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9a apostila obrigacoes inadimplemento das obrigacaoe e consequencias

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DIREITO CIVIL II – OBRIGAÇÕES
(Apontamentos das obras de Silvio de Salvo Venosa e Pablo Stolze)
INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES E CONSEQUÊNCIAS
(arts. 389/420, C Civil)
Pelo princípio romano pacta sunt servanda, o contrato faz lei entre as partes, a regra é toda obrigação e todo contrato serem cumpridos.
Não sendo cumprida a obrigação, salvo caso fortuito ou de força maior (art. 393 C Civil), responde o causador da inadimplência, nos exatos termos do art. 389 do C Civil, por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado (art. 395 C Civil).
ATENÇÃO: Nas obrigações negativas (abstenção ex. obrigação de não fazer) o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster. (art. 390 C Civil)
OBS.: Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor, (art. 391 C Civil), salvo os bens de família nos termos legais. 
Descumprimento da obrigação: (Silvio de Salvo Venosa)
o descumprimento, a prescrição ou decadência, o não implemento da condição, caracterizando frustração da obrigação;
a responsabilidade pelo descumprimento do contrato previsto no art. 389 C Civil;
a indenização no caso de descumprimento com culpa, conforme art. 393 C Civil;
o dano ocasionado pela obrigação não cumprida.
Cumprimento da obrigação em crise: (Silvio de Salvo Venosa)
a indenização em perdas e danos como uma forma de substituição do não-cumprimento ou do mau cumprimento de uma obrigação pelo pagamento em dinheiro;
o princípio de que o patrimônio do devedor responde pelo cumprimento da obrigação (art. 391);
a constrição judicial, representada pela penhora e a transformação de bens em dinheiro como última etapa do cumprimento de um obrigação;
as situações em que o devedor não paga, ou paga defeituosamente, não satisfazendo ao credor;
o credor que não aceita, por qualquer razão, o cumprimento por parte do devedor, ou alguém por ele.
OBS.: O critério da utilidade é que distingue as situações de inadimplemento:
INADIMPLEMENTO ABSOLUTO
“Será absoluto quando a obrigação não foi cumprida em tempo, lugar e forma convencionados e não mais poderá sê-lo”. (Silvio de Salvo Venosa) Traduz o descumprimento total da obrigação e se desdobra em:
No inadimplemento absoluto, quando as prestações forem inúteis ao credor, o mesmo pode recusar o recebimento. 
Se o prazo foi estipulado em benefício do devedor, e normalmente o é, o pagamento pode ser anterior ao vencimento. Se, porém, o prazo foi estipulado em benefício do credor, o devedor precisa aguardar a data aprazada para efetuar o pagamento.
Viabilidade do cumprimento tardio da obrigação ( se por conta da mora, a prestação se tornar desinteressante para o credor não se pode dizer que há mora, se não houver mais interesse, utilidade nenhuma, é caso de inadimplemento absoluto da obrigação, resolvendo-se em perdas e danos. (Pablo Stolze)
INADIMPLEMENTO CULPOSO
“Deriva de fato imputável ao devedor (culpa ou dolo), impondo-se a obrigação de pagar perdas e danos, sem prejuízo de eventual tutela jurídica específica (art. 389 C Civil).” (Pablo Stolze)
OBS.: A regra da Teoria das Obrigações ainda é inadimplemento culposo importa em perdas e danos (art. 402 C Civil).
INADIMPLEMENTO FORTUITO
Deriva de fato não imputável ao devedor, decorrente de caso fortuito ou força maior (art. 393, C Civil), se o devedor assumir uma obrigação dentro de uma relação obrigacional e ficar inadimplente por um fato decorrente de caso fortuito ou força maior a obrigação se extingue. Em geral, a conseqüência do descumprimento fortuito é a extinção da obrigação sem perdas e danos. Ex.: “A” assumiu a obrigação de prestar um serviço na casa de “B”, e no dia do cumprimento da obrigação “A” foi seqüestrado (caso fortuito), extingue-se por conseguinte a obrigação. (Pablo Stolze)
OBS.: Excepcionalmente, poderá o devedor assumir os efeitos decorrentes do caso fortuito ou da força maior, como se dá com as companhias de seguro, que respondem mesmo em caso fortuito ou força maior.
ATENÇÃO: Existe exceção no caso de impossibilidade de cumprimento da obrigação decorrente de caso fortuito ou de força maior, quando estes ocorreram quando o devedor encontrava-se em atraso (mora), ao qual cabe provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada (art. 399 C Civil). “O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.”
INADIMPLEMENTO RELATIVO
Também chamado inadimplemento ruim ou quebra positiva do contrato.
“Se o cumprimento da obrigação ainda for útil para o credor, colocando o devedor em mora”. (Silvio de Salvo Venosa) 
MORA (arts. 394/401, C Civil)
“É o retardamento culposo no cumprimento da obrigação, quando se trata de mora do devedor. A mora pode ser do devedor e/ou do credor, quando não cumprida a obrigação no lugar e forma convencionados (art. 394 C Civil).” (Silvio de Salvo Venosa)
“Ocorre a mora, espécie de inadimplemento relativo, quando o pagamento não é feito no tempo, lugar e forma convencionados”. (Pablo Stolze)
MORA DO DEVEDOR (solvendi ou debendi)
Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento. (primeira parte do caput art. 394 C Civil). 
O devedor moroso responde pelos prejuízos da mora (art. 395 C Civil). 
A culpa é essencial, o art. 396 do C Civil, pontua a necessidade de culpa por parte do devedor. 
“Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora.”
Havendo prova, do inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, constitui de pleno direito em mora o devedor. (art. 397 C Civil) Assim, é necessário que a obrigação seja exigível.
ATENÇÃO: Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial. (parágrafo único do art. 397 C Civil)
	Caso o credor necessite constituir em mora o devedor, interpelando-o, a mora será ex persona. Se de acordo com os termos do contrato ou em razão da lei, for necessária a interpelação do devedor para que ele seja constituído em mora.
Requisitos da Mora do Devedor (Clóvis Beviláqua)
Existência de uma dívida líquida e certa ( para que o devedor possa estar em mora a dívida deve estar líquida e certa porque se ela ainda é passível de liquidação não se pode imputar mora ao devedor;
Vencimento da dívida (exigibilidade) ( Para que haja mora do devedor, é necessário que dívida esteja vencida. Quando a obrigação tem vencimento certo, a constituição em mora do devedor opera-se de pleno direito, segundo o aforisma dies interpellat pro homine (o dia interpela pelo homem). Neste caso, fala-se que a mora é ex re (caput do art. 397, C Civil), o contrato com o curso de Inglês tem a obrigação com vencimento da dívida em 20 de maio, chegado o dia 20, ultrapassado o horário para pagamento bancário a pessoa está automaticamente em mora. A mora ex re não necessita que o credor informe ao devedor que ele está em mora.
Culpa do devedor: (Silvio de Salvo Venosa)
a responsabilidade contratual fundada na culpa, na previsão do art. 392 C Civil;
na esfera civil, o pagamento de perdas e danos é reparação patrimonial e não imposição de pena ao ofensor;
nos contratos unilaterais ou benéficos, só por dolo ocorrerá a responsabilização pelo descumprimento;
não havia importância na distinção entre culpa grave e dolo quanto ao agravamento da indenização (art. 403 C Civil);
a indenização é medida pela extensão do dano (parágrafo único do art. 944 C Civil).
Prova da culpa: incumbe ao devedor provar não ter agido com culpa para se eximir da responsabilidade, da mesma forma que incumbe ao credor provar a existência do contrato, seu descumprimento e que esse descumprimento lhe causou dano.
Inexecuçãodas obrigações sem indenização. Caso fortuito e força maior:
o caso fortuito ou força maior (art. 393 C Civil);
o devedor em mora, é atingido pela responsabilização, mesmo com as excludentes do caso fortuito e da força maior;
para o Código, caso fortuito e força maior são situações invencíveis às forças do devedor em geral;
dois elementos devem ser provados pelo devedor faltoso: um de índole objetiva, que é a inevitabilidade do evento, e outro de índole subjetiva, isto é, ausência de culpa.
Cláusula de não indenizar:
no campo essencialmente de direito dispositivo das partes, a aplicação da cláusula de não indenizar;
a repulsa destas cláusulas nos contratos de adesão no âmbito das contratações do consumidor.
OBSERVAÇÕES: (Silvio de Salvo Venosa)
Nas obrigações por prazo indeterminado, ex persona, necessita de constituição em mora, por meio de interpelação, notificação ou protesto (art. 397 C Civil).
Na aplicação da mora ex re, a aplicação da regra dies interpellat pro homine, em que o simples advento do dia do cumprimento da obrigação já interpela o devedor;
A lei, ou a convenção, poderá exigir a interpelação, mesmo no caso de prazo certo como ocorre no §1º do art. 14 do Decreto-Lei nº 58, de 10/12/1937, (dispõe sobre o loteamento e a venda de terrenos para pagamento em prestações);
nas obrigações negativas a constituição em mora de pleno direito prevista no art. 390 C Civil;
o art. 398 do C Civil traz a previsão quanto a mora nas obrigações provenientes de ato ilícito;
escusa-se o devedor da mora, se provar caso fortuito ou força maior.
Efeitos da Mora do Devedor: (Silvio de Salvo Venosa)
o devedor moroso responde pelos prejuízos que a mora der causa;
no caso de total inadimplemento, a indenização deve ser ampla, por perdas e danos;
as perdas e danos, abrangem o que o credor efetivamente perdeu e o que razoavelmente deixou de lucrar (art. 402 C Civil);
o princípio da perpetuatio obligationes (a responsabilidade civil do devedor pela integridade da coisa devida) que decorre do art. 399 C Civil, mesmo havendo caso fortuito ou força maior. Poderá, todavia, alegar, em defesa: 
que não teve culpa no atraso do pagamento;
que mesmo que houvesse desempenhado oportunamente a prestação, o dano ainda assim sobreviria.
OBS.: A responsabilidade civil pelos prejuízos causados ao credor em virtude da mora (caput do art. 395 C Civil) impõe ao devedor que está em mora e for pagar, ele precisa indenizar o credor por conta do atraso do pagamento, através dos juros de mora.
MORA DO CREDOR (accipiendi ou credendi)
Considera-se em mora (...) o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. (última parte do caput art. 394 C Civil) É simples fato ou ato e independe de culpa.
	Alguns autores, como Silvio Rodrigues, afirmam que a mora do credor não só existe como independe do aditamento da culpa. Não se investiga a sua culpa ou o seu dolo, ela deve ser analisada objetivamente.
Efeitos da Mora do Credor: Nos termos do art. 400 do C Civil a mora do credor retira do devedor isento de dolo a responsabilidade pela conservação da coisa e obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, sujeitando-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, caso o valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento (cumprimento da obrigação) e o efetivo cumprimento, por mora do credor.
o devedor exonera-se dos ônus pela guarda da coisa, exceto se tiver agido com dolo;
havendo oscilação de valores, o devedor pagará com o valor que lhe for mais favorável;
cessa a contagem de juros contra o devedor.
ATENÇÃO: Se o credor não quiser receber ( o devedor deve fazer consignação em pagamento.
OBSERVAÇÕES: (Silvio de Salvo Venosa)
o credor que não pode, não consegue ou não quer receber está em mora (art. 394 C Civil);
a consignação como meio idôneo de liberação do devedor (art. 335 C Civil);
a recusa justificada no recebimento isenta o credor de sua mora, independendo de culpa;
a efetiva oferta do devedor para caracterizar o credor em mora;
a recusa expressa ou tácita do credor que ocasiona a mora.
ATENÇÃO: Pode ser que na mesma obrigação aconteça a mora do devedor e do devedor ao mesmo tempo. O devedor ficou em mora (dívida venceu e não pagou), e quando foi pagar o credor, por qualquer razão, não aceitou o pagamento.
OBS.: Segundo os doutrinadores Washington de Barros Monteiro e Maria Helena Diniz, havendo mora do credor e do devedor, deverá o juiz, na medida do possível, compensá-las, ficando tudo como está.
OBRIGAÇÕES PROVENIENTES DE ATO ILÍCITOS: Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. (art. 398 C Civil) Ex.: Lesão corporal dolosa ou culposa em acidente de trânsito.
PURGAÇÃO DA MORA (art. 401 C Civil)
“É o ato pelo qual a parte que nela incorreu retira-lhe os efeitos”. (Silvio de Salvo Venosa)
A Purgação da Mora gera efeitos para o futuro. Aplica-se ao:
Devedor ( (inciso I do art. 401 C Civil) quando oferece a prestação mais a importância dos prejuízos decorrentes do dia da oferta ao credor cumprindo o ônus da mora;
Credor ((inciso II do art. 401 C Civil) oferecido pelo devedor a prestação este a receber e dar quitação ao pagamento, sujeitando-se aos efeitos da mora até a mesma data.
OBS.: Não é possível purgar a mora quando se está perante um inadimplemento absoluto e consumado, mas a questão resolve-se em perdas e danos (parágrafo único do art. 395 C Civil).
PERDAS E DANOS (arts. 402/405, C Civil)
Dano ( é o efetivo prejuízo sofrido pela vítima de um ato.
Todo prejuízo deve ser indenizado. Para se calcular o valor do dano, não se leva em conta o grau de culpa. O cálculo da indenização é feito com base na extensão do prejuízo. Todo prejuízo que a vítima puder provar será indenizado.
O dano deve ser certo e atual, ou seja, não se pode indenizar o dano futuro e meramente hipotético. Em casos de lesões corporais, tem-se admitido o reexame das lesões.
Pode ser:
Patrimonial (material): atinge os bens da pessoa;
Extrapatrimonial (moral): atinge a dignidade, a honra, ou seja, ofende os direitos da personalidade.
OBS.: Há possibilidade de cumulação das duas “modalidades” de dano. Quando se tratar do dano patrimonial, cabe ao prejudicado pleitear o “ressarcimento” do prejuízo. Quanto ao dano moral, pleiteia-se a “reparação”.
Dano moral: (Silvio de Salvo Venosa)
dano moral: um prejuízo que não afeta o patrimônio econômico, mas afeta a mente, a reputação da vítima;
O Código Civil é expresso, art. 186, em admitir a indenização por dano exclusivamente moral.
O dano material segue, para sua apuração, a regra do art. 402 C Civil (perdas e danos), dispositivo que em que consistem as perdas e danos: o que a pessoa efetivamente perdeu (dano emergente) e o que ela razoavelmente deixou de lucrar (lucro cessante). 
OBS.: A prova do lucro cessante é mais difícil, pois é sempre baseada no pretérito, ou seja, no quanto vinha rendendo em determinado período.
ATENÇÃO: Além das perdas e danos, outras verbas costumam ser acrescidas, tais como a correção monetária, que incide desde a data em que a pessoa sofreu o prejuízo, assim como os juros, que podem ser simples ou compostos. (art. 404 C Civil)
 
PERDAS E DANOS: (Silvio de Salvo Venosa)
na responsabilidade contratual e na extracontratual o direito à indenização decorre de um prejuízo, de uma diminuição no patrimônio;
o descumprimento da obrigação é noção que integra o pressuposto do prejuízo;
lucro cessante constitui a indenização de que a lei fala no que a parte razoavelmente deixou de lucrar (art. 402 C Civil);
a efetiva diminuição do patrimônio no dano emergente;
o lucro cessante consistindo naquilo que o credor razoavelmente deixou de lucrar.
“Consistem no prejuízo efetivo sofrido pelo credor (dano emergente), compreendendo, também, aquilo que ele razoavelmente deixou de lucrar (lucro cessante). Pagar perdas e danos, portanto, significa indenizara vítima, restituindo o status quo ante.” (Pablo Stolze)
JUROS LEGAIS (arts. 406/407, C Civil)
Juro é a remuneração que o credor exige por emprestar dinheiro ao devedor. Juro é igual a rendimento, é igual a fruto civil (juros e os rendimentos).
Um dos efeitos da mora do devedor é o pagamento de juros ao credor consoante o disposto no art. 395 C Civil), em especial nas obrigações pecuniárias, ou seja, de dar dinheiro (art. 407 C Civil) fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes.
Nos termos do art. 406 do Código Civil quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.
Diante do dispositivo supra (art. 406 C Civil), são livres, sendo fixados pelas partes no contrato ou pelo mercado financeiro. 
Insta ressaltar a Súmula – STJ n° 379: “Nos contratos bancários não regidos por legislação específica, os juros de mora poderão ser fixados em até 1% ao mês.”
OBS.: Os juros legais que eram previstos em 12% ao ano (§3º do art. 192, da CF/1988) foram revogados pela Emenda Constitucional nº 40/2003.
Correção Monetária: Os valores e princípios são amplamente flexibilizado por mecanismos de correção monetária, a exemplo do IGPM, do INPC, etc. Com isso, tenta-se evitar a depreciação do poder aquisitivo da moeda.
Correção monetária é atualização, não é plus. 
Juros = plus. 
O juro aumenta a base, significa acréscimo.
OBS.: A correção monetária foi consagrada no Brasil pela Lei nº 6.899/1981 que estabeleceu a sua incidência nos débitos decorrentes de decisão judicial.

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