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Capitulo IV Estatística Quântica Cap. 13 Alonso & Finn - Volumen III Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Introdução • Na 1ª parte do curso, tratamos de sistemas formados por partículas “clássicas”, considerando que elas eram idênticas e indistinguíveis mas sem qualquer exigências de simetria em relação a distribuição das partículas nos diferentes estados. • No entanto, no domínio quântico, as partículas devem obedecer certas condições de acordo com o spin das partículas. – Partículas de spin semi-inteiro, chamadas de Fermions, tem que obedecer o Princípio de exclusão de Pauli. Um sistema composto de vários fermions idênticos tem função de onda antisimétricas em relação a troca de duas partículas. Este tipo de sistema obedece a Estatística de Fermi-Dirac. – Partículas com spin inteiro, chamadas de Bósons, não precisam obedecer o Princípio de exclusão e seguem a Estatística de Bose- Einstein. 2 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Lei de Distribuição de Fermi-Dirac • Conjunto de N férmions: – Partículas idênticas, – Indistinguíveis, – Devem obedecer o princípio de exclusão. • Não pode haver duas partículas no mesmo estado dinâmico (com o mesmo conjunto de números quânticos) • A função de onda do sistema completo deve ser anti- simétrica. 3 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Se duas partículas não podem estar no mesmo estado quântico, a única forma de ter ni partículas com energia Ei, é se o estado Ei for degenerado: – Cada estado do sistema é indexado por um conjunto de números quânticos mas a energia depende somente de alguns deles. – Ex1: partícula num campo central: • a energia depende de n e l, e um estado genérico qquer do sistema dependerá de pelo menos 3 números quânticos: n, l e ml. • Cada valor de energia do sistema esta associado a (2l +1) estado com ml diferentes. – Ex2: átomo hidrogenóide • A energia depende somente de n, em primeira aproximação. • Para cada En, haverão n-1 estados com l diferentes, para cada conjunto n,l haverão 2l+1 estados e para cada conjunto n, l e ml haverão dois estados com ms= ½ • Então: – degenerescência probabilidade intrínseca gi. – ni ≤ gi – Probabilidade intrínseca gi esta associada com o número máximo de férmions que podemos acomodar em cada estado de energia Ei. 4 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Como é possível acomodar ni partículas em gi estados todos com a mesma energia Ei? – Forma 1: • Combinação de gi elementos tomados ni a ni. – Forma 2: • Teremos gi formas diferentes de colocar a 1ª partícula, (gi-1) de colocar a 2ª, (gi-2) de colocar a 3ª ... (gi-ni+1) de colocar a última. • O número total de formas de colocar as ni em gi estados é então: • Considerando agora que as partículas são indistinguíveis e que tanto faz por qual delas começamos a preencher os níveis, temos: i i i i i i g g ! n n ! g -n ! i i i i i i i i g g g 1 g 2 g n 1 g n ! ! i i i i g n g n ! ! ! 5 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • O número total de formas de obter uma determinada partição, ou seja, de arranjar n1, n2, n3, ...partículas com energias E1, E2, E3, ... é dado por: • Precisamos agora achar a máximo de P, ou o máximo de lnP, que é mais conveniente. Usaremos a mesma idéia da dedução de lei de distribuição de Maxwell-Boltzmann. 31 2 1 2 3 1 1 1 2 2 2 3 3 3 i i i i gg g P n ,n ,n , n g n n g n n g n g n g ni !! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! 6 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 i i i P P= P= P= i ln ln ln ln ln ln ln ln ln ln i i 1 2 3 i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i g ! g ! n ,n ,n , n ! g - n ! n ! g - n ! g g g n n n g - n g - n g - n g g n n g - n g - n i ii i i i i ii i Eq. de vínculo: n dn 0 n E E dn 0 N U i i i i ii i i i i i i E E d dn E dn 0 E dn 0 E 0 1 ln ln ln ln ln ln ln e e i i i i i i i i i i i i i i i i i i i g g n n g n g n n g n n g n n g n g - n Stirling 7 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • O parâmetro α é obtido da condição de conservação do número de partículas e para a grande maioria dos casos α<0. • Definindo uma nova grandeza, εF, chamada de energia de Fermi: • Obteremos então para a Lei de Distribuição de Fermi-Dirac: 1Tk T F k Ei F 1Te k i i g n 8 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Na distribuição de Fermi-Dirac em T=0, todos os estados abaixo de εF são preenchidos totalmente e os estados acima da energia de Fermi estão vazios. – Efeito do princípio de Exclusão !!!! • Na distribuição de Boltzmann, em T=0 todas as partículas ocupavam o estado de menor energia possível !!!! • A εF é uma medida da energia máxima dos Férmions em um sistema. • A temperatura ΘF na qual kΘF=εF é chamada de Temperatura de Fermi. Ei F 1Te k i i g n Ei F i F i F 0 para E 0 para E 0 Te k T 0 lim i F i F para E 0 0 para E 0 i i T 0 g nlim E/εF F 9 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Gás de Elétrons • O sistema de férmions mais importante são os elétrons em um metal. • Qdo elétrons são colocados em um “arranjo periódico de potenciais Coulombianos” (modelo para um sólido cristalino!), os níveis de energia disponíveis para os elétrons são formados por bandas de energia, intercaladas por „regiões proibidas‟ onde nenhum estado é possível 10 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Conceitos Básicos para Semicondutores, Jacobus W. Swart 11 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • As bandas de energia mais inferiores estão cheias de elétrons e permanecem cheias em praticamente qualquer temperatura. • Por outro lado os elétrons que estão na banda superior, na banda de condução, são “elétrons livres”, mais fracamente ligados aos núcleos dos átomos metálicos e estes podem mudar continuamente de estados de energia. • A grande maioria das propriedades elétricas e térmicas dos metais são devidas aos elétrons na banda de condução. • Nos preocuparemos apenas com estes elétrons! 12 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Adotaremos o „nível zero‟ de energia na borda inferior da banda de condução. • Vamos supor ainda que os elétrons nesta banda de condução se comportam como „partículas numa caixa 3D‟. • Como o espectro de energia na banda de condução é praticamente contínuo, vamos trocar: • Devemos também escrever ao invés de ni, a fração dn de elétrons entre a energia E e E+dE: i g g E dE E F 1Te k g E dE dn 13 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Podemos usar o g(E) calculado para as „partículas numa caixa‟ do 1º capítulo lembrando de multiplicar por 2, já que para cada estado E podemos ter dois elétrons com spins ½. • Então: 1 2 3 3 8πV 2m g(E)dE E dE h 1 1 2 E-εF kT 3 3 8πV 2mdn E dE h e + dn dE E 14 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Fermi Energies, Fermi Temperatures, and Fermi Velocities Element Fermi Energy eV Fermi Temperature x 10 4 K Fermi Velocity x 10 6 m/s Li 4.74 5.51 1.29 Na 3.24 3.77 1.07 K 2.12 2.46 0.86 Rb 1.85 2.15 0.81 Cs 1.59 1.84 0.75 Cu 7.00 8.16 1.57 Ag 5.49 6.38 1.39 Au 5.53 6.42 1.40 Be 14.3 16.6 2.25 Mg 7.08 8.23 1.58 Ca 4.69 5.44 1.28 Sr 3.93 4.57 1.18 Ba 3.64 4.23 1.13 Nb 5.32 6.18 1.37 Fe 11.1 13.0 1.98 Mn 10.9 12.7 1.96 Zn 9.47 11.0 1.83 Cd 7.47 8.68 1.62 Hg 7.13 8.29 1.58 Al 11.7 13.6 2.03 Ga 10.4 12.1 1.92 15 Intro Mec Est – Mário