Lei de Drogas

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Universidade Salgado de Oliveira
LEI DE DROGAS
Lei 11.343, de agosto de 2006
Perguntas:
O ato de adquirir, guardafr ou trazer consigo drogas pode causar dúvida se há situação de crime de tráfico ou de crime de uso de drogas. Quais os requisitos para essa distinção?
A principal diferença entre um usuário e um traficante é a finalidade de cada um, pois o usuário tem o fim especial de usar a droga. Mas como é difícil descobrir isto, num caso concreto, a lei tras critérios que norteiam a ação da autoridade policial: natureza da droga; quantidade; local da apreensão; desenvolvimento da ação; circunstâncias sociais; circunstâncias pessoais; conduta; antecedentes do agente.
Marque a Alternativa Falsa:
a) Não é previsto a delação premiada na lei de drogas;
b) Não se pune o consumo em si da droga;
c) O tipo penal do tráfico não exige como elementar a finalidade de lucro ou de obter vantagem econômica;
d) Em hipótese alguma será cabível prisão para o caso de posse ilegal de drogas.
Resposta e Comentários:
a) É falsa. Porque É prevista a delação premiada na lei de drogas.
b) Correta: O crime não é usar droga ilícita, mas sim adquiri-la, guard´-la, mantê-la em depósito, transportá-la ou traz~e-la consigo para consumo pessoal. Assim, não se pune o consumo em si da droga.
c) Correta: Poderá haver o crime de tráfico ainda que não exista o fim lucrativo por parte do agente delitivo.
d) Correta: As penas cominadas são exclusivamente restritivas de direitos. Não exsiste a possibilidade alguma de prisão para aquele agente que adquire, tras consigo, guarda, tem em depósito ou transporta draga para consumo pessoal.
Explique o procedimento e os prazos da ação penal, para "traficantes" e "usuários" na Lei de Drogas (11.343/2006)?
Tráfico: Antes de receber a denúncia, o juiz notificará o acusado para oferecer defesa prévia no prazo de 10 dias. Esta tem como finalidade fazer com que o juiz não receba a denúncia. O juiz terá 5 dias para decidir (receber ou rejeitar a denúncia, ou requferer diligênicas). Prazo para a conclusão do inquérito policial: 30 dias - indiciado preso, e 90 dias - se estiver solto. Haverá a duplicação de tais prazos mediante justificado pedido da autoridade de polícia judiciária. Haverá a progessão de regime (inicialmente fechado) quando cumpridos 2/5 da pena, se primário, ou 3/5, se reincidente.
Consumo Pessoal: A pessoa que for encontrada de posse de drogas para uso próprio sera encaminhada à autoridade policial ou ao Judiciário, onde tiver vara especializada de entorpecentes. Na delegacia, faz-se o TCO e junt-se o exame de constatação. A seguir, encaminha-se aludido expediente ao juizado especial crimainal para a transação, se possível, e aqplicação da pena necessária, se for o caso. Em hipótese alguma será cabível, prisão çpara o caso de posse ilegal de drogas para consumo pessoal, nem mesmo prisão em flagrante. Encontrado portanto a droga, o criminoso será encoaminhado para o Delegacia, ouvido e posto em liberdade, após assinar o termo de compromisso de comparecer á audiência preliminar. E mesmo que não aceite prestar termo de compromisso, ainda assim, não poderá ser preso.
O que entende-se por Tráfico Privilegiado?
 Considera-se tráfico priveilegiado o praticado por agent3e primário, com bons antecedentes criminais, que não se dedica a atividades criminosas nem integra organização criminosa, sendo-lhe aplicada a redução de pena de um sexto a dois terços, independentemente de o tráfico ser nacional ou internacional e da quantida ou espécie de droga apreendida, ainda que a pena decorrente do crime de tráfico privilegiado, muito menos o fato de o tráfico ser nacianal ou internacional, conforme orientaão do Superior Tribunal de Justiça (STJ RESP. 1133945/MG 15/04/2010)
 Admitisse a aplicação do princípio da insignificância para o consumo pessoal? E em estabelecimento militar?
 O STJ não admite a aplicação do princípio da insignificância do crime de posse ilegal de drogas para consumo pessoal (art. 28, da Nova Lei de Drogas). A pequena quantidade da droga não desnatura o delito;
 Orientação do STF é no sentido de ser favorável à aplicação do princípio daq insignificância ao crime de posse ilegal de drogas para consumo pessoal em estabelecimento lmilitar (delito previsto no art. 290 do Código Penal Militar), desde que atndidos certos requisitos.
É possível concurso de crimes, na lei de drogas? (11.343/2006)
 É plenamente possível o concruso de crimes do art. 33 (tráfico) com o art. 35 (associação para o tráfico). Assim, por exemplo, no caso de um grupo de traficantes que formaram uma quadrilha ou bando para exercerem suas atividades, já tendo inciado os atos executórios do crime de tráfico, deverão responder por dois crimes em concurso material: tráfico il´cito de drogas e assiciação para o tráfico.