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Exame da Ordem dos Advogados do Brasil Anotações de aula Curso Intensivo Modular do Complexo Educacional Damásio. Curso preparatório para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil – Exame 2011.2. Anotações de aula de Leonardo Sakaki. 2011 Leonardo Sakaki Complexo Educacional Damásio de Jesus L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 2 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak ÍNDICE DICAS DE ESTUDOS PARA EXAME DA OAB ..................................................................................................... 3 ÉTICA PROFISSIONAL ..................................................................................................................................... 7 DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................................................................................... 33 DIREITO CONSTITUCIONAL ........................................................................................................................... 74 DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................................................................................. 110 DIREITO DO TRABALHO .............................................................................................................................. 133 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ......................................................................................................... 156 DIREITO PENAL .......................................................................................................................................... 181 DIREITO PROCESSUAL PENAL ...................................................................................................................... 213 DIREITO CIVIL ............................................................................................................................................. 240 DIREITO PROCESSUAL CIVIL ........................................................................................................................ 292 DIREITO DO CONSUMIDOR ......................................................................................................................... 335 DIREITO EMPRESARIAL ............................................................................................................................... 344 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ............................................................................................... 367 DIREITO AMBIENTAL .................................................................................................................................. 380 DIREITOS HUMANOS .................................................................................................................................. 389 DIREITO INTERNACIONAL ........................................................................................................................... 396 L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 3 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak DICAS DE ESTUDOS PARA EXAME DA OAB Workshop realizado pelos professores do Complexo Educacional Damásio de Jesus. Vídeos disponíveis em: http://www.youtube.com/user/damasiodejesus 1 Divisão das questões do Exame da OAB Disciplina Questões Percentual Ética Profissional 12 15 Direitos Humanos 3 3,75 Direito Internacional 2 2,5 Direito Constitucional 7 8,75 ECA 2 2,5 Direito Administrativo 6 7,5 Direito Civil 7 8,75 Direito Processual Civil 6 7,5 Direito do Consumidor 2 2,5 Direito Empresarial 5 6,25 Direito Tributário 4 5 Direito Ambiental 2 2,5 Direito Penal 5 6,25 Direito Processual Penal 6 7,5 Direito Processual do Trabalho 6 7,5 Direito do Trabalho 5 6,25 Total 80 100 As disciplinas em vermelho são as que devemos nos empenhar mais, pela quantidade de questões contidas no exame. 1.1 Matérias pequenas Disciplina Questões Percentual Direito Internacional 2 2,5 ECA 2 2,5 Direito do Consumidor 2 2,5 Direito Ambiental 2 2,5 Total 8 10 Não perder tempo estudando com o livro. Estudar apenas pelo caderno. A expectativa é que apenas com a aula acerte-se, pelo menos, 4 questões, ou seja, metade. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 4 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak 1.2 Matérias médias Disciplina Questões Percentual Ética Profissional 12 15 18,75 Direitos Humanos 3 3,75 Direito Processual do Trabalho 6 7,5 13,75 Direito do Trabalho 5 6,25 Direito Empresarial 5 6,25 27,5 Direito Administrativo 6 7,5 Direito Constitucional 7 8,75 Direito Tributário 4 5 Total 48 60 São médias pelo tamanho do conteúdo. Disciplina Questões Percentual Ética Profissional 12 15 Direitos Humanos 3 3,75 Direito Processual do Trabalho 6 7,5 Direito do Trabalho 5 6,25 Total 26 32,5 Apenas nessas 4 disciplinas demonstradas acima estão 32,5% das questões do Exame, ou seja, ⅓ das questões. Então são nessas disciplinas que deverão estar concentrados os estudos. 1.3 Matérias grandes Disciplina Questões Percentual Direito Civil 7 8,75 Direito Processual Civil 6 7,5 Direito Penal 5 6,25 Direito Processual Penal 6 7,5 Total 24 30 A percentagem da prova é muito pequena para uma grande quantidade de matéria. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 5 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak 1.4 Concentração dos estudos Disciplina Questões Percentual Ética Profissional 12 15 32,5 Direitos Humanos 3 3,75 Direito Processual do Trabalho 6 7,5 Direito do Trabalho 5 6,25 Direito Empresarial 5 6,25 27,5 Direito Administrativo 6 7,5 Direito Constitucional 7 8,75 Direito Tributário 4 5 Total 48 60 São essas disciplinas é que fazem a diferença. São nessas disciplinas é que os estudos deverão estar concentrados. E as questões das matérias pequenas e grandes? Muita atenção na aula + revisão das anotações de aula. 2 Base da prova Base da prova Legislação 60% Doutrina 30% jurisprudência (Súmulas e OJs) 10% O estudo deve partir da lei, mas não deve ficar apenas na lei. 3 Como resolver questões objetivas 3.1 Por onde começar a prova Responder pela ordem das questões dispostas na prova. Procurar a divisão por matéria Vantagem: atenção nas disciplinas indicadas no tópico 1.4 Desvantagem: tempo utilizado para fazer isso. 3.2 Tipos de questões L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 6 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak Questões com situações hipotéticas. Questões com "é correto/incorreto afirmar". Questões com lacunas. Questões V ou F. Quanto mais longa for a questão, mais fácil é a questão. O tema é normalmente fácil, e o examinador tem como objetivo que o examinando se perca e se confunda com os dados. 3.3 Hora de passar para o gabarito No final da prova – nos 30 minutos finais. Não mudar alternativas. Atenção para não pular. 3.4 Estudar questões Conteúdos repetidos. Fixação da teoria. Termômetro do aprendizado. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 7 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak ÉTICA PROFISSIONALCódigo de ética não é lei, mas podemos ser processados por violação ao código, visto que o art. 33 da EAOAB vincula, obrigando os advogados a obedecerem. 4 Legislação EAOAB (Lei 8.906/94) – 70% das questões, sendo direitos do advogado o mais importante CED RGEAOAB – Poucas questões Atenção: ética são 12 das 80 questões, ou seja, 15% do exame. 5 Atividade de advocacia Art. 1 São atividades privativas de advocacia: I - a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. §1 Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. §2 Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. §3 É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade. Exceções ao inciso I: CLT (art. 791) – exceção (Súmula 425, TST) válido somente para Vara do Trabalho e TRT, não valendo para o TST –; JEC Estadual em ações de 0 a 20 salários mínimos (Lei 9.099/95), de 20 a 40 salários mínimos e em 2º grau é obrigatória a presença do advogado; habeas corpus (EAOAB – Lei 8.906/94) – habeas data, mandado de segurança, revisão criminal precisam de advogado. Observação: prescinde-se de advogado = dispensa-se o advogado. Em relação à postulação efetiva, a ADIN 1.127-8 excluiu os juizados especiais estaduais e federais nas causas até 20 salários mínimos e a justiça do trabalho (capacidade postulatória para empregados e empregadores). Embora a CLT mencione que empregados e empregadores possam atuar sem assistência de advogados "até o final", o TST decidiu que, dada a natureza extraordinária do recurso de revista, é indispensável que o mesmo seja interposto por advogado. "Até o final" deve ter interpretação restritiva à primeira fa- se processual da reclamatória trabalhista – instância ordinária. Postulação nas ações de alimentos – o credor de alimentos pode, pessoalmente ou por intermédio de advogado propor a ação de alimentos. Essa possibilidade se deve à natureza jurídica emergencial do "bem da vida" perse- guido. A impetração de habeas corpus também dispensa a capacidade postulatória. Art. 36, CPC. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 8 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak Art. 36. A parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado. Ser-lhe-á lícito, no entanto, postular em causa própria, quando tiver habilitação legal ou, não a tendo, no caso de falta de advogado no lugar ou recusa ou impedimento dos que houver. Atos e contratos constitutivos: para ser levado a registro em Junta Comercial ou Cartório Civil, deve ser visado – assinados – por um advogado (comprometimento de autoria da forma e conteúdo do documento – correspon- sável pelo contrato, inclusive com responsabilidade civil, criminal e disciplinar). Exceção: art. 6 da lei 8.491 – não se aplicam às ME e as EPP. Estagiário: a atividade de assessoria pode ser desenvolvida pelo estagiário isoladamente, desde que tenha auto- rização ou substabelecimento do advogado responsável. A atividade de consultoria não se confunde com a ante- rior e não pode ser praticada isoladamente, mesmo quando autorizada por tratar de atos definitivos e principais, por isso, privativos de advogado. 6 Divulgação ou associação da advocacia com outra profissão É vedada divulgação da advocacia em conjunto com outra atividade, seja de natureza civil, comercial, lucrativa, não lucrativa, pública ou privada. A proibição não se limita à divulgação, abrangendo também o exercício profis- sional da advocacia com qualquer outra profissão no mesmo espaço físico. A proibição não afeta a possibilidade de o advogado exercer outra atividade, e sim do exercício desta no mesmo espaço físico ao da advocacia. A proibição tem efeito de não mercantilizar a advocacia, impedindo a captação de clientela e de causas. 7 Publicidade Pode Não pode Deve Publicidade em jornais, revistas e periódicos. Pode constar títulos acadêmicos. Área de atuação. Telefone, endereço, site, e-mail. Rádio e TV. Fotografia. Cargos ocupados. Lista de clientes ou ações. Nome completo e número da OAB Mala direta: é autorizada para quem já é cliente do escritório, mas é proibida para quem não é cliente do escri- tório. Advogado na mídia: pode desde que não trate de caso sob o seu patrocínio, não trate de casos de patrocínio de terceiros, não responda consultas. Na mídia tem que atuar de forma educativa, informativa, sem tratar de casos específicos e sem fazer a autopromoção. Pena de censura. Reincidência é de suspensão. 3 suspensões é exclusão. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 9 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak 8 Princípios Pessoalidade: o contato pessoal é requisito para que se estabeleça a relação profissional. Confiabilidade: a confiança recíproca é o fator que inicia e sustenta a relação profissional. Exemplo: havendo necessidade de execução do contrato de honorários, e estando o processo em andamento, o advogado deve renunciar ao patrocínio da causa antes de promover a execução do contrato. Sigilo profissional: exceções: vida, honra e afronta. O advogado só pode revelar as informações nos limites e na necessidade da sua defesa. Utilização das informações sigilosas em favor do próprio cliente: depende da autori- zação do cliente. Exclusividade Não mercantilização: advocacia não pode apresentar qualquer característica típica das empresas mercantis. 48 (FGV – OAB 2010.3) O advogado Caio resolve implementar mudanças administrativas no seu escritório, ao pas- sar a compor o grupo de profissionais escolhido para gerenciá-lo. Uma das atividades con- siste na elaboração de um boletim de notícias comunicando aos clientes, parceiros e advo- gados, a mudança na legislação e os julgamentos de maior repercussão. Para ampliar a di- vulgação, contrata jovens de ambos os sexos para distribuição gratuita, nos cruzamentos das mais importantes capitais do País. Diante do narrado, é correto afirmar que (A) se trata de publicidade moderada. (B) o boletim de notícias é meio adequado de publicidade quando o público-alvo são clien- tes do escritório. (C) a distribuição indiscriminada, se for gratuita, é permitida. (D) é admissível a distribuição do boletim mediante pagamento de anuidade. Resposta: B 82 (FGV – OAB 2010.2) Mauro, advogado com larga experiência profissional, resolve contratar com emissora de televisão, um novo programa, incluído na grade normal de horários da empresa, cujo titulo é “o Advogado na TV”, com o fito de proporcionar informações sobre a carreira, os seus percalços, suas angústias, alegrias e comprovar a possibilidade de sucesso profissional. No curso do programa, inclui referência às causas ganhas, bem como àquelas ainda em curso e que podem ter repercussão no meio jurídico, todas essas vinculadas ao seu escritório de advocacia. Consoante as normas aplicáveis, é correto afirmar que: (A) a participação em programa televisivo está vedada aos advogados. (B) a publicidade, como narrada, é compatível com as normas do Código de Ética. (C) o advogado, no caso, deveria se limitar ao aspecto educacional e instrutivo da atividade profissional. (D) programas televisivos são franqueados aos advogados, inclusive para realizar propa- ganda dos seus escritórios. Resposta: C 9 Inviolabilidade 1. Suspeita da prática do crime pelo advogado; 2. Ordem judicial; 3. Acompanhamento de representante da OAB; L e o n a r d o Sa k a k i E x a m e O A B – F G V | 10 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak 4. Escritório ou Local de trabalho. Art. 7 São direitos do advogado: II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondên- cia escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; (Redação dada pela Lei n 11.767, de 2008) O poder de punir o advogado público por questão ética não funcional e relaciona a atividade privativa da advo- cacia é exclusivamente da OAB (TED). A decisão condenatória proferida pelo TED pode afetar o cargo na admi- nistração pública (violação ao princípio da moralidade). 49 (FGV – OAB 2010.3) O advogado Ademar é surpreendido por mandado de busca e apreensão dos documentos guardados no seu escritório, de forma indiscriminada. Após pesquisa, verifica que existe processo investigando um dos seus clientes e a ele mesmo. Apesar disso, os documentos de toda a sua clientela foram apreendidos. Diante do narrado, é correto afirmar que (A) a prática é correta, em função de a investigação atingir o advogado. (B) a inviolabilidade do escritório de advocacia é absoluta. (C) a proteção ao escritório do advogado não se inclui na hipótese versada. (D) houve excesso na apreensão de todos os documentos da clientela do advogado. Resposta: D 05 (FGV – OAB 2010.2) Considerando que nos termos dispostos no art. 133 da Constituição do Brasil, o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo até mesmo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, é correto afirmar que: (A) a imunidade profissional não pode sofrer restrições de qualquer natureza. (B) nenhuma demanda judicial, qualquer que seja o órgão do Poder Judiciário pelo qual tramite, independentemente de sua natureza, objeto e partes envolvidas, pode receber a prestação jurisdicional se não houver atuação de advogado. (C) a inviolabilidade do escritório ou local de trabalho é assegurada nos termos da lei, não sendo vedadas, contudo, a busca e a apreensão judicialmente decretadas, por decisão mo- tivada, desde que realizada na presença de representante da OAB, salvo se esta, devida- mente notificada ou solicitada, não proceder à indicação. (D) a prisão do advogado, por motivo de exercício da profissão, somente poderá ocorrer em flagrante, mesmo em caso de crime afiançável. Resposta: C 10 Nulidade dos atos praticados Art. 4 São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, pe- nais e administrativas. Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, licenci- ado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia. Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia: I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vincu- lada a entidade empregadora; L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 11 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, em- presas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos. Art. 37. A suspensão é aplicável nos casos de: I - infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34; II - reincidência em infração disciplinar. §1 A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em todo o território nacional, pelo prazo de trinta di- as a doze meses, de acordo com os critérios de individualização previstos neste capítulo. §2 Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que satisfaça integralmente a dívida, inclusive com correção monetária. §3 Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste novas provas de habilitação. Art. 12. Licencia-se o profissional que: I - assim o requerer, por motivo justificado; II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; III - sofrer doença mental considerada curável. Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades: I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; (Vide ADIN 1127-8) III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza; VI - militares de qualquer natureza, na ativa; VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contri- buições parafiscais; VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. §1 A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente. §2 Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico. 11 Mandato Art. 5 O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. §1 O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorro- gável por igual período. §2 A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, sal- vo os que exijam poderes especiais. §3 O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo. Trata-se da procuração – será sempre escrito, representado por uma procuração pública ou privada; se particu- lar, dispensa o reconhecimento de firma no instrumento de mandato (tanto para poderes gerais quanto para poderes específicos). Exceção: casos de urgência, nos casos em que não posso colher a assinatura, neste caso, o L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 12 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak prazo para apresentação da procuração é de 15 dias a iniciar-se do 1º dia útil seguinte ao do ato da representa- ção, prorrogável por mais 15 dias, desde que requerida e deferida. Poderes: pode ser ad judicia (para foro em geral – autoriza a prática de todos os atos processuais, com exceção daqueles que exijam poderes especiais) ou ad judicia et extra (com poderes específicos – exemplo: oferecimen- to de representação criminal ou queixa crime, recebimento de citação em nome do cliente, confissão, transação, reconhecimento de procedência do pedido, desistênciada ação, quitação etc.) 11.1 Renúncia É ato privativo e unilateral em qualquer fase do processo que implica na omissão do motivo e na responsabili- dade pelo prazo máximo de 10 dias contados da notificação da renúncia. Exceção: se contratação de outro ad- vogado. A renúncia não retira do advogado o direito aos honorários, que deverão ser pagos proporcionalmente. 11.2 Revogação É ato privativo e unilateral do cliente em qualquer fase do processo que retira os direitos outorgados na procu- ração e não implica em qualquer responsabilidade posterior. A revogação não retira do advogado o direito aos honorários, que deverão ser pagos proporcionalmente. O advogado poderá também receber os honorários su- cumbenciais, de forma proporcional ao trabalho realizado nos autos. 11.3 Substabelecimento É a transferência de poderes com ou sem reservas para o substabelecente (advogado constituído). No substabe- lecimento com reservas o advogado substabelecido não pode cobrar honorário diretamente do cliente sem a intervenção do substabelecente. Trata-se de ato pessoal do advogado da causa, que deve ser tomado com a au- torização e ciência do cliente que outorgou os poderes originais. 45 (FGV – OAB 2010.3) Tertúlio, advogado, testemunha a ocorrência de um acidente de trânsito sem vítimas, en- volvendo quatro veículos automotores. Seus dados e sua qualificação profissional constam nos registros do evento. Posteriormente, em ação de responsabilidade civil, o advogado Tertúlio é arrolado como testemunha por uma das partes. No dia designado para o seu depoimento, alega que estaria impossibilitado de realizar o ato porque uma das pessoas envolvidas poderia contratá-lo como profissional, embora, naquele momento, nenhuma delas tivesse manifestado qualquer intenção nesse sentido. A respeito do tema, é correto dizer que (A) o advogado é suspeito para prestar depoimento no caso em tela. (B) a possibilidade decorre da ausência de efetiva atuação profissional. (C) o depoimento do advogado, no caso, é facultativo. (D) somente poderia prestar depoimento após a intervenção de todas as partes no proces- so. Resposta: B 51 (FGV – OAB 2010.3) Marcelo promove ação de procedimento ordinário em face de Paus e Cupins Ltda. com o fito de compelir a ré à prestação de determinado fato, diante de contrato anteriormente estabelecido pelas partes e descumprido pela ré. Houve regular citação, com a apresenta- L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 13 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak ção de defesa, tendo o processo permanecido paralisado por oito anos por inércia das par- tes. Dez anos após a paralisação, o réu ingressa no processo requerendo a declaração de prescrição intercorrente, que é declarada, não tendo havido recurso do autor. Após con- sultas processuais, o autor descobre a real situação do processo e apresenta representa- ção disciplinar à OAB contra o seu advogado. Nos termos da legislação estatutária e do Código de Ética, é correto afirmar que (A) o advogado não pode ser sancionado pela demora do processo, mesmo que tenha sido inerte. (B) está perfeitamente caracterizado o abandono da causa. (C) os atos referidos se esgotam no processo judicial. (D) a inércia das partes não pode atingir os advogados, como no enunciado. Resposta: B 11.4 Postulação contra ex-cliente e ex-empregador O advogado pode postular em favor de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, desde que guarde o sigilo profissional e as informações reservadas ou privilegiadas de que tenha tomado conhecimento no período em que prestou serviços aos mesmos. Entretanto, o TED acrescentou a abstenção bienal, que proíbe a advocacia contra ex-cliente e ex-empregador pelo prazo de 2 anos, sendo permitida a atuação após esse prazo. 11.5 Postular conta ato jurídico realizado ou contra quem consultou O CED impõe que o advogado deve abster-se de patrocinar, por impedimento ético, as causas: - Contrárias à ética, à moral ou à validade de ato jurídico em que tenha celebrado, orientado ou conhe- cido em consulta; - em que tenha sido convidado pela outra parte, se esta lhe revelou segredos ou obteve seu parecer, a- inda que não tenha se efetivado a contratação. 12 Direitos do advogado (prerrogativas) Art. 7 São direitos do advogado: I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondên- cia escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, deti- dos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para la- vratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e como- didades condignas e, na sua falta, em prisão domiciliar; VI - ingressar livremente: a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva compare- cer, desde que munido de poderes especiais; L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 14 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença; VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada; X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dú- vida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legisla- tivo; XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de proces- sos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos; XIV - examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em anda- mento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos; XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartiçãocompetente, ou re- tirá-los pelos prazos legais; XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias; XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela; XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado; XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional; XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo. §1 o Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI: 1) aos processos sob regime de segredo de justiça; 2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada; 3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fi- zer depois de intimado. §2 o O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. §3 o O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo. §4 o O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presí- dios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso assegurados à OAB. §5 o No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho compe- tente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator. §6 o Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competen- te poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averi- guado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. §7 o A ressalva constante do §6 o deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou coautores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. Atenção! Dica de estudo: VI, VII, VIII, IX, XIII, XIV, XVII, XX a) a liberdade é parcial, depende de inscrição suplementar. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 15 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak b) inviolabilidade do escritório ou local de trabalho, assim como seus instrumentos de trabalho (arquivos, tantos físicos quanto eletrônicos) e suas comunicações/correspondências (escrita, falada, eletrônica, telefônica e tele- mática). São invioláveis, salvo por determinação judicial fundamentada (busca e apreensão). Epístola = carta. - Esta inviolabilidade é relativa – deve cumprir 4 requisitos para a quebra da inviolabilidade (art. 7, §§6 e 7): - indício de autoria e materialidade da prática de um crime pelo advogado, - ordem judicial (específica, fundamentada e pormenorizada, ou seja, detalhada) não basta a or- dem policial e nem pode ser uma ordem judicial genérica (tem que ser específica), - deve haver acompanhamento de representante da OAB, - a prova produzida na diligência deverá ser utilizada contra o advogado e não contra o cliente, salvo em caso de coautoria do advogado e cliente. - Para o STF, se a OAB for notificada e não encaminhar representante em tempo hábil, a prova produzi- da na diligência será válida. c) comunicar-se com seus clientes preso, pessoal e reservadamente, em estabelecimento civil e militar, ainda que sem procuração. O descumprimento desta regra configura abuso de autoridade/poder. Ainda que o cliente seja considerado incomunicável (exemplo: RDD). Cabe mandado de segurança. d) ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advo- cacia, sob pena de nulidade do auto de prisão em flagrante. e) não ser recolhido preso, antes de sentença com trânsito em julgado (prisão cautelar/processual), senão em sala de Estado Maior: com instalações e comodidades condignas, e, na sua falta, em prisão domiciliar – não se confunda com prisão especial – trata-se de sala especial de prisão de oficiais militares. f) ingresso livre em dependências para o exercício profissional. g) sustentação oral: SUSTENTAÇÃO ORAL Direito Art. 7, IX, CED Procedimento disciplinar Art. 53, §3, CED Antes do voto do relator Após o voto do relator h) acesso aos autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos. Se a autoridade policial negar, é caso de Reclamação, prevista no art. 102, l, CF. Se a negativa envolver os direitos específicos previstos no inciso XIV do art. 7, EAOAB, (verificação do inquérito ou do flagrante sem necessidade de mandato judicial, negativa do direito de extração de cópias etc.), não haverá espaço para a reclamação constitucional, que teria competência originária no STF, e sim para o mandado de segurança contra o ato da autoridade coautora, que deverá ser impetrado perante o juízo de pri- meiro grau (no caso de o direito ter sido negado pelo delegado de polícia), sem prejuízo de se apurar eventual prática de abuso de autoridade/poder. i) direito de vista dos autos, direito de informação. Exceção: processo com documentos considerados irrecupe- ráveis e processos que tramitam sob segredo de justiça. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 16 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak j) imunidade profissional: advogado tem imunidade em relação aos crimes de injúria e difamação quando prati- cados no exercício da profissão e no interesse da defesa do cliente. 85 (FGV – OAB 2010.2) Francisco, advogado, dirige-se, com seu cliente, para participar de audiência em questão cível, designada para a colheita de provas e depoimento pessoal. O ato fora designado pa- ra iniciar às 13 horas. Como é de praxe, adentraram o recinto forense com meia hora de antecedência, sendo comunicados pelo Oficial de Justiça que a pauta de audiências conti- nha dez eventos e que a primeira havia iniciado às dez horas, já caracterizado um atraso de uma hora, desde a audiência inaugural. A autoridade judicial encontrava-se presente no foro desde as nove horas da manhã, para despachos em geral, tendo iniciado a primeira audiência no horário aprazado. Após duas horas de atraso, Francisco informou, por escrito, ao Chefe do Cartório Judicial, que, diante do ocorrido, ele e seu cliente estariam se reti- rando do recinto. Diante do narrado, à luz das normas estatutárias (A) qualquer atraso superior a uma hora justifica a retirada do recinto, pelo advogado. (B) o advogado deveria,no caso narrado, peticionar ao Magistrado e retirar-se do recinto. (C) o atraso que justifica a retirada do advogado está condicionado à ausência da autori- dade judicial no evento. (D) meros atrasos da autoridade judicial não permitem a retirada do advogado do recinto. Resposta: C Ver: Art. 7, XX transcrito acima 46 (FGV – OAB 2010.3) O magistrado Mévio, de larga experiência forense, buscando organizar o serviço do seu cartório, edita Portaria disciplinando o horário de atendimento das partes e dos advogados não coincidente com o horário forense. Os processos passam a ser distribuídos, por nume- ração, com a responsabilização individual de determinados servidores. Estabeleceu-se que os autos de final 0 a 3 teriam atendimento ao público, aí incluídos advogados, das 11h às 13h, e daí sucessivamente. Com tal organização, obteve o cumprimento de todas as metas estabelecidas pela Corregedoria do Tribunal. À luz da legislação estatutária, assinale a al- ternativa correta quanto a essa atitude. (A) O ato normativo do magistrado colide frontalmente com o direito dos advogados de serem atendidos a qualquer momento pelo Magistrado e servidores públicos. (B) A Administração dos órgãos do Poder Judiciário é autônoma, podendo ocorrer ato do magistrado impondo restrições ao advogado. (C) O princípio da eficiência sobrepõe-se aos interesses das partes e dos advogados, se- guindo moderna tendência da Administração Pública. (D) As metas de produção determinadas pelos órgãos de controle do Poder Judiciário justi- ficam a restrição dos direitos dos advogados de acesso aos autos e aos agentes públicos. Resposta: A 13 Estagiário de direito O estagiário de direito, em um dos dois últimos anos do curso de Direito, devidamente inscrito nos quadros da OAB, pode praticar os atos previstos no art. 1º do EAOAB em conjunto com o advogado sob sua orientação, su- pervisão e responsabilidade. Art. 1º São atividades privativas de advocacia: I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; (Vide ADIN 1.127-8) II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 17 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak § 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tri- bunal. § 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a regis- tro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. § 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade. Isoladamente, o estagiário inscrito poderá praticar os atos autorizados pelo art. 29 do RGEAOAB, sempre sob a responsabilidade do advogado, que são: - retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; - obter junto aos escrivães e chefes de secretaria certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos; - assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos; - exercício de atividades extrajudiciais, desde que tenha sido autorizado ou substabelecido pelo advoga- do. É vedado ao estagiário: figurar em publicidade de escritório de advocacia – placas, internet, folders etc.; figurar como contratado em Contrato de Prestação de Serviços Advocatícios. 14 Inscrição na OAB - Requisitos – art. 8, EAOAB (Lei 8.906/94) a) capacidade civil: maioridade e sanidade; Cuidado: conclusão de curso superior é causa de emancipação! Se uma pessoa é um gênio e conclui o curso com 17 anos, pode se inscrever, pois a conclusão é causa de emancipação. b) diploma ou certidão de conclusão de curso de direito, devidamente reconhecido; c) título de eleitor e quitação militar; d) aprovação no exame da OAB (prova de habilitação); e) não exercer atividade incompatível (art. 28 EAOAB - rol exemplificativo) – tanto para o advogado quanto pa- ra o estagiário - chefe executivo - policial - gerente ou diretor de banco f) idoneidade moral: nunca ter sido condenado pela prática de crime infamante, salvo reabilitação judicial. Crime infamante, pelo próprio nome, é aquele que provoca infâmia, desonra para o advogado. Crime in- famante aquele crime contrário à honra, dignidade e a boa fama de quem pratica. Esse crime abala dire- tamente o aspecto da confiabilidade. A relação cliente-advogado envolve confiabilidade. Quem avalia é o Tribunal de Ética e Disciplina e o Conselho Federal Crime que cause repúdio à classe. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 18 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak Art. 34, XXVIII, EAOAB, fala sobre crime infamante: sanção de exclusão. - qualquer pessoa pode requerer à OAB a declaração de inidoneidade moral do candidato. O pedido só não pode ser anônimo. - quem declara se a pessoa é ou não idônea é o conselho seccional. A inidoneidade é declarada pelo conselho por um quorum de ⅔. Art. 34, parágrafo único: Inclui-se na conduta incompatível: a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei; b) incontinência pública e escandalosa; c) embriaguez ou toxicomania habituais. Processo incidental de declaração de inidoneidade moral – solicitado por qualquer pessoa (não pode ser anônimo). Julgado pelo Conselho Seccional com quorum de ⅔. Não precisa apresentar provas, basta in- dicar os fatos. g) compromisso perante o conselho seccional – é solene, formal e personalíssimo (nem por procuração). Texto do compromisso está disposto no Regulamento Geral. 47 (FGV – OAB 2010.3) Xisto, advogado, é convidado a ocupar o prestigiado cargo de Procurador-Geral de um mu- nicípio, cargo de confiança do Prefeito Municipal passível de exoneração ad nutum. O car- go é privativo de advogado. No entanto, ao assumir o referido cargo, ocorrerá o (a) (A) cancelamento da sua inscrição. (B) exercício limitado da advocacia. (C) suspensão do exercício da atividade advocatícia. (D) anotação de impedimento. Resposta: B 83 (FGV – OAB 2010.2) Fábio, advogado com mais de dez anos de efetiva atividade, obtém a indicação da OAB pa- ra concorrer pelo quinto constitucional à vaga reservada no âmbito de Tribunal de Justiça. No curso do processo também obtém a indicação do Tribunal e vem a ser nomeado pelo Governador do Estado, ingressando nos quadros do Poder Judiciário. Diante disso, à luz das normas estatutárias ocorrerá: (A) o cancelamento da inscrição como advogado. (B) a suspensão até que cesse a incompatibilidade. (C) o licenciamento do profissional. (D) a passagem para a reserva do quadro de advogados. Resposta: A Escrivão da polícia passa no exame de ordem. O que acontece com a inscrição dele? Nada, pois não consegue se inscrever pela incompatibilidade. Será expedida a certidão de aprovação, que tem validade perpétua. 14.1 Espécies de inscrição 14.1.1 Inscrição principal L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 19 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak Deve ser feito no conselho seccional onde é o domicílio profissional. O advogado pode ter somente uma inscrição principal. 14.1.2 Inscrição suplementar Trata-se de uma segunda inscrição. Objetivo de atuar em outro Estado. Se a pessoa atuar em outro Estado em mais de 5 causas/processo, precisa ter no Estado a inscrição suplementar. É obrigatória quando a pessoa for a- tuar em outro Estado. Pode ter quantos suplementares puder pagar. Os processos dos anos anteriores que ain- da não terminaram deverão ser considerados em consideração para a contagem das 5 causas noano seguinte. 14.1.3 Inscrição por transferência Para todo advogado que decide mudar definitivamente seu domicílio profissional. 14.1.4 Nova inscrição Para todo aquele que já integrou os quadros da ordem e teve a sua inscrição cancelada. Para obtenção da nova inscrição, deverão ser preenchidos os requisitos do art. 8, art. 11, §§2 e 3, e art. 41, EAOAB. 14.1.5 Inscrição do estagiário Pode tirar a partir do 4 ano. Carteirinha tem validade de 2 anos prorrogável por mais 1 ano ou 3 anos improrro- gável. Requisito: comprovação do vínculo com o estágio e motivo justo. 15 Interrupções na inscrição 15.1 Cancelamento – art. 11 do EAOAB Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que: I - assim o requerer; II - sofrer penalidade de exclusão; III - falecer; IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. §1 Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo conselho competen- te ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa. §2 Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8. §3 Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação. Interrupção definitiva da inscrição. É ato definitivo e desconstitutivo em relação ao número de inscrição que ja- mais se restaura. Permite o retorno aos quadros da OAB, por meio de uma nova inscrição, desde que cumpridos alguns requisitos de acordo com o motivo do cancelamento (art. 11, §§2 e 3). L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 20 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak - pedido do advogado – personalíssimo - quando o advogado sofrer pena de exclusão - falecimento - incompatibilidade definitiva - perda de qualquer dos requisitos de inscrição Exclusão, falecimento e incompatibilidade definitiva: OAB pode cancelar de ofício ou a requerimento de qual- quer interessado. Art. 8, I, V, VI, VII, EAOAB: sempre deverão ser apresentados numa nova inscrição. Exclusão: deverão apresentar, além dos requisitos acima, provas de reabilitação. Pode ser requerida um ano a- pós o cumprimento da sanção do Tribunal de Ética e com comprovação de idoneidade. Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento. Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação depende também da cor- respondente reabilitação criminal. Exclusão pelo art. 34, EAOAB – prática de crime infamante: precisa da reabilitação judicial ou criminal. 15.2 Licenciamento – art. 12 EAOAB Art. 12. Licencia-se o profissional que: I - assim o requerer, por motivo justificado; II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; III - sofrer doença mental considerada curável. É o afastamento temporário do exercício profissional que: (a) mantém o número de inscrição, (b) proíbe qualquer atividade privativa de advogado, (c) isenta do pagamento da anuidade ou contribuição obrigatória. - pedido justificado do advogado - incompatibilidade temporária do advogado – exemplo: sou advogado e passo a exercer cargo de governador. - doença mental curável – observação: a doença mental incurável cancela a inscrição pela perda dos requisitos da inscrição. Art. 4 São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas. Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido – no âmbito do impedimento – sus- penso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia. 16 Advogado estrangeiro Só pode prestar consultoria. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 21 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak Não pode postular judicialmente. Essa consultoria é vinculada ao direito de seu país de origem. Para prestar essa consultoria precisará de uma autorização/inscrição, que tem caráter precário, ou seja, terá prazo de duração de 3 anos – poderá ser renovada. Deverá ser solicitado no conselho seccional de onde exercer suas atividades. A pessoa terá uma carteira da OAB – OAB/SP 99999S. O advogado português não precisa do exame de ordem, nem o advogado brasileiro em Portugal. Brasileiro formado no exterior ou estrangeiro que quer advogar no Brasil deve passar pelo processo de inscrição na OAB, inclusivo o exame de ordem. O diploma deverá ser validado. Título de eleitor e quitação do serviço militar: o estrangeiro está dispensado. 17 Sociedade de advogados – art. 15 EAOAB - Deve ser formada por 2 ou mais sócio. Não há sociedade individual de advogados. - Os sócios deverão ser obrigatoriamente advogados. Estagiário não pode ser sócio. - Personalidade jurídica – ocorre com o registro dos seus estatutos no conselho seccional da OAB onde ela tem a sede. Nunca será registrado na Junta Comercial, nem mesmo no cartório. - Quando a sociedade for registrada terá um registro e pagará anuidade. - Razão social – não pode ter nome fantasia (em qualquer idioma); nome do sócio falecido (pode ter, desde que o contrato social autorize); onde estiver inscrita a sociedade todos os sócios devem ter inscrição (se a sociedade fica em SC, todos os sócios devem ter inscrição em SC. Se abrirem uma filial no PR, todos os sócios deverão ter inscrição no PR também); mesmo advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados em conselhos seccionais distintos, contudo não poderá integrar mais de uma sociedade com sede ou filial no mesmo conselho seccional. O advogado autônomo pode usar o termo "Advocacia" desde que acompanhado do nome completo e do número da OAB. - Outorga de poderes deverá ser na pessoa física dos sócios, nunca para a pessoa jurídica. - Sócios de uma mesma sociedade ou unidos em caráter de cooperação não poderão atuar para clientes opostos na mesma medida judicial. - Patrocínio infiel – "casadinha": proibido, crime de tergiversação. Defende na mesma causa simultânea ou su- cessivamente partes contrárias. No caso de separação consensual, por exemplo, é possível, pois não há conflito de interesses. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 22 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak - Se o sócio sofreu o cancelamento da inscrição, esse cancelamento deve gerar uma alteração no contrato social. Imaginemos uma sociedade formada por A e B. O B sofre o cancelamento da inscrição. O sócio A terá 180 dias para indicar novo sócio, sob a pena de dissolução da sociedade. De qualquer forma haverá alteração do contrato social. - Se o sócio sofreu licenciamento da inscrição (exemplo: tornou-se prefeito). Haverá averbação do contrato soci- al. Registro que o sócio está licenciado. - Responsabilidade: responsabilidade criminal será individual – responsabilidade pessoal. O tribunal de ética e disciplina não julga sociedade, julga advogados. Responsabilidade disciplinar será individual. Responsabilidade dos sócios para com a sociedade é subsidiária ilimitada, ou seja, é complementar (só atingirá os bens dos sócios de forma complementar). Entre os sócios, a responsabilidade é solidária, salvo em caso de o contratosocial pre- ver forma diferente. - Restrição aos sócios: não pode integrar mais de uma sociedade onde haja sede ou filial. 84 (FGV – OAB 2010.2) João Vítor e Ana Beatriz, ambos advogados, contraem núpcias, mantendo o estado de ca- sados por longos anos. Paralelamente, também mantêm sociedade em escritório de advo- cacia. Por motivos vários, passam a ter seguidas altercações, com acusações mútuas de descumprimento dos deveres conjugais. Ana Beatriz, revoltada com as acusações desfe- chadas por João Vítor, requer que a OAB promova sessão de desagravo, uma vez que sua honra foi atingida por seu marido, em discussões conjugais. À luz das normas estatutárias, (A) nenhum ato poderá ser realizado pela OAB, tendo em vista que as ofensas não ocorre- ram no exercício da profissão de advogado. (B) o ato de desagravo depende somente da qualidade de advogado do ofendido. (C) sendo o ofensor advogado, o desagravo é permiti do pelo estatuto. (D) o desagravo poderá ocorrer privadamente. Resposta: A 18 Advogado associado Advogado associado é aquele que se une à sociedade para participação nos lucros das ações em que atuar. Esse advogado não tem vínculo de emprego, não tem subordinação. O associado é responsável civilmente nas ações em que atuar. Esse contrato de associação deve ser averbado no contrato social da sociedade. 19 Advogado empregado Arts. 18 ao 21, EAOAB. O advogado empregado tem vínculo de emprego, é subordinado. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 23 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak Embora empregado, ele tem independência profissional, ou seja, o vínculo de emprego do advogado emprega- do não lhe retira a isenção técnica. Lide temerária: advogado se une ao cliente para prejudicar um terceiro – exemplo: advogado se une ao cliente para executar um contrato com assinatura falsa. O advogado empregado não está obrigado a atuar nas questões pessoais do seu empregador, salvo se elas fo- rem objeto do contrato de trabalho. Salário mínimo será fixado em sentença normativa, salvo se houver acordo ou convenção coletiva. Jornada de trabalho do advogado empregado não pode exceder a 4 horas diárias ou 20 horas semanais, salvo em caso de acordo ou convenção coletiva ou contrato de exclusividade. O que exceder a isto, caberá hora extra de 100%. Adicional noturno das 20h às 5h – 25%. 20 Honorários advocatícios Cobrado muito além: suspensão. Cobrado muito abaixo: censura. (i) convencionados: há pacto, contrato. Preferencialmente por escrito. Se foi contrato e foi escrito, é um título executivo extrajudicial. Ação de execução, no caso de cobrança do cliente. Salvo estipulado em contrário, serão cobrados ⅓ cobrado na inicial ou na defesa, ⅓ cobrado na decisão de 1 grau e ⅓ cobrado no trânsito em julgado da ação. Art. 22. Contrato ad exitum – condicionado ao sucesso da demanda. (ii) arbitrados judicialmente: não havendo contrato, será ajuizada ação, rito sumário, e o juiz fixará os honorá- rios. Pode haver arbitramento mesmo com contrato escrito – quando advogado abandona o processo (renún- cia): quando não há acordo quanto aos honorários proporcionais – o contrato não é título executivo, pois não houve o cumprimento. Para requerer arbitramento ou execução do contrato, o advogado deve renunciar ao pa- trocínio da causa. (iii) sucumbenciais: a parte que perdeu pagará os honorários de sucumbência para o advogado da parte que ganhou. Os honorários de sucumbência é um bônus, então o advogado, quando vence ação, ganha os honorá- rios convencionados ou arbitrados mais o de sucumbência. O honorário de sucumbência é direito exclusivo do advogado. É fixado pelo juiz – 10 a 20% do valor da ação. Pode haver cláusula contratual que determine que o honorário de sucumbência seja do cliente. (iv) quota litis: é um contrato ad exitum com características especiais: (a) é obrigatoriamente escrito; (b) permite o recebimento em bens do cliente, desde que comprovada a sua impossibilidade financeira; (c) o advogado não pode receber mais que o cliente quando aos honorários contratados for acrescida a verba su- cumbencial. Beneficiários da justiça gratuita é permitido. Assistência judiciária não poderá, pois neste caso o Estado pagará os honorários. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 24 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak - natureza jurídica dos honorários: tanto o STJ quanto o STF afirmam que tem natureza alimentar, ou seja, não pode ser penhorado, por exemplo. - execução coletiva: o tipo do crédito do advogado é privilegiado. Abaixo ordem para recebimento em execução. Trabalhistas Tributários Privilegiados Quirografários - Prazo para prescrição: 5 anos contados a partir (a) do vencimento do contrato, (b) do trânsito em julgado da sentença que fixar os honorários, (c) da ultimação (=término) do serviço extrajudicial, (d) da desistência ou tran- sação (=acordo), (e) revogação ou renúncia. - Lei 11.902/09 criou o art. 25A – há prazo para o cliente ajuizar ação contra o advogado? Sim, 5 anos. Prescreve em 5 anos a pretensão da ação de prestação de contas do advogado ao cliente em razão de quantias recebidas por ele em nome do cliente. - O advogado pode receber honorários em bens? Em regra não. Os honorários deverão ser pagos em pecúnia. Cláusula quota litis, receber a partir de bens surgidos da ação – não pode, em regra, mas, excepcionalmente, só será válido se cumprir 4 requisitos: (i) contrato escrito, (ii) declaração do cliente dizendo que não tem condições de pagar os honorários em pecúnia, (iii) a parte/quota do advogado deve ser menor que a parte do cliente, (iv) as custas devem ser adiantadas pelo advogado e depois reembolsadas. - Duplicata: é possível emitir duplicata pelos honorários? É vedada a emissão de qualquer título mercantil que tenha como origem honorários advocatícios. Posso protestar títulos que tenham origem honorários advocatí- cios? Não, é vedado o protesto de qualquer título que tenha como origem honorários advocatícios (art. 42, CED). Letra de câmbio e duplicata não pode. Cheque e nota promissória pode. Boleto bancário: deve haver um contrato estipulando isso. Diante do inadimplemento, não será levado a protesto. Cartão de crédito: pode, mas não pode usar desse meio para captar clientes, fazer publicidade. 44 (FGV – OAB 2010.3) Homero, advogado especializado em Direito Público, após longos anos, obtém sentença favorável contra a Fazenda Pública Estadual. Requer a execução especial e apresenta, após o decurso normal do processo, requerimento de expedição de precatório, estabelecendo a separação do principal, direcionado ao seu cliente, dos honorários de sucumbência e pos- tulando o desconto no principal de vinte por cento a título de honorários contratuais, cujo contrato anexa aos autos. O pedido é deferido pelo Juiz, mas há recurso do Ministério Pú- blico, que não concorda com tal desconto. De acordo com as normas estatutárias aplicá- veis, é correto afirmar que (A) os honorários devidos no processo judicial se resumem aos sucumbenciais, vedado o desconto de quaisquer outros valores a esse título. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 25 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak (B) os honorários advocatícios, que gozam de autonomia, quer sucumbenciais, quer con- tratuais, devem ser cobrados em via própria diretamente ao cliente. (C) é possível o pagamento de honorários advocatícios contratuais no processo em que houve condenação, havendo precatório, desdeque o contrato seja escrito. (D) seja o contrato escrito ou verbal, pode o advogado requerer o pagamento dos seus ho- norários contratuais mediante desconto no valor da condenação. Resposta: C 50 (FGV – OAB 2010.3) Terência, jovem advogada, conhecida pela energia com que defende os seus clientes, ob- tém sucesso em ação indenizatória, com proveito econômico correspondente a R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais). Buscando adequação dos seus honorários, marca reunião com seu cliente, e este exige detalhada prestação de contas, o que é negado pela advogada. Nesse momento, há amplo desentendimento. O valor da indenização fora le- vantado pela advogada e depositado em caderneta de poupança, no aguardo do desfecho da discussão sobre os valores que deveriam ser repassados. Terência não apresentou as contas ao cliente nem direta, nem judicialmente. Analisando-se a solução para o caso concreto acima, é correto afirmar que (A) a prestação de contas é um dos deveres do advogado. (B) enquanto o cliente não apresentar postulação judicial, a prestação de contas é inexigí- vel. (C) o advogado, exercendo mandato, não necessita prestar contas. (D) essa questão é dirimida pelo juiz da causa em que ocorreu a condenação. Resposta: A 87 (FGV – OAB 2010.2) Eduardo, advogado, é contratado para defender os interesses de Otávio, próspero fazen- deiro, em diversas ações, de natureza civil, empresarial, criminal, bem como em processos administrativos que tramitam em numerosos órgãos públicos. Antes de realizar os atos próprios da profissão, apresenta ao cliente os termos de contrato de honorários, que divi- de em valores fixos, acrescidos dos decorrentes da eventual sucumbência existente nos processos judiciais. À luz das normas aplicáveis, (A) os honorários sucumbenciais e os contratados são naturalmente excludentes, devendo o profissional optar por um deles. (B) os honorários contratuais devem ser sempre em valor fixo. (C) os honorários de sucumbência podem, ao alvedrio das partes, sofrer desconto dos ho- norários pactuados contratualmente. (D) os honorários sucumbenciais acrescidos dos honorários contratuais podem superar o benefício econômico obtido pelo cliente. Resposta: C 20.1 Prestação de contas Trata-se de um direito-dever do advogado, cuja recusa injustificada representa infração disciplinar com pena de suspensão do exercício profissional, até que se realize a prestação de contas ao cliente, com a satisfação da dívi- da. A prestação de contas deverá ser sempre que solicitada pelo cliente, exceto em caso de força maior, de- vidamente justificada e provada. L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 26 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak Devem ser prestadas as contas que envolvam valores, bens e documentos dados pelo cliente ou por ter- ceiros em nome do cliente, ao advogado para gerenciamento ou administração. O advogado não pode, nem deve, deixar de prestar contas sob a alegação de compensação de valores devidos pelo cliente. Prazo prescricional de 5 anos para que o cliente possa demandar contra o advogado requerendo presta- ção de contas. 21 Incompatibilidade – art. 28, EAOAB A incompatibilidade é a proibição total para o exercício da advocacia. Quem é incompatível não pode advogar. Art. 28, EAOAB. Atenção: nem mesmo para causa própria. Impedimento é a proibição parcial, é uma limitação para o exercício da advocacia. Art. 30, EAOAB. Art. 28: (rol taxativo) I – chefes do poder executivo + vices e os membros da mesa do legislativo. Há a licença, no caso de o advogado ocupar tais cargos. II – juiz de direito, trabalho, federal, paz; membros do MP e do TC (União, Estados e municípios). Juiz eleitoral não é incompatível. III – funcionários públicos com cargo ou função de direção. IV – funcionários do poder judiciário, noras e registros. V – policial (civil, militar, municipal, estadual ou federal, guarda civil metropolitana também) VI – militares (forças armadas) na ativa. VII – tributo: tiver poderes para lançar, arrecadar e fiscalizar tributo. VIII – gerente ou diretor de banco público ou privado. Art. 30 I – funcionários públicos contra Fazenda Pública que o remunera. Procurador do Estado, funcionário público, não tem cargo de direção, então não pode advogar contra o Estado. II – membros do poder legislativo em seus diferentes níveis contra o serviço público. Atividade exclusiva: cargo que originalmente seria incompatível, mas por exercer a atividade de advocacia pode- rá advogar exclusivamente para o seu empregador. Dica para identificar incompatibilidade: verificar se o cargo ou função possibilita maciça captação de clientela e/ou tráfego de influência. 22 Infração e sanção disciplinar L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 27 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak Art. 34 I a XVI e XXIX – pena de censura – esses incisos falam de ato. XVII a XXV – pena de suspensão – esses incisos falam em dinheiro, carga dos autos ou inépcia. XXVI a XXVIII – pena de exclusão – esses incisos tratam de crime. Ø – pena de multa Exceções: XXV – manter conduta incompatível com a advocacia (art. 34, parágrafo único – rol exemplificativo: prá- tica reiterada de jogos de azar, ato escandaloso, embriaguez ou toxicomania habituais) pena de suspen- são. 10 (FGV – OAB 2011.1) Esculápio, advogado, inscrito, há longos anos, na OAB, após aprovação em Exame de Or- dem, é surpreendido com a notícia de que o advogado Sófocles, que atua no seu escritório em algumas causas, fora entrevistado por jornalista profissional, tendo afirmado ser usuá- rio habitual de drogas. A entrevista foi divulgada amplamente. Após conversas reservadas entre os advogados, os termos da entrevista são confirmados, bem como o vício portado. Não há acordo quanto a eventual tratamento de saúde, afirmando o advogado Sófocles que continuaria a praticar os atos referidos. Diante dessa narrativa, à luz da legislação aplicável aos advogados, é correto afirmar que (A) no caso em tela, há sanção disciplinar aplicável. (B) não há penalidade prevista, uma vez que se trata de questão circunscrita à Saúde Pú- blica. (C) o advogado pode ser excluído dos quadros da OAB. (D) a sanção disciplinar se aplica a eventual uso de drogas. Resposta: A XVII – prestar concurso a clientes ou a terceiro para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la – pena de suspensão. Censura: não é uma pena pública. Fica registrada no prontuário do advogado. Será aplicada: I a XVI e XXIX (ato); por infração contra o CED; infração do EAOAB que não tenha pena maior prevista. Art. 36. Na aplicação da cen- sura, se for constatado que o advogado punido apresenta circunstâncias atenuantes (art. 40, EAOAB, exemplo: primariedade e exercício assíduo e proficiente de cargo ou mandato da OAB), a censura deve ser convertida em advertência escrita por ofício reservado. A diferença entre censura e advertência escrita é que a primeira fica registrada no prontuário, enquanto que a segunda não. Suspensão: acarreta a proibição do exercício da advocacia em todo o território nacional – é pena pública. Duran- te a suspensão, continua pagando anuidade. Aplica-se: XVII a XXV (dinheiro, carga dos autos ou inépcia); e rein- cidência da mesma infração. Prazo: - em regra, é de 30 dias a 12 meses - exceções: XXI – falta de prestação de contas (mínimo de 30 dias ou até prestar contas); XXIII – falta de pagamento à OAB (mínimo de 30 dias ou até o efetivo pagamento); L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 28 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br| 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak XXIV – inépcia profissional (falta de aptidão) (30 dias até a aprovação em novas provas de habili- tação, exame de ordem). Art. 37. Na terceira suspensão, pode aplicar a exclusão. Exclusão: é a pena mais grave, gera o cancelamento da inscrição – é pena pública. Aplica-se: XXVI a XXVIII (cri- me) e na 3ª suspensão. A pessoa pode prestar novo exame para ter a inscrição novamente. Na aplicação da 3ª suspensão posso excluir o advogado – a exclusão só será aplicada se tiver manifestação favorável do conselho seccional com quorum de ⅔. Art. 38. Multa: nunca será aplicada sozinha – sanção acessória agravante da censura ou da suspensão. Não existe exclu- são mais multa. Trata-se de uma pena pecuniária – o valor varia de 1 a 10 anuidades (décuplo). A multa é reco- lhida no conselho seccional da inscrição principal do advogado infrator. Art. 39. 22.1 Reabilitação (art. 41, EAOAB) Regra: 1 ano após o cumprimento da pena; o advogado pode requerer a sua reabilitação disciplinar (não é au- tomática), fazendo prova de bom comportamento. Exceção: se o advogado foi punido em razão de um crime, a reabilitação disciplinar estará vinculada à reabilitação criminal. 22.2 Prescrição Prescrição da pretensão punitiva: 5 anos a contar da ciência oficial dos fatos (Súmula 1 do Conselho Pleno do Conselho Federal). Prescrição intercorrente (=interprocessual ou intertemporal): há um processo e se esse ficar pendente de des- pacho ou data de julgamento por mais de 3 anos, ocorre prescrição intercorrente. 86 (FGV – OAB 2010.2) Dentre as sanções cabíveis no processo disciplinar realizado pela OAB no concernente aos advogados estão a censura, a suspensão, a exclusão e a multa. Dentre as circunstâncias a- tenuantes para a aplicação do ato sancionatório, encontra-se, consoante o Estatuto, (A) exercício assíduo e proficiente em mandato realizado na OAB. (B) ser reincidente em faltas da mesma natureza. (C) prestação de serviços à advocacia, mesmo irrelevantes. (D) ter sido o ato cometido contra outro integrante de carreira jurídica. Resposta: A 52 (FGV – OAB 2010.3) Heitor, advogado regularmente inscrito na OAB, é surpreendido com a notícia de que seu ex adverso havia sido suspenso em processo disciplinar regular, mas que não havia devol- vido os documentos oficiais nem comunicado a punição ao juiz dirigente do processo. Em relação à atuação de profissional suspenso das atividades, à luz do Estatuto, é correto afirmar que (A) caracteriza infração disciplinar. (B) constitui mera irregularidade. (C) viola o sigilo profissional. (D) gera a exclusão da OAB Resposta: A L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 29 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak 53 (FGV – OAB 2010.3) O advogado Rodrigo é surpreendido com notificação do Conselho de Ética da OAB para es- clarecer determinados fatos que foram comunicados ao órgão mediante denúncia anôni- ma. Apresenta sua defesa e, desde logo, postula a extinção do processo, que não poderia ser instaurado por ter sido a denúncia anônima. Em tal hipótese, à luz das normas do Código de Ética, é correto afirmar que (A) se admite a instauração do processo disciplinar por denúncia anônima. (B) não pode ocorrer a instauração, de ofício, do processo disciplinar. (C) há necessidade de identificação do representante. (D) é instaurado exclusivamente por representação do interessado. Resposta: C 23 Órgãos da OAB – arts. 62 ao 147 do Regulamento Geral (i) A OAB é um serviço público federal. (ii) Não mantém vínculo hierárquico ou funcional com nenhum órgão da administração pública. É absolutamente autônoma. (iii) Adin 3.026/06: natureza jurídica: não é autarquia, é uma instituição pública sui gereris, instituição de caráter ímpar. (iv) Art. 79 do EAOAB: funcionários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estão sob o regime da Consolida- ção das Leis do Trabalho. Os funcionários são celetistas. (v) OAB tem imunidade tributária total com relação aos seus bens, serviços e rendas (art. 45, §5, EAOAB). Não precisa prestar contas, não está sujeito ao Tribunal de Contas. Trata-se de IMUNIDADE TRIBUTÁRIA, não é isen- ção. (vi) Contribuição única: art. 47, Estatuto da Advocacia e da OAB (EAOAB), (Adin 2.522): contribuição anual à OAB isenta o pagamento da contribuição obrigatória sindical. (vii) Provimento 111/06: isenção do pagamento da anuidade. Advogado que completou 70 anos de idade + 20 anos de contribuição (contínuos ou não). Conselho Federal: órgão supremo da OAB, sede no Distrito Federal, dispõe sobre a identificação dos advogados, ajuíza ações coletivas em nome dos advogados (art. 51 a 55 do EAOAB + art. 62 a 104 do Regimento). Conselho Seccional: cada Estado tem um, inclusive o Distrito Federal; defere ou indefere a inscrição dos advo- gados; define o valor das anuidades; define a tabela mínima dos honorários advocatícios; define o traje dos ad- vogados (arts. 56 a 59 do EAOAB + arts. 105 a 114 do Regimento). Subseção: criada por região (requisito: nesta região deve ter mais de 15 advogados) (arts. 60 e 61 EAOAB + arts. 115 a 120 do Regimento) L e o n a r d o S a k a k i E x a m e O A B – F G V | 30 http://leonardosakaki.sites.uol.com.br | leonardosakaki@uol.com.br | 11 99610348 facebook.com/leonardosakaki | @leosak Caixa de Assistência dos Advogados: (art. 62 EAOAB + arts. 121 a 127 do Regimento) – órgão social da OAB – cuida de convênio médico, convênio odontológico, previdência privada, livraria etc. Tem personalidade jurídica própria. Está vinculada ao Estado, que está vinculada ao Conselho Seccional. É vinculada ao Estado. Tem que ter 1.500 advogados inscritos para a criação da CAA. Metade da receita do Conselho Seccional, depois de desconta- dos os pagamentos obrigatórios, deve ir à CAA. Órgãos do conselho federal e quem preside: pleno (presidente do conselho federal), especial do pleno (vice pre- sidente); 1ª, 2ª e 3ª câmara (secretário geral, secretário geral adjunto e tesoureiro); diretoria e presidente. Recurso envolvendo sociedade de advogados vai parar na 3ª câmara. Conferência Nacional de Advogados (CNA): reúne 1 vez a cada 3 anos. Sempre no 2 ano do mandato para discu- tir finalidades da OAB. Resoluções têm caráter de recomendação à OAB. 24 Processo disciplinar Processo disciplinar tem por objetivo apurar se o advogado praticou infração disciplinar e indicar a pena aplicá- vel. Se faltar no estatuto, de forma complementar utilizo regras processuais penais e, depois, as regras administrati- vas. Art. 68. Salvo disposição em contrário, aplicam-se subsidiariamente ao processo disciplinar as regras da legislação processual penal comum e, aos demais processos, as regras gerais do procedimento administrativo comum e da legislação processual civil, nessa ordem. Infração disciplinar: quem julga é o TED (órgão do Conselho Seccional) do local dos fatos e quem aplica a pena é o Conselho Seccional da inscrição principal. O TED da Subsessão (Turma de Ética e Disciplina), poderá instaurar (começar) e instruir (colher a prova) processo disciplinar – o TED do Conselho Seccional (Tribunal de Ética e Dis- ciplina) poderá, além de instaurar e instruir os processos sob sua competência, julgar os processos de todo o Estado. O TED que julgará será o do local dos fatos e quem aplica a pena será o Conselho Seccional da inscrição principal. Hipótese Julgamento Aplicação da pena Regra processo disciplinar. TED do Conselho Seccional do local dos fatos. Conselho Seccional da inscrição principal. Contra o Conselho Federal. O próprio Conselho Federal. Presidente do Conselho Federal. Infração praticada pelo presidente do Conselho
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