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Artigo sobre infraestrutura aquaviária

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INFRAESTRUTURA AQUAVIÁRIA
Rafael Hoffmann Lubiana
Departamento de Engenharia Civil
CEFET/RJ - Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
RESUMO
Este documento apresenta os elementos que compõem a infraestrutura aquaviária em portos, envolvendo todas as estruturas do setor e suas funções. É abordado primeiramente a definição, seguida da situação da infraestrutura aquaviária nacional e, por fim, serão abordados assuntos mais técnicos como as estruturas e as obras necessárias tanto para reparo, quanto para ampliação e modernização das mesmas. Maior ênfase será dada às principais estruturas e estruturas básicas para a obtenção de uma infraestrutura aquaviária eficiente.
ABSTRACT
This document presents the elements that make up the waterway infrastructure in ports, involving all the sector's structures and their functions. It is firstly presented the definition, followed by the national waterway infrastructure situation and, finally, will be presented more technical issues such as structures and the necessary works to repair, expanding and modernizing them. Greater emphasis will be given to major structures and basic structures for obtaining an efficient waterway infrastructure.
1. Introdução
	O presente trabalho trata de questões extremamente importante para a economia e infraestrutura nacional, tendo em vista que ,em média, 75% do comércio internacional de todos os países são realizados através de portos.
Grande parte da área física de um porto se encontra na água, e suas estruturase obras mais complexas também, por isso se torna importante o estudo desta parte específica dos portos, que é a infraestrutura aquaviária. Também é brevemente exposta a situação nacional sobre o assunto, seguido por questões mais técnicas onde podemos observar também através de imagens a estrutura citada.
	
2. Conceito de infraestrutura aquaviária
A infraestrutura aquaviária é composta por tudo o que contribui para a movimentação e interação entre os navios, vias aquáticas e portos. Mais especificamente, é composta pelos canais de acesso aos portos, bacias de evolução, quebra-mares, hidrovias e berços de atracação.
 	Também são inseridos neste conceito os equipamentos para movimentação e armazenagem de mercadorias, tais como guindastes, esteiras e armazéns, os quais são conhecidos como superestrutura portuária, sendo que a maior parte da superestrutura portuária (no Brasil) é operada por empresas privadas. 
3. Infrestrutura aquaviária dos portos do Brasil
O transporte marítimo se caracteriza como um dos meios mais importantes para a
logística nacional, porém o país não explora toda a sua capacidade neste setor e conta com uma infraestrutura deficiente nesta área. Mas ainda assim são transportadas grandes quantidades
de produtos por este meio de transporte.
O potencial Brasileiro para transporte aquaviário é extremamente subutilizado, o qual possui uma rede hidroviária muito extensa e 9.198 km de litoral conta com apenas dezesseis portos de capacidade e duas hidrovias.
	
3.1. Órgão responsável
	No Brasil, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) é o órgão responsável pela infraestrutura dos portos no Brasil, sendo que a subdivisão do DNIT chamada Diretoria de Infraestrutura Aquaviária (DIA) é diretamente responsável pela infraestrutura aquaviária. A DIA se subdivide em duas coordenações: a Coordenação Geral de Construção e a Coordenação Geral de Manutenção e Operação. A primeira desenvolve atividades de execução de projetos e obras de infraestrutura aquaviária, além disso, institui padrões e normas técnicas para o seu controle. A segunda executa as atividades de manutenção, recuperação, programas de segurança e operação de infraestrutura aquaviária, bem como estabelece padrões e normas técnicas para segurança e operação de vias aquáticas.
4. Estruturas do setor
	
	As estruturas físicas características do setor aquaviário em um um porto são compostas, em geral, por canais de acesso entre o alto-mar e o porto, bacias de evolução, quebra-mares, hidrovias e berços de atracação.
4.1. Canal de acesso ao porto
	É o canal natural ou artificial que tem por objetivo ligar o alto-mar com as instalações portuárias. 
Figura 1: Canal de acesso ao Complexo Portuário Itajaí-Açu
4.2. Bacia de evolução
	É um local no espaço aquático nas proximidades do cais, dotado de dimensão e profundidade adequadas para manobrar as embarcações.
Figura 2 – Bacia de evolução do porto de Barra do Riacho (PORTOCEL)
4.3. Quebra-mar
	Um quebra-mar trata-se de uma muralha ou barramento, artificial ou natural, à entrada de uma baía ou porto, destinada a oferecer resistência ao embate das ondas ou à força das correntes marítimas.
Figura 3 – Quebra-mar do porto de Matane, Canadá
4.4. Hidrovia
	Hidrovia é uma via navegável, na qual meios de transporte aquáticos (barcos, navios ou balsas) trafegam para realizar o transporte mercadorias e passageiros, em oceanos, mares, lagos, rios, ou canais.
	Para uma hidrovia ser navegável alguns fatores técnicos influenciam, como a largura da hidrovia, a composição do fundo, profundidade para a passagem navios com grandes dimensões, sinalização adequada, a dinâmica dos ventos, a presença ou não de pontes e outros obstáculos (cachoeiras e corredeiras), naufrágios e raios de curvaturas da rota de navegação (sinuosidade).
Figura 4 – Trecho da hidrovia Tietê-Paraná
4.5. Berço de atracação
	É um espaço no cais, entre cabeços de amarração, em que o navio pode atracar para operar, embarcar e desembarcar, cargas em segurança.
Figura 5 – Berço de atracação do porto de Paranaguá
5. Manutenção do acesso marítmo
	Levando em conta o tempo, frequência de utilização, intemperismo e o desgaste natural, as obras feitas anteriormente para acesso marítimo ao porto precisam da devida manutenção ou até mesmo de obras para ampliação de capacidade e melhora na logística, dragagens de aprofundamento, ampliação de terminais de passageiros, obras de recuperação e reforço de berços de atracação, e demais obras de manutenção em píers, cais, etc. Abaixo seguem definições de algumas das principais obras de acesso marítimo:
Derrocagem:
Consiste em um processo de retirada ou destruição de pedras ou rochas submersas, que impedem a plena navegação. Obras de derrocagem readequam o canal de acesso e a bacia de evolução do local.
Figura 6: Derrocagemde uma baía
Dragagem:
Define-se como o serviço de desassoreamento, alargamento, desobstrução, remoção, derrocamento ou escavação de material do fundo de rios, lagoas, mares, baías e canais de acesso a portos. O principal objetivo é realizar a manutenção ou aumentar a profundidade. Com auxílio de dragas de sucção e recalque, é possível executar a remoção de materiais sólidos do fundo de corpos d’água como lodo e areia.
Figura 7: Processo de dragagem por sucção
Na tabela abaixo pode-se observar obras reais que foram concluídas no Brasil no ano de 2013.
Tabela 1: Obras de manutenção do acesso marítimo no Brasil (concluídas no ano de 2013)
	Cidade
	Estado
	Obra
	Santos
	SP
	Derrocagem das pedras de Teffé e Itapema
	Santos
	SP
	Dragagem de aprofundamento, 1ª fase
	Recife
	PE
	Terminal de passageiros
	São Francisco do Sul
	SC
	Recuperação do Berço 201
	São Francisco do Sul
	SC
	Reforço do Berço 101
	Vitória
	ES
	Recuperação, alargamento e ampliação do cais comercial
	Rio Grande
	RS
	Ampliação dos Molhes
6. Impactos ambientais
A modificação do meio aquático próximo aos portos e hidrovias podem gerar diversos impactos negativos no ambiente em sua volta, afetando principalmente os seres que ali viviam.
6.1. Impactos gerados por empreendimentos portuários
 
Os possíveis impactos ambientais da atividade portuária são decorrentes da execução de obras de abrigo e novas frentes de atracação, de dragagens de berços e canais de acesso, de derrocamentos, de aterros, de enrocamentos e outros, que, quandodimensionadas de forma inadequada, podem gerar alteração da linha de costa, supressão de vegetação, modificação no regime dos corpos d'água, agressão a ecossistemas e poluição dos recursos naturais. 
6.2. Impactos gerados pelas operações portuárias
As operações de manuseio, transporte e armazenagem da carga, bem como os serviços de manutenção da infra-estrutura, o abastecimento e reparo de embarcações, máquinas, equipamentos e veículos em geral, podem, quando feitos de forma inadequada, gerar resíduos sólidos e líquidos, lançamento de efluentes em corpos d'água, poluição do ar, da água, do solo e do subsolo, perturbações diversas por trânsito de veículos pesados, alteração da paisagem e outros.
 
6.3. Impactos gerados pela navegação
Os impactos oriundos de embarcações ocorrem em maior número nas proximidades dos portos e são decorrentes de vazamentos, ruptura e transbordamento ou derramamentos de óleo durante a operação de abastecimento e transferência entre embarcações ou entre embarcação e terminal.
 Figura 8: Mancha de óleo gerada por uma embarcação
7. Considerações Finais
	O presente texto, além de dispor de informações sobre infra-estrutura aquaviária, também esclareceu as consequências da falta de planejamento e mau uso das águas, instalações portuárias e embarcações. Como sugestão de leitura para os leitores interessados em mais informações sobre infraestrutura aquaviária, sugere-se o acesso aos sites www.antaq.com.br, www.portosdobrasil.com.br e www.dnit.gov.br.
Referências Bibliográficas
Andrada, A. C.; Tovar, G. C. M. F. (2006) - A Infra-Estrutura Portuária Brasileira: O Modelo Atual e Perspectivas para seu Desenvolvimento Sustentado. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v. 13, n. 25, p. 209-230, jun. 2006.
ANTAQ (2009) Resolução 1555/2009 – Estação de Transbordo de Carga. Agencia Nacional de Transportes Aquaviários, Brasilia.
ANTAQ (2009) - Definições de Termos e Conceitos Técnicos Utilizados Neste Anuário. Agencia Nacional de Transportes Aquaviários, Brasilia.
ANTAQ (2011) - Meio Ambiente - Impactos Ambientais. Agencia Nacional de Transportes Aquaviários, Brasilia.
Campos Neto, C. A. S.; Pêgo Filho, B.; Romminger, A. E.; Ferreira, I. M.; Vasconcelos, L. F. S. (2009) - Gargalos e demandas da infraestrutura portuária e os investimentos do PAC: Mapeamento IPEA de obras portuárias, Texto para Discussão, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), No. 1423.
Cecatto, C. (2011) - A importância do transporte marítimo no Brasil. http://www.ecivilnet.com/artigos/transporte _maritimo_importancia.
Cintra, R. (2011) – Obras no estaleiro em Araçatuba começam mês que vem. Portal marítimo, absolutamente tudo sobre marinha mercante, offshore e petróleo.
Cintra, R. (2012) - Complexo portuário de Itajaí precisa de mais espaço e pode partir para desapropriação. Portal marítimo, absolutamente tudo sobre marinha mercante, offshore e petróleo.
Monteiro, T. (2014) – Obras de acesso marítimo. http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-1/investimentos/arrendamentos-1/obras-de-acesso-maritimo.
Rafael Hoffmann Lubiana (ytrafaellubiana@hotmail.com)
Departamento de Engenharia Civil, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ
Av. Maracanã, 229 – Maracanã, Rio de Janeiro – RJ, 20271-110

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