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Capitulo IV Estatística Quântica Cap. 13 Alonso & Finn - Volumen III Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Introdução • Na 1ª parte do curso, tratamos de sistemas formados por partículas “clássicas”, considerando que elas eram idênticas e indistinguíveis mas sem qualquer exigências de simetria em relação a distribuição das partículas nos diferentes estados. • No entanto, no domínio quântico, as partículas devem obedecer certas condições de acordo com o spin das partículas. – Partículas de spin semi-inteiro, chamadas de Fermions, tem que obedecer o Princípio de exclusão de Pauli. Um sistema composto de vários fermions idênticos tem função de onda antisimétricas em relação a troca de duas partículas. Este tipo de sistema obedece a Estatística de Fermi-Dirac. – Partículas com spin inteiro, chamadas de Bósons, não precisam obedecer o Princípio de exclusão e seguem a Estatística de Bose- Einstein. 2 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Lei de Distribuição de Fermi-Dirac • Conjunto de N férmions: – Partículas idênticas, – Indistinguíveis, – Devem obedecer o princípio de exclusão. • Não pode haver duas partículas no mesmo estado dinâmico (com o mesmo conjunto de números quânticos) • A função de onda do sistema completo deve ser anti- simétrica. 3 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Se duas partículas não podem estar no mesmo estado quântico, a única forma de ter ni partículas com energia Ei, é se o estado Ei for degenerado: – Cada estado do sistema é indexado por um conjunto de números quânticos mas a energia depende somente de alguns deles. – Ex1: partícula num campo central: • a energia depende de n e l, e um estado genérico qquer do sistema dependerá de pelo menos 3 números quânticos: n, l e ml. • Cada valor de energia do sistema esta associado a (2l +1) estado com ml diferentes. – Ex2: átomo hidrogenóide • A energia depende somente de n, em primeira aproximação. • Para cada En, haverão n-1 estados com l diferentes, para cada conjunto n,l haverão 2l+1 estados e para cada conjunto n, l e ml haverão dois estados com ms= ½ • Então: – degenerescência probabilidade intrínseca gi. – ni ≤ gi – Probabilidade intrínseca gi esta associada com o número máximo de férmions que podemos acomodar em cada estado de energia Ei. 4 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Como é possível acomodar ni partículas em gi estados todos com a mesma energia Ei? – Forma 1: • Combinação de gi elementos tomados ni a ni. – Forma 2: • Teremos gi formas diferentes de colocar a 1ª partícula, (gi-1) de colocar a 2ª, (gi-2) de colocar a 3ª ... (gi-ni+1) de colocar a última. • O número total de formas de colocar as ni em gi estados é então: • Considerando agora que as partículas são indistinguíveis e que tanto faz por qual delas começamos a preencher os níveis, temos: i i i i i i g g ! n n ! g -n ! i i i i i i i i g g g 1 g 2 g n 1 g n ! ! i i i i g n g n ! ! ! 5 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • O número total de formas de obter uma determinada partição, ou seja, de arranjar n1, n2, n3, ...partículas com energias E1, E2, E3, ... é dado por: • Precisamos agora achar a máximo de P, ou o máximo de lnP, que é mais conveniente. Usaremos a mesma idéia da dedução de lei de distribuição de Maxwell-Boltzmann. 31 2 1 2 3 1 1 1 2 2 2 3 3 3 i i i i gg g P n ,n ,n , n g n n g n n g n g n g ni !! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! 6 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 i i i P P= P= P= i ln ln ln ln ln ln ln ln ln ln i i 1 2 3 i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i g ! g ! n ,n ,n , n ! g - n ! n ! g - n ! g g g n n n g - n g - n g - n g g n n g - n g - n i ii i i i i ii i Eq. de vínculo: n dn 0 n E E dn 0 N U i i i i ii i i i i i i E E d dn E dn 0 E dn 0 E 0 1 ln ln ln ln ln ln ln e e i i i i i i i i i i i i i i i i i i i g g n n g n g n n g n n g n n g n g - n Stirling 7 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • O parâmetro α é obtido da condição de conservação do número de partículas e para a grande maioria dos casos α<0. • Definindo uma nova grandeza, εF, chamada de energia de Fermi: • Obteremos então para a Lei de Distribuição de Fermi-Dirac: 1Tk T F k Ei F 1Te k i i g n 8 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Na distribuição de Fermi-Dirac em T=0, todos os estados abaixo de εF são preenchidos totalmente e os estados acima da energia de Fermi estão vazios. – Efeito do princípio de Exclusão !!!! • Na distribuição de Boltzmann, em T=0 todas as partículas ocupavam o estado de menor energia possível !!!! • A εF é uma medida da energia máxima dos Férmions em um sistema. • A temperatura ΘF na qual kΘF=εF é chamada de Temperatura de Fermi. Ei F 1Te k i i g n Ei F i F i F 0 para E 0 para E 0 Te k T 0 lim i F i F para E 0 0 para E 0 i i T 0 g nlim E/εF F 9 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Gás de Elétrons • O sistema de férmions mais importante são os elétrons em um metal. • Qdo elétrons são colocados em um “arranjo periódico de potenciais Coulombianos” (modelo para um sólido cristalino!), os níveis de energia disponíveis para os elétrons são formados por bandas de energia, intercaladas por „regiões proibidas‟ onde nenhum estado é possível 10 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Conceitos Básicos para Semicondutores, Jacobus W. Swart 11 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • As bandas de energia mais inferiores estão cheias de elétrons e permanecem cheias em praticamente qualquer temperatura. • Por outro lado os elétrons que estão na banda superior, na banda de condução, são “elétrons livres”, mais fracamente ligados aos núcleos dos átomos metálicos e estes podem mudar continuamente de estados de energia. • A grande maioria das propriedades elétricas e térmicas dos metais são devidas aos elétrons na banda de condução. • Nos preocuparemos apenas com estes elétrons! 12 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Adotaremos o „nível zero‟ de energia na borda inferior da banda de condução. • Vamos supor ainda que os elétrons nesta banda de condução se comportam como „partículas numa caixa 3D‟. • Como o espectro de energia na banda de condução é praticamente contínuo, vamos trocar: • Devemos também escrever ao invés de ni, a fração dn de elétrons entre a energia E e E+dE: i g g E dE E F 1Te k g E dE dn 13 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Podemos usar o g(E) calculado para as „partículas numa caixa‟ do 1º capítulo lembrando de multiplicar por 2, já que para cada estado E podemos ter dois elétrons com spins ½. • Então: 1 2 3 3 8πV 2m g(E)dE E dE h 1 1 2 E-εF kT 3 3 8πV 2mdn E dE h e + dn dE E 14 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Fermi Energies, Fermi Temperatures, and Fermi Velocities Element Fermi Energy eV Fermi Temperature x 10 4 K Fermi Velocity x 10 6 m/s Li 4.74 5.51 1.29 Na 3.24 3.77 1.07 K 2.12 2.46 0.86 Rb 1.85 2.15 0.81 Cs 1.59 1.84 0.75 Cu 7.00 8.16 1.57 Ag 5.49 6.38 1.39 Au 5.53 6.42 1.40 Be 14.3 16.6 2.25 Mg 7.08 8.23 1.58 Ca 4.69 5.44 1.28 Sr 3.93 4.57 1.18 Ba 3.64 4.23 1.13 Nb 5.32 6.18 1.37 Fe 11.1 13.0 1.98 Mn 10.9 12.7 1.96 Zn 9.47 11.0 1.83 Cd 7.47 8.68 1.62 Hg 7.13 8.29 1.58 Al 11.7 13.6 2.03 Ga 10.4 12.1 1.92 15 Intro Mec Est – MárioE G Valerio – 2010/2 • Podemos obter εF integrando dn/dE e igualando a N, o numero total de elétrons na banda de condução. • Supondo que εF tem um dependência muito fraca com T, podemos estimar εF integrando em T=0. 1 1 2 E-εF kT 3 3 8πV 2mdn E dE h e + i F i F para E 0 0 para E 0T 0 g Edn dE lim E F 0 01 F T T N e k g E dE dn dn g E g E dE dE 3 2 2 3 2 3 0 2 3 3 3 2 F F F F N . N N N 1 2 3 3 3 3 3 2 3 8πV 2m 8πV 2m E dE h h h h 8m πV8πV 2m 16 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 •Exemplo 13.2: Obter a energia total U de um conjunto de N férmions em T muito baixa. –Para T~0, U dn Edn E dE dE E F 0 01 F T T U e k g E dE dn dn g E Eg E dE dE Ei F i F i F 0 para E 0 para E 0 Te k T 0 lim 1 2 3 3 8πV 2m g(E) E h 0 F U . 3 2 3 3 8πV 2m E dE h 5 2 F U 3 3 16πV 2m 5h i F i F para E 0 0 para E 0T 0 g Edn dE lim 17 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Comparando U com a expressão εF: 5 2 F U 3 3 16πV 2m 5h 2 33 F N 2h 8m πV 3 3 5 5F F U U N E N Energia em um sistema de N férmions Energia média por férmion 18 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Exemplo 13.3: Considere um núcleo atômico como um sistema de férmions a temperatura muito baixa. Determinar a energia cinética média por núcleon. –Usando a expressão de U deduzida no exemplo anterior combinada com a expressão de εF e eliminando εF ... –No núcleo temos dois sistemas de partículas, prótons e os nêutrons. Considerando que os prótons e nêutrons tem aproximandamente a mesma massa, ocupam o volume comum V e que temos Z prótons e N nêutrons podemos escrever para a U total do núcleo: 5 2 F U 3 3 16πV 2m 5h 2 33 F N 2h 8m πV 2 5 3 3 2 3 3 N U V 23h 40m π 2 5 5 3 3 3 2 3 3 t N Z U V 23h 40m π 19 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 –O volume nuclear é dado por: –onde r0 é o raio de cada núcleon e A=N+Z –A energia total pode ser escrita então por: –Considerando que A=N+Z e escrevendo D=N-Z, podemos escrever que N=½(A+D) e Z= ½(A-D). Ou: –Substituindo na expressão de Ut, vem: 3 34 4 03 3 V R r A 2 5 5 5 5 3 3 3 3 3 2 2 3 3 2 3 12 2 3 9 3 74 10 23 4 t t N Z N Z U U c V A c ~ , , 2 2 2 0 3h 40m π 3h J MeV 40mr 4π 1 1 1 1 2 2 D D N A Z A A A 5 5 3 3 5 32 1 1 t D D U cA A A 20 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 –Mas: –Para núcleos com muitos núcleons, normalmente a diferença entre o número de prótons e de nêutrons é pequena. Então a razão D/A é um número pequeno e, em 1ª aproximação podemos truncar a série até segunda ordem em D/A: –Dentro desta aproximação, a energia interna de um núcleo atômico tem dois termos, o primeiro proporcional ao número de núcleons e o segundo é proporcional ao quadrado da diferença entre o no de prótons e nêutrons. 5 3 2 2 2 1 5 5 1 1 1 1 1 2 3 9 n D D D x nx n n x A A A 5 5 5 3 3 3 22 5 5 2 1 2 2 9 9 t N ZD U cA c A c A A 21 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 5 5 5 3 3 3 22 5 5 2 1 2 2 9 9 t N ZD U cA c A c A A 5 5 3 3 1 4 5 2 7 37 2 8 33 9 a c , MeV a c , MeV (MeV) Comparando as duas expressões: 22 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Função Trabalho, Efeito Termoiônico e Potencial de Contacto • Potencial, estrutura das bandas e distribuição de elétrons próximo da superfície de um metal. • Na temperatura ambiente, praticamente só temos elétrons com E≤εF. • Para um elétron sair do metal ele precisa ganhar pelo menos a e energia eΦ. – Efeito fotoelétrico: só tem emissão de elétrons se o fóton incidente tiver energia hν eΦ. eΦ – função trabalho do metal 23 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Quando a temperatura cresce, o número de elétrons com energias maiores também cresce e para altas T existem elétrons que podem ter E> εF+ eΦ e podem escapar do metal. – Efeito termoiônico. • Usando a lei de distribuição de Fermi- Dirac, podemos calcular o número de elétrons que chegam na superfície do metal com energia e direção da velocidade suficientes para escapar. • A corrente termoelétrica assim gerada é dada pela equação de Richardson- Dushman. • Esta eq só é obedecida para valores de T „pequenos‟. Qdo T aumenta, o potencial de trabalho também varia devido ao aumento do número de elétrons com energia suficiente para deixar o metal. • Além disso, a j é altamente dependente das condições da superfície e da orientação da rede cristalina do metal em relação ao potencial aplicado para acelerar os elétrons. e A e e e 2 2e kT kT 3 4πm j = kT T h 24 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Se partirmos da lei de Distribuição de Boltzmann, obteremos uma dependência diferente da corrente termoiônica em função de T. • O Efeito Termoiônico é portanto uma prova direta de que os elétrons seguem a estatística de Fermi-Dirac. 25 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Como ΦB>ΦA, e a energia potencial dos e- fora do metal é zero (se não existe V aplicado!), εF B < εF A. • Em temperaturas normais, temos elétrons preenchendo os estados até a εF de cada um dos metais. Dois metais diferentes A e B, com ΦB>ΦA. Sem contacto Em contacto εF A εF B • Qdo os dois metais são conectados, os elétrons mais energéticos de A migram para B até atingir uma situação de equilíbrio, onde os níveis ocupados das bandas de condução dos dois metais se igualam. • O metal A fica carregado positivamente e o B negativamente! • Este efeito gera uma diferença de potencial ΦB-ΦA e qquer elétron para migrar de A para B sente esta diferença de potencial. 26 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • O fenômeno chamado de Diferença de Potencial de Contacto entre metais diferentes, também depende da temperatura, já que a densidade de elétrons com determinadas energias depende da temperatura segundo a lei de distribuição de Fermi-Dirac. • Este fenômeno está presente nos termopares e na corrosão acelerada em soldas e juntas metálicas. 27 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Lei de Distribuição de Bose-Einstein • Bósons: partículas de spin inteiro – Ex.: fótons, mésons, He4, H2 ... • Partículas „quânticas‟, ou seja, são descritas por funções de onda mas não precisam obedecer o princípio de exclusão. – Funções de onda são simétricas • Sistema de N bósons : – N partículas idênticas – Indistinguíveis – gi degenerescência dos níveis 28 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • De quantas formas diferentes podemos acomodar ni bósons em gi estados todos com a mesma energia Ei? (lembrar que agora são bósons então as partículas podem estar no mesmo estado!) –Uma forma de obter este número é imaginar os ni bósons em uma fila. –A distribuição dos ni bósons em gi „caixas‟ pode ser representado pela distribuição ao acaso de (gi -1) barras de separação. –Desta forma teremos agora (ni+gi -1) objetos em fila que devem ser permutados para produzir diferentes distribuições dos ni bósons em gi caixas. O número de permutações possíveis é (ni+gi -1)! –Como as partículas são idênticas e indistinguíveis, temos que dividir este número por ni! que é o número de permutações das ni partículas. –Permutações envolvendo somente as „barras de separação‟ das caixas também não geram distribuições diferentes então devemosdividir ainda por (gi -1)! –O número total então de formas possíveis de arranjar ni bósons em gi estados é: i i i i n +g 1 n g 1 ! ! ! 29 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • O número total de formas de obter uma determinada partição, ou seja, de arranjar n1, n2, n3, ...bósons com energias E1, E2, E3, ... é dado por: • Precisamos agora achar a máximo de P, ou o máximo de lnP, que é mais conveniente. Usaremos a mesma idéia da dedução de lei de distribuição de Maxwell-Boltzmann. i i 1 2 3 i i n +g 1 P n ,n ,n , n g 1i ! ! ! 30 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 1 2 3 i i i P n ,n ,n , P= P= P= i ln ln ln ln ln ln ln ln ln ln i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i n +g -1 ! n +g -1 ! n ! g -1 ! n ! g -1 ! n +g -1 n +g -1 n +g -1 n n n g -1 g -1 g -1 n +g -1 n +g -1 n n g -1 g -1 i ii i i i i ii i Eq. de vínculo: n dn 0 n E E dn 0 N U i i i i ii i i i i i i i E E d dn E dn 0 E dn 0 E 0 E Como 1 1 ln ln ln ln ln ln ln ln ln : e e i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i n + g -1 n + g -1 n n g -1 g -1 n + g -1 n n + g -1 n n + g -1 n n + g n + g g n n 31 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • O parâmetro α é obtido da condição de conservação do número de partículas. • No caso da distribuição de Bose-Einstein este parâmetro não tem significado especial • Como o número de partículas com uma dada energia é sempre um número positivo, α>0. • A forma final para a Lei de Distribuição de Bose- Einstein: 1Tk iE kT 1e i i g n 32 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Gás de Fótons • Exemplo de aplicação da estatística de Bose-Einstein: radiação eletromagnética emitida por uma cavidade em equilíbrio térmico. – Radiação de corpo negro • Os átomos das paredes da cavidade emitem e reabsorvem radiação continuamente até que a taxa de emissão iguale a taxa de absorção e o sistema entra em equilíbrio. • O espectro da radiação emitida no equilíbrio é bem definido e depende da temperatura da cavidade, para uma dada geometria de cavidade. – O espectro é independente do material do qual é feita a cavidade !!!! • Vamos tratar a emissão da radiação da cavidade com um problema de equilíbrio de um sistema de fótons, ou um „gás de fótons‟. – Os fótons não interagem entre si, somente com as paredes da cavidade – Obedecem a lei de distribuição de Bose-Eisntein 33 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Neste caso porem, o número total de fótons no gás não se conserva já que as paredes da cavidade estão continuamente absorvendo e emitindo fótons, e estas taxas dependem da temperatura. • Para contornar este problema, basta desconsiderarmos a equação de vinculo Σdni=0, que na prática significa fazer o multiplicador de Lagrange α=0 ! • A lei de distribuição então que devemos usar é: iE kT 1e i i g n 34 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Devemos lembrar também, que o espectro de energia dos fótons em uma cavidade de volume V a temperatura T é praticamente um contínuo. De forma que teremos que substituir: • E a lei de distribuição fica então: • Onde dn representa a fração de fótons com energia entre E e E+dE. i i n dn e g g E dE 1 E Te k g E dE dn 35 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Lembrando que a energia do fótons é E=hν • Escreveremos a lei de distribuição em função da freqüência da luz fazendo: • A função g(ν) já foi obtida qdo estudamos Radiação de corpo negro e vale: • Então a lei de distribuição para os fótons em uma cavidade de volume V e temperatura T vale: g E dE g d 2 3 8 V g ν dν= dν c 2 2 1 1e e hν hν kT kT 3 3 8 V dν dn 8 V dn c dν c 36 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • A energia total do feixe de fótons que emerge da cavidade é função da freqüência da luz e é dada por n(ν) x hν. • A densidade de energia por unidade de freqüência da luz e por volume da cavidade é dada então por: • E esta é a famosa equação de Planck usada para explicar a radiação de corpo negro. 3 1e hν kT 3 h dn V dν 8 h c E E 37 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Princípio de funcionamento dos lasers. • Consideremos átomos com dois estados de energia E1<E2. • Em uma determinada temperatura teremos N1 átomos no estado E1 e N2 átomos no estado E2. • Qdo os átomos decaem de E2 para E1, emitem fóton de freqüência tal que hν= E2-E1 • Isto cria um „gás de fótons‟ juntamente com a população de átomos. • Por outro lado a existência de radiação pode induzir a excitação de E1 para E2 com absorção de fótons. Transições radiativas induzidas e espontâneas E2 E1 hν 38 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • A probabilidade de transição espontânea que gera a emissão vamos chamar de A21. • A transição de E1 para E2 induzida pelo campo de radiação deve ser proporcional a densidade de energia da radiação. – Vamos considerar 1ª aproximação que a probabilidade é diretamente proporcional a densidade de energia da radiação, dada por B12E(ν) • A radiação também interage com os átomos que estão no estado E2 e podem induzir transições induzidas de E2 para E1, que terão probabilidade dada por B21E(ν). E2 E1 A21 B12E(ν) 39 +B21E(ν) Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Se num dado instante existem N2 átomos no estado 2, o número de átomos que sofrem a transição do nível 2 para o nível 1 é dada por: • e o número de átomos por unidade de tempo que passa do estado 1 para o 2 é: E2 E1 A21+ B21E(ν) B12E(ν) N2 N1 [A21+ B21E(ν)]N2 [B12E(ν)]N1 40 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Então a variação do número de átomos no estado excitado 2 é dado por dois termos: • No equilíbrio, a taxa líquida de variação da população dos níveis deve se anular e teremos: E E2 12 1 21 21 2 dN = B N A B N dt Absorção Emissão E E 12 1 21 21 2 B N = A B N 41 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Podemos supor que a população dos átomos nos níveis 1 e 2 seguem uma distribuição de Boltzmann de forma que: • Portanto: e e 2 1E -E h 1 kT kT 2 N N e e E E E E E 1 12 21 21 2 h kT 12 21 21 21 12 h kT 21 12 N B = A B N B = A B A B B B 42 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Comparando esta expressão com a deduzida para o gás de fótons: • A 2ª relação indica que no equilíbrio entre a matéria e a radiação, as probabilidades de emissão e absorção induzidas são iguais. • Usando estas relações podemos escrever: e E 21 12 h kT 21 12 A B B B 3 1e E hν kT 3 8 V c 3 121 21 3 12 12 A B8 V B c B probabilidade de emissão espontânea 1 probabilidade de emissão induzida e E h 21 kT 21 A B 43 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Qdo hν>>kT, a emissão espontânea é muito mais provável do que induzida e esta última pode ser desprezada. – Este efeito acontece nas transições eletrônicas em átomos e moléculas e nas transições radiativas nos núcleos atômicos. • Qdo hν<<kT, a emissão induzida passa a ser muito mais provável do que espontânea. – Este é o caso para transições na região de microondas, qdo a distância entre níveis de energia é menor do que a agitação térmica. probabilidade de emissão espontânea 1 probabilidade de emissão induzida e E h 21 kT 21 A B 44 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • A emissão induzida resulta da ação dainteração da radiação sobre os átomos produzindo oscilações forçadas, e portanto, todos os fótons tem uma mesma fase. – Emissão coerente • A emissão espontânea dos átomos, por sua vez, originada do decaimento dos átomos do estado 2 para o estado 1, é um processo aleatório e portanto os fótons emitidos não estão em fase. – Emissão incoerente 45 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • A razão entre a taxa de absorção e a taxa de emissão de fótons é: • Para o caso de equilíbrio e que hν<<kT: • e como N2<N1 no equilíbrio, a taxa de emissão será sempre menor do que a taxa de absorção. taxa de emissão Como: 1 taxa de absorção taxa de emissão 1 taxa de absorção 21 21 2 12 12 1 21 21 2 21 1 A B N B B N B A N B N , E E E taxa de emissão taxa de absorção 2 1 N N 46 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Considere ainda que hν<<kT e que de alguma forma, consigamos inverter a população e fazer N2>N1 • Neste caso a taxa de emissão será maior do que a de absorção. • Quando uma radiação de densidade E(ν) atravessa o material, haverá mais fótons de energia hν do que o feixe de entrada, ou seja, haverá uma amplificação! • Além disso, o feixe será coerente, ou seja a potência será bem maior porque as ondas estarão em fase! E2 E1 hν E2 E1 hν Princípio de funcionamento do laser ! LASER – Light amplification by stimulated emission radiation 47 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Com o tempo, o número de átomos no estado excitado cai e o sistema restabelece o equilíbrio térmico. • A taxa de absorção volta então a ser maior do que a de emissão. • Para que o laser funcione, é preciso continuamente realimentar o estado excitado mantendo a inversão de população! • Vários métodos podem ser usados para se obter esta inversão de população. 48 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Bombeio óptico. • Descarga elétrica E1 E3 E2 Bombeio óptico Estado metaestável transição espontânea Emissão estimulada LASER 49 Emissão espontânea 21 tem probabilidade bem baixa. Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Laser a cristal Cor λ (nm) Alexandrita IV 700 a 815 Cromo safira vermelho 694 Érbio (vidro) IV 1540 Érbio (YAG) IV 2940 Hólmio (YAG) IV 2100 Hólmio (YLF) IV 2060 Neodímio (YAG) IV 1064 Neodímio dobrado (YAG) verde 532 Titânio safira IV 840 a 1100 Laser a gás Cor λ (nm) Argônio azul 488 Idem verde 514 Criptônio amarelo 568 Idem azul 476 Idem verde 528 Idem vermelho 647 Dióxido de carbono IV 10600 Fluoreto de hidrogênio IV 2700 Hélio cádmio violeta 441 Idem UV 325 Hélio neônio amarelo 594 Idem laranja 612 Idem verde 543 Idem vermelho 633 Idem IV 1152 Idem IV 3390 Nitrogênio UV 337 Xenônio branco vários Laser a gás "Excimer" Cor λ (nm) Cloreto de criptônio UV 222 Cloreto de xenônio UV 308 Fluoreto de argônio UV 193 Fluoreto de criptônio UV 248 Fluoreto de xenônio UV 351 Laser a líquido Cor λ (nm) Coumarin C30 verde 504 Rhodamine 6G IV 570 a 650 Laser a semicondutor Cor λ (nm) Arsenieto de gálio (usado em leitores de CDs) IV 840 Arsenieto de gálio e alumínio (usados em impressoras) IV 670 a 830 50 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Calor específico dos sólidos • Sólido cristalino: – Arranjo periódico de „esferas‟ acopladas por „molas‟ – Conjunto de osciladores harmônico acoplados • Vibrações coletivas criam ondas estacionárias, ou “modos de vibração”, no sólido. – Freqüências próprias de vibração dependem das dimensões do sólido. – Espectro discreto de freqüências. • Dimensões do sólido >> distâncias interatômicas o espaçamento tão pequeno que o espectro é praticamente contínuo. • Vibrações do sólido tem mesma natureza das ondas elásticas SOM. 51 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Existem duas classes de ondas elásticas, ou vibrações, que se propagam nos sólidos: – ondas longitudinais velocidade vl – ondas transversais velocidade vt • Num sólido com N partículas, temos 3N graus de liberdade e o número total de modos possível é 3N. • Cada modo de vibração tem freqüência bem definida e podemos imaginar as vibrações da rede como quantidades de vibração de dadas freqüências. – Vibrações partículas chamadas de fônons. 52 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Fônons são idênticos e não existe limitação para o número de fônons com uma dada freqüência. – Fônons são bósons e devem obedecer então a estatística de Bose-Einstein. • O número de vibrações da rede pode aumentar ou diminuir. – O número de fônons não se conserva e portanto devemos fazer α=0 53 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Vibrações de uma rede cristalina = gás de fônons (similar ao gás de fótons!!!) Propriedade Gás de fótons Gás de fônons Velocidade de propagação c vl e vt Densidade de estados 2 3 8 V g ν dν= dν c 24 v v l t 3 3 l t 1 2 g ν dν= g ν dν+g ν dν= V dν Número total de partículas 3N Densidade de partículas por intervalo de frequencia 2 1e hν kT 3 8 V dν dn c ?? 54 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • O fato de existir um número máximo de fônons faz com que tenhamos um limite máximo ν0 para as freqüências dos fônons de forma que: • A expressão da densidade de fônons pode então ser reescrita como: 0 3 2 0 0 3 0 3 4 4 v v v v 3 4 v v 3 3 3 3 l t l t 3 3 l t 1 2 1 2 N V dν V 9N 1 2 V 2 2 3 0 4 v v3 3 l t 1 2 9N g ν dν= V dν g ν dν= dν 55 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Com esta expressão da densidade de estados, podemos escrever a lei de distribuição estatística para os fônons: • Se cada fônon tem energia h , então A energia vibracional da rede num intervalo dν é: 2 3 0 9 1 1 N e e hν hν kT kT g dν dν dn 2 3 0 3 3 0 9 1 9 1 N . e e hν kT hν kT dν dU = h .dn h Nh dν dU = 56 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • A energia total então é dada por: • Esta expressão não é formalmente correta porque deveríamos incluir a contribuição da energia do ponto zero (½h ) para cada um dos 3N osciladores harmônicos. • No entanto este termo adicional não depende de T e não altera o resultado qdo calculamos o calor específico do sólido. 3 3 0 9 1e 0 hν kT 0 Nh dν U = 57 3 3 0 9 1 hν kT Nh dν dU = e Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • O calor específico a volume constante é dado por: • Definindo a temperatura de Debye ΘD, como kΘD=hν0 e escrevendo x=hν/kT, podemos reescrever cV como: 3 3 0 9 1 0 hν kT V V 0 1 U 1 Nh dν c = = n T n T e 3 D 4 xT V 2 x D 0 T x e dx c = 9R e -1 . 58 3 3 0 9 1e 0 hν kT 0 Nh dν U = 4 A 23 0 9N 1 hν 0 kT hν kT 2 V 2 0 h dν c = kT e e Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 3 T>> 3R . D 4 xT V 2 x D 0 D V T x e dx c = 9R e -1 c Lei de Dulong-Petit (obs experimental no seculo XIX) 59 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Como fica a contribuição eletrônica para o cV dos metais? – Temos que lembrar que os elétrons segue a estatística de Fermi- Dirac e que em temperaturas muito menores do que a temperatura de Fermi ΘF=εF/k, somente os estados abaixo de εF estão ocupados. – Como cV depende da variação de U com a temperatura e a variação de U dependeda mudança de ocupação dos estados pelos elétrons qdo T varia, vemos que a temperaturas muito abaixo de ΘF, cV eletrônico é muito pequeno. – Comparando as tabelas de ΘF e ΘD ... 60 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Gás ideal na Estatística Quântica • Consideremos um sistema de N partículas não interagentes, um gás ideal, contido numa caixa de volume V. • Só que agora a distribuição das partículas nos estados ou segue Bose-Einstein, para gases com spin inteiro, ou Fermi- Dirac, para partículas de spin semi-inteiro. • Recordando o que sabemos de um gás ideal na estatística de Maxwell-Boltzmann: 1 2 1 2 3 3 4πV 2m g E dE= E dE h 3 2 3 V 2πmkT Z= h 3 3 3 A2 2 2 U= NkT= N kT= RT NkT P= V 1 2 3 2 2 22 22 2 3 31 2 1 2 k k k2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 32 0 , r na caixa de dimensões a,b,c 2 fora da caixa k k zk k k k E Csen sen sen 2m a b c a b c Se for um cubo: a=b=c e E= k k k 2ma 2ma ˆ ˆ ˆˆH p V(r) V(r) m x y x,y, z 2 2 k 61 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Consideremos primeiro que os átomos ou moléculas do gás são bósons. • Estatística de Bose-Einstein com estados contínuos: • Então o número total de partículas N é dado por: 1 1 k 1 2 1 2 k 3 3 g E dE dn 4πV 2mdn E = dE h E T E T e e 3 2 1 2 3 0 0 V 2πmkTdn N dE Como: Z= dE 2Z x E N dx, onde x= 1 kTxe h 62 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Usando a expansão: • O número total de partículas fica: 21 1 1 1 x x x x x x x e e e e e e e e 1 2 1 2 1 1 2 2 2 0 0 2 0 0 2Z x 2Z N dx= x dx 1 2Z N x dx x dx x x x x x e e e e e e e e 1 2 1 1 2 2 3 3 3 2 2 2 0 2 0 0 3 x dx 2 2 1 1 3 1 x dx t dt 2 22 2 2 x x t e e e 3 2 1 N Z 1 2 e e 63 0 1 1 k k a ar , r r Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Esta expressão em tese permite obter α como função de N. 3 2 1 N Z 1 2 e e 3 2 1 N 1 1 Z 2 e e 3 3 2 2 1 N 1 N N 1 N 1 1 Z Z Z Z2 2 e Em 1ª aproximação consideramos e-α=N/Z do lado direito da equação ! 64 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Podemos agora calcular U: • Usando agora o valor de e-α : 3 2 0 0 2ZkT x U Edn dx 1xe 5 2 1 3 1 U kTZ 1 2 2 e e 3 5 2 2 3 5 2 2 3 5 2 2 3 N 1 N 1 N U kTZ 1 1 2 Z Z Z2 2 3 1 N 1 N U kTN 1 2 Z Z2 2 3 1 N 1 3 1 N U kTN 1 1 U kTN 1 2 Z 2 2 Z2 2 3 2 N 1 N 1 Z Z2 e 65 5 2 1 N 1 Z2 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • O efeito quântico da estatística de Bose- Einstein é de diminuir a energia interna do gás em relação ao valor de Maxwell- Boltzmann. 5 2 3 1 N U kTN 1 2 Z2 Gás ideal Maxwell-Boltzmann Correção quântica “Degenerescência” do gás 66 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Vamos obter agora a equação de estado associada a P para deste gás de bósons ideal (exemplo 13.7). S U P V Podemos usar: i i n E i U Por outro lado, nos vimos no capítulo 2 que manter S constante, significa manter a partição inalterada e portanto, manter os ni fixos. Então: i i S EU P n V Vi 2 2 2 2 2 2 2 2 i 1 2 32 2 Para um cubo: E = k k k 2ma 2ma k 2 5 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2i i 2 E E2 2 = V V 2ma V 3 3 V2mV 2mV k k k i i E2 2 U P n 3 V 3 Vi 5 2 2 U kTN 1 N P 1 3 V V Z2 67 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Observe que : • O que significa dizer que os efeitos da „degenerescência‟ do gás são importantes a baixas temperaturas. • A medida que a temperatura aumenta, o comportamento se aproxima do gás ideal de Maxwell-Boltzmann • Para a maioria dos gases a P e T normais, N/Z é da ordem de 10-5 e eles podem ser tratados com base na estatística de M.-B. !!! 3 2 3 2- 3 V 2πmkT N N Z= T Z Vh 5 2 3 1 N U kTN 1 2 Z2 5 2 kTN 1 N P 1 V Z2 68 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 •Faremos agora o caso da estatística de Fermi-Dirac, ou seja para os gases que são férmions. •Neste caso α pode ser >0 ou <0, dependendo do caso. •Vamos tratar somente o caso de α<0, em temperaturas bem baixas. –No limite de baixas T, εF é constante e a energia interna do gás é: –Lembrando que: –Mas: –Então: 3 5 F U N 3 5 F S U P P N V V 2 2 3 3 5 3- 3N 3N 2 2 V V V 3 3 V F F F . 2 2h h 8m π 8m π F ε2 P N 5 V Pressão de ponto zero 69 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 Comparação das 3 estatísticas • Maxwell-Boltzmann: • Fermi-Dirac: • Bose-Einstein: • Podemos escrever as 3 da seguinte forma: iE 1e i i g n iE 1e i i g n iEe i i n g iE 0 Maxwell-Boltzman 1 Bose-Einstein 1 Fermi-Dirac ei i g n 70 Intro Mec Est – Mário E G Valerio – 2010/2 • Se ni<<gi, ou seja, para sistema com poucas partículas em relação aos estados disponíveis, as 3 estatísticas dão resultados idênticos. • Este efeito ocorre em altas temperaturas devido ao aumento de α com T • Isto significa dizer que para vários sistemas físicos nas T usuais podemos usar M.-B.!!!! iE 0 Maxwell-Boltzman 1 Bose-Einstein 1 Fermi-Dirac ei i g n 71
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