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Psicanalise, tópicos importante para Iniciantes compreender

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Uma pesquisa Simples sobre o estudo da Psicanalise
Tópicos 
Os primórdios da Psicanalise
O método Catártico 
Charcot e a Hipnose 
Brouer e o tratamento de Ana O 
A investigação pela fala e o desaparecimento dos sintomas 
Definição de dor e a quem a hipnose ajudou
O problema Etiológico da histeria 
Uma casualidade psíquica para o sintoma histérico
Os primórdios da Psicanalise
 	1° Charcot utilizava o método de sugestão hipnótica, que não tinha fins terapeuticos pois ele só observava os seus pacientes para estudo da histeria e não para tratá-los.
 	2° Brower utilizava a hipnóse sem sugestão com o método catártico + AB. reação onde o afeto se liga a fala, a pessoa através disso revivia o trauma recalcado eo sintoma desaparecia. Ao contrário de Charcot, Brower utilizava este método para fins terapeuticos.
3°Freud  utilizava o estado de concentração por técnica de pressão na testa (para fins terapeuticos).
 	4° Ele utilizava também a associação livre ( ato de falar tudo que vem a mente no exato momento, sem censura, principalmente o que está tentado a não falar); Que acabou virando a regra fundamental da psicanálise.
O método Catártico 
 	Catarse é o método (psicanalítico) que visa a eliminar perturbações psíquicas, excitações nervosas, tensões, angústia, através da provocação de uma explosão emocional ou de outras formas, e baseando-se na rememorização da cena e de fatos passados que estejam ligados àquelas perturbações.
 	De acordo com Aristóteles, a palavra catarsis significa "limpeza da alma". Catarse, para ele é a palavra que, na Arte Poética, suscita terror, medo e piedade, tendo por efeito a purificação dessas emoções.
 	Utilizando a hipnose, J. Breuer fazia reviver na mente do paciente, ou melhor, em sua memória, algumas cenas que estavam esquecidas, provocando o que se denominou "ab-reação", ou seja, uma descarga afetiva com lágrimas e cólera. Foi Breuer que primeiro utilizou o método catártico para curar enfermidades psíquicas. Aliás, a Catarse está ligada intimamente ao início da Psicanálise de Freud. Os primeiros trabalhos d e Freud se acham relacionados aos trabalhos dos psiquiatras J. M. Charcot e H. Berheim, bem como também do austríaco J. Breuer.
 	No início Freud (neurologista) achava que as neuroses pudessem ter uma origem física, mas quando tomou conhecimento dos efeitos da hipnose praticada por Charcot, na França, teve a idéia de que a histeria poderia apresentar origem psíquica. Tempos depois, Freud verificou a possibilidade de haver conteúdos inconscientes que influenciam a conduta humana. Esses dois fatores - a natureza psíquica da histeria e a possibilidade de influências inconscientes sobre o comportamento humano - surgiram do estudo da hipnose e constituíram aspectos básicos na formulação (posterior) de toda a doutrina freudiana. 
O método de tratamento iniciado por Breuer, que se chama Catarse, se resume nos seguintes pontos:
 	1- houve na vida da pessoa um acontecimento envolto em muita emoção. Essa emoção não pode manifestar-se em ações nu verbalmente, no tempo certo, fazendo surgir um trauma psíquico; 
 	2- do trauma surge o mal psíquico, alimentado pelos restos daquela emoção reprimida, e que permanecem no inconsciente; o indivíduo se torna histérico; 
 	3-entretanto, o indivíduo não tem conhecimento consciente do trauma, isto é, não se lembra dos fatos ou daquele acontecimento específico que provocou o mal; 
 	4- enfim, para livrar o paciente, será necessário submetê-lo à hipnose.
 	No estado hipnótico, o psiquiatra provoca a lembrança dos pontos importantes ligados diretamente às causas da histeria e também provoca fortes emoções vindas daquela lembrança. Essa memorização e essa descarga emotiva livraria a pessoa do problema. A denominação catártico diz respeito à uma purificação que traz cura. Quando Breuer constatava que a lembrança de fatos específicos ligados ao mal não provocava as fortes emoções da Catarse, não se procedia a cura.
A confissão de erros, que os católicos fazem ao padre, é em última análise uma aplicação prática do método catártico, se considerada no campo da Psicologia. Confessando-se, o indivíduo passa a ter um alívio do sentimento de culpa.
Charcot e a Hipnose 
As neurose são perturbações nervosas sem lesão anatômica nem sintomatologia definida. O que deixava desnorteada a medicina e a Anatomia Patológica.
 	Charcot estava procurando uma correlato orgânico nas manifestações histéricas. Ele muda esse ponto de vista e declara que a histeria escapa mesmo às mais profundas investigações anatômicas. Mas consegue ver nessa patologia uma sintomatologia definida e classifica a histeria no campo das perturbações fisiológicas do sistema nervoso e é a partir daí que ele começa a utilizar a hipnose como forma de intervenção clínica.
 	Charcot utilizando hipnose para explicar um caso de histeriaA histeria já chamava a atenção de Freud e em 1885 ele vai a Paris assistir ao curso que Charcot ministrava na Sapêtriére, “e adere entusiasticamente ao modelo fisiológico oferecido por ele para a histeria”.
 	Dois aspectos importantes dessa neurose já estavam claros para Freud e para Charcot: o fato de que a histeria não era uma simulação, que ela era uma doença funcional com um conjunto de sintomas bem definidos sendo tanto uma doença feminina como masculina, desfazendo a necessária relação que existia entre histeria e o sexo feminino.
 	Um grande problema ainda continuava, era preciso estabelecer um quadro de sintomatologia regular para a histeria. “Caso isso fosse obtido, a histeria seria incluída no campo das doenças neurológicas; caso a tentativa não fosse coroada de êxito, o histérico seria identificado ao louco” (Roza, 2005, p.33)
 	Charcot passa então, a produzir um quadro sintomático regular para o histérico, através do uso de drogas e da hipnose, isso traria a histeria para o campo da neurologia, retirando-a da psiquiatria. Mas os pacientes passaram a oferecer muito mais do que lhes era solicitado. A sugestão hipnótica permite um controle da situação, “mas isso evidencia ao mesmo tempo que a histeria nada tinha a ver com o corpo neurológico, mas com o desejo do médico”.
 	Charcot tenta explicar esse impasse através da teoria do trauma, que há uma predisposição do paciente à sugestão no transe hipnótico, que é proporcionada em decorrência de um trauma psíquico. E esse trauma deve ser localizado na história de vida do paciente, feito através do relato que o histérico faz de sua vida.
 	E nas histórias de vida o elemento sexual começou a se destacar, mas essa possibilidade não foi aceita por Charcot. Isto vai se constituir o elemento central da teoria freudiana, são as narrativas dos histéricos, aliado ao ouvido atento e curioso de Freud que vai dar corpo a teoria psicanalítica.
Brouer e o tratamento de Ana O 
 	Bertha Pappenheim (Viena, 27 de fevereiro de 1859 — Iselberg, Alemanha, 28 de maio de 1936) foi uma líder de movimento feminista, assistente social e escritora judia austro-alemã. Ficou conhecida pelo pseudônimo Anna O., criado pelo médico e fisiologista Josef Breuer em seu livro Studies on Hysteria, escrito em colaboração com Sigmund Freud.
 	De personalidade sensível, por volta dos vinte anos Bertha sofreu muito com a longa doença terminal do pai que, juntamente com as tensões da infância, foram as responsáveis pelo desencadear de um quadro chamado na época de histeria, e marcado por sintomas como depressão, nervosismo, tendência ao suicídio, paralisia, perturbações visuais, contraturas musculares e outros, e que a deixavam praticamente inválida. Foi, então, levada ao médico Josef Breuer, pertencente à elite de cientistas vienenses da época, e ele a tratou de 1880 a 1882, documentando o seu caso.
 	Inicialmente, Bertha foi submetida a sessões de hipnose pelo método criado por Jean-Matin Charcot, conhecido como sugestão hipnótica. O médico hipnotizava a paciente e emitia uma ordem para que o sintoma remitisse. Mas, no decorrer do tratamento de Bertha a sugestão hipnótica parecia ser ineficaz e, numcerto momento, o Dr. Josef Breur descobriu que ao invés de emitir uma ordem ele deveria pedir para que ela recordasse, sob hipnose, o momento traumático que leva oa surgimento do sintoma, lembrança essa que ela não tinha acesso consciente, ou seja, sem estar hipnotizada. Ainda sob hipnose, a paciente conseguia relatar essas lembranças intoleráveis que haviam sido recalcadas e assim, através da fala, o sintoma desaparecia. A própria Bertha chamou o tratamento de "cura pela fala". Freud considera esse o primeiro caso de tratamento pela psicanálise pois envolve a possibilidade de tratar sintomas físicos pela fala. Desse caso deriva uma das primeiras teorias de funcionamento psíquico da psicanálise, a teoria da defesa, apresentada no importante livro "Estudos sobre a Histeria", escrito por Josef Breuer e Sigmund Freud conjuntamente. Muitas pessoas acreditam que Breuer posteriormente a encaminhou para Freud, o que não é verdade. Segundo Freud, em sua autobiografia, o caso termina sem Bertha estar plenamente curada. Ela desenvolve uma "gravidez psicológica" dizendo ser o filho do Dr. Breuer o que leva ele à abandonar o caso, diferentemente do que o Dr. relata em "Estudos sobre a Histeria". Posteriormente, esse tipo de situação, comum nos casos clínicos, será conceituado por Freud como um fenômenomeno tranferencial onde o inconsciente é atualizado na sessão clínica.
 	Dessa forma, Bertha Pappenheim teve um papel muito importante no desenvolvimento do método que Breuer denominou catarse, e que viria ser o fundamento da futura Psicanálise.
A investigação pela fala e o desaparecimento dos sintomas 
 	A hipnose foi o primeiro método utilizado de acesso ao inconsciente do paciente, pois se trata de um estado de consciência modificado, transitório e artificial, provocado pela sugestão do hipnotizador. O método catártico, adotado por Freud na seqüência do método hipnótico, consiste na re-vivência da situação traumática liberando o afeto esquecido e, desta forma, restituindo ao sujeito a sua condição anterior ao trauma.
 	Freud ao elaborar o conceito de transferência abandona a hipnose e a catarse passando a adotar o método da associação livre, método constitutivo da técnica psicanalítica, segundo o qual o paciente deve, durante o tratamento, falar tudo que lhe vem à mente, sem nenhuma discriminação.
 	O paciente deve exprimir todos os seus pensamentos, idéias, imagens e emoções, como se apresentam a ele, sem seleção e restrição, mesmo que estes lhes pareçam incoerentes, imorais, impertinentes ou desprovidos de valor. Este método da associação livre tomou- se a regra fundamental do tratamento psicanalítico.
(Jorge A. Pimenta Filho Carta Acf)
“A associação livre é uma maneira de fazer surgir o desejo nas representações. Essa operação é uma tarefa do analisante. A associação livre foi o dispositivo descoberto por Freud que consiste no desenrolar das cadeias significantes do sujeito, sustentado pelo amor de saber dirigido ao analista: a transferência. Desenrolar este que permite desatar os nós do recalque do sintoma, cabendo, por sua vez, ao analista a direção da análise apontada para a construção da fantasia fundamental no intuito de fazer o sujeito atravessá-la, ou seja, ir para além desta. Se a fantasia é uma resposta do sujeito ao enigma do sexo que representa o desejo do Outro, atravessá-la é experimentar o estado de desolação absoluta ou de desamparo - Hilflosigkeit, ou seja, a mais completa solidão e a inexistência do Outro – S(A/).” (Jorge A. Pimenta Filho Carta Acf)
Definição de dor e a quem a hipnose ajudou (Pacientes com dores psicogênicas)
 	A dor é uma das queixas mais comuns durante as consultas geriátricas. Pacientes com mais de 60 anos se queixam duas vezes mais de dor que aqueles com menos de 60 anos. 25% a 50% de idosos morando nas comunidades e 45% a 80% morando em instituições sofrem de dor crônica.
 	Definir quando a dor se torna crônica é sempre uma missão difícil. Ela é considerada crônica quando dura além do esperado (geralmente mais de três meses). A causa geralmente é relacionada a doenças (por exemplo: neuropatia diabética, osteoartrite, hernia de disco, nevralgias). Os sinais neurovegetativos (vômitos, sudorese, palidez, etc) geralmente estão ausentes.
 	dor1A dor persistente compromete a qualidade de vida ao induzir ou agravar distúrbios do sono e do apetite, a depressão, provocando restrições para execução nas atividades de vida diária e a imobilidade, causando diminuição da socialização.
 	A dor nociceptiva pode ser somática ou visceral e decorre da estimulação de receptores específicos para a dor por processos inflamatórios, infecciosos, traumáticos, deformidades mecânicas, destruição tecidual (exemplos: gota, cistite, fratura óssea, artropatias degenerativas, síndromes dolorosas miofasciais, coronariopatias, doença arterial periférica).
 	A dor neuropática decorre de lesões das unidades nervosas: nervos periféricos (exemplos: neuralgia do trigêmeo, neuropatia diabética, síndrome do túnel do carpo); raízes nervosas; medula espinal (estenose do canal medular); encéfalo (dor por lesão encefálica cerebrovascular). 	
 	As dores inespecíficas ou mistas apresentam mecanismos diversos ou desconhecidos. São representadas pelas cefaléias recorrentes crônicas (migrânea cefaléia tipo tensão) e síndromes dolorosas vasculopáticas (vasculites).
 	As dores psicogênicas (transtornos somatoformes) são diagnósticos de exclusão, uma vez que as demais categorias álgicas podem acompanhar-se de alterações emocionais.Os tratamentos que ignoram essa complexidade de uma síndrome dolorosa geralmente não têm sucesso, uma vez que focalizam somente uma visão dos problemas, os orgânicos.
 Os idoso têm peculiaridades própria da faixa etária, como declínio de reserva funcional dos órgãos, alterações na farmacocinética e farmacodinâmica, diversas morbidades associadas e polifarmácia, que aumentam os riscos de efeitos colaterais e de interações medicamentosas especialmente em idosos frágeis. A falta de conhecimento sobre a prescrição de analgésicos opióides e não opióides também contribui para o manejo inapropriado da dor em idosos.
Outro fator de insucesso do tratamento é deixar de utilizar as terapias psicológicas no âmbito cognitivo-comportamental. O sentimento e o comportamento individuais são amplamente determinados por um processo cognitivo de avaliação em que o indivíduo interpreta os eventos nos termos de sua percebida importância. As cognições (pensamentos ou imagens) são baseadas em atitudes, crenças ou suposições adquiridas a partir de experiências prévias. O objetivo do tratamento é fazer o paciente dominar o problema, identificando e corrigindo pensamentos distorcidos, com isso superando o trauma da dor.
Resumo: Assim como em uma novela, Freud vai levando o espectador passo-a-passo ao objeto mais específico de seu estudo. Ele vai fazendo introduções e preparando para “o pior”, ou seja, para as novas descobertas que fazem ele avançar para novos pontos dentro da psicanálise, que não somente criam esse avanço teórico mas impulsionam a criação de uma nova ética para o meio, a da escuta, principalmente a escuta dos sintomas das histéricas naquele momento.
O problema Etiológico da histeria 
 	Na primeira parte, influenciado por Charcot, Freud coloca exclusivamente na etiologia da histeria o fator da hereditariedade, onde os eventos paralelos serviriam apenas como “agents provocateurs”. Apesar disso, já fazendo um contraponto, o que mais nos chama a atenção e pode nos interessar diz respeito aos sintomas da histeria, que, segundo Freud – nesse caso com influência de Breuer – tem ligação com traumas que na vida psíquica se converteram em “símbolos mnêmicos”. Destaque aqui para o termo “vida psíquica” e à questão do simbolismo presente já nessa fase das primeiras publicações psicanalíticas. Daí por diante, fica presente em diferentes âmbitos o aspecto do trauma, seja pela relação etiológica que tem com os sintomas histéricos em si, seja no desenrolar do tratamento onde se busca,para dizer da forma mais breve possível, encontrar a outra cena, até então encoberta, através do trabalho da análise.
 	No final da primeira parte, aparecendo como uma revelação, Freud diz que a “precondição etiológica dos sintomas histéricos” é invariavelmente do campo da sexualidade, inclusive mais marcante ainda, passível de ser experimentada ainda na primeira infância. Essa é a tônica de toda a segunda e terceira partes, onde predomina a proposição de que a “atividade sexual infantil” está intrinsecamente ligada à etiologia da histeria. Isso avança para o fator que Freud denomina como conflito psíquico, consequência essa do processo de defesa do ego para certas representações, da própria cena traumática. Isso é muito importante, pois nos dá uma certa diretiva do que aparecerá em Freud só um pouco adiante em sua obra, mas que é pedra fundamental à psicanálise até hoje, que é o conceito de fantasia.
 	Uma casualidade psíquica para o sintoma histérico 
 	O termo somatização foi criado em 1943 por Stekel para definir um “distúrbio corporal que surge como expressão de uma neurose profundamente assentada, uma doença do inconsciente”. Na literatura médica, diversos autores usam o termo “somatização” com significados variados, muitos chegando a usá-lo como sinônimo de histeria e de conversão. Na verdade, o termo deriva da conceituação original da conversão, feita por Freud, e dos estudos sobre a histeria feitos inicialmente pelo médico francês Pierre Briquet, em 1859. De forma didática, podemos operacionalizar e entender o termo somatização de quatro formas: 
 como sintomas somáticos ou queixas físicas inexplicáveis;
como preocupação somática excessiva ou hipocondríaca;
como apresentação somática clínica de um transtorno de humor, de ansiedade ou outro transtorno mental;
como sintomas somáticos no contexto de uma síndrome clínica funcional (fibromialgia, cólon irritável, fadiga crônica). 
Diversas doenças clínicas, muitas vezes com etiologia clara ou conhecida apenas em parte, têm sido estudadas no que concerne à influência de fatores psicológicos como estresse, ansiedade, estado de humor, traços de personalidade e de comportamento na gênese ou exacerbação dos seus sintomas. Tais afecções têm sido historicamente denominadas doenças psicossomáticas, por uma clara associação de vulnerabilidade para o aparecimento ou piora da doença na concomitância de estressores psicológicos ou psicossociais. As chamadas doenças psicossomáticas (p.ex., asma, úlcera péptica, retocolite ulcerativa, hipertensão arterial sistêmica, artrite reumatoide, psoríase, lúpus eritematoso sistêmico) diferem do que chamamos de somatização pelo conhecimento da existência de mecanismos fisiopatológicos que explicam os sintomas apresentados, enquanto a somatização pressupõe a presença de sintomas físicos inexplicáveis. Além disso, no transtorno de somatização, encontramos uma psicopatologia específica, em que o sintoma somático apresenta um valor simbólico característico, o que também diferencia este transtorno dos anteriores.
 	Define-se, desta forma, somatização pela ocorrência de múltiplos sintomas físicos significativos que se originam de diferentes órgãos ou sistemas, os quais não podem ser objetivamente validados nem completamente explicados por uma condição médica conhecida, efeito direto de uma substância ou produção voluntária pelo indivíduo.
 	Estima-se que cerca de 60 a 80% da população apresenta alguma queixa somática durante uma semana qualquer sem, entretanto, procurar auxílio médico. Quando um paciente procura um médico devido a um sintoma físico, em 20 até 84% dos casos não se encontra causa orgânica que explique sua queixa. No entanto, o transtorno de somatização tem sua prevalência de vida estimada entre 0,2 e 2%, já que se exigem critérios mais restritivos para o seu diagnóstico.
 	Os desafios na avaliação diagnóstica do transtorno de somatização são dois: a diferenciação com doenças clinicamente relevantes que cursam com sintomas flutuantes provenientes de diferentes sistemas (esclerose múltipla, lúpus eritematoso sistêmico e porfiria aguda intermitente), e a prevenção de procedimentos diagnósticos invasivos e iatrogênicos. Outro desafio não menos importante é a comunicação diagnóstica adequada, evitando reações psicológicas disfuncionais, como vergonha, culpa, negação ou ambivalência, que acabam por afastar o paciente do médico, fazendo invariavelmente com que ele procure outro serviço de saúde.
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http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/2325/histeria_somatizacao_conversao_e_dissociacao.htm

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