais irá desenvolver na obra, por isso seu pouco espaço aqui. *Assim considerado por que na cópia do texto xerocado há duas versões diferentes de edições, porém, não identificadas. Portanto, me guiarei pela 13º edição. Todavia, me refiro aqui às páginas xerocadas. O correspondente na xerox é p. 21-33. ¹Enumeradas aqui, mas que não significam ser hierarquizadas. Capítulo 1: Filiação religiosa² e estratificação social (p. 19-27). WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Tradução de M. Irene de Q. F. 13ºed. São Paulo: Pioneira, 1999. (Capítulo 1: Filiação Religiosa e Estratificação Social. p. 19-27**). Quanto à questão da filiação religiosa Weber vai tratar que entre católicos e os protestantes estes últimos eram mais voltados e bem-sucedidos nos negócios do que os católicos. Uma das razões que ele atribui são: REFERÊNCIA PARCIAL SOBRE OBRA 3 por determinações históricas (p. 19), riqueza herdada, pela “situação natural” – que entendo como sendo por localização geográfica favorável (p. 20) –, educação (p. 21), divisão social do trabalho (p. 22) – que aqui ele fala de atributos diferentes entre os religiosos; os católicos seguem para o artesanato (estes que acabam por participar menos da vida mercantil moderna) enquanto os protestantes seguem para as fábricas. E partir daí ele faz uma relação de causas internas e reforça na página 23. Ele entende o calvinismo como ramo do protestantismo (p. 26). Quanto à estratificação social, ele faz um apanhado de que a religião protestante está mais dispostas ás causas do comercio. Assim pode-se fazer uma ligação entre o modo vida “burguês” e o processo de estratificação social. Todavia, essa característica fica mais evidentes nas seguintes passagens: Página 25; não é por uma condição social que se adere a uma religião, mas por outras causas. Porém, é nítido a relação de quem está, no exemplo dele, no calvinismo pertencer a uma determinada classe social. [CONCLUSÃO] Entendo, que a todo momento ele faz uma explicação quanto à relação entre a filosofia de vida, no caso, a adoção da vida cristã, e como essa filosofia influencia a vida prática, a ação – isto é, aquelas que podem ser compreendidas como causas internas. Dito isso, podemos ir aos exemplos que ele coloca neste capítulo: foco do trabalho dos protestantes a cargos administrativos, que estão ligados aos ideias da religião e do conceito de “materialismo resultante da secularização de todas os ideais” (p. 22 e 23). Essa vida religiosa esteve presente um atrelamento as práticas comerciais que foram melhor absorvidas pelos protestantes (p. 26). Citação da não voluntariedade de participaçãomilitar por conta de uma filosofia religiosa (p. 26). Ao fim na página 27 ele entende que é preciso seguir pela pesquisa das causas internas e históricas, o que chamou de “penetrar nas características peculiares e nas diferenças entre aqueles grandes mundos de pensamentos religioso”. **Aqui me utilizo da cópia em pdf, a qual segue a referência da obra. A menção das páginas desta ficha adota, portanto, a sequência das páginas referentes à versão pdf. Na versão xerocada corresponde às páginas 29-39. ² Na versão xerocada o texto traduz-se em “Confissão religiosa”. Capítulo 2: O “espírito” do Capitalismo (p. 41-69***). WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Tradução de M. Irene de Q. F. 13ºed. São Paulo: Pioneira, 1999. (Capítulo 2: O “espírito” do Capitalismo. p. 41-69). Neste capítulo Weber trata do conceito de espírito para o capitalismo, isto é, uma significação cultural para tal juízo. O espírito aborda, portanto, um conjunto de ética que regula e determina aquilo que é próprio do capitalismo. Como método, Weber retoma um trajeto histórico para poder dar uma definição mais concisa de espírito capitalista. Ele faz o seguinte percurso³ de explicação: Ética capitalista utilitária (p.42-48); uma ética baseada nos preceitos da cultura americana cuja a máxima é o jamais deixa-se faltar com dever. Na obra há as citações de Benjamim Franklin (1706-1790), o qual é entendido como o difusor destes ideais. Quanto à ideia do dever, agrupam-se os conceitos de virtude, honra, ideia de profissão como vocação4 (p. 47; retomada nas p. 54, 56, 64). Seleção econômica (p. 48 e 49); um atributo do capitalismo hodierno e que favorece o surgimento dos sujeitos econômicos, os pré-capitalistas, os quais caracterizam-se pelas atividades mercantis mais individualizadas. REFERÊNCIA PARCIAL SOBRE OBRA 4 Pré-capitalismo (p. 49-53), a mesma fase de cima, mas aqui abordada por sua determinação histórica; O tradicionalismo (p. 51-60), que é a fase da compreensão do capitalismo pelo sentido de vida, isto é, pela ideia de natureza humana, estilo de vida, satisfação das necessidades, ganho, etc.; Racionalismo econômico – que é uma ideia inicial de Sombart5 (p. 67-69) – a qual ele vai juntar todas essas características supracitadas e redimensionar para o sentido do espirito capitalista atual como o entendido hoje, mais especificamente ligado ao sentido da vocação e do dever. Da página 61-69 ele vai terminando o capítulo e dando um sentido mais especifico ao que é o espírito. [CONCLUSÃO] Neste capítulo Weber faz uma explanação do que ele conceitua como sendo “espírito” para o capitalismo. Ele parte do princípio de se perguntar como algo ligado ao não material tem a ver com o que é material por excelência? Qual é esse espírito? E daí ele vai fazer um percurso que visa o entendimento de que as necessidades humanas estão inteiramente e moralmente ligadas à um sentido de vida. Nisto, o conceito de vocação (vejo eu ser) o mais importante para a compreensão do que seja o espírito do capitalismo. Logo, são dois sentidos importantes: 1) O ganho do dinheiro por si mesmo; “aumento de suas posses como fim em si mesmo”. 2) O sentido de vocação para o trabalho, aquilo que se entende como indispensável a vida. ***Referência as páginas da xerox. ³ Isto não quer dizer que um exclua o outro, podem existir concomitantemente. 4 Sobre vocação ele irá falar mais no Capítulo 3: “O conceito de vocação em Lutero. O objetivo da pesquisa” (p. 71-83). Neste fichamento reserva-se a partir das páginas *. 5 Werner Sombart (1863-1941) amigo e contribuinte de Weber em suas teorias. Capítulo 3: O conceito de vocação em Lutero. O objetivo da pesquisa. (p. 71-83****) WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Tradução de M. Irene de Q. F. 13ºed. São Paulo: Pioneira, 1999. (Capítulo 3: O conceito de vocação em Lutero. O objetivo da pesquisa. p. 71-83). Aqui, Weber metodologicamente parte da ideia de que existe algo na interpretação, ou tradução da bíblia de Lutero o qual motiva ou favorece o sentido de vocação como aquele que tem por fim a atividade capitalista profissional (Buref). A partir disso, ele vai traçar toda uma coletânea de explicação dessa indagação a qual fica evidente duas fases: 1) Lutero e o protestantismo (p. 71-78) – a ideia de vocação virá das seguintes reflexões: Uso da linguagem (conotação pessoal) na tradução da bíblia (p. 71, 72, 75#); Tradição medieval de Tomás de Aquino (1225-1274) em fé e obras – obras confirmam uma característica cristã, o amor ao próximo e por esse sentido ela é, na verdade, apenas utilitária (p. 73); O sentido de vocação religiosa influenciando a dinâmica profissional (p. 75) – qual aparece empregada na máxima: “o pão nosso de cada dia nos dai hoje”, relacional a um sustento sem acúmulos; Do tradicionalismo religioso para o tradicionalismo econômico (p. 76-78) – Como Lutero acreditava em destinação por ser um seguido de Agostinho, cria ele que o homem estava destinado a salvação e a comprovação deste destino é através do que se chama estado de graça (p. 76) – equivale a uma bem-aventurança evidenciada por uma prosperidade econômica. Destinação (p. 77); REFERÊNCIA PARCIAL SOBRE OBRA 5 Estado de graça (p. 76). Todavia, Weber ressalta que Lutero não é incentivador de um trabalho como princípios religiosos (p. 77), ou de um “espírito capitalista” (p. 74), na religião de Lutero a reorganização do trabalho não teve uma significância prática (p. 78). 2) O calvinismo e uma ação terrena (p. 78-81): O calvinismo foi a que melhor reproduziu uma relação entre a vida religiosa e ação terrena6 (p. 79); Devotamento puritano do mundo com uma missão (p. 80). 3) E uma fase da conclusão que vai nas páginas 81 a 83 – a qual ele mostra ainda desenrolar o assunto no restante do livro. Na conclusão, ele vai principalmente advertir: Que os reformadores não estavam precisamente interessados em produzir um novo tipo de cultura da profissão, “cultura ética” (p. 81); Os efeitos da reforma foram de consequências imprevistas (idem); O espirito capitalismo não é resultado da reforma, pois os negócios capitalistas são mais anteriores a eles (p. 82); É preciso aprofundar mais sobre quais motivos religiosos possibilitam uma ética capitalista (p. 83). [CONCLUSÃO] Em “O conceito de vocação em Lutero. O objetivo da pesquisa”7, Weber quer compreender como Martinho Lutero8 (1504-1583) pode, de certa forma influenciar tanto o sentido de vocação, se foi através da sua tradução da bíblia ou se foi por outros motivos. Disto tiramos algumas conclusões: 1) Weber não atribui a Lutero ser o influenciador do espírito do capitalismo ou de uma vocação para o trabalho como uma necessidade religiosa; 2) Uma ética religiosa baseada em um sentido profissional de devotamento, amor ao próximo, providência, ausência de ambição, não são suficientes para explicar uma ética capitalista. 3) Nesse capítulo ele ressalta que o calvinismo está mais para isso – por que ele entende o calvinismo como uma seita originaria do protestantismo, e no capítulo 4 é onde ele irá discutir mais sobre a afinidade entre a conduta moral e a religião. ****Páginas da xerox. # Na página 75 é onde mais especificamente Lutero faz uma tradução orientada, segundo Weber. 6 O calvinismo aparece assim devido a seus preceitos de predestinação divina do céu ou do inferno. Sendo assim como sinal de destinado ao céu o indivíduo era motivado ao trabalho constante e intenso que produziria uma prosperidade econômica. Deste modo o acumulo de riquezas era uma possibilidade. Concepção que favoreciam em muito a ascendenteburguesia. 7 Título no PDF e referência de 1999, “A concepção de vocação de Lutero; Tarefa de investigação” (p. 52-62). 8 Cabe ressaltar que Lutero era um tradicionalista católico, isto é, ele seguia determinadamente os preceitos da igreja católica se irando contra aquilo que, para ele, não fazia parte do que era a igreja como por exemplo a cobrança das indulgencias. Em segundo lugar, Lutero também era um seguidor da filosofia de Santo Agostinho (354-430). Nela a religião é defendida como atributo da fé, exclusivamente, e assim, tem-se a crença de que a salvação seria por uma destinação divina. Capítulo 4: Fundamentos religiosos do ascetismo laico (p. 65-109##) WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Tradução de M. Irene de Q. F. 13ºed. São Paulo: Pioneira, 1999. (Capítulo 4: Fundamentos religiosos do ascetismo laico. p. 65-109). REFERÊNCIA PARCIAL SOBRE OBRA 6 Neste capítulo às páginas 65, 66 e 67 ele faz uma breve introdução que destina-se a discorrer sobre o percurso histórico do que ele chamou de seitas religiosas. Falará de quatro especificamente: 1) Calvinismo, 2) Pietismo, 3) Metodismo e 4) movimento Batista (p. 65). Mas cabe ressaltar que o que ele faz nada mais é do que um produto de tipos ideais. 1) Calvinismo (p. 67-90) – Séculos XVI e XVII, nos países capitalistas desenvolvidos; possui uma ligação forte com a política; A partir da página 68 ele cola citações de um conjunto de regras do calvinismo, citamos as principais: Capítulo III, nº 3 – sobre a eterna finalidade de Deus (p. 69); diz que alguns homens são predestinados à vida eterna; ou seja, critério de destinação de Santo Agostinho em Lutero. Nº 5 – Aqueles que estão predestinados à vida possuem a manifestação da livre graça e amor, sem a necessidade de expressão em obras (idem); isto é, aquele sinal de salvação através do trabalho e acúmulo. Capítulo X, nº 1 – Deus dá um coração de carne no lugar do de pedra (idem); quer dizer, a necessidade de compaixão com o próximo, prestação de serviços9; Doutrina da predestinação (p. 70-76,) – “dom da graça” (p. 70); Página 71 ele vai falar de como as pessoas se relacionam com o sentimento de destino – sentimento de solidão individual, individualismo, não seria a igreja que o conduzia a vida eterna, mas um produto de suas práticas pessoais (p. 72); O desaparecimento da confissão como efeito de um isolamento (p. 73) – aí ele aponta como uma das causas a racionalização da vida moral, no calvinismo o interesse é na conduta moral do homem que o compreendida em todas as suas atividades de vida, ao contrário do católico que já se completava em algumas obras (p. 81 e 82) – Ascetismo10; O mundo e a organização social servem para a glorificação de Deus (p. 75) – o amor ao próximo, nesta página toda a explicação sobre esse conceito; Página 77 – sobre a recomendação intensa da prática profissional como demonstração e confirmação da escolha divina; “Deus ajuda quem se ajuda” – fica evidenciado pela convicção da escolha (p. 80); Ascetismo cristão (p. 82-) – o objetivo é aumentar a gloria de Deus no mundo (Deus, neste caso é transcendental) e por isso o indivíduo se submete a um autocontrole continuo de vida por uma ética moral em respeito a Deus (p. 83); Processo de santificação da vida (p. 87) – critério principal é a racionalidade, pois seria preciso um controle sob toda a prática cotidiana, daí ele vai chamar isso de doutrina da prova; 2) Pietismo (p. 90-98) – Holanda, Inglaterra (p. 90) e Alemanha; plano emocional. Também possui como critério o ideal da predestinação (p. 90); Fé exclusiva – livre interpretação, prova de fé pela conduta (p. 91); Desejavam uma separação da chamada igreja dos teólogos (p. 91) e deveriam ter a sensação de separação do mundo; REFERÊNCIA PARCIAL SOBRE OBRA 7 Parece que vivem em comunidades, tentam viver livre das tentações do mundo, possuíam um ascetismo intensificado (p. 91); Principal característica é o emocional – Weber diz que os petistas desenvolviam um prazer pela própria salvação, nisso podiam despertar uma patologia neurótica, em um estado de semiconsciência (p. 91), uma sistemática vida de santidade; Desfavorável a uma prática trabalhista (p. 92); Afastamento da doutrina da predestinação (p. 92) – ao invés disso, um dos teóricos do Pietismo, Spener, prega que era necessário um retorno à doutrina de fé e obras (p. 93); A defesa do ideal petista, em Weber é a necessidade de salvaguardar dois critérios (p. 93): Sinal de graça e perfeição do indivíduo pela desenvolvimento metódico ascetista; Se o indivíduo é perfeito e certo ele, portanto, merece a providência de Deus. Aristocracia dos eleitos, teoria do Terminismo – a graça é oferecida apenas uma vez (p. 94); A racionalização da vida foi menos intensa no Pietismo, eram mais valorizadas as atitudes de humilhação e abnegação (obras) (p. 96); 3) Metodismo (p. 98-101) – movimento anglo-americano, emoção e ascetismo, criada por John Wesley por volta da década de 1770; Auto-evidência – perdão dos pecados por meio de uma certeza própria (p. 99); Sensação de que a graça podia ser perdida (p. 100); Conceito de regeneração (p. 100) – certeza emocional de salvação pela fé, diminui-se a graça, convicção meios externos de graça; O sentimento de pecado é o principal, é através dele que o estado de graça e a doutrina da predestinação vão se sobressair (p. 101); Baseado nos preceitos de fé e não de obras. 4) Movimento Batista (p. 101-109) – é uma seita que mais se diferencia do calvinismo (p. 102), o objetivo principal era a demonstração da fé por um ritual especifico, o batismo “espiritual” (idem), o “dom de salvação”, que era individual (p. 103); Baseava-se na interpretação do sentimento de Espírito divino (fé exclusiva) (p. 104); Autoridade única da bíblia (idem); [CONCLUSÃO] É mais especificamente neste capítulo que ele vai elucidar sobre a conduta moral e estilo de vida. E para isso a sua defesa nesse capitulo é que é necessária uma compreensão maior do “conjunto das ideias originais”. Ele vai fazer uma separação dessas “seitas” segundo dois critérios: aquelas religiões que baseiam-se na fé exclusivamente (Santo Agostinho) e aquelas que firmam-se na fé e nas obras (Tomás de Aquino). Partindo deste princípio, percebemos que o valor de fé exclusiva possibilita essa necessidade maior de convicção da salvação, onde há uma valorização intensiva da ação moral, enquanto que na atribuição das obras tem uma sensação de que elas sejam suficientes. Outra questão é quanto ao desenvolvimento das doutrinas da predestinação nas práticas das “seitas” protestantes. REFERÊNCIA PARCIAL SOBRE OBRA 8 9 Ele vai conceituar esse termo como: “serviço em prol da organização racional do nosso ambiente social” (p. 75). 10 Para lembrar: o ascetismo é uma doutrina que prega o autocontrole entre o corpo e mente.
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