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apostila de morfologia das fanerógamas

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Raiz
Considerações iniciais
A raiz (do latim “radix”) é a estrutura do corpo vegetal especializada na fixação da planta ao solo, absorção e condução de água e sais minerais. Atua, por vezes, no armazenamento de reservas nutritivas e aeração. 
São geralmente estruturas aclorofiladas, não segmentadas, desprovidas de folhas e gemas e subterrâneas (geotropismo positivo). Nas sementes das fanerógamas encontra-se o embrião, que apresentam uma raiz embrionária (radícula) um eixo caulinar embrionário (hipocótilo-epicótilo) e 1 ou 2 folhas embrionárias, os cotilédones. 
Quando a semente germina, a radícula se distende por divisões e alongamento celular originando a raiz primária. O caulículo se desenvolve formando o caule, se a planta apresentar raiz terrestre, ela terá geotropismo positivo e o caule geotropismo negativo. Se for uma Monocotiledoneae, as células do ápice radicular se degenera e surgem várias raízes da base do caule, colo ou coleto, não havendo uma raiz principal, Na Dicotiledoneae a radícula irá produz a raiz axial ou pivotante.
Partes constituintes de uma raiz (externamente): 
 Em sua extremidade (região terminal) encontramos uma estrutura resistente na forma de cone (coifa ou caliptra) que protege a região do meristema primário (tecido de crescimento), seguida por uma zona de alongamento (zona lisa), responsável pelo crescimento, em comprimento, das células radiculares. Acima da zona lisa, observamos a presença de pêlos absorventes (zona pilífera), região que proporcionalmente aumenta a área de absorção de nutrientes.
COLO OU COLETO: região de transição entre caule e raiz. Diferencia-se pelo tipo de tecido que passa a ter o floema e xilema, originalmente alternados na raiz em feixes. 
Classificação das raízes
1.Quanto a sua origem:
a. Pivotante ou axial, característico das dicotiledôneas; se origina do ápice da radícula. Goiabeira, mangueira etc. 
 
Pivotante Fasciculada
b. Fasciculada ou cabeleira, característico das monocotiledôneas, não apresenta um eixo principal. Se origina do colo ou coleto do embrião, a região apical da radícula se degenera e surgem varias raízes da base do caule, apresenta a forma de cabeleira. Capins, cana-de-açúcar etc
. 
Tanto as raízes axiais como as fasciculadas podem acumular substâncias de reserva. Passam, então, a ser chamadas de tuberosas. . Ex.: cenoura, beterraba, aipim, nabo, rabanete. 
2. Quanto ao meio em que se encontram:
a. Terrestres: São raízes subterrâneas, a maioria dos vegetais apresenta este tipo de raiz. Como um tipo especial de raiz terrestre tem-se: 
a.1 Raízes contráteis – são raízes ocorrentes em algumas plantas do cerrado, é um subterfúgio da planta, já que permite o aprofundamento de cormos, bulbos e rizomas mantendo suas gemas protegidas de possíveis adversidades, como o fogo que ocorra na superfície. Geralmente as raízes contráteis são as primárias, permitindo o aprofundamento de sementes que caem de suas plantas mãe. 
b. Aéreas
b.1 Raiz Adventícia - são todas aquelas que, secundariamente, independentes da raiz primária do embrião, nascem nos caules ou nas folhas de qualquer vegetal. geralmente muito frágeis para dar sustentação; 
b.2 Raízes escoras - servem para a sustentação, como as do milho.
b.3 Raiz Estranguladora - raiz que se enrola nas árvores que lhe serve de suporte provocando posteriormente o estrangulamento delas. Ex: cipós-mata-pau (Ficus sp); 
b.4 Raiz Tabular ou sapopema - tem o aspecto de tábuas ou pranchas verticais dispostas radialmente em torno da base do caule; exemplo: árvores de grande porte. 
b.5 Raiz Grampiforme – apresentam grampos, que fixam o vegetal em muros e outras superfícies. Ocorre em várias trepadeiras, ex hera; ocorre também em algumas epífitas, ex bromelias. 
b.6 Raiz sugadora ou haustórios – são encontrados em plantas parasitas, retirando seiva do vegetal hospedeiro. Os haustórios penetram no eixo do hospedeiro para dali retirar sua nutrição, ex: 1. cipó-chumbo (Cuscuta) planta holoparasita, quase completamente aclorofilada, heterótrofa, caule volúvel com apressorios que se adere ao hospedeiro indo até seu floema retirar a seiva elaborada, ex 2 . erva de passarinho (Psitacanthus) planta hemiparasita, clorofilada, autótrofas, seus apressorios vai até o xilema, retirando assim a seiva bruto, já que ela faz fotossíntese. 
c. Raízes aquáticas: nadante em macrófitas flutuantes e lodosa em macrófitas fixas ao fundo lodoso. Em todas há uma estrutura protetora para o meristema apical que impede o ataque de herbívoros a estes tecidos jovens. Apresenta a coifa com duas camadas de células.
d. Coletoras: emaranhadas em volta do caule do forófito retêm matéria orgânica. Comuns em plantas epífitas.
e. Pneumatóforos ou Respiratórias ocorrem em plantas que tem suas raízes submersas em água, emitindo então raízes para a superfície, que através de seus orifícios há a penetração de ar e conseqüente aeração do sistema radicular. Apresenta geotropismo negativo, isto é crescem para cima, plantas de mangue (Avicenia)
Principais adaptações:
Velame - tecido especializado em reter água e fotossintetizante (também chamadas de assimiladoras). Ex: raízes das orquídeas.
Nódulos radiculares – Surgem nas raízes, principalmente das plantas de Leguminosae, originados a partir das infestações de bactérias fixadoras de N2 (forma utilizada, do nitrogênio, pela planta), beneficia a planta já que permite retirar com mais eficiência o nitrogênio do solo (simbiose) 
Raízes tuberosas – São raízes especializadas como órgão de reserva, podendo ser pivotante (nabo, cenoura) ou laterais (batata doce) 
Modificações radiculares
Gavinhas – se enrolam a um suporte, seguindo o estímulo de contato, ex. Vanilla (Baunilha)
Espinhos – as raízes se transformam em espinhos ex buritirana (Palmeira)
Caule
Considerações iniciais
	O caule apresenta duas funções muito importantes na planta, a função mecânica que dispõe folhas e flores em posição favorável à iluminação e à agentes polinizadores e dispersores. A função fisiológica que é a da condução de água e sais minerais das raízes para as folhas e a distribuição dos açucares, hormônios para todas as partes da planta. Alguns caules acumulam reservas ou água (plantas de ambientes secos), além de apresentarem estruturas de propagação vegetativa. Possuem nós e entrenós, onde nos nós existem gemas e folhas, diferindo da organização das raízes que não apresentam.
Classificação dos caules
1. Quanto à ramificação
a. Simples ou não ramificado: são caules que não possuem gemas laterais ou elas não se desenvolvem em ramos laterais, podendo, em alguns casos, originar inflorescências, ex. palmeiras, mamoeiros
b. Ramificação monopodial: são plantas que o seu eixo principal é facilmente reconhecido por apresentar crescimento vertical, os demais apresentam crescimento obliquo e mais vagaroso, essas plantas apresentam sua copa em forma de cone.
c. Ramificação Simpodial: são plantas que apresentam várias gemas participando ao mesmo tempo na formação de vários eixos, não existe um eixo principal, pois ele perdeu sua preponderância sobre os demais ou cessou sua atividade, deixando assim que vários se desenvolvam, essas plantas apresentam sua copa arredondada.
2. Quanto a consistência: 
a. Herbáceo: São caules flexíveis, tenros, suculentos o tecido de sustentação predominante é o colênquima.
b. Lenhoso: São caules rígidos ou flexíveis, porém consistentes, o tecido de sustentação predominante é o esclerênquima, com células ricas em lignina.
3. Quanto à localização no meio ambiente
a. Aéreos
	a.1 Aéreos erguidos
	a.2 Aéreos rasteiros
	a.3 Aéreos trepadores
b. Subterrâneos
c. Aquáticos.
a.1 Aéreos erguidos: 
Haste: São caules tenros, não lenhosos, geralmente verdes, característico de plantas herbáceas (ervas).
Tronco: Ocorre na maioria das árvores, robusto,lenhoso, ramificado; algumas espécies como a barriguda e o baobá que apresentam um intumescimento devido ao acúmulo de água. 
Estipe: Ocorre nas palmeiras, geralmente cilíndricos e sem ramificações, apresenta entrenós curtos e folhas apenas no ápece.
Colmo: São caules cilíndricos, com nós e entrenós evidentes, ramificação monopodial ou sem ramificações, podem apresentar o entrenó cheio, cana de açúcar sendo denominado de colmo cheio ou cálamo, quando oco, bambu, denominado de colmo oco ou fistuloso. 
a.2 Aéreos rasteiros
	Estolho, radicantes: Cresce paralelo ao solo, apresenta entrenó alongado, dos nós surgem raízes e ramos, ex. morangueiro
	Prostrado, rastejante: Cresce paralelo ao solo, porém não emitem raízes adventícias, fixo ao solo apenas num ponto, ex. melancia
a.3 Aéreos trepadores
Sarmento: Cresce paralelo ao solo, porém ao encontrar um suporte sobem, emitem gavinhas para fixação, ex. chuchu, maracujá, uva.
Volúvel, lianas ou cipós: Cresce se enrolado a um suporte, não apresenta órgão de fixação, quando se enrolam da direita para a esquerda são ditos sinistrogiros, e da esquerda para a direita, denominados de dextrógiros. ex trepadeira e cipós de um modo geral.
b. Subterrâneos, de um modo geral os caules subterrâneos acumulam água e nutrientes e apresentam potencial de propagação vegetativa.
	Rizoma: Cresce paralelo a superfície do solo, emite raízes adventícias, em sua maioria apresentam ramificação simpodial, ex. bananeira. 
	Tubérculo: Caule hipertrofiado por acumulo de substancias nutritivas, apresentam suas gemas protegidas por catáfilos ex. batata inglesa
	Bulbo: Caule reduzido a um disco com vários catafilos; os bulbos podem ser tunicados, quando os catafilos mais externos recobrem os mais externos, ex cebola, ou escamosos quando os catafilos mais externos não recobrem totalmente os mais internos, ex lírios. 
	Xilopódio: Caule encontrado nas plantas de cerrado, que após as queimadas eles rebrotam novamente; sua estrutura pode ser formada por caule e raiz. 
	Cormo: Caule também envolvido por catafilos, porem difere do bulbo por se apresentar mais desenvolvido e com menos catafilos e difere do tubérculo por apresentar sua base enlanguescida, ex gladíolos. 
c. Aquático: Geralmente são caules herbáceos e ficam submerso nas águas de açudes e lagos
Modificações caulinares
Gavinhas: Estruturas com função de fixar a planta a um substrato, se enrolam graças a estímulos de contato. Ex maracujá 
Espinhos: Estruturas desenvolvidas com a finalidade de proteger a planta contra possíveis predadores, ex. espinho das laranjeiras.
Domáceas: Estruturas desenvolvidas para abrigar animais, ex imbaúba, que aloja formigas no ápice dos caules.
Folha
Considerações iniciais
	As folhas têm sua formação no meristema apical, originadas das camadas superficiais, então podemos dizer que são apendices caulinares, diferindo da raíz que são apendices radiculares (as raízes laterais). As folhas têm origem exôgena e as raizes origem endóginas.
	As funções principais das folhas no vegetal são: fotossintese e respiração; apresentam formas bastante variadas, geralmente apresentam bainha, pecíolo e limbo ou lâmina foliar, dita completa, quando falta pecíolo ou bainha é denominada incompleta, podendo ainda apresentar estípulas, que estão situadas na base do pecíolo, em par e em posição lateral, comum nas Leguminosae, sua função é proteger o primórdio foliar, podende cair logo após o desenvolvimento da folha (caduca), maioria, ou persistir e se desenvolver juntamente com a folha, são as ditas persistentes ex. Ervilha.
	Os vegetais apresentam tipos espéciais ou adaptações foliares com funções diversas, que geralmente não são exercidas pelas folhas, são elas, os 
cotilédones que são as primeiras folhas formadas no embrião, apresentam a função de reserva nutricional para o embrião;
hipsófilos ou brácteas que são folhas modificadas com a função de atrair agentes polinizadores e dispersores ou proteger as flores; 
catáfilos, são folhas sésseis que não possuem pecíolo e bainha, onde o limbo insere-se diretamente no caule, apresentam função de reserva e de proteção, a cebola é um exemplo; 
espinhos das cactaceas, ocorre a redução com intuito de diminuir a perda dágua,neste caso a fotossintese passa a ser realizada pelo caule;
as folhas insetívoras: tem a função de capturar insetos. Ex A Drosera 
as folhas coletoras: ocorre em plantas epífitas principalmente as bromélias onde suas folhas são arranjadas de uma maneira que armazene água em sua base, lá existem escamas peltadas que absorvem a água com seus nutrientes, geralmente as raízes destas plantas só funcionam para fixação da planta ao substrato, a absorção da água é feita quase na sua totalidade por estas folhas. Ex: bromélias epífitas; 
as folhas suculentas: folhas com parênquima aqüífero bem evoluído. Ex: babosa; 
reprodução vegetativa: as folhas de algumas plantas podem ter a função de reprodução como é o caso das begônias;
Antófilos: são elementos florais que representam folhas que se transformam adaptavelmente para a sua reprodução.
Gavinhas que podem ser formadas por modificações de todo o limbo ou por apenas o prolongamento do pecíolo, geralmente encontrado em plantas sarmentosas. Ex chuchu, maracujá, uva
As folhas apresentam diversas classificações
1. Quanto as suas partes:
Completa, uma folha é considerada completa quando apresenta três partes (limbo, pecíolo e bainha)
Incompleta: quando falta uma ou mais de suas partes.
b.1 Séssil – quando não apresenta pecíolo
b.2 Peciolada- quando apresenta pecíolo e lâmina, sem a bainha (maioria das folhas)
2. Quanto à subdivisão do limbo
Folha simples: Quando o limbo não é subdividido em folíolos. 
A lâmina foliar pode ser:
a. Inteira – sem recortes
b.Lobada – com recortes superficiais (não a tinge a metade da borda para a nervura central).ex:
c. Fendida ou partida – recortes profundos, porém sem chegar na nervura central ex: Mamoeirro, carrapateira
d. Secta – recortes mais profundos, chegando a nervura central, Ex. algumas palmeiras, rúcula.
Folha composta: quando o limbo foliar apresenta-se dividido em folíolos. A folha pode ser denominada de ser :
a.Bifoliolada – A lâmina foliar é dividida em dois folíolos. Ex. Jatobá
b.Trifoliolada – A lamina foliar é dividida em três folíolos, ex. sombreiro, feijão
c. Digitada ou palmada – o limbo é dividido em sub-unidades em número geralmente igual a 5 ou 7, distribuídos de forma semelhante aos dedos de uma mão ex: cheflera.
d. Pinada – folha que seus folíolos são distribuídos ao longo de um eixo (raque = formado pela nervura principal da folha) de maneira alterna ou oposta. Ex cássia 
Folha bi-composta ou bi-pinada ou recomposta: Quando a limbo foliar apresenta-se duplamente recortado, isto é os folíolos apresentam-se subdividido em foliólulos. Podemos ter: Bipenada ex: Pau-brasil; Bidigitada. 
3. Quanto a sua nervação
a. Anérvia ou enervada : Quando o limbo foliar é espesso, não apresentando nervuras aparentes, comum nas plantas de folhas carnosas ou grassas ex: babosa.
b. Uninérvia, Folha que apresenta apenas a nervura principal aparente ex:
c.Curvinérvia: Quando as nervuras se apresentam em curvas, acompanhando a margem e a nervura principal, geralmente saindo do peciolo
4. Quanto à consistência
a. Membranácea: As folhas se apresentam tenras, delgadas e maleáveis, geralmente não se quebram quando amassadas. Ex: maioria das folhas
b. Coriácea: Folhas rígidas, consistentes e quebradiças quando amassadas com nossas mãos. Ex: folha do cajueiro.
5. Quanto à coloração
a. Maculada: as folhas possuem manchas, geralmente brancas ex: comigo-ninguém-pode
b. Bicolor: As faces do limbo apresentam colorações distintas, Ex: folha do Rhoeo.
c. Listrada: O limbo apresenta riscas de cores ou tonalidades diferentes
	
6. Quanto à filotaxia (Distribuição das folhas no caule)
6.1.Alternas:
a. Dística
b. Espiralada
6.2 Oposta:
a.Dísticab.Cruzada
6.3 Verticilada:
6.4 Fasciculada: quando três ou mais folhas saem do em um mesmo ponto do nó, formando um feixe ou fascículo de folhas Ex. Pinus sp.
7. Rosulada ou em Roseta: Ocorre em plantas que possuem caule curtíssimo, com entre nós reduzidos, nós muito próximos uns dos outros, assim as folhas aparentam estar inseridas em um mesmo nível do caule Ex. repolho, abacaxi, alface
Flor
Considerações iniciais
	Órgão que nas Angiospermae, é responsável pela reprodução sexual; constituído por caule curto com nós e entrenós, receptáculo, (porção dilatada do caule onde as peças florais estão inseridas) as peças florais são folhas modificadas, especializadas. Quando especializada em proteção, são denominadas de verticilos protetores, quando responsáveis pela reprodução são denominadas de verticilos reprodutores.
Verticilos protetores (Clames): Cálice; corola 
Verticilos reprodutores ou folhas férteis: androceu (♂) constituídos pelos estames e gineceu (♀) constituídos das folhas carpelares.
Partes constituintes: Pedúnculo – eixo de sustentação da flor
Receptáculo – extremidade do pedúnculo onde é inserido as peças florais
Cálice - constituído pelas sépalas.
Corola - constituída pelas pétalas.
As flores apresentam diversas classificações
1. Quanto ao pedúnculo: 
Pedunculada, pedicelada- quando apresenta pedúnculo, pedicelo
Séssil- sem pedúnculo, pedicelo.
2. Quanto ao número de peças florais:
Aclamídea ou nua- quando a flor não apresenta verticilos protetores, nem cálice nem corola.
Monoclamídea- ausência de um dos verticilos protetores, cálice ou corola.ex. mamona.
Diclamídea- presença de cálice e corola, a maioria das plantas.
3. Quanto à homogeneidade das peças florais:
Homoclamídea- apresenta o cálice e a corola semelhantes em número, formato, cor, (Tépalas)
 Heteroclamídea- quando o cálice apresenta-se diferente da corola
4.Cálice 
	Apresenta geralmente a coloração verde, porém quando colorido é denominado de cálice petalóide. 
Classificação do cálice:
4.1 Quando a soldadura de suas sépalas: 
Sinsepalo- quando as sépalas estão soldadas entre si, total ou parcialmente
Dialissépalo- quando as sépalas estão livres entre si.
	4.2 Quando ao número de sépalas:
		Trímero- quando apresenta 3 sépalas ou múltiplo de 3 
		Tetrâmero- quando apresenta 4 sépalas ou múltiplo de 4
		Pentâmero- quando apresenta 5 sépalas ou múltiplo de 5
	4.3 Quando a duração das sépalas:
		Caduca- ocorre a queda das sépalas antes da flor ser fecundada.
		Decíduas- ocorre a queda das sépalas quando as pétalas caírem. ex: mostarda
		Persistente- as sépalas persistem no fruto ainda com sua coloração. ex: Citrus
		Marcescente- apesar de persistir no fruto as sépalas encontram-se murchas.ex: goiaba.
		 
5.Corola 
	Apresenta-se geralmente coloridas ou brancas, existe uma intimidade entre a coloração das pétalas e o agente polinizador da flor. Quando verde é dita sepalóide. 
Classificação da corola:
5.1 Quando a soldadura de suas pétalas: 
Simpétala- quando as pétalas estão soldadas entre si, total ou parcialmente.
Dialipétala- quando as pétalas estão livres entre si.
http://www.nucleodeaprendizagem.com.br/botanica2.htm
	5.2 Quando ao número de pétalas:
		Trímera- quando apresenta 3 pétalas ou múltiplo de 3 
		Tetrâmera- quando apresenta 4 pétalas ou múltiplo de 4
		Pentâmero- quando apresenta 5 sépalas ou múltiplo de 5
	5.3 Quando a duração das pétalas:
		Caduca- ocorre a queda das pétalas antes da flor ser fecundada.
		Marcescente- apesar de persistir no fruto as pétalas encontram-se murchas.
	5.4 Quanto à simetria:
		a) Simétrica: Actinomorfa- Apresenta mais de um plano de simetria.
Zigomorfa- Apresenta apenas um plano de simetria. 
		b) Assimétrica: Quando não apresenta nenhum plano de simetria. 
	5.5 Tipos de corola:
Tubulosa; campanulada; labiata, rosácea, urceolada, infundibuliformes; hipocrateriformes, ligulada, digitaliformes.	
6. Quanto ao sexo:
Unissexual masculina ou feminina- apresenta apenas um verticilo sexual ou androceu ou gineceu. ex: mamona
Andrógina- apresenta os dois verticilos sexuais, androceu e gineceu. Ex: papoula.
7. Androceu
	Órgão masculino da flor, formado pelo conjunto de estames. Os estames correspondem ao microsporófilos. Cada estame é normalmente constituído por um filete e uma antera. A antera contém tecas que em seu interior encontramos os sacos polínicos onde se formam os grãos de pólen. 
	7.1 Classificação do androceu de acordo com o tamanho dos estames.
		Homodínamo- quando os estames são todos do mesmo tamanho.
		Heterodínamo- quando os estames são todos de tamanho diferente.
		Didínamo- quando a flor apresenta 4 estames, 2 maiores e 2 menores.
		Tetradínamo-- quando a flor apresenta 6 estames, 4 maiores e 2 menores.
7.2 Classificação dos estames quanto a soldadura.
	Dialistemone- os estames são todos livres entre si.
	Gamostemone- os estames estão com seus filetes soldados entre si, formando um ou mais feixes.
	Sinántero- estames completamente soldados, filetes e anteras, formando um só corpo.
	Anteras conatas- quando as anteras se apresentam unidas ex girasol 
	Estames monadelfos- estames unidos em um só feixe
	Estames diadelfos – estames unidos em dois feixes.
	Estames coniventes- anteras juntas, porém não são soldadas.
Tipos de abertura da antera (deiscência), para saída dos grãos de pólen
Longitudinal ou rimosa – por meio de uma fenda longitudinal, em cada teca.
Valvar- por meio de pequenas válvulas.
Poricida- por meio de poros apicais
	
7.4 Classificação dos estames quanto a sua posição na flor.
	Estames epipétalos- quando eles estão inseridos sobre as pétala
Estames alternipétalos- quando eles estão inseridos alternadamente, entre as pétalas.
7.5 Quanto ao número de estames em relação ao de pétalas:
Oligostêmones – o número de estames é menor que o número de pétalas.
Isostêmones - o número de estames igual ao número de pétalas.
Polistêmones- o número de estames é maior que o número de pétalas.
Diplostêmone- o número de estames é o dobro do número de pétalas
8. Gineceu
	Os carpelos correspondem aos macrosporófilos. Cada carpelo é normalmente constituído pelo ovário, estilete e estigma. O estigma é a região do carpelo receptiva ao pólen. Por vezes o estilete pode faltar, ficando o estigma diretamente sobre o ovário . Dentro do ovário encontram-se um ou mais óvulos. O termo pistilo é utilizado como unidade estrutural do gineceu
81. Classificação do ovário quanto à sua posição no receptáculo.
Ovário súpero- quando o ovário estiver acima do cálice e da corola
Ovário ínfero- quando o ovário estiver inserido no receptáculo, isto é abaixo do ponto de inserção do cálice e da corola. 
8.2 Classificação do gineceu quanto ao número de carpelos.
Unicarpelar; bicarpelar, tricarpelar..... pluricarpelar
INFLORESCÊNCIA
Considerações iniciais
 Definida como um conjunto de flores ao redor de um eixo, as inflorescências podem ser simples, solitárias ou compostas, agrupadas, geralmente as inflorescências apresentam brácteas, que são folhas de proteção, elas apresentam aspecto bastante diversificado.
Tipos de Brácteas:
Espata- Bráctea, de rígida a razoavelmente rígida, que envolve totalmente a inflorescência, ocorre geralmente nas inflorescências das Arecaceae (palmeiras) e na inflorescência feminina do milho.
Glumas- Bráctea que envolve as inflorescências das Poaceae (Gramineae) e das Cyperaceae, são razoavelmente rígidas.
Classificação das inflorescências de acordo com o crescimento do eixo central
2. Tipos de Inflorescências 
 Inflorescências Definidas (também designadas de cimeiras e inflorescências simpódicas) 
Monocásio: cimeira unípara que apresenta uma bráctea na base de uma flor que encima o eixo principal. Da axila da referida bráctea sai um pedicelo que, por sua vez, apresenta na bráctea subterminal uma gema que originará um novo pediceloe assim sucessivamente. 
Flabeliforme: os pedicelos estão orientados de forma alternada, à esquerda e à direita, relativamente ao eixo principal da inflorescência. 
Falciforme: os pedicelos estão dispostos para o mesmo lado do eixo principal da inflorescência.
Dicásio: cimeira bípara que apresenta duas brácteas opostas abaixo da flor apical. Da axila de cada uma das referidas brácteas nasce um eixo que repete a mesma disposição. 
Pleiocásio: cimeira múltipla em que vários pedicelos nascem de gemas axilares que se situam ao mesmo nível. 
Verticilastro: inflorescência contraída, de eixos curtos, ficando as flores muito aglomeradas na axila de duas folhas ou brácteas opostas. Frequente em espécies da família Labiateae.
 Inflorescências Indefinidas 
Cacho ou rácimo: as flores são pediceladas e estão inseridas num eixo ou ráquis não ramificado. 
Panícula: tipo de cacho em que o eixo da inflorescência é ramificado (cacho composto), apresentando uma forma cónica ou piramidal (ex. inflorescência da aveia). 
Tirso: cacho composto com forma fusiforme e zona de maior largura a cerca de 1/3 da base (ex. alpista). 
Corimbo: tipo de cacho em que as flores, apresentando pedicelos de comprimento desigual, se situam ao mesmo nível; pode ser simples ou composto.
Espiga: Inflorescência de flores sésseis dispostas sobre um eixo ou ráquis. 
Espádice: o eixo da espiga é carnudo, frequentemente com flores unissexuais masculinas (geralmente na zona superior) e femininas (na zona inferior). 
Amentilho: inflorescência com flores de um só sexo e que, frequentemente, se desarticula após a libertação do pólen (masculinos) ou após a maturação (femininos). 
Espigueta: pequena espiga, cujo eixo se designa ráquila. Nas gramíneas cada espigueta possui geralmente duas brácteas (glumas) na base e cada flor da espigueta é protegida por 2 bractéolas (glumelas).
Umbela simples: inflorescência em que os pedicelos longos e com aproximadamente o mesmo tamanho, estão inseridos num mesmo ponto do pedúnculo (ex. inflorescência da cebola). 
Umbela composta: inflorescência ramificada de umbelulas. 
Capítulo: inflorescência de flores, geralmente sésseis, reunidas num receptáculo comum discóide e rodeada por um invólucro de brácteas (ex. inflorescência do girassol). 
Fruto
	
Considerações iniciais 
O fruto é resultado do ovário desenvolvido; representa a continuação de uma estrutura da flor, o ovário, que persistiu após a antese da flor, polinização e da fecundação, sofreu uma série de modificações para compor a estrutura auxiliar de proteção e dispersão da semente, a semente que foi formada a partir do óvulo fecundado. 
A grande variedade de frutos dar-se graças a enorme variedade de arranjos das folhas carpelares. 
Após a fecundação da flor, paralelamente há o desenvolvimento da semente e do ovário, a parede do ovário, o carpelo, transforma-se em pericarpo, parede do fruto, na qual geralmente distingue-se 3 camadas:
Exocarpo – corresponde a epiderme superior da folha
Mesocarpo – corresponde ao mesofilo da folha, parênquima paliçádico e parênquima lacunoso
Endocarpo – corresponde a epiderme inferior da folha
Sua Função 
Proteger a semente;
Armazenar reservas nutritivas;
Facilitar sua disseminação.
Na classificação dos frutos são levados vários critérios, como: 
1. A consistência do mesocarpo:
a. Carnoso: apresenta acúmulo de substâncias de reserva.
b. Seco: não apresenta acúmulo de substâncias de reserva.
2. A sua deiscência (os frutos carnosos e secos podem apresentar deiscência): denomina-se deiscência à abertura natural de qualquer órgão vegetal.
a. Indeiscente: não se abrem para liberar sementes.
b. Deiscentes: abrem-se para liberar as sementes. 
Tipos de abertura:
a. Longitudinal: quando a abertura se dá ao longo do maior eixo.
b. Poricida: abrem-se poros nas paredes do pericarpo.
c. Transversal ou pixidiária: abertura circular ao longo do eixo transversal.
3. A ontogenia, origem:
a. Fruto simples: proveniente de uma única flor, único ovário, podendo ser súpero ou ínfero, seco ou carnoso, uni ou pluricarpelar, sincárpico, deiscente ou indeiscente quando maduros. 
b. Frutos agregados: proveniente de vários ovários de uma única flor; o gineceu é apocárpico multicarpelar. Ex 1 morango que é um pseudofruto, pois se origina de um receptáculo que nele estão agregados os diversos ovários, a parte comestível é a do pseudofruto. Ex. 2: pinha, a parte comestível é a dos frutos Ex 3 Jaca, parte comestível é o fruto.
 
Pinha Jaca
c. Frutos múltiplos ou Infrutescência: proveniente de uma inflorescência onde suas flores, em razão da proximidade concrescem numa só estrutura. Ex. Amora Abacaxi. 
d. Pseudofruto: proveniente de outra parte floral, não do ovário. Podendo ser do pedúnculo ou do receptáculo floral
a. Simples: originado a partir de uma única flor. Ex.: Parte comestível da maçã. Parte comestível do cajú
 Caju Maçã
- No cajueiro suas flores apresentam ovário súpero, então o fruto (castanha) encontra-se sobre o receptáculo (caju).
- Na maçã o ovário é ínfero, então o fruto encontra-se inserido no receptáculo
b. Composto: originado de um receptáculo desenvolvido, onde são inseridas várias flores. 
Ex1.: Morango, o receptáculo dilatado é o pseudofruto e os “pontinhos” ao redor são os frutos verdadeiros que são denominados aquênios. 
Ex2: Figo, o receptáculo dilatado é o pseudofruto, que é a parte comestível, porém os frutos estão inseridos neste receptáculo, então os frutos estão dentro do pseudofruto.
 
Morango Figo
c. Múltiplo: originado a partir do receptáculo de diversas flores. Ex.: Abacaxi. 
Abacaxi
4. Tipos de Frutos quanto à consistência do mesocarpo e sua deiscência:
1. Carnosos 
1.1. Indeiscentes
a. Baga: pericarpo carnoso, apresenta várias sementes no interior. Ex.: Tomate, uva, mamão, maracujá.
b.Drupa: fruto de mesocarpo carnoso e uma única semente, proveniente de um ovário súpero. Ex.: manga, abacate
c.Hesperídio: tem o epicarpo delgado, com numerosas câmaras secretórias, o mesocarpo é brando, subcoriáceo, e o endocarpo é membranáceo, sendo internamente cada porção do endocarpo, resultante de cada um dos carpelos, é revestido de pêlos intumescidos e sucosos que é a única parte comestível do fruto. Ex.: limão, laranja, tangerina.
 
Baga Drupa Hesperídio
1.2. Deiscente
a. Cápsula carnosa: fruto carnoso deiscente com várias sementes. Ex.: pepino-selvagem, melão-de-são-caetano.
2. Secos
2.1. Indeiscentes
a. Aquênio: fruto proveniente de um ovário unicarpelar, com uma única semente presa ao pericarpo apenas pelo funículo. Ex.: girassol (família das compostas), morango (poliaquênio).
b. Cariopse: é um tipo de aquênio ligado ao pericarpo em toda a extensão. Ex.: milho, aveia (família das gramíneas).
c. Noz: fruto com pericarpo muito duro e uma única semente, é proveniente de um ovário composto. Ex.: avelã, noz, 
d. Sâmara: geralmente com uma só semente e pericarpo com expansões aliformes. Ex.: pau-d'alho.
Girassol Milho Avelã
 
2.2. Deiscentes
a.Balaústa: é um tipo de cápsula com deiscência septicida. Ex.: romã.
b.Cápsula: apresenta abertura por fendas longitudinais ou poros. Ex.: Bixa, beijinho, amor-perfeito. 
c.Folículo: é unicarpelar com várias sementes, apresenta abertura nas bordas do carpelo. Ex.: peroba .pereiro
d.Legume ou vagem: unicarpelar com várias sementes, abre-se pela sutura e pela nervura principal. Ex.: feijão, amendoim 
e.Síliqua: apresenta dois carpelos e abertura em quatro lugares. Ex.: couve.
f. Pixídio: fruto capsular de deiscência transversal. Ex.: eucalipto. sapucaia
 
BalaústaCápsula: pereiro
 
 Feijão couve Sapucaia

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