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Direito Contratual Compra e Venda anotações

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Direito Contratual
O Código Civil de 2002 disciplina vinte e três contratos típicos e nominados, em vinte capítulos. E o art. 425 preceitua que “é lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código”. É cediço que o ordenamento jurídico positivo de um país não consegue tudo prever em seus textos e, por isso, procura, no campo específico dos contratos, ao menos regular os que existem de longa data e são do conhecimento geral, sacramentados pelos usos e costumes e reconhecidos pela jurisprudência. (Pg. 247).
21 de Março de 2016
CONTRATOS EM ESPÉCIES
1.0 Contrato de Compra e Venda
1.1 Conceito e características do contrato de compra e venda
É o contrato mais habitual que temos, o mais comum. É o meio fácil de se fazer circular riquezas. É considerado pela doutrina como Contrato Sinalagmático perfeito.
A origem histórica e remota do contrato de compra e venda está ligada à troca. Efetivamente, numa fase primitiva da civilização, predominava a troca ou permuta de objetos. Trocava-se o que se precisava pelo que sobejava para o outro. Esse sistema atravessou vários séculos como prática de negócio, até certas mercadorias passarem a ser usadas como padrão, para facilitar o intercâmbio e o comércio de bens úteis aos homens.
A princípio, foram utilizadas as cabeças de gado (pecus, dando origem à palavra “pecúnia”); posteriormente, os metais preciosos. Quando estes começaram a ser cunhados com o seu peso, tendo valor determinado, surgiu a moeda e, com ela, a compra e venda. Tornou-se esta, em pouco tempo, responsável pelo desenvolvimento dos países e o mais importante de todos os contratos, pois aproxima os homens e fomenta a circulação das riquezas.
Denomina-se compra e venda o contrato bilateral pelo qual uma das partes (vendedor) se obriga a transferir o domínio de uma coisa à outra (comprador), mediante a contraprestação de certo preço em dinheiro. 
O Código Civil o enuncia desta forma: 
“Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro”.
O contrato em apreço pode ter por objeto bens de toda natureza: 
corpóreos, compreendendo móveis e imóveis, bem como os 
incorpóreos. 
Todavia, para a alienação dos últimos reserva-se, como mais adequada e correta tecnicamente, a expressão cessão (cessão de direitos hereditários, cessão de crédito etc.).
Ressalta do texto retrotranscrito o caráter obrigacional do aludido contrato. Por ele, os contratantes apenas obrigam-se reciprocamente. Mas a transferência do domínio depende de outro ato: a tradição, para os móveis (CC, arts. 1.226 e 1.267); e o registro, para os imóveis (arts. 1.227 e 1.245). Dispõe o art. 1.267 do Código Civil, com efeito, que “a propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição”. Do mesmo modo, “os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos(arts.1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código” (art. 1.227).
O Contrato de Compra e Venda tem Natureza Real ou Obrigacional? R. Nos termos dos Art. 481 e 482 CC. Possuem natureza obrigacional, sendo que para transferir propriedade, além do contrato, se faz necessário um outro ato, a saber: TRADIÇÃO para bens móveis (art. 1.267) e REGISTRO EM CARTÓRIO (art. 1.245) para bens imóveis.
O Primeiro efeito é que a coisa vai perecer para o DONO res peret domino (fundamentada na teoria dos riscos).
O Segundo efeito é o PROCESSUAL. Não se pode ajuizar Ação Reinvindicatória pois este só é possível para quem é PROPRIETÁRIO e o contrato de compra e venda não transmite propriedade. Devido à natureza obrigacional posso pedir PERDAS E DANOS, INDENIZAÇÃO, TUTELA ESPECÍFICA mas não reinvindicação do bem.
Conceito: É aquele contrato em que uma das partes (o vendedor) se obriga a entregar um bem ao comprador que por sua vez se obriga ao pagamento de um preço em dinheiro (Art. 481 CC).
1.2 Classificação do Contrato de Compra e Venda
Bilateral: Prestação de Ambas as partes, o que forma o sinalagma perfeito.
Consensual: Basta o acordo de vontades entre as partes. Em certos casos, todavia, tem caráter solene quando, além do consentimento, a lei exige uma forma para a sua celebração, como sucede na compra e venda de imóveis, em que a lei reclama a escritura pública (CC, art. 108) e registro.
Oneroso: pois ambos os contratantes obtêm proveito, ao qual corresponde um sacrifício (para um, pagamento do preço e recebimento da coisa; para outro, entrega do bem e recebimento do pagamento). Faz-se, destarte, por interesse e utilidade recíproca de ambas as partes. Se aplica a teoria da evicção e dos vícios redibictórios.
Em regra, comutativo, porque de imediato se apresenta certo o conteúdo das prestações recíprocas. As prestações são certas e as partes podem antever as vantagens e os sacrifícios, que geralmente se equivalem, malgrado se transforme em aleatório quando tem por objeto coisas futuras ou coisas existentes, mas sujeitas a risco. 
Pode ser Instantânea ou Diferida no tempo: A Vista o a Prazo.
1.3 Elementos caracterizadores da Compra e Venda
A coisa (objeto): Em regra tudo pode ser objeto de compra e venda. Menos direitos personalíssimos, Direitos da personalidade, Herança de pessoa viva. Ainda em relação ao objeto a doutrina entende que ele deve ser existente, determinado ou determinável, lícito, passível de comerciabilidade, transferebilidade. A coisa deve encontrar-se disponível, isto é, não estar fora do comércio. Consideram-se nesta situação as coisas insuscetíveis de apropriação (indisponibilidade natural) e as legalmente inalienáveis, sejam estas indisponíveis por força de lei (indisponibilidade legal) ou devido a cláusula de inalienabilidade colocada em doação ou testamento (indisponibilidade voluntária). São igualmente inalienáveis os valores e direitos da personalidade (CC, art. 11), bem como os órgãos do corpo humano (CF, art. 199, § 4º). Venda non domino é uma exceção (venda por quem não é o dono) Art. 1.268 CC. Nem sempre, porém, a coisa in commercium pode ser transferida ao comprador. Não o pode a coisa alheia (venda a non domino), salvo se o adquirente estiver de boa-fé, e o alienante adquirir depois a propriedade. Nesse caso, considera-se realizada a transferência desde o momento em que ocorreu a tradição (CC, art. 1.268, § 1º). A eficácia da venda de coisa alheia depende de sua posterior revalidação pela superveniência do domínio. Se se admite a convalidação, a venda em princípio não é nula, mas anulável. Por outro lado, não pode ser transferida ao comprador, pelo aludido contrato, coisa que já lhe pertence. Ninguém pode adquirir o que já é seu, ainda que o desconheça (Suae rei emptio non valet, sive sciens, sive ignorans emi).
Preço: O preço é o segundo elemento essencial da compra e venda. Sem a sua fixação, a venda é nula (sine pretio nulla venditio, dizia Ulpiano). É determinado, em regra, pelo livre debate entre os contraentes, conforme as leis do mercado, sendo por isso denominado preço convencional. Mas, se não for desde logo determinado, deve ser ao menos determinável, mediante critérios objetivos estabelecidos pelos próprios contratantes. O art. 486 do Código Civil permite que se deixe “a fixação do preço à taxa do mercado ou de bolsa, em certo e determinado lugar”. O preço deve ser pago “em dinheiro”, como prescreve o art. 481, in fine, do Código Civil ou redutível a dinheiro, subentendendo-se válido o pagamento efetuado por meio de título de crédito, do qual conste o montante em dinheiro estipulado. Se for pago mediante a entrega de algum objeto, teremos contrato de troca ou permuta; se mediante prestação de serviços, o contrato será inominado. Ver Art. 322 § 1º Novo CPC. O preço deve ser, também, sério e real, correspondente ao valor da coisa, e não vil ou fictício. A venda de um edifício suntuoso pelo preço de R$ 1,00 constitui, na verdade, doação.Não se exige, contudo, exata correspondência entre o valor real e o preço pago, pois muitas pessoas preferem negociar o bem por preço abaixo do valor real para vendê-lo rapidamente. O que não pode haver é erro, nem lesão, que se configura quando uma pessoa, sob premente necessidade ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da assumida pela outra parte (CC, arts. 138 e 157). Vários outros modos de determinação futura do preço podem ser escolhidos pelos contraentes: o preço do custo, o preço em vigor no dia da expedição, a melhor oferta, o preço do costume etc. O que não se admite é a indeterminação absoluta, como na cláusula “pagarás o que quiseres”, deixando ao arbítrio do comprador a taxação do preço. O art. 489 a declara nula, por potestativa. Permite a lei que a fixação do preço seja “deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem designar outra pessoa” (CC, art. 485). O terceiro age como mandatário destes, não se exigindo capacidade especial. Não é ele propriamente um avaliador da coisa, mas um árbitro escolhido pelos interessados.
Consentimento: O consentimento pressupõe a capacidade das partes para vender e comprar deve ser livre e espontâneo, sob pena de anulabilidade, bem como recair sobre os outros dois elementos: a coisa e o preço. Consentimento: Capacidade, legitimação e vontade. Art. 497 CC.
Situações Especiais de Consentimento: Em muitos casos, a lei impõe restrição específica à liberdade de comprar e vender, atuando a limitação como hipótese de falta de legitimação. Assim, por exemplo, é anulável a venda de ascendente a descendente, sem que os demais descendentes e o cônjuge expressamente o consintam (CC, art. 496). Para a anulação o STJ entende haver a prova do prejuízo, e para a anulação o Art. 179 CC explica que o prazo é decadência e é de dois anos quando não definido. Compra e Venda entre Marido e Mulher: Art. 499 CC. É licito desde que bens excluídos da comunhão. Venda de Imóvel por Pessoa Casada: Depende do Regime de Bens. A regra é de que necessita do consentimento do Conjuge, Os art. Que disciplinam Art 1.647, I CC e 1.648 CC. Obs: A Separação Absoluta de Bens prevista no Art. 1647 do CC, é aquela dos artigos 1.687 a 1.688 CC., que é a convencional. O STF Entende que no regime de Separação Obrigatória/Legal/Compulsória (1.641 CC) à a comunicabilidade de bens adquiridos onerosamente na constância do casamento nos termos da súmula 377 STF. Para a União Estável não é necessária a assinatura ou consentimento do parceiro. (companheiro). Os frutos dos bens se comunicam. Venda de Bem Condominial – Copropriedade – Condomínio Comum: Ocorre quando duas ou mais pessoas são donas do mesmo bem. Possuem previsão no Art. 504 do CC. Direito de preferência. Venda de Bens sob Administração: Art. 497 CC. Este rol é taxativo.
Efeitos da Compra e Venda: O Efeito regular do contrato de compra e venda é a entrega da coisa pelo vendedor Quem deve cumprir primeiro a obrigação é quem compra. O pagamento é regularizado. (art. 491 CC). Os principais efeitos da compra e venda são: 
gerar obrigações recíprocas para os contratantes: para o vendedor, a de transferir o domínio de certa coisa, e para o comprador, a de pagar-lhe certo preço em dinheiro (CC, art. 481); e 
acarretar a responsabilidade do vendedor pelos vícios redibitórios e pela evicção. Pode tal responsabilidade derivar também de outros contratos. Por essa razão, o nosso direito a disciplina na teoria geral dos contratos, diferentemente de alguns sistemas, que a inserem na dogmática da compra e venda, em face da íntima relação que mantém com o aludido contrato.
Responsabilidade pelo Perecimento da coisa: Se for responsabilidade não culposa a responsabilidade pelo perecimento ou deterioração será do dono, res peret domino. Caso seja culposo responde quem procedeu com culpa.
Responsabilidade pelas despesas do contrato: Art. 490 CC. Salvo em contrário fica a cargo de quem compra, e a cargo do vendedor as despesas de tradição.
Responsabilidade: Art. 492 CC. 
Acréscimo ou cômodos da coisa: Art. 237 CC. Pode ser acrescido o preço da coisa pelo melhoramento (vaca grávida).
Situações Especiais de Compra e Venda:
Compra e venda mediante amostra: Art. 484 CC. Então, “há de ser em tudo igual à mercadoria que se vai entregar; se o vendedor não a entrega em perfeita correspondência com a amostra, protótipo ou modelo, pode o comprador recusá-la no ato do recebimento”. Para produtos comprados fora do estabelecimento, o cliente tem o direito de 7 dias de reflexão, onde pode devolver o produto ao vendedor.
Compra e venda de imóveis “ad corpus” e “ad mensuram”: O art. 500 do Código Civil apresenta regra aplicável somente à compra e venda de imóveis: “Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de extensão, ou se determinar a respectiva área, e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões dadas, o comprador terá o direito de exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, o de reclamar a resolução do contrato ou abatimento proporcional ao preço”. Ad Corpus trata-se de uma venda por inteireza, por unidade. A medida é irrelevante. Exe. Fazenda com Porteira fechado (com tudo o que tem dentro). Ad mensuram trata-se de uma venda por medida, por extensão. A referência do negócio é a medida. Ex. terreno com tantos metros quadrados. Ações que pode ser propostas: Ações Edilicias, Ação Estimatória ou quantiminoris (abatimento) e Ação de complementação de área “ex empto”, isso quando é possível complementar. Art. 500 § 1º CC. Primeiro conforme Maria Elena Diniz para a preservação do Contrato é priorizado a complementação de área com a ação “ex empto”. Aduz o § 1º do mencionado dispositivo: “Presume-se que a referência às dimensões foi simplesmente enunciativa, quando a diferença encontrada não exceder de um vigésimo da área total enunciada, ressalvado ao comprador o direito de provar que, em tais circunstâncias, não teria realizado o negócio”. Um vigésimo corresponde a 5% da extensão total. Precisa ultrapassar 5% para caber ação “ex empto”. Diferença tão pequena não justifica o litígio, salvo se foi convencionado o contrário. A presunção em questão é juris tantum: não prevalecerá quando comprovada intenção diversa das partes. O critério deve ser aplicado, assim, somente em casos de dúvida sobre a intenção das partes, não dirimida pela leitura do contrato. O prazo para entrar com ação é decadencial e de 1 ano, Art. 501 CC.
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Aula 18.04.2016 (Segunda)
PACTOS ADJETOS À COMPRA E VENDA OU CLÁUSULAS ACESSÓRIAS À COMPRA E VENDA.
CLÁUSULAS ESPECIAIS DE COMPRA E VENDA. 
Art. 505 a 532 cc.
Pacto de Retrovenda ou Pacto de Retrovendendo ou Cláusula de Resgate:
Constitui está um pacto adjeto, pelo qual o vendedor reserva-se o direito de reaver o imóvel que está sendo alienado, em certo prazo, “restituindo o preço”, mais as “despesas” feitas pelo comprador, “inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias” (CC, art. 505). Prazo decadencial é de no máximo 3 anos. (conforme TARTUSSI o prazo é a partir da data da venda, na doutrina entende-se da conclusão do contrato). É aquela em que o vendedor se reserva o direito de reaver, em certo prazo, o imóvel alienado, restituindo ao comprador o preço ou o valor recebido, mais as despesas por ele realizadas durante o período de resgate, desde que autorizadas por escrito, inclusive as empregadas em melhoramentos necessários do imóvel. Permite que o vendedor compre de volta imóvel, mesmo que o comprador não queira, pagando o preço tanto por tanto. (preço que foi pago mais as despesas de registro, mais as benfeitorias autorizadas). Caberá consignação em pagamento do bem se o comprador se recusar a vender. Trata-se de instituto obrigacional com eficácia real– vale contra todos. (significa que acompanha o bem). Na retrovenda (Desfazimento) não paga tributo novamente. Segundo Maria Helena Diniz, na retrovenda o vendedor, conserva a sua ação contra terceiros adquirentes a coisa retrovendida, ainda que eles não conheçam a cláusula de retrato, pois o comprador tem propriedade resolúvel do imóvel, mesmo que o pacto de retrovenda não seja averbado no registro de imóvel. Artigos 505 a 508 CC.
Da Venda a Contento e da Sujeita a prova: Art. 509 a 512 CC.
Compra e Venda a Contento, também chamada de “Pactum displicentiae ou venda ad gustum”.
A venda a contento do comprador constitui pacto adjeto a contratos de compra e venda relativos, em geral, a gêneros alimentícios, bebidas finas e roupas sob medida. A cláusula que a institui é denominada ad gustum. Entende-se realizada “sob condição suspensiva, ainda que a coisa tenha sido entregue” ao comprador. E “não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado” (CC, art. 509).
O aperfeiçoamento do negócio de pende exclusivamente do arbítrio, isto é, do gosto do comprador, não podendo o vendedor alegar que a recusa é fruto de capricho. Não pode este pretender discutir a manifestação de desagrado, nem requerer a realização de exame pericial ou postular em juízo, visto que a venda a contento é uma estipulação que favorece o comprador, subordinando o aperfeiçoamento do negócio à sua opinião pessoal e gosto. Não está em jogo a qualidade ou utilidade objetiva da coisa. 
Compra e Venda a Contento: Neste caso o comprador ainda não conhece muito bem a coisa que pretende adquirir. Trata-se de condição puramente potestativa, a saber: O GOSTO. Critério subjetivo. 
O direito resultante da venda a contento (pactum displicentiae) é simplesmente pessoal, não se transferindo a outras pessoas, quer por ato inter vivos, quer por ato causa mortis. Extingue-se, se o comprador morrer antes de exercê-lo. Mas subsiste, e será manifestado perante os herdeiros do vendedor, se este for o que falecer.
Compra e Venda Sujeita a Prova: Aqui a coisa já é conhecida. A prova é apenas para atestar se o bem adquirido é aquele que a pessoa já conhece, tendo as qualidades asseguradas pelo vendedor. Aqui o critério é objetivo, pois tem que informar quais foram as qualidades que faltaram.
No que se refere aos efeitos deste pacto adjeto a compra e venda, a responsabilidade civil segue a regra de que a coisa perece para o dono. (vendedor).
Prazo: Art. 512 CC. (improrrogável).
Preempção ou Preferência: Art. 513 a 520 CC.
Segundo Caio Mario da Silva Pereira a Preempção ou preferência é o pacto, adjeto à compra e venda, pelo qual o comprador de uma coisa, móvel ou imóvel, se obriga a oferecê-la ao vendedor, por meio de uma notificação judicial ou extrajudicial a quem lhe venda, para que este use do seu direito de preferência em igualdade de condições. É, em outras palavras, o direito atribuído ao vendedor de se substituir ao terceiro nos mesmos termos e condições em que este iria adquirir a coisa. 
A preempção distingue-se da retrovenda. Nesta, o vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la, independente da vontade do comprador, não se podendo falar em preferência por inexistir terceiro ou estranho com quem se dispute a primazia. A preempção pode versar também sobre coisa móvel, conforme dispõe o parágrafo único do art. 513 do novo diploma.
Instransmissível em causa mortis.
Prazo: Art. 513 Parágrafo Único do CC.: 180 se Móvel, e dois anos se for imóvel. (decadêncial, conforme TARTUSSI é desde a transferência do bem). Art. 516 CC Prazo para se manifestar sobre o direito de preferência.
Importante Art. 519 CC.
Compra e Venda com Reserva de Domínio – Art. 521 - 528
Ou Pacto Reservatti Dominii
Por meio dessa cláusula, inserida na venda de coisa móvel infungível, o vendedor mantém o domínio da coisa (exercício da propriedade) até que o preço seja pago de forma integral pelo comprador.
O comprador recebe a mera posse direta do bem, mas a propriedade do vendedor é resolúvel, eis que o primeiro poderá adquirir a propriedade com o pagamento integral do preço. Todavia, pelos riscos da coisa responde o comprador, a partir de quando essa lhe é entregue (art. 524 do CC). Essa hipótese revela a adoção pelo Código de 2002 do princípio res perit emptoris (ou seja, a coisa perece para o comprador) como exceção ao princípio res perit domino (a coisa perece para o dono). 
Conceito Professora: Pressupõe compra e venda a prestação. Haverá quando se estipula em contrato de compra e venda, em regra de coisa móvel infungível (Art. 523 CC ), que o vendedor reserva para si a propriedade até que se realize o pagamento integral do preço (Art. 521 cc). Dessa forma, o comprador só adquirirá o domínio da coisa se integralizar o preço, momento em que o negócio terá eficácia plena (Art. 524 CC).
O Comprador está proibido de dispor ou alienar o bem a não ser com expressa autorização do vendedor.
Art. 522 CC “A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros”.
O Não pagamento faz surgir para o vendedor o direito de sequela. 
Compra e Venda sobre Documento. Art. 529 – 531 CC.
É uma cláusula que estabelece que no momento da perfeição da negócio, o vendedor deverá entregar ao comprador os documentos originários referentes ao objeto. Nesse sentido, ocorre uma tradição simbólica “traditio longa manus”. Muito utilizada nas vendas internacionais (negócios de importação e exportação). Nela quando o vendedor entrega o documento exonera-se da obrigação e tem direito a receber o preço.
Obs. No que se refere a responsabilidade civil sobre a coisa, responde quem tem a posse direta, ou seja o vendedor. A responsabilidade pelo perecimento da coisa poderá ser transferida ao comprador na hipótese de existir apólice de seguro que cubram os riscos de transporte.
Art. 531 CC. “Se entre os documentos entregues ao comprador figurar apólice de seguro que cubra os riscos do	transporte, correm estes à conta do comprador, salvo	se, ao ser concluído o contrato, tivesse o vendedor ciência da perda ou avaria da coisa”.
Troca ou Permuta – Art. 533 CC.
Diferença entre Compra e Venda e a Troca:
O contrato de troca, permuta ou escambo é aquele pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra que não seja dinheiro. Operam-se, ao mesmo tempo, duas vendas, servindo as coisas trocadas para uma compensação recíproca. Isso justifica a aplicação residual das regras previstas para a compra e venda (art. 533, caput, do CC). As partes do contrato são denominadas permutantes ou tradentes (tradens).
	
	Compra e Venda
	Troca ou Permuta
	Objeto
	Dinheiro x bem
	Bem x Bem
	Ato à Execução
	Incidência de Perdas e Danos
	Cumprimento forçado da Obrigação (o próprio bem)
	Despesas
	Móveis: Vendedor 
Imóveis: Comprador
	São divididas. Art. 533 CC.
	Ascendente para Descendente
	Há uma questão formal que é a anuência expressa dos demais descendentes. (menor é necessária a intervenção do Ministério Público).
	Não há necessidade de anuência desde que os valores não sejam desiguais. Art. 533, II CC.
Segundo Clóvis Beviláqua é contrato pelo qual uma das partes se obriga a dar uma coisa por outra desde que não seja dinheiro. Maria Helena Diniz afirma que é contrato bilateral, oneroso comutativo gerando para cada contratante a obrigação de transferir para o outro o domínio da coisa objeto de sua prestação. Em regra é consensual, podendo ser solene se uma das coisas permutadas se tratar de imóvel, nesse caso a troca será celebrada por escritura pública.
Contrato Estimatório ou Venda em Consignação – Art. 534 – 537 CC.
O contrato estimatório ou venda em consignação pode ser conceituado como sendo o contrato em que alguém, o consignante, transfere ao consignatário bens móveis, para que o último os venda, pagando um preço de estima; ou devolva os bens findo o contrato, dentro do prazo ajustado (art. 534 do CC).
Apesar da utilização da expressãovenda em consignação, não se trata de uma regra ou cláusula especial da compra e venda, mas de um novo contrato tipificado pela codificação privada. Desse modo, com a compra e venda não se confunde, apesar de algumas similaridades.
O art. 537 do CC enuncia que o consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser comunicada a restituição. O dispositivo limita o direito de propriedade do consignante, sendo o bem inalienável em relação a ele, na vigência do contrato estimatório. A propriedade, portanto, além de ser resolúvel, é limitada.
Prof: Trata-se de negócio jurídico em que alguém (consignatário) recebe de outrem (consignante) bens móveis ficando obrigado a vende-los a terceiros, obrigando-se a pagar um preço estimado previamente, senão restituir as coisas consignadas dentro do prazo ajustado. Muito comum no dia a dia. Ex. Bebidas. Ressalta-se que o consignatário não e obrigado a assumir condutas para vender a coisa, tendo em vista que poderá restituí-las. Discutiu-se se obrigação era alternativa (na qual há a escolha, se paga ou devolve a coisa) ou facultativa (paga o preço mas pode se desvencilhar entregando a coisa). O STJ pacificou a questão afirmando ser a obrigação ALTERNATIVA.
Obs: No Contrato Estimatório a teria dos riscos sofre inversão, tendo em vista que os riscos correm por conta do consignatário (aquele que recebe o bem).
É contrato Real ou Consensual? A maioria da doutrina entende ser REAL, tendo em vista que a transferência da posse do bem consiste em pressuposto de existência do contrato.
É Bilateral ou Unilateral? Para a maioria da doutrina é BILATERAL, tendo em vista que ambas as partes teriam deveres e direitos. No entanto a quem entenda que se trata de contrato unilateral porque não haveria obrigação para o consignantes (Flávio Tartussi).
Com relação à penhora, conforme o Art. 536 a coisa consignada não pode ser penhorada.
Direitos e Obrigações das Partes:
Consignante: Art. 537 CC. 
Não turbar a posse;
Não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou comunicada a restituição;
Art. 535 CC.
Tem o direito de receber o pagamento pela coisa;
Tem o direito de em não receber o pagamento, ser restituído da coisa;
Tem o direito de ser compensado por eventuais riscos;
Consignatário: 
Vender a coisa o devolvê-la, isso dentro de um prazo estipulado;
Respeitar o preço mínimo estipulado pelo consignante;
Conservar a coisa evitando danos, inclusive por causas acidentais.
Tem o Direito de perceber a remuneração estipulada.
Tem o Direito de vender a coisa podendo restituí-la;
Tem o Direito de ficar com a coisa pagando o preço;
Não ser turbado pelo consignante ou por quem quer que seja.
O consignante tem presunção de vulnerabilidade. (ele confia em que entrega a coisa)

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